-NÃO!!- Antes que pudesse entender, Laura se jogou sobre mim. Me protegendo daquela garota - Você não vai matar ela. Carmilla não tem culpa! E VOCÊ SABE DISSO! -Ela me abraçou forte, e meu sangue sujou sua regata. Eu fiquei quieta. Ser defendida, quando se é um monstro de 3 séculos. .. Se torna absolutamente raro, em alguns casos.
-Ela levou as Summers. Ela matou Will. Ela ajudou a criar os zumbis… - Cabeças surgiram atrás da Xena.
-Danny, você não vai machucar ela - O rato de laboratório foi pra frente de Laura.
-Não mesmo. Ninguém irá machucar ninguém. Somos estudantes. Com os hormônios a flor da pele. Ninguém vai se ferir nesse dormitório- Aquela mulher, com olhos claros e cabelo vermelho… Me deixava intrigada. Os olhos, eles pareciam ver muito além, do que realmente estava acontecendo.
-Ela não pode ser solta pelo campus. Olha a confusão que essa… Coisa causou - Xena disparou. Laura não se afastou nem um milímetro. Pelo contrário, se aproximou mais, sem encostar na estaca em meu ombro. Eu estava perdendo sangue, e ficando ainda mais fraca do que antes. Mas o corpo de Laura próximo… Era estranho ser tocada assim por ela. Causava… Paz. Mesmo em meio àquele inferno.
-Não precisa solta-lá. Podemos provar que não era ela. - Einstein deu uma ótima idéia. Isso. Me deixem presa, com monstros do lado de fora da janela. Eu suspirei e Laura me abraçou mais forte. Estava começando a duvidar, quem estava aproveitando mais do corpo da outra. Encostei a testa em seu ombro. Estava ficando mole. - Nós a mantemos no quarto, até que provemos sua inocência. Ninguém vai ferir ela.
-Susan- Começou a ruiva.
-La Fontaine- Ela disse entre os dentes. - Eu me ofereço para ficar de olho nela, junto com a Laura. E Perry irá nos ajudar. - Ele falou encarando a ruiva, que abriu a boca para responder, mas ele a cortou. - Ela vai se comportar, e não será preciso ficar… Presa assim - Ela me apontou. Eu ainda estava nos braços de Laura.
Danny parou na frente dela, mas Einstein não se moveu, e devolveu o olhar.
-Não. Ela é um risco a todos nós. - Eu a encarava pelo ombro de Laura. Estava presa com uma quantidade tão grande de prata, que não havia possibilidade, de tentar acertar Xena. Suspirei e me encolhi. Será que perceberam que havia uma estaca atravessada em meu ombro?
-Ela não parece um risco agora - Disse uma voz do outro lado da porta. Do chão era difícil dizer se ele estava parado na porta, ou apenas escondido do outro lado da mesma. Como era mesmo o nome daquela toupeira mesmo… Kirsh talvez?
-LaF, me dê as chaves. Vou tirar isso dos pés dela.- Laura estendeu a mão, Einstein se virou para lhe entregar a chave e a Gigante deu um passo pro nosso lado. Por incrível que pareça, Laura foi mais rápida, e pegou a chave antes dela. As correntes dos pés foram tiradas, e ela teria tirado as que me prendiam o peito, mas a estaca ainda estava ali. - Kirsh, venha aqui. Perry, pegue uma toalha limpa. - Laura começou a dar ordens a todos eles. Era engraçado ver ela tomando a frente de algo assim. Tentei relaxar e deixar ela trabalhar, mas me sentia ainda mais fraca, E o pescoço dela ali… Tão próximo… Era realmente uma provação. O cheiro dela… Estava começando a me fazer salivar. Kirsh entrou no quarto e ficou parado me olhando. A ruiva voltou com a toalha, e parou na minha frente. Xena e Einstein continuavam no mesmo lugar. - LaF… Me ajude a segura-lá, Kirsh você puxa a estaca. Perry a toalha. - Laura e Einstein seguraram meu ombros, Kirsh segurou a estaca e, no que me pareceu uma contagem eterna eterna até o três, ele puxou. Tentei ao máximo não demonstrar, mas o gemido saiu, sem que eu o pudesse conter. Laura foi rápida e pressionava a toalha contra o burraco.
Se eles não me segurassem, com toda certeza, eu teria caído de costas naquele chão. O ferimento continuou sangrando e eu esperei.
-Carm… Fica comigo. - A voz de Laura veio, quando fechei os olhos. - Não conheço seu corpo, o que faço pra parar de sangrar?
- Você sabe - Eu disse mole. Ela me encarou por um minuto, e seguiu meus olhos até a garrafa aberta. Ela soltou um “Ah”, e eu tive que sorrir. - Com a quantidade de prata que tem aqui… Mesmo com todo o sangue desse quarto, não poderia atacar ninguém. Por mais que eu quisesse.
-Isso parece verdade. Do contrário… Ela já teria esquartejado Danny. - Einstein recebeu um olhar da Gigante, que me fez esboçar um sorriso.
-LaF. Pegue aquela garrafa pra mim - Laura estendeu a mão.
-Nem pensar - Xena parou na frente de Laura e segurou seu braço.
Não sei como, exatamente. Mas eu, com um pulo, estava em pé, e tentando morder Xena.
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