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História Aos Olhos da Noite - E Começou, ou Não


Escrita por: CaahSilverio

Notas do Autor


Oier pessoas,
como vcs estão?
A vontade de me matar ainda em alta??

Enfim. Vamos ao que importa
Desejo à todos, uma ótima leitura :3

Capítulo 25 - E Começou, ou Não


Fanfic / Fanfiction Aos Olhos da Noite - E Começou, ou Não

Carmilla andava de um canto para outro no quarto, falando no celular e mexendo no cabelo. Acabei dormindo sozinha em minha cama, e quando acordei, Carm estava chegando. Parecia tão distraída, que se jogou em sua cama sem me notar.

-Carm… - Chamei devagar - Ela pulou, e ficou em pé - Desculpe…

-Laura… - Ela se sentou, e passou a mão no rosto. - Me perdoe. Passei a noite toda resolvendo problemas. E nem te vi acordar. - Ela olhou pro relógio de cabeceira, e suspirou pesadamente.

-Hey - Me levantei e fui até ela, sentei ao seu lado na cama - Está tudo bem. Você está fazendo algo para o bem maior. - Eu acariciei sua nuca, e a vi fechar os olhos. - Logo isso tudo vai acabar. Daí teremos um tempo pra nós duas. Mas por enquanto… - Me levantei de sua cama - Preciso de um banho. Caso contrário, me atrasarei para a aula. - Ela me sorriu, e eu beijei seu rosto.

Durante a parte da manhã, fui seguida de perto por Danny e LaF. Carmilla se enrolou em uma reunião com as Fadas, e só apareceu quase no fim do meu almoço.

-Se existe algum Deus… Ele deve estar rindo, do quanto estou correndo pra lá e pra cá. Me sinto um Hamster numa rodinha, correndo sem sair do lugar - Ela reclamou, se jogando na cama comigo.

-No fim… Valerá a pena, Carm - Beijei seu pescoço, e pude ver o efeito no rosto dela. Mordi sua orelha, e ouvi um resmungo baixo.

-Cupcake… - Ela disse me puxando para seu peito. - Seria tão mais fácil, se fugíssemos daqui. - Ela suspirou pesado. Acariciei seu braço com calma - Sabe. Pegar uma bolsa, encher de roupas, e sumir por um tempo. Tirar férias desses problemas. E só voltar, depois que o Concelho tiver ido embora. - Ela sorriu, coçando os olhos.

-Isso seria... Maravilhoso. Um tempo pra nós duas - Pude ver um sorriso se formando devagar. - Mas sabe, que é impossível, Carm - Ela colocou o braço embaixo da cabeça, e se ergueu para me olhar. O sorriso afrouxando. - Nossos amigos estão aqui. Não podemos simplesmente, sair e os deixar. Seria muito… Egoísmo. Eles nos protegem, e nós fugimos. Não… Por pior que seja, é melhor ficar e lutar. Estamos defendendo nossa Universidade. E nossos amigos. - Carm concordou devagar, e se aproximou de mim.

-Seu altruísmo é contagiante, Senhorita Hollis - Sua mão veio em minha nuca, e acabei me rendendo a ela. Quase perdi a hora da aula, saí correndo do quarto, deixando uma Carmilla resmungando.

O campus havia se tornado o cenário distorcido de uma guerra. Zetas e Summers com lanças e arcos, marchando e se reunindo na orla da floresta. O céu, a cada minuto parecia mudar de tonalidade. Ia de um azul anil, até vermelho sangue, e se transformava em verde esmeralda e um roxo berrante, a la Knight Bus. Eu tentava me concentrar em caminhar sem esbarrar em ninguém, ou tropeçar em alguma lança no chão. Mas a cada minuto, aquela sensação aterradora nos apanhava. Ora um zumbido de milhões de vespas. Ora latidos e urros, e até um rugido. Conforme a tarde se arrastava, as coisas ficavam ainda mais estranhas, e as sensações mais presentes. Depois de enfrentar uma corrida entre o auditório, e os dormitórios, pude desfrutar de um banho quente. Como esperado, Carmilla não estava no quarto. Saí do banho, e me meti em um jeans, esperando a hora em que o Concelho chegasse. Mas uma batida na porta me distraiu.

-Hey LaF, como conseguiu sair do auditório, sem que eu tivesse visto? - Ele encolheu os ombros, e me olhou culpado. - Enfim, como se sente esperando o Concelho? - Fechei a porta e me sentei.

-Ansioso… Eu acho - Ele respondeu distraído, encarando a janela. - Acha que Carmilla vai demorar? - Perguntou devagar.

-Ah… Estranho te ver chamando ela de Carmilla. Geralmente chama de Vampirella - Ele arregalou os olhos, e me encarou rápido. - Não sei. Não a vejo com calma, desde o começo dessa maluquice toda.

Comecei a puxar assuntos aleatórios, mas LaF parecia distraído demais, até pra ele. Indaguei algumas vezes, mas ele sempre respondia que era por causa das malditas Bruxas. Sorriu fraco algumas vezes. E por fim… Carmilla chegou. Ela o encarou por alguns minutos, e depois desviou os olhos pra mim.

-Oi, Cupcake - Ela sorriu tristemente.

-Carm… Tudo bem? - Me aproximei dela, e toquei seu braço.

-Laura… Independente de de qualquer coisa, eu amo você. E te peço perdão por tudo. - Aquilo me atingiu como um soco no estômago. Encarei LaF, mas ele desviou os olhos.

-Carm… O que está acontecendo? - Agarrei seu braço.

-Eu sinto muito. - Não sei como, mas Carm tirou o braço do meu aperto, e pressionou um lenço em meu rosto. Algo gelado no pano me assustou. Ela segurou minha nuca, e me obrigou a inalar aquilo. Senti o quarto rodar, e minhas pernas bambearem. Não me lembro de mais nada.

Eu me sentia balançando. Minha cabeça devia estar virada, porque parecia ter sangue demais nos ouvidos. Era difícil abrir os olhos, ou ver qualquer coisa. Estava escuro. Os sons pareciam distorcidos, e estava frio. Muito frio.

-Carmilla… Acordando… - Achei ter ouvido uma voz no fundo do zumbido em meus ouvidos, tentei me erguer, mas estava mole. Senti outra vez o lenço, e apaguei de novo.

Acordei devagar, com a claridade de algumas velas acertando meu rosto. Pulei na cama, e me sentei, tentando entender onde estava. Tentei espantar a moleza dos olhos, mas eles teimavam em estar embaçados. Esperei um segundo, e olhei em volta. Um quarto. Ok. Eu estava em um quarto, muito grande. Os olhos se acostumavam com o ambiente ainda. Eu estava sentada, em uma cama com dossel realmente enorme. Os móveis, pareciam deslocados. Como se estivessem no século errado. As paredes eram de pedra escura, e havia uma tapeçaria em uma delas. Uma grande lareira acesa do outro lado, e uma porta dupla, que parecia ser mais grossa, que a parede do meu dormitório. Ainda observava os entalhes na madeira, quando elas se abriram, e uma mulher entrou. Não aparentava mais do que 30 anos, ela passou e fechou a porta.

-Senhorita Laura. É um imenso prazer ver que acordou. Estavamos a sua espera. Sou Charlotte, sua criada. - Ela disse fazendo uma reverência. Eu estava pregada na cama, a encarando. As roupas… Eu só havia visto em filmes antigos. Aqueles em preto e branco, com vampiros grotescos. Vampiros. CARMILLA! Eu olhei em volta, como se ela fosse aparecer na janela. - Senhorita… O jantar a aguarda, sim? - Charlotte fez um gesto para sair da cama.

-Ah sim. Eu… Sou Laura. Mas… Isso você já sabe. Charlotte… É um prazer, desculpe meus modos… Mas as coisas estão meio…

-Confusas? - Ela sorriu calmamente. - Não se preocupe. Logo sua mente estará no lugar, Senhorita. - Ela abriu a porta e me esperou passar. - Creio que um bom jantar, a faça sentir-se melhor. - Concordei com a cabeça, a seguindo pelos corredores, iluminados por tochas. Tochas? Santa Virgem protetora de quem não tá entendendo nada. Onde eu estou? Nossos passos passos ecoavam pelas paredes de pedra. Os nossos não. Somente os meus. Ela parecia deslizar docemente pelo piso. Até que chegamos em um grande aposento. A mesa deveria ter uns trocentos metros, e uma boa parte estava posta. Carnes, legumes, e muitas jarras de prata estavam espalhadas pela mesa. - Senhorita - Charlotte me chamou, quando vidrei naquela mesa.

-Ah sim - Eu a encarei. Ela puxou uma cadeira pra mim. Achei que seria falta de respeito não me sentar. Ela fez uma reverência, e foi saindo - Charlotte… Onde estão La Fontaine e Carmilla?

-Elas a esperam, assim que terminar o jantar. Coma o quanto quiser. Quando acabar, eu voltarei, e a levarei para reunir-se com as Senhoritas. - Ela se curvou, e desapareceu pelo corredor. Respirei e fundo, e encarei o banquete à minha frente. Não havia percebido como estava com fome. Me fartei, comendo tudo que alcançava. Fazia eras que não comia comida caseira, e tenho certeza que exagerei. Mas enfim. Quando tirei o guardanapo do colo, Charlotte voltou. - Espero que o jantar a tenha agradado.

-Sim, muito. Estava delicioso - Ela me sorriu e fez um leve reverência.

-Se estiver disposta, posso leva-la até as Senhoritas agora - Ela me encarou com calma.

-Claro! Vamos - O que quer que fosse que me deram, ainda estava em meu organismo, porque me senti extremamente tonta. Mas Charlotte foi mais rápido, e me segurou antes que tocasse o chão.

-Devagar senhorita. A viagem foi, de certa forma, cansativa. - Aquela força. A rapidez… A pele fucking gelada. Ela não era humana. - Sente-se melhor?

-S-Sim… - Concordei gaguejando. E se eu estivesse em um covil de vampiros? E eles tivessem me entupido de comida, para que depois… Eu ser a comida?! Minha mente estava a mil.

-Ótimo. Venha - Ela caminhou devagar pelo corredor. E eu atrás, tentando não deixar meus joelhos tremerem. E se Carmilla tivesse me dado ao Concelho? E se a reitora estivesse me esperando, para me torturar? E se fossem as bruxas? Minha mente estava fervendo. - Chegamos - Charlotte disse me tirando dos devaneios. Ela abriu as portas, e eu pude ver a biblioteca particular, mais linda que já havia imaginado. Livros cobriam toda a parede a esquerda, e em volta da porta, e a parede a direita com uma lareira acesa, e uma mesa de longa, com livros abertos, e uma poltrona próxima a janela, e um LaF afundado nela, lendo algo realmente interessante, pela expressão em seu rosto.

-LaF - Ele ergueu a cabeça devagar, e se levantou quando percebeu quem o chamou.

-Laura.. Finalmente acordou. Aqui é incrível, não é? - Ele indicou os livros. - E o jantar? Estava maravilhoso. Charlotte é uma Deusa na cozinha - Charlotte acenou a cabeça, sorrindo. - Vem cá pra você ver que interessante, os textos sobre biologia mesclados com ocultismo, são fascinantes - Ele apontou para o livro que estava aberto na poltrona.

-LaF… Onde exatamente, é aqui? - Eu perguntei cautelosa, indo em sua direção.

-Laura… Er… Nós ainda estamos na Estíria. Um tanto quanto… Longe da universidade. Mas em total segurança. - Ele se balançava de uma perna para a outra, como se tentasse achar as palavras certas, naquela dancinha desajeitada.

-Como assim, em segurança? Como saímos de Silas? Como chegamos nesse… Castelo? E que diabos é esse castelo? - Eu cheguei mais perto dele.

-Você está no castelo de Karnstein - Carmilla respondeu, saindo das sombras, próximas a lareira, e caminhando para nós. - Você está no meu castelo, Laura.

 


Notas Finais


AAEEE
Obrigada a quem leu até aqui. Espero que tenham gostado, apesar de ter sido um capítulo relativamente curto.

Se alguém se interessar, essa é minha nova fic.

https://spiritfanfics.com/historia/carnival-of-blood-8710369

Até :3


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