Eu nunca tive a chance de ir a um festival.
O Sasori detestava esse mundo, a promiscuidade, sem contar a higiene, ou a falta dela. Banheiros públicos ou químicos? “Eca!” ele teria dito.
Estou tão feliz de estar aqui. A Karin olha para mim com um olhar gozador, como se dizendo que eu sou a filhinha do papai.
Eu nem ligo. Ela pode pensar no que ela quiser.
Eu lhe dou um sorriso largo, um pouco irritadiço. Pretendo aproveitar ao máximo esse momento!
A Karin e eu dormiremos na van de noite. E como não tem espaço para todo mundo, o Sai e o Sasuke vão montar uma barraca na frente do carro.
Eu fico impaciente e digo aos meninos para que eles se apressem. O Sai geme. O Sasuke sorri para mim. A Karin está fumando um cigarro, olhando os meninos.
- Vai, vamos logo! – Falo de braços cruzados.
- Se estiver tudo bem para você, você poderia dar uma mão! – O Sai olha pra mim provocadoramente.
- Eu seria mais rápida se estivesse fazendo com uma mão só.
- Então, vá em frente...
Ele se afasta fazendo uma pequena reverência. Levanto meus olhos e pego seu martelo para pregar as estacas no chão. E rapidamente a barraca está pronta.
Eu olho orgulhosamente para o Sai, com as mãos nos quadris.
- É eu tenho a sensação de que eu vou ouvir isso para o resto da vida. – Ele fala com um sorriso tímido.
Uma vez que a barraca está montada nós damos risada juntos e saímos para explorar o festival.
Estou saltitante, por todos os lados, como uma criancinha.
O Sai diz que eu pareço com um cachorrinho que saiu para passear pela primeira vez.
Eu ouço o Sasuke sussurrar: “gatinha”, mas quando eu me viro, ele está olhando para o palco um pouco distante do campo.
Eu estou sonhando?
A multidão é louca e densa. Bandeiras voam na brisa, por todos os lugares. As pessoas estão elegantemente vestidas. Parece uma versão de hard rock do Burning Man. As cores explodindo em todas as direções, é uma verdadeira visão.
É um dos maiores festivais da região. Música soa e o cheiro de álcool e comida, algodão doce e doces preenche o ambiente.
Os holofotes varrem o palco. Pergunto-me quantas pessoas estão aqui. A multidão parece infinita, todas essas pessoas andando em todas as direções.
- Onde nós vamos tocar? – Pergunto me virando para os meninos.
- No terceiro palco. É o menor, nós não somos conhecidos o suficiente ainda para tocar no palco principal.
O Sasuke aponta para o palco mais distante no parque perto das árvores.
No meio da multidão, não é ruim. O festival atrai muitas pessoas. É impressionante.
Eu tenho borboletas na minha barriga, eu estou tão animada. Eu compro um algodão doce e como, como se fosse uma adolescente.
O Sai da risada de mim e tenta roubar um pedaço do meu algodão doce. Eu me esquivo e fujo, dando risada. Ele me alcança rapidamente e come metade. Até a Karin dá risada da nossa brincadeira ridícula.
Virando-me para o Sasuke, com a mão cheia de algodão doce, eu o pego olhando para mim. Seu olhar é tão intenso e tão suave que eu congelo.
Eu estou me divertindo tanto. Não importa se eu pareço ridícula, com algodão doce por todo o meu rosto.
O Sasuke olha para mim com tanta ternura que eu sou transportada para o mundo dos ursinhos carinhosos. Eu não estou imaginando esse olhar.
Eu me aproximo dele, pego um pouco de algodão doce e seguro na frente da sua boca. Ele levanta a sobrancelha divertido e me olha sarcasticamente.
- O que você está fazendo Sakura? Você acha que eu vou comer isso?
Eu aceno bruscamente, ainda sorrindo.
- Ah sim, você vai comer! – Falo e ele dá um passo para trás, brincalhão, depois outro enquanto eu avanço para encurtar a distância que nos separa. – Você não pode escapar Sasuke!
Ele acena com as mãos em sua frente, um estranho brilho nos olhos.
- Você não quer dar para o Sai? – Ele pergunta me olhando.
Eu avanço ameaçadoramente.
- Sim, mas o Sai queria um pouco. Você não.
Ele me olha com um ar sensual. Eu balanço meu dedo para ele.
Tenho certeza de que posso ver um brilho de desejo nos olhos dele. Mesmo que ele esconda, não vou me enganar de novo.
- Gatinha, estou falando que é melhor você parar com essa brincadeira boba. – Ele fala ameaçadoramente.
- E se eu não parar? O que o diabólico e sexy metaleiro Sasuke faz, quando ele é perseguido por uma fã histérica com um algodão doce?
Ele sorri para mim, então me ameaça com um dedo que acaricia perigosamente meu peito. Ele se afasta logo que ele percebe, então diz ironicamente:
- Ah, agora você virou uma fã e das histéricas! Eu achava que você não queria ser uma groupie.
- Ninguém pode resistir aos seus encantos. – Comento comendo mais um pouco de algodão doce.
Seus olhos escurecem com o tom da minha voz. Eu não posso acreditar que eu disse isso, mas agora não tem mais volta.
- O que vocês estão fazendo? Vocês não vêm? O primeiro show parece insano. – O Sai fala.
O Sasuke deixa de contemplar o meu rosto para olhar por cima da minha cabeça. Encontrando o Sai e a Karin um pouco a frente no meio da multidão.
O Sai está acenando com o braço para chamar a nossa atenção. Meus dedos ainda estão pairando no ar, segurando o meu doce, uma barreira ou uma oferta.
Eu olho rapidamente para o Sai e para Karin, que rapidamente desaparecem na bagunça, e eu de repente congelo.
A boca do Sasuke se aproxima da minha mão para devorar o pedaço de algodão doce que estou segurando.
Meu corpo entra em chamas. Ele se demora nos meus dedos com um pouco de prazer demais e lambe a ponta dos meus dedos.
Então ele se afasta e sorri, deixando meus dedos ensopados por esse bem estranho beijo.
- Isso foi interessante.
- Interessante? – Olho para ele intrigada.
- A forma de você me despir com seus olhos.
- Eu não fiz isso! Francamente, quem iria querer te despir?
- Ah, muitas fãs... e você...
- Eu não sou uma de suas fãs. – Resmungo.
- Você disse o oposto disse há alguns minutos atrás. Sakura, você é como um cata-vento.
- Eu sei exatamente o que eu amo e você não é parte disso, você é como urticária, purulenta e que dá comichão.
Eu tento me afastar, mas o Sasuke se mexe mais rápido e me agarra pela cintura.
Ele sorri, nem um pouco irritado, se inclina em direção ao meu ouvido, sussurrando contra minha pele, que ascende com seu toque.
- Você mente muito mal, gatinha... vem comigo.
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