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História Apenas Aprenda a Me Amar-Bughead - Twenty-Eight: Horas cruciais


Escrita por: Drama_queeen

Notas do Autor


Oi meus bens, tudo bem?
Gentxii, desculpem por ter demorado.
Quero agradecer do fundo do meu coração por todo o carinho nos comentários e incentivos pra continuar, vocês são TUDO PRA MIM💖
Se tem uma coisa de boa que a quarentena trouxe foi isso, a vontade de fazer essa fic e vcs de bônus.
Bom, não deixem de comentar, me contem como estão, tudo tudo tudo. Amo conversar com vcs💖
É isso, aproveitem o caos🤧💔

Capítulo 28 - Twenty-Eight: Horas cruciais


Fanfic / Fanfiction Apenas Aprenda a Me Amar-Bughead - Twenty-Eight: Horas cruciais

•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. ••••••••••••••••••••••

Abro os olhos devagar bem de repente, sem precisar que nada ou ninguém fizesse barulhos para me acordar. Começo a esticar o corpo vagarosamente, olhando para o lado em seguida e notando que falta um pouco menos de vinte minutos para que o despertador finalmente toque.
Minha pele contrastava com o calor do corpo nu do Jughead, que dormia abraçado as minhas costas. Viro o rosto por cima do ombro e sorrio ao ver seu rosto sereno dormindo calmamente, e com essa visão tenho a sensação de que toquei o céu.
Descencilho-me daquele abraço depois de alguns minutos, contra a minha vontade é claro. Na expectativa de não quebrar a tradição, pego a camisa do meu namorado que se embolava ao chão junto a outras roupas e visto.
Ando até o banheiro e me apoio sobre os dois braços na pia, olhando meu reflexo no espelho desenhado pela luz fraca do sol que ultrapassava a janela de vidro. Toco a nuca e acabo rindo da bagunça no meu cabelo, já sei o que farei pelos próximos dez minutos...
Desembaraço todo o cabelo e depois os dedilho, perfeitamente alinhados e lisos. Quando finalmente olho para a porta vejo Jughead usando uma bóxer preta e com o corpo envolvido no meu roupão de algodão rosa. Não posso conter uma risada alta que acaba embalando o meu namorado também, que anda até mim e me abraça.

- O que acha que está fazendo?- Falo ainda sorrindo me referindo ao roupão dele

- Olha só... Levantei, olhei pra cada canto do quarto e adivinha? Não achei minha camisa. Olhei pra baixo de novo e eu tava nú, então direito iguais lindinha- Ele fala com um sorrisinho de canto que emanava deboche, então toca o meu nariz em seguida

- Ótimo, estamos quites então- Digo e ele encosta meu quadril ao dele, arfando próximo a minha boca

- Ainda não Cooper.. vem cá- Ele dá seu sorriso cafageste e me faz sorrir, selando nossos lábios calorosamente em seguida. Então após alguns minutos, a falta de ar finalmente chega- O que você acha? Intimidade ao ponto de dividir o banho?

- Idiota- Bato levemente no peito dele que sorri, então pego-o pela mão e guio para fora do banheiro

- Ótimo então- Ele fala e começamos a rir

Saímos do quarto e vamos na direção do meu, dando uma parada antes para que Jughead possa pegar algo pra vestir. Após isso, vamos na direção do meu banheiro e eu me impressiono comigo mesma quando não encontro um vestígio sequer de vergonha e começo a me despir normalmente, entrando no box em seguida.
Vejo Jughead sorrir para mim, então tirar o roupão e a peça íntima depois. Ao contrário do que pensei, não entrou no box ainda. Andou até a pia e começou a fazer a fina barba que se acumulava em seu maxilar. Volto a sorrir e me enfio embaixo da água fria do chuveiro, dando alguns pulos por instinto e fazendo Jughead gargalhar.
Alguns minutos depois, ele entra comigo no box e por mais incrível que pareça para nós agora, foi completamente sem malícia. Só um clima divertido e besta que se instaurou no ar, com conversas diversas e banais e a parte que eu mais gostei, ajuda para lavar o cabelo.

- Vira pra lá Elizabeth- O meu namorado fala em pedido para que eu me vire e ele possa terminar de passar o condicionador nos meus cabelos

- Aí, tá machucandoo- Digo com voz arrastada e manhosa

- Se você conseguisse ficar quieta não machucaria, não puxa amor- Ele diz e alisa meus ombros, voltando ao meu cabelo em seguida. Então ele solta um riso único que me faz olhá-lo, tendo a visão de seus olhos cintilantes em mim

- O que foi meu bem?- Digo com expressão humorada e interrogativa

- Sei lá, eu só... É que no dia seguinte geralmente eu saia na ponta dos pés e sem camisa, não costumava lavar os cabelos dela sabe?- Ele diz a parte final com um pouco de receio

- Quer contar pra mim o que mudou aí dentro?- Pergunto com falso desentendimento e meu interior derrete quando ouço a resposta

- Sinceramente, quer saber o que eu acho? Acho não, tenho certeza de que comecei a amar... E amar muito, poxa Cooper. Destruiu minha postura de bad boy- Ele diz e me vira para ele, envolvendo minha cintura e fazendo uma expressão de manha em seguida

- Ownt modeus, pensa pelo lado positivo... Eu te amo ainda mais- Digo isso e ele volta a sorrir de canto a canto, me puxando para mais perto e me beijando calmamente, com um gosto bem molhado pela água gelada do chuveiro

Depois de alguns minutos, finalmente saio de dentro do box e escovo os dentes, enrolando Meu corpo em um roupão que estava dentro de um pequeno móvel de vidro já que Jughead se apoderou do meu. Olho para ele com uma expressão mortal enquanto escova os dentes, tenho ciúme nesse roupão.

- O que?- Ele fala com cara assustada e boca cheia pela pasta- É mais fofo, e tem seu cheiro- Ele me dá um sorriso amarelo e eu reviro os olhos bem humorada, correndo dali em seguida para me arrumar ou vamos acabar atrasados.

Bom, segunda feira. Temos uns trinta minutos para sair de casa, mas preciso pensar em algo confortável pra usar até o fim do dia hoje... O almoço. Meus olhos quase saem da órbita quando lembro desse infame compromisso.

- O que foi meu amor?- Ouço Jug perguntar quando entra no meu closet, então começo a mexer nas roupas enquanto o respondo

- Lembrei do almoço de hoje, não deveríamos ter a obrigação de ir, já fazemos demais...- Digo e pego as peças de lingerie na gaveta

- Vamos cruzar os dedos para que seja um pouco melhor que o último, e mais, vamos estar lá um pelo outro lembra?- Ele diz e me estende o dedinho

- Na alegria ou na tristeza, te amo demais garoto- Digo e ele me dá um beijo rápido

- Eu amo você minha pequena- Ele diz e anda até o outro canto do closet, onde deixou a roupa dele

Pego uma T-shirt branca que tem escrito em preto "New York City", com um modelo de formatação estilo capa de revista, então a coloco por cima do conjunto de lingerie preto simples. Sem pensar muito, pego um macaquinho jeans escuro, com botões delicados que iam desde a altura do meu cólon do útero até a altura dos meus seios, onde deixei três deles abertos. Pra completar, coloquei um tênis simples branco com alguns detalhes vermelhos e peguei uma bolsa Chanel vermelha de alças douradas.
Saio do closet e vejo Jug já arrumado jogado na cama, homens. Ele assovia para mim e eu começo a rir, que bobo. Sento-me na penteadeira e arrumo o cabelo, deixando-o solto mesmo, repartido para o lado e com pequenas curvas que já se formavam nas pontas. Pego minha bolsa e passo um perfume rápido, então Jug se levanta e anda até mim, entrelaçando sua mão a minha e girando a maçaneta para que possamos sair.
Cruzamos o corredor e descemos as escadas, onde encontramos Alex praticamente dormindo em pé na entrada da casa. Reprimo o riso colocando a mão sobre a boca e Jug anda até ele, o sacudindo e me fazendo explodir em risadas

- De duas uma né meu bom Alex? Conta pra mim, fim de semana proveitoso ou a Betty demorou muito hoje?- Ele diz a última parte rindo para mim, então como uma criança besta dou língua para ele.

- M-me desculpe senhor.. Eu, eh.. Estão prontos para ir?- Alex fala enrolado e Jug volta para perto de mim, me olhando como quem pede para que eu responda

- Claro, estamos prontos sim. Você já foi avisado do destino que teremos depois da escola, eu suponho.- Digo a parte final mais séria e então Jug segura minha cintura com um dos braços

- Certamente senhorita, o senhor Jones ligou para mim ontem mesmo- Ele diz e vejo Jughead com cara de tédio leve ao ouvir o nome do pai, então vem a minha cabeça o principal evento que marcou o ultimo almoço. Digo para mim mesma que tudo ficará bem e respiro

- Certo, vamos?- Jug fala e me olha, então aceno com a cabeça e ele começa a nós conduzir até a saída

Descemos os degraus de entrada e entramos no carro, que levantou uma pequena poeira na estrada e saiu em disparada em seguida, estamos prontos pra mais uma semana... Quer dizer, não garanto muito de mim.
Recosto a cabeça no peito de Jughead, então ficamos observando em silêncio os prédios passando diante da nossa visão através da janela fechada. Jug acariciava delicadamente minhas mãos juntas em meu colo, então sorrio única e ele beija o topo de minha cabeça.

Como rotina, depois de algum tempo Alex estacionou em frente à NY High. Já são sete horas da manhã agora, acredito que Archie e Verônica já estejam aí. Dito e feito, descemos e os encontramos sentados na mesa de sempre. Andamos até ele, que se levantam e nos cumprimentam, Verônica com um bom abraço em mim e Archie com um aperto na mão do Jug
Nos sentamos e passamos alguns minutos ali conversando, então a turma do último ano foi chamada para entrar mais cedo em sala, então lá vamos nós.

-/-


- Quebra de tempo, 12:40 A.m.


O tilintar irritante do sinal anuncia o fim das aulas no primeiro dia da semana. Saímos juntos da sala como de costume, na presença de Cheryl, Toni e Kev também dessa vez.

-Gente, me colore que eu tô bege com esse comunicado do diretor agora!- Cheryl diz abraçada a namorada enquanto andamos pelo corredor, se referindo ao comunicado de mais cedo que nos fez entrar antes em sala 

- Nem me fale, meu estômago tá meio embrulhado até agora com o susto que eu passei- Verônica fala e Archie a abraça 

- Sim! Mesmo que tenhamos recebido nossas notas e que já sabíamos que passamos, quando ele disse que quase oitenta por cento dos alunos do último ano rodou eu entrei em pânico- Diz Kevin

- Gente, é a primeira vez que algo assim acontece na NY High, que prejuízo.- Toni fala com o semblante calmo de sempre

- Com certeza é. Bom, pensar em o que fazer com essa semana off pra gente agora...- Digo e cruzo os braços enquanto Jug envolve meus ombros 

- A situação deve ter sido drástica mesmo, fiquei sabendo que vão fechar a escola essa semana inteira só para esses alunos do terceiro ano... O resto entra em uma espécie de feriadão- Archie fala explicando quando finalmente passamos a porta para saida do prédio 

- Bom, por uma parte tô só olhando pro céu e agradecendo por fazer parte do grupo que passou.- Cheryl diz e nós concordamos silenciosamente- Então, vamos pedra preciosa?- Cheryl fala sorrindo para a namorada que assente

- Bom, até a próxima semana galera.-Toni fala e pega a mão de Cheryl, se dirigindo para o carro perfeitamente vermelho e chamativo no estacionamento 


- Bom, eu vou indo também. Tenho um compromisso- Kevin fala e dá um risinho safado, então corre até a garupa de uma moto que para a uns cem metros de onde estamos. Verônica aperta os olhos e fala:


- Arch, aquele não é o Fogarty? O estagiário que trabalha na empresa? Meu pai eterno, Ele é gay. Eu amei Gente!!!- Vee diz empolgada e sorri com a ideia de ele estar namorando o Kev


- E não é que eu acertei?- Archie diz e sorri, então Vee lhe dá um tapinha e ele volta a abraçar ela- Bom, podemos ir também ébano?


- Claro, vamos sim.- Ela diz e anda até mim, me abraçando enquanto os meninos se despedem- Até depois amiga, se cuida nesse almoço tá?- Ele diz próxima a mim


- Tudo bem, eu consigo- Falo e começo a rir, desejando ardentemente que seja verdade


Archie e Verônica pegam o lado oposto do estacionamento, Jug e eu entramos no carro que já estava estacionado próximo a nós e saímos em disparada na direção da minha antiga casa.


Após algum tempo de trânsito até que bem calmo, Alex ultrapassa o muro do condomínio de casas e estacionamos atrás do que parecia ser o carro dos Jones.
Descemos juntos e eu paro em frente à grande porta branca, eu respiro fundo e meus dedos afundam na pele da coxa descoberta. Jug toca minha mão e da um suspiro, então beija o topo da minha testa em seguida


- Na alegria ou na tristeza meu amor, mas se você quiser ainda da pra correr- Ele diz perto do meu ouvido e eu sorrio


- Não me dê ideias, Jones- Digo e toco a haste de entrada, cruzamos o murro e andamos até a entrada oficial, onde nos encontramos de frente para todas as pessoas sentadas na sala.


Respiro novamente quando todos se levantam para nos olhar, como se nunca tivessem nos visto né?! Então meu olhar dispara quando para nós cabelos cor de mel e pele um pouco menos branca que a minha. O que caralho tá fazendo aqui Polly?!!


- Oi minha filha- Minha mãe fala e anda até mim, me abraçando forçada. Não tenho tempo de tentar separar, a mãe de Jughead também vem abraça-lo e não consigo desviar o olhar do sorriso sádico que está estampado na cara lisa daquela maluca que eu chamo de irmã


- Mãe... O que ela tá fazendo aqui?- Digo finalmente separando ela do meu corpo, então vejo Jug me olhando preocupado de soslaio


- Ela éh..- Minha mãe tenta começar a falar mas é interrompida por Polly


- Sai de férias irmãzinha, a escola interna me deixou vir passar em casa- Ela fala com um deboche nitido- Você não imagina a saudade que eu estava, é um prazer estar de volta.- Meu corpo entra em alerta nesse momento, minha mãe está olhando estranho para ela... Alguém me explica que merda tá acontecendo?


Não tenho mais tempo para pensar nisso, meu interior derrete em melt quanfo ouço uma voz doce e suave gritando da escada.


- BETTY!!!- Vejo Beenzie correr até mim driblando alguns degraus e afastando minha mãe, então quase me derrubando com um abraço bem forte e que emanava saudades


- Jellyan! Aí meu Deus, que saudades de você!!- Abraço ela com força de volta e observo todos voltarem ao que estavam fazendo. Nossos pais foram até o escritório e as mulheres voltaram ao sofá, então fico com Jug e a Jelly ao meu lado... Polly não tirava os olhos de nós três. Separo o abraço e finalmente Olho para a linda mocinha arrumada- Olha só como está linda, como você tá?


- Eu tô bem Bee.- Ela sorri empolgada e eu toco sua bochecha


- E de mim? Ninguém tem saudades?- Jughead fala com manha e Beenzie revira os olhos, então o abraça com força


- Certo, agora sai. Você eu aguento desde que nasci, da Betty eu tô com saudade e com coisas novas pra contar, vem- Jelly fala e me puxa pelo braço, então para na base da escada e olha para o meu namorado que faz cara e choro em frente à porta- Tudo beem, você pode vir também.- Ele dá um impulso no ar e nos segue


Pela brecha da escada vejo que Polly nos acompanha com o olhar, essa maluca vai fazer alguma merda. Chegamos no corredor dos quartos finalmente.


- Também tá com medo da sua irmã, não tá?- Beenzie me desperta do meu devaneio e Jug toca minha cintura


- Eu, Jellybean! Você é observadora demais, aish- Digo e rimos todos juntos


- Não sei vocês, eu tô é com medo dela!- A garota dá de ombros e entra no meu antigo quarto- Espero que não se importe Betty, peguei alguns livros escondida na biblioteca aqui do lado e vim ler no seu quarto


- Tudo bem Beenzie, vem cá- Falo e sentamos todos no chão que ainda tinha meu tapete fofinho.


A Beenzie deita apoiando a cabeça sobre minhas pernas cruzadas e eu recosto o corpo em Jughead. Rimos com algumas reações da pequena com o livro e ouvimos ela comentar a maioria dos trechos, então rimos todos juntos.
De repente ela se levanta e sorri sapeca para nós.


- Vocês já estão finalmente namorando né?- Ela pergunta e eu engasgo em seco


- De onde tirou isso Jelly?- Eu pergunto


- Da cara de bobo apaixonado que o meu irmão te olha- Ela fala apontando para Jughead


- Segredo da gente tá Beenzie? Seu irmão gosta de mim, mas eu tenho que me fazer de difícil por um bom tempo- Sussuro para a pequena e afasto Jughead de mim


- Aí sim, arrasou!- Ela levanta uma das mãos e bate contra a minha- Mas não demora muito, não aceito outra cunhada que não seja você- Ela faz biquinho e volta a se deitar com o livro, então torno a me recostar em Jughead que discretamente beija meu ombro


Ainda rimos por um bom tempo conversando com a Beenzie quando a porta se abre de uma vez e a pequena se levanta em um só impulso assustada.


- Estão chamando vocês para almoçar- Polly fala recostada na porta


- E não poderia ter deixado outra das moças vir falar? Ou ao menos ter batido na porta?- Digo seca


- Eu mesma quis vir falar, vem logo irmãzinha- Ela volta a sorrir sádica, concordo com a Jellyan agora


Nos levantamos e Jellybean pega na mão do irmão, que toca minhas costas para que possamos sair do quarto. Então quando passamos pela Polly, ela segura meu pulso com força e faz com que todos nós possamos parar.


- Essa maré de coisa boa vai acabar, pode confiar em mim. Não vai continuar com essas risadas felizes por muito tempo...- Polly diz ameaçadoramente e dá um aperto mais forte em meu braço antes que eu puxe o suficiente para me soltar.


Penso em falar mas vejo que a Jelly já está um pouco assustada, não falo mais nada e desço as escadas ao lado do Jug e segurando a mão da Beenzie, deixando Polly para trás.


Quando já estávamos todos aconchegados na mesa, alguns minutos depois Polly finalmente desceu e se sentou entre minha mãe e a senhora Jones, no lado oposto onde eu estava sentada entre Jug e Jellybean. Nossos pais saíram do escritório e vieram até nós, então se sentaram um em cada ponta, sorridentes e prontos para começar a falar.


- Acabamos de olhar todos os gráficos e relatórios que foram feitos do mês passado para cá- O senhor Jones começa falando


- Nunca vi números tão altos e abundantes em tão pouco tempo de parceria, estamos indo extremamente bem. Se continuar assim, as próximas gerações das empresas não precisarão se preocupar com dinheiro por mais de uma década- Meu pai fala e pega um copo, meu coração acelera


- Algo me diz que os próximos cinco anos de contrato com certeza só irão disso a melhor meu querido Hal- O pai do Jug torna a falar, é a gota d'água e a deixa perfeita...


Minha irmã se levanta na mesa e olha com sangue nos olhos para Jughead e em seguida para mim, sorri amarga e uma bomba desaba sobre mim quando ela abre a boca


- Fico muito feliz pai! De verdade sabe? É muito bom saber que o contrato selado pelo casamento dos dois pombinhos ali vai nos dar tanto dinheiro assim- Polly fala e sinto tudo ao meu redor esvaziar.


- Que Caralho você..- Jughead fala e Poly o interrompe


- Nem vem falar merda, a mamãe me contou tudo que vocês vinham escondendo de mim! Não vem dizer que é mentira, no início do feriadão na outra semana ela me ligou a noite, contou tudo!- Polly diz e alterna rapidamente o olhar para a minha mãe


Meus ouvidos zumbem e só escuto resquícios da voz da minha mãe, as caras assustadas dos homens na mesa. Minha visão borrada vê lágrimas que já brotam nos olhos da minha mãe, a senhora Jones esconde o rosto nas mãos e Polly continua a olhar com nada mais nos olhos que ódio.
Jughead tenta me tocar, então eu desvio de sua mão e me levanto. Foi tudo muito rápido, eu estava pronta para gritar quando lembrei da única pessoa que não sabia nada nessa mesa, a que estava mais inocente e vulnerável, o motivo de haver uma real preocupação desse ato ter sido anunciado. Ouço um copo de vidro se quebrar no chão e viro a cabeça, Jellybean já tinha lágrimas nos olhos e se afastava assustada da mesa. Torno a mim exatamente nesse momento.


- Beenzie.. E-eu, N-nós podemos explicar. Calma, por fa-favor. Vem a-aqui- Digo tentando não tremer e tentando me aproximar dela junto com Jughead, todos permanecem estáticos na mesa.


- Não se aproximem de mim...- Ouço a voz da menina a qual já sou tão apegada sair com uma raiva incontida, sinto meu coração despedaçar em milhões de pedaços


- Jelly, por favor.. Vamos subir, a gente vai te explicar tudo e vamos conversar...- Jug tenta falar mais calmo mas a Beenzie o interrompe


- Não me chame por nomes fofinhos, SAIA DE PERTO DE MIM!- Ela grita


- Jellybean, Se acalma, você mesma falou lá em cima que..- Eu estou em choque, Jug tenta falar novamente e é novamente interrompido


- Tô pouco me fudendo pro que eu falei lá em cima! Mentiram pra mim, que merda, NÃO PRECISAVAM! POR QUE?!- Ela fala e vejo o redor de seus olhos completamente vermelhos e algumas lágrimas teimosas rolarem- E-eu vou pra casa! Eu.. eu preciso s-sair daqui!


Ela sai correndo da sala de jantar e eu tento ir atrás, mas Jughead me segura e vejo ela cruzar o enorme cômodo. Meus sentidos me alertam da grande onda de adrenalina que me percorre, ódio circula no meu sangue e eu enxugo algumas lágrimas e me viro de volta para todos na mesa. Jughead tenta me segurar com mais força em vão e vejo que ele também reprime algumas lágrimas, então bato as duas mãos com toda a minha força na mesa olhando para a vadia que eu chamo de irmã com o mesmo ódio estático com o qual ela me olha.


- VOCÊ É UMA PUTA DESGRAÇADA! TEM NOÇÃO DO QUE FEZ?! E POR QUE FEZ ISSO CARALHO?!- Grito e ela recua um pouco


- É pecado falar a verdade agora irmãzinha?- Ela tenta manter a pose vadia debochada mas eu conheço quando esta nervosa


- Não, mas precisava ser na frente da Jellybean?!- Digo tentando me estabilizar e ando rápido ao redor da mesa, indo para perto dela e ficando cara a cara


- Eu tô pouco me fudendo- Ela diz com tom baixo e debochado, meu sangue ferve com tudo o que eu sou e tenho


Com um impulso rápido, viro a mão com toda a força que eu tenho na cara nojenta da Polly e antes que ela possa pensar, volto as costas da mão do outro lado do rosto dela. Sempre fui calma, mas quando se trata de nós duas eu é quem sei bater, então pego o cabelo dela e consigo jogá-la no chão, ela cai com toda força e seu rosto completamente vermelho e com a marca de sangue se esconde entre os fios cor de mel.


- Eu tenho NOJO de saber que meu sangue tem o teu DNA!- Digo e então minha mãe se levanta e tenta tocar meu braço- E você nem fala merda nenhuma! Sério isso mãe?! Por que eu não te dei satisfações de pra onde eu ia no feriado você foi correndo contar pra Polly?! Quer saber, você é tão suja e...- Sou interrompida por um grito


Daí pra frente minhas reações foram extremamente rápidas. Meus sentidos percorreram e adrenalina e me avisaram, o grito foi seguido pelo que pareceram vidros quebrando, a freada brusca de um carro.. Não.


-Jelly..- Sussuro olhando para Jughead que deixa lágrimas rolarem, então saio correndo em disparada- BEENZIEEEE!!!


Atravesso a sala sem nem perceber e vejo de soslaio Jughead me seguir, corro pelo gramado da frente e me sinto desabar quando finalmente vejo a cena. A frente do carro amassada pelo impacto e as marcas de pneu na estrada. Sigo meu olhar até a pequena que está jogada no chão, sangue cercava seu corpo. Corro até ela e olho rapidamente sua situação antes de tocá-la.
Ainda está um pouco consciente, tem um machucado horrível em sua cabeça, o abdômen está machucado... Lágrimas minhas e dela se misturam, então ela suspira bem fundo para falar


- Amo vocês...- Sai como um sussuro, mas sinto tudo doer ainda mais


-Calma Beenzie, tá tudo bem!- Falo e finalmente percebo Jughead ao meu lado chorando estático e em desespero- Você vai ficar bem meu amor, nós...- Ela fecha os olhos e amolece em meu corpo, rápido eu a tiro do meu colo e a estendo no chão- LIGA PRA AMBULÂNCIA JUGHEAD, LOGO!!!


- Eu, Eu.. - Ele está desnorteado, não acha o celular


- JUGHEAD AGORA!!! ELA TÁ PARANDOOO- Eu grito e choro cada vez mais alto, começo a massagear o peitoral dela.. Precisa aguentar meu amor. Vejo Jughead se recompor falsamente e pegar o celular, não paro a massagem- Vamos lá Beenzie, tem que aguentar.. Por favor, por favor..- Sussuro para ela que respira cada vez mais devagar.


Depois disso foi tudo um borrão para mim, não sei por quanto tempo fiz isso. Só me lembro da minha roupa cada vez mais lavada pelo sangue que saia pela lateral do abdômen da Jellyan; o qual Jughead tentava estancar com um pedaço de sua camisa. Não parei de massagear um só segundo, sem cansar, incessantemente, até me puxarem de cima dela e meus instintos me dominarem, sem racional algum mais.
Ela foi levada as pressas na maca, uma equipe preencheu todo o espaço na ambulância, tinham tubos para todos os lados, eu levantei e fui até eles, não me deixaram entrar. Saíram em disparada pela estrada, vejo o senhor e a senhora Jones em borrão, correndo até o carro. Minha mãe chorando na porta e meu pai abraçado a ela, sem sinais da Polly... Minha visão torna a si.
Jughead está ajoelhado no chão, a camisa rasgada e sangue pelos braços. Corro até ele, o abraço, precisa levantar meu amor! Não preciso falar, sei que ele está sentindo, o carro dos pais dele param ao nosso lado.


- Entra moleque, vamos pro hospital- O senhor Jones fala com semblante até que preocupado, mas Jughead levanta com raiva e dá um soco na porta


- Nem fudendo!- Ele grita e segura minha mão, ainda chorando.


Ele arranca Alex de dentro do carro, eu não ouso questionar porquê por incrível que pareça quero que ele dirija, tentar impedi-lo no estado que está, isso sim causaria uma grande merda.
Corro até o lado do passageiro e me sento, coloco o cinto e ele me olha, assinto. Um cavalo de pau e o carro  faz a volta, saindo em disparada e em questão de segundos já se faz a quilômetros de distância do carro dos pais.


Chegamos no hospital num tempo cortado pela metade, são quase duas horas agora. Corremos até a recepção, Jellyan foi direto para a emergência traumatológica. Corremos pelas escadas e fomos contidos na porta de entrada. Os pais de Jughead chegaram em seguida.
Comecei a andar de um lado a outro da sala enquanto Jughead escondia o rosto nas mãos sentado em uma das cadeiras. Quase duas horas, ninguém saiu para nós falar nada. Vejo um médico vindo, sinto que é ele. Corro até o meu namorado, toco seu rosto e o levanto, me abraçando a ele.


- Familiares da menina Jellybean Jones?- O médico pergunta olhando para nós


- Isso, cadê minha irmã doutor?!- Jug pergunta


- Ela passou por duas cirurgias ao mesmo tempo, o abdômen foi perfurado na lateral e ela sofreu uma forte luxação no joelho que foi rapidamente estabilizada. Fechamos o abdômen, mas o trauma que ela sofreu na cabeça foi um pouco mais forte e ela está em anestesia geral agora- O médico fala


- Por fim?- Pergunto em pânico


- As próximas horas são cruciais mas... Eu infelizmente não posso garantir nada- O médico conclui e eu desabo mais rápido que Jughead, então escondo o rosto no peito de Jughead que me abraça com força e fecha os olhos.


Eu tento ficar calma, mas Jughead chora cada vez mais forte e alto.


- Bom, como já disse, horas cruciais. Ela tem que acordar da anestesia às seis da manhã, já está no quarto. Só posso permitir que duas pessoas fiq..- O médico fala e Jughead o interrompe


- Somos nós dois! Nós vamos ficar.- Meu namorado diz


- Jughead, nós somos os pais dela- O senhor Jones fala


- Você não ligou muito pra isso na hora de pensar nas consequências que esse contrato trariam a Beenzie. Então só aparece aqui quando ela acordar.- Nunca vi ele responder o pai com tanta força igual agora, então ele segura minha mão e segue o médico até a porta e nós as cruzamos, deixando os pais do Jug segurados pelos seguranças


Fomos designados para uma pequena sala fechada, que era um extensão do quarto onde Jellyan estava. Um lado inteiramente feito de vidro que dava vista para a cidade, o outro lado também com uma grande parte de vidro que dava vista para o nosso pequeno mundo, rodeada de máquinas e com o rosto inteiramente pálido.
Jug balança a cabeça ainda chorando, então o levo até o banheiro. Não consigo falar, então o abraço por um grande tempo, beijando-o quando ele finalmente consegue se acalmar. Tiro sua camisa rasgada e improviso uma com as batas cirúrgicas que tinham ali. Limpo o sangue em suas mãos e levo ele de volta para a cama do quarto. Deixo ele deitado e volto ao banheiro, onde me limpo e tento ao máximo não fazer barulho enquanto choro em pânico.
Prendo o cabelo, tiro os sapatos e jogo a bolsa no canto. Ando até o meu namorado e deito ao seu lado, ele me abraça hora olhando para a cidade, na maioria das horas para Jellyan e nas outras me encarando silenciosamente. Se passaram uma, duas, três, cinco,várias horas.... Então finalmente eu tive forças para falar.


- Na alegria e na tristeza, também na saúde e na doença...- Sai como um sussuro, mas arranca algumas lágrimas do Jug que estende o dedinho para mim


Sinto que ele volta a respirar normalmente, sinto que eu estou voltando a mim. Ele precisa de mim, a Beenzie precisa de nós. Com isso em mente, abraço ele com calma e ele começa a alisar meu cabelo. Esse carinho para lentamente, no relógio só um pouco para meia noite, ele finalmente dormiu.
Por um momento relaxo com a ideia de não ter que ir a aula, preciso da minha versão forte. Com isso meus olhos pesam lentamente e eu durmo ao som da respiração calma do meu menino, que nesse momento acima de tudo, é um bebê que eu só quero guardar e proteger de todo o mal do mundo...



Sem condições para esse capítulo🤧💔
Chorei escrevendo, não tô brincando! Odeio a Polly, Alice pareceu uma criança birrenta fazendo merda por impulso e eu nunca vi uma Betty tão forte contrastando com um Jughead debilitado... Preciso me reestabelecer.
Volto lá pra quarta ou quinta okay? Bjuss 



Notas Finais


Até mais drammers 🤞💖


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