—Harumi—
Eu cheguei cansada no trabalho no dia seguinte, mal havia conseguido dormir, mesmo com Tōji em meu quarto, eu havia conhecido Megumi, e ele era tão gentil, apesar de um pouco sério demais pra idade dele.
Tōji me deixou no trabalho e foi resolver algumas coisas dele, apenas abri a cafeteria e fui pro vestiário, trocando de roupa rapidamente, logo minhas colegas foram chegando e se trocando, todas tomamos café juntas.
— Harumi...
— Não tô pra conversa. — falo para Megan.
— Mas...é...você tem chegado e ido embora com o Fushiguro ultimamente...estão juntos? — suspiro.
— Não, apenas estou passando um tempo na casa dele, problemas pessoais.
— Vimos o vídeo da Asami, o que será que deu nela? Ela é tão tranquila!
— Não quero falar sobre ela.
— A gente viu nos noticiários a matéria dizendo que seu sequestrador foi encontrado morto numa estrada perto do aeroporto particular...! — me levantei batendo na mesa, encarei elas com raiva.
— Vocês não sabem fazer nada além de fuçar a vida dos outros?! Estão parecendo um bando de cadelas! — elas me Ilham surpresas, saio da cozinha e vou pra ala de funcionamento — Nem fudendo...! — tento dar meia volta, mas ele segura meu pulso.
— Será que podemos conversar?
— Não.
— Olha...eu...
— Já falei que não tem papo entre a gente! — falo tentando me soltar dele, mas ele me puxa.
— Precisamos conversar! Me escuta caramba! — engulo em seco com seu tom rude.
— Vem... — o puxei até a porta dos fundos que dava direto pra um beco — Fala logo que merda você quer! — ele suspira.
— Eu queria pedir desculpas...eu deveria ter sido mais esperto e ter mantido Asami...! — o interrompi antes que ele terminasse de falar.
— Chega! Eu não aguento mais vocês me lembrando dela! Quer saber mesmo o que aconteceu?! Agora minha filha me odeia! E não quer nem ver a minha cara! E eu vou respeitar a decisão dela! Por isso cortei todos os laços com ela! Satisfeito?! Ótimo, com licença! — tentei sair, mas ele me puxou.
— Não! E sabe por que?! Por quê eu me sinto culpado! Eu poderia ter feito algo pra impedir, mas eu...!
— A única coisa que poderia impedir ela de tudo isso, seria se ela não tivesse me conhecido! — levantei a blusa e me virei pra ele, mostrando minha tatuagem — Tá vendo isso?! É a marca do inferno! Qualquer um que se aproximar de mim vai acabar caindo no fundo do poço por minha causa! — ajeito a blusa, ele me olha com pesar.
— Você só tinha 12 anos quando começou tudo isso...
— E eu só tinha 9 anos quando eles abusaram de mim! — ele ficou surpreso — Sabe por que eu comecei tudo isso?! Pra exterminar caras assim! Pra que mulheres, garotas, crianças, e a MINHA FILHA não sofressem o que eu sofri! No final, não adiantou nada! Nada serviu! A única coisa que tenho dela agora é ÓDIO! — falo tentando não chorar — Eu acabei com a minha vida, mas não vou acabar com a dela! — ele suspira.
— Você não tinha culpa...
— Mas tenho culpa das vidas que eu tirei!
— Isso é um fato, mas...!
— Chega, eu tô cansada! Dá licença! — entro correndo e vou direto pro trabalho.
Logo ele entrou e ficou me olhando, apenas o ignorei e fui fazer meu trabalho, não demorou muito e ele foi embora.
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Suspiro quando finalmente terminam de me maquiar, eu estava nervosa, Tōji se aproximou de mim com um sorriso.
— Anciosa pra sua primeira cena como atriz? — dou um sorrisinho nervoso.
— Muito...!
— Eeehehe, não fica nervosa, você vai tirar isso de letra!
— Assim espero...! — logo me chamam.
— Vamos lá garota, você nasceu pra brilhar! — ele disse dando tapinhas em meu ombro, eu sorri e fui pro estúdio.
— Se lembra bem das suas falas, Harumi? — a voz do diretor soou nas caixas de áudio do estúdio.
— Perfeitamente.
— Ótimo! Luz, câmera, ação! Capítulo 1, cena 22, take 1!
Respiro fundo e pego o celular que me foi entregue e começo a andar na rua da cidade simulada, como descrito no início da cena. Logo ouvi sons de briga, olhei e vi meu parceiro de cena sendo empurrado por um figurante para fora de uma loja de jóias.
— Vaza daqui garoto! — disse e o garoto veio correndo em minha direção sem me ver, ele acaba esbarrando em mim.
— Me desculpa, senhora. — eu sorri pegando meu celular no chão.
— Não se preocupe... — o olhei atentamente, que fofo ele — Me diz..no que você trabalha? — o olho sugestiva.
— Eu trabalhava naquele joalheria mas agora..eu fui demitido. — suspiros frustrado.
— Qual o seu nome?
— Arthur Willians.
— Willians, o que acha de trabalhar pra mim? — pergunta sorrindo.
— Como?
— Sou CEO de uma das maiores empresas de tecnologia do país, por quê não trabalhar pra mim?
— E o que eu seria?
— Preciso de um secretário, acha que dá conta? — ele sorriu.
— Claro!
— Corta! Perfeito! Você foram perfeitos!
Suspiro aliviada e logo meu parceiro de cena — que era um dos principais, o meu par na série —, veio me cumprimentar com um sorriso.
— Você foi bem pra sua primeira vez! Harumi Saito, não é? — eu sorri.
— Sim, e você é...?
— Cole Müller.
— Ah sim...você não tem muito perfil de garoto inocente. — ele riu.
— Parece que você não terminou de ler o roteiro, não é? — nós rimos — Aceita um café? — eu ia responder, mas Tōji aparece e me abraça de lado.
— Foi mal, ela já vai comer comigo. — fico vermelha.
— Ah...certo...até daqui a pouco então, Harumi. — aceno para ele e saio pro refeitório junto com Tōji.
— Harumi... — ele me chama quando nos sentamos em uma mesa.
— O que aconteceu? Notei que está meio inquieto hoje... — falo e uma garçonete vem até nós, pedi um frappuccino e Tōji pediu um café puro, a garçonete saiu.
— Eu..,eu tenho uma coisa pra te falar...
— Diga.
— Aqui não...é melhor,..tá livre no fim de semana? — fico confusa.
— Tô sim...você tá estranho.
— Fim de semana eu te levo pra um lugar, ai eu te digo. — o encaro desconfiada.
— Certo...
Ficamos conversando mais um pouco e ele me ajudou a treinar algumas cenas, depois de comermos, voltamos pro estúdio e eu voltei a gravar, nunca me senti tão bem atuando...!
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Chegamos em casa e já era noite, entramos em casa e eu fui direto pro quarto, tomei um bom banho e vesti um pijama de frio, que noite Fria...será que a Asami tá agasalhada?
— Hm, hm, preciso parar de pensar nela...ela agora sabe se cuidar... — balanço a cabeça e vou pra varanda pra espairecer um pouco.
— Harumi! — ouço uma voz sussurrando meu nome, ignoro, deve ser só esquizofrenia — Harumi! — de novo, fiquei confusa, essa voz não me é estranha... — Ô Harumi! Amora da minha vida! — reviro os olhos e olho pro jardim, vendo Gojō, ele sorri acenando pra mim.
— O que você quer? — pergunto um pouco baixo.
— Pode descer aqui?
— Não viaja!
— Só um pouco! — suspiro.
— Eu tô cansada, vai embora! — entro no quarto e fecho a porta e as cortinas, apago as luzes e me jogo na cama — É cada uma que me aparece...! — suspiro e fecho os olhos, logo pegando no sono.
Continua...
Não revisado!
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