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História Apenas Aprenda a Me Amar-Bughead - Thirty: Estarei bêbada


Escrita por: Drama_queeen

Notas do Autor


Oi meus bens, tudo bem?
Gente, eu só queria dizer que não me orgulho desse capítulo e tenho quase certeza que foi o pior que eu já escrevi. Eu espero de verdade que vocês não desistam de mim porquê eu não me acostumo mais a ficar sem o surto de vcs nos comentários.
Me perdoem, por favor🤧
Me contem nos comentários como vcs estão, essa quarentena tá acabando com a minha vida.

Capítulo 30 - Thirty: Estarei bêbada


Fanfic / Fanfiction Apenas Aprenda a Me Amar-Bughead - Thirty: Estarei bêbada

•••••••••••••••••••••• Polly's P.O.V. ••••••••••••••••••••••

- Quarta Feira; 7:58 A.m.

A manhã gelada percorre meus pulmões e eu acordo. Já fazem dois dias desde a infâme briga com a vadia que eu sou obrigada a chamar de irmâ, mas acreditem que o meu rosto ainda está marcado e doendo pra cacete. Sento na cama e olho para o lado, revirando os olhos em seguida.
Clayton dorme feito uma mula empacada, tenho certeza de que é o pior sexo que faço na minha vida. Mas levando em consideração os últimos acontecimentos e os que ainda estão para acontecer, sou obrigada a mantê-lo perto e bom, eu diria... Satisfeito.
Bocejo e puxo um pouco a coberta já que ainda estou inteiramente nua, então isso é muito mais que suficiente para fazer o senhor demência acordar e me olhar com sorriso besta. Forço um sorriso de volta.

- Bom dia gatinha- Ele fala com um tom meloso na voz

- Bom dia Clay- Digo quando ele se esforça até mim e beija minha bochecha, no canto da boca

- Acordada tão cedo?- Ele pergunta com expressão interrogativa

- Sim meu bem, esqueceu que hoje temos aquele compromisso?- Falo e lhe dou uma piscadinha debochada

- Claro que não... Vamos incendiar tudo meu caramelo- Ele fala e dou uma risada leve, então vem até mim e me beija percorrendo a mão em meu corpo nú- Mas antes...- Ele diz com expressão confusa

- Ah não, lá vêm suas perguntas..- Digo e inevitavelmente reviro os olhos

- Não, essa é fácil. Me conta o que te faz ter tanto ódio da sua irmã...- Ele diz e eu me jogo de volta na cama, então me sinto em nostalgia

- Eu nunca gostei da Betty, sempre foi muito irritante. Mas um motivo em especial de um tempo atrás me fez querer esganá-la...- Digo e as lembranças me invadem como um tiro

> Flashback ON<

"Eu estava no último ano, minha irmã um ano mais nova e consequentemente... Jughead Jones também.
Eu o amava de verdade, eu sabia que ele me amava também, sei que ele me ama. Ele passava a vida se possível brigando e trocando farpas com a minha irmã, e aquilo me enchia porquê eu sei bem o que surge de coisas assim...

Mesmo com ele sendo mais novo, nada impedia o que eu sinto. Mas o amava em segredo, tudo guardado para mim. Até aquela noite... Aquela fatídica noite.
A festa que começou calma, a festa da sua casa Clay. Vi o Jughead brigar com a minha irmã igual a sempre, e depois se jogar no bar. Não consegui contar quantas ele tomou aquela noite, mas foi uma atrás da outra e ele quase caindo de tão bêbado.
Lembro de ele parar no meio de toda a multidão e me olhar, então me segurou pelo pulso e me puxou pela escada. Eu não recusei, claro que não. Entramos em um dos quartos e eu já estava pronta para começar a tirar a roupa, quando ele me abraçou e estava prestes a me beijar, então as palavras mais fodidas que ele poderia falar jorraram de sua boca...


" Você tá tão linda Cooper, não imagina o quanto eu esperei por esse dia... Eu te amo tanto, Bee"


Aquilo me atingiu como um tiro, ele amava a minha irmã.. Não a mim. Tentando engolir a decepção eu tentei tirar a roupa, mas ele pareceu confuso e em seguida caiu na cama completamente apagado. Estava com cheiro de drogas no corpo, como se alguém tivesse dopado ele.
Eu chorei um pouco olhando para ele apagado na cama, e com o ódio que estava sentindo tirei minhas roupas e puxei a camisa dele. Fiz fotos, vídeos e guardei... Antes era só forma de lembrança, do dia em que quase consegui o que eu sempre queria. Mas hoje em dia, eu imagino que possa servir para outra coisa mais...


>Flashback OFF<


-... E não é que esse dia realmente chegou?- Faço uma expressão no mínimo sádica, então sorrio com amargura


- Okay... Agora me lembre exatamente o que vamos fazer?- Clayton fala com sua famosa expressão de demente e eu inevitavelmente reviro os olhos


- Ahh meu Deus!!! Vamos até o hospital e mostraremos esses vídeos e fotos para a Betty.- Digo e ele balança a cabeça


- Mas Polly, não acha que ela vai só ignorar porquê na época ela não tinha nada com o Jughead?- Ele fala


- Ohh sua anta, e por que você acha que quando eu cheguei da Suíça já sabendo de tudo, no mesmo dia nós fizemos os vídeos e fotos com o tal do Sweetpea, o primo do Jughead?! Ele se parece o suficiente com o Jug, de costas aquela idiota não vai saber nem a diferença. Quando ela não acreditar, mostraremos esse com data mais atual, que é uma data dentro do casamento deles e do namoro, porque eu tenho certeza como aqueles dois estão sim namorando- Digo com tons de voz que alternam entre raiva e nojo


- Agoora eu entendi..- Clayton fala com voz demente


- Nossa, que descoberta né sua anta? Agora levanta, temos que tomar banho e levar esse belo baque para a minha irmãzinha. O Jughead vai pagar por ter me ignorado, a Betty vai sofrer com cada centímetro do corpo dela e eu vou ter tudo que eu sempre quis.- Digo e meu rosto toma feições maldosas


- Você me dá medo as vezes, não sente nenhum remorso pelo que fizemos?- Clayton diz e eu me viro para ele


- O que eu fiz não, o que você fez meu amorzinho! E a Betty merece, estou pouco me fudendo- Digo e me levanto, desfilando nua até o banheiro- Amanhã cedo passaremos na NY High, pegaremos aquelas fichas do tempo em que você estudava lá e nos mandamos pra Suíça daqui a uma semana, só nós dois...- Digo com tom mais safado e induzo ele até mim com o dedo


- Vamos comemorar isso então meu caramelo...- Ele anda até mim e me empurra para dentro do banheiro. Nunca vi alguém tão controlável.. Bom, não mandei pensar mais com a cabeça de baixo do que com a de cima...


-/-


Saímos do banheiro a um pouco mais de meia hora, usando um short jeans branco e curto com um cropped rosa de mangas longas finalizado por um tênis da Adidas meio floral, eu adentro o carro do Clayton e nós saímos em disparada no longo caminho para o hospital onde aquela ratinha desprezível está internada.
D


epois de um trânsito um tanto quanto estressante, exatamente às nove e meia, finalmente o carro estaciona em frente ao hospital. Praticamente pulo de dentro do veículo e vou até a entrada, driblamos alguns seguranças e fomos direto para o elevador. Algumas informações aqui outras ali, descobrimos o quarto da Jellybean.
Abro a porta com um baque e todos os olhares da sala são voltados para nós. Archie me olha incrédulo e se põe praticamente a frente da namorada nojenta dele, que me olha com fervura na expressão. Jughead se levanta e nos olha ainda desacreditado, se colocando ao lado... Ao lado da vadia loira que me olha como quem vai voar no meu pescoço a qualquer momento.

- Ooi- Digo com tom arrastado e debochado

-Mas que... Que caralhos estão fazendo aqui?- Jughead fala com o tom alterado e eu dou leves passos para perto da cama onde Jellybean aparenta dormir

- Sem estresses... Nós só viemos aqui para ver essa doce...- Desloco minha mão para tocar a testa da menina então sou bruscamente interrompida

- Não, ouse... Não ouse tocar a Jellyan!- Betty segura meu pulso com toda força, então puxo meu braço e sorrio com deboche para ela

- Enfim, o Real motivo de eu vir aqui é para te mostrar uma coisa que sei que você vai amar!- Falo empolgada e puxo o celular da bolsa, então todos me olham intrigados

Dou play no vídeo da festa e todos olham incrédulos enquanto eu sorrio sádica. Os olhos da minha irmã começam a tomar tons vermelhos ao redor, atingi o ponto certo.

- Bee, eu..- Jughead tenta falar mas Betty o interrompe com a mão

- D-de quando foi isso?- Ela me pergunta prestes a chorar

- Bom, esse vídeo e essas lindas fotos foram todas na festa do Clayton, ano passado...- Digo e ela parece tornar a respirar, como eu já imaginava

- Então eu realmente não sei o que você está fazendo aqui sua idiota.- Betty começa a falar e olha para Jughead- O Jug e eu não tínhamos nada aí, se o seu objetivo foi abalar mais ainda o momento que estamos vivendo, sinto te dizer que...- Interrompo-a

- Calma aí, eu não terminei- Digo e dou o play no outro vídeo, então ela pega o celular da minha mão quando começa a assistir

Da pra acreditar que eu consegui?!

•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. ••••••••••••••••••••••

Meus olhos não queriam acreditar no que viam. Polly sorria com desdém para mim enquanto eu via o vídeo, onde a minha irmã se contorcia de prazer no colo do Jughead que permanecia de costas para a câmera enquanto gemia o nome dela.
Devolvo o celular a ela, não quero ver mais nada. Meu coração não silencia, faço a pergunta da qual estou com tanto medo.

- E esse? De quando é?- Digo e meu coração despenca com a resposta

- Do dia em que cheguei da Suíça de férias- Polly fala com seu deboche nítido

- Betty, eu te juro que não faço a mínima ideia de que vídeos são esses! Acredita em mim meu amor, eu..- Jughead começa a falar mas eu o interrompo

- Olha, engolir uma dessas antes do café da manhã é meio pesado...- Digo tentando sorrir, então ando devagar para longe do meu... Seja lá o que ele for agora.

Estou em choque, pânico domina o meu corpo agora. Todos na sala estão quietos e calados, os olhos... Tristes? De Jughead me olham em pedido para que eu o escute.

- Certo Polly, já fez demais não acha sua vadia egoísta?! Faz o favor e desaparece daqui!- Escuto a voz alterada de Verônica ir contra a Polly como um furacão, ainda permaneço estática

- Tchauzinho Jug..-Polly manda um beijo no ar para o Jones e eu simplesmente não esboço reação

Archie fecha a porta com um baque depois que a minha irmã e o Clayton saem.

- Bee, amiga.. Se acalma, tem alguma explicação para isso- Verônica escolhe cada palavra e as fala com cuidado

-Explicação Verônica? Qual explicação?- Falo sem me alterar e com um riso único. Lágrimas ameaçam jorrar de mim a qualquer momento

- Meu amor, por favor..- Jughead tenta falar

- Não me chame de meu amor!- Dou uma risada cortada- Você me traiu Jughead, com a minha irmã! Mais que ninguém, você sabe o quanto a Polly me fez mal. Mas nada te impediu... Nem sequer pensou em me contar que já havia ficado com ela? E que queria, e ficou, outra vez?! Você sabe o quão frágil eu tô, com tudo o que aconteceu com a Beenzie, o quanto o meu interior tá apertado!

- Bee..- Ele dá um passo na minha direção e tenta me tocar

- Não ouse encostar um só dedo em mim! Eu quero que você suma, que não me olhe nunca mais!- Falo com a dor eminente já esborrando de meus olhos- Terminamos aqui... É isso. Nosso namoro acabou.- Falo recuando e tentando processar o que se passa na minha cabeça

- Betty, não! Precisa me ouvir- Jughead fala

- Não, eu não preciso.- Sorrio e estou prestes a sair da sala agora.- Eu vou embora, nem sequer pense em vir atrás de mim. Eu quero ir pra casa, pensar o que vou fazer e...- Não aguento mais falar, corro de dentro do quarto enquanto o choro me domina.

- Bee, não!- Ouço Jughead gritar e ser segurado por Verônica em seguida

Paro em frente ao elevador, cansada pelo percurso meio grande até aqui, pressiono o botão várias vezes e nada acontece. Ando de um lado a outro, as mãos pousadas na testa me pergunto... Por que comigo? Por que não me deixam ser feliz, por apenas um minuto, por que sempre comigo?!

- Bee..- A voz calma da Ronnie ecoa, então sem pensar duas vezes me jogo em seu abraço e coloco tudo para fora

- Só... me tira daqui.- Digo tentando me acalmar, então entramos no elevador

Depois disso tudo foi um borrão para mim. Não me lembro como chegamos ao carro, apenas de estar jogada no banco do passageiro olhando para o horizonte enquanto Verônica dirigia em direção familiar.

- O que eu tô pensando... Faça a volta por favor Ronnie,  a JB pode acordar, eu preciso estar...- Adivinhem quem foi interrompida?

- Não, nós vamos pra sua casa, você vai processar o que acabou de acontecer e depois voltará lá pra ver a Beenzie- Verônica fala e um silêncio se instala no carro. Volto a olhar para a janela quando a ouço respirar fundo, lá vem pergunta então olho para ela- Amiga... Você não acredita que ele fez isso, acredita?

- Como eu posso não acreditar Vee?! Você também viu, a data, tudo! Era ele, gemendo e contorcendo o corpo da Polly, beijando ela..- Paro com o nojo que cresce em minha boca e o carro estaciona, em frente à minha casa.

- Vem cá meu amor- Ronnie me puxa para um abraço e ficamos lá por um bom tempo- Vamos entrar...

Todas as minhas lembranças a partir daí voltam a ser borrões. Entro no meu quarto, mas não sei como cheguei aqui. Estou deitada na cama, mas não sei como andei da porta até aqui. Olho o céu azul deitada no meu balanço suspenso, na varanda, como cheguei aqui?
Verônica abre a porta com um cheiro enjoado de sopa, passam das doze horas, mas eu não sei como passei todo esse tempo.

- Vem Bee, precisa comer- Ronnie me chama e eu ando até ela

- Não me leva a mal amiga, mas eu só preciso ficar só...- Digo e ela encurta os lábios

- Você sabe que ele não fez isso Bee..- Ela fala apelativa

- Na verdade eu não sei mais de nada... Mas eu juro com todo o meu coração que queria saber.- Falo com o choro ameaçando voltar, então deito na cama de costas para Ronnie.

Ouço a porta se fechar e a minha amiga falar com alguém, creio que no telefone, sobre mim e o quanto estou mal. Bom, estou mesmo então que se foda.

Observo o sol fraco além da varanda, centralizado no céu e se movendo em seguida. O relógio faz barulho a cada hora, se passam uma, duas, quatro, seis, oito horas... Deitada na cama a todo mínimo segundo.
Faço um esforço e me levanto, Verônica deve estar exausta de mim. Saio porta a fora, apoiada nas paredes para não cair, me sentindo tonta e fraca. Desço as escadas e encontro a minha amiga assistindo algo qualquer na televisão.

- Vee...- Digo baixinho, mas é suficiente para que ela ouça

- Betty, que bom que levantou amiga! Falei com o Archie agora a pouco, a Jellybean ainda está na mesma só que o Jughead sum...- Ela fala como tiros então eu toco a cabeça e a Interrompo

- Eu realmente não quero saber dele. Eu só preciso de analgésicos, uma cama e alguma coisa quente. Obrigada por existir amiga, mas você pode ir, de verdade... Vá para perto do Archie.- Falo com o peso no coração de saber que o Jughead certamente não está com a irmã e Archie está só com ela

- Não Bee, você não pode ficar sozinha- Ela diz cuidadosa

- Está tudo bem Ronnie, eu estou bem no fim das contas. Cuide da Beenzie por mim, eu só preciso... Eu só preciso descansar.- Digo e sinto meus olhos mareados

- Me sinto uma idiota por estar fazendo isso. Amiga; não se machuca por favor.- Ronnie toca minhas mãos e eu assinto- Eu vou mas volto amanhã bem cedo, assim que eu for com o Archie na NY High pegar alguns papéis para ver se conseguimos avançar com a posse da empresa.

- Tudo bem Vee, eu tô bem- Digo e ando com ela até a porta. Lhe dou um abraço bem apertado e a vejo ir embora em seguida depois de me olhar várias vezes, eu entro.

E quer saber? Eu não tô nada bem.

Sento no degrau da porta de entrada e passo alguns segundos ali, então me levanto e corro com todas as minhas forças chorando mais do que o possível. Chego ao corredor dos quartos e começo a andar devagar, é inevitável ir até o quarto... O nosso quarto.
Toco os lençóis onde senti o amor de Jughead, o cheiro dele que ainda domina sob o meu. As roupas jogadas e o banheiro onde ele lavou meu cabelo. Sento no vaso e as lágrimas que já não contive antes saem de mim cada vez mais.
Levanto o olhar e lá está, o moletom de costume. Cinza e com bolso canguru... Está aí a coisa quente da qual preciso. Inconsciente, começo a me despir e só resta a parte de baixo das minhas roupas íntimas. Toco o moletom e o puxo até mim, saio de volta para o quarto abraçada a peça de roupa, me olho descabelada no espelho e o redor dos olhos vermelhos e ardendo... Visto o moletom. Seu cheiro toca o meu corpo, estou completamente em estéreo, não faz mais sentido... Eu vou descer e beber pra caralho bem agora! E se algo mais tiver de acontecer, eu estarei bem bêbada.
Desço as escadas e vou até a área da piscina, então entro no que eu decidi batizar de adega e ligo o som alto em qualquer que seja a música que estava programada. Pego garrafas de Gym, energéticos, Whiskys e diferentes tipos de Vodka. Garrafa após garrafa, misturando e inventando, minha cabeça gira sem sentido...
Uma onda me invade, acho que subi num freezer e comecei a dançar? Que seja!

- EU LEVEI UM BELO PAR DE CHIFRES!!- Grito para mim mesma e começo a rir frenética, a garrafa de Vodka e de Gym intacta na minha mão- Da vaca da minha irmã... E do homem que eu amo.

•••••••••••••••••••• Jughead's P.O.V. ••••••••••••••••••••

Estaciono em frente à nossa casa. Passei o dia inteiro pensando e não faço a mínima ideia de onde vêm aqueles vídeos... Mas a Betty não me escuta. Archie me conteve no hospital e meu único consolo foi saber que tanto ele quanto Verônica acreditam em mim quando digo que nunca fiquei com a Polly, eu não faço a menor ideia de como ela tem aqueles vídeos.
Sem enrolar, saio do carro e adentro a casa, já passam das onze da noite agora. Corro para o andar de cima, abro todas as portas e não encontro a Betty. Meu coração aperta, se ela fez alguma coisa que não devia por culpa minha eu juro que não sei o que faço comigo.
Corro até a varanda do quarto dela e vejo as luzes da piscina acesas, meu Deus onde tá você meu amor...
Volto a correr até o andar de baixo, driblo alguns móveis e chego a área da piscina. A adega está aberta, um som alto vem de lá e meu coração estabiliza.

- Bee, meu amor..- Tento falar mas me Interrompo ao ver a cena. A Betty está jogada no chão, rosto vermelho e o meu moletom cobrindo seu corpo. Várias garrafas vazias espalhadas ao seu redor

- O que está fazendo aqui?- Ela pergunta enxugando os olhos e tentando não me olhar

- Eu quero conversar. Betty, por favor, eu não sei o que...- Hoje não é meu dia, sou interrompido

- Você quer conversar, mas eu não quero! Vá atrás da Polly, ame ela como quiser... Eu já estou fodida o suficiente, meu psicológico tá num nível que realmente não precisa de mais ninguém me machucando.- Ela fala e cada nova palavra me atinge como um tiro

- Meu amor, precisa acreditar em mim... Eu te amo tanto.- Dou um passo na direção dela que recua, começo a chorar sem nenhum precedente

- Amor... Como pessoas fodidas como nós, com cérebros fodidos como os nossos, como sabemos o que o amor é? Eu tô sentindo meu corpo vazio, um pedaço importante foi arrancado de mim... Você.- Ela fala e a dor na voz é transparente. Nossos choros se misturam e nada nunca me quebrou tanto assim.- Espero que vocês sejam felizes

- Pare de falar Como se eu amasse a sua irmã!- Me altero, mas ela não recua

- E NÃO AMA?! Eu vi o vídeo, o jeito como a beijou! Você sabe tudo que aconteceu comigo, decidiu me amolecer e cuidar de mim... Para que? Pra me machucar assim?- Ela fala e cambaleia para o lado- Não precisava! Sério, por que precisava me trair? Todos os anos me desprezando não foram o suficiente?!- Ela diz e da um passo torto para frente, então manda o resto do líquido da garrafa para dentro. Está tonta, ela vai cair...

- Betty... Você tá bêbada demais! Você nunca fez isso, você nem...- Ela corta minhas palavras

- É porque você vai embora, como todo mundo vai! E AGORA EU PRECISO ESTAR CHAPADA O TEMPO TODO, PRA TENTAR TE TIRAR DA MINHA MENTE!- Ela me afasta para o lado e anda até a borda da piscina- Você me quebrou, Como ninguém jamais conseguiu. Quebrou meu coração e eu te odeio, porque continuo a te amar com todas as minhas forças.- Sua voz sai quase como um sussuro... O Sussuro que mais me machucou no mundo.- Me amou de verdade algum momento?

- Eu não te amei, eu te amo! Eu não faço a mínima ideia de como a Polly tem aqueles vídeos, eu não me lembro de absolutamente nada, eu te juro que não beijei ou fiz qualquer outra coisa com a Polly, acredita em mim, EU TE AMO DEMAIS BETTY!- Vou falando e me aproximando dela que olha fixamente para a piscina

- Vai embora...- Ela olha para mim, chora incontidamente e mesmo assim ainda tenta esboçar um sorriso... Que merda tá acontecendo com a minha vida.- Cuida da Beenzie, eu prometo que amanhã ou depois eu já vou estar bem o suficiente. Eu te amo demais, mas se esse contrato ainda precisa perdurar, eu prometo conservar todos os meus sentimentos no gelo... Da licença, eu vou beber.- Ela passa por mim e entra na adega novamente

Meu interior se contrai e eu choro cada vez mais. O choro alto e ao mesmo tempo abafado da mulher da minha vida ecoa em meus ouvidos, eu não posso ficar aqui. Saio em disparada até a entrada, ignoro o carro e pego a moto que estava na garagem.
Piso fundo, quero abrigo. Minhas lágrimas esfriam no rosto e eu acelero mais e mais, sei exatamente para onde ir. Quero ver Nova Iorque em seu mais puro caos em um lugar que me traga a sensação do abraço dela, o nosso fim do mundo.
Driblo alguns carros, não escapo dos sinais vermelhos. Acelero como posso e sei que estou excedendo o limite, mas de verdade nada mais faz o mínimo sentido pra mim.
Depois de quase uma hora chego no lugar, ando até o limite e volto o meu olhar para o chão. A presilha ainda está lá, a presilha de estrela cadente. Grito, incontido, choro. Por que nada consegue ser simples para mim?!

- Eu só preciso descansar o meu corpo do seu lado de novo meu amor...- Sussuro com mais dor do que se é possível para um ser humano

•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. •••••••••••••••••••••••••

Desde que Jughead saiu daqui não faço nada mais que chorar. Meus pensamentos estão confusos, o álcool deve tá fazendo algum efeito afinal. Minha visão embaçada procura um relógio, estou bebendo há mais de cinco horas.
Já passam de uma da madrugada, tateio pelo freezer por mais garrafas, restam algumas e eu não desperdiço. Ando até a espreguiçadeira na área da piscina, sento e deixo os meus sentidos se guiarem.
As músicas calmas e o interior preenchido por álcool. Continuo a beber mas já me perdi de mim, não faço a mínima ideia de onde estou.

Tudo ao meu redor está girando e gritando o quão insuficiente sou, duas da manhã.

Meu interior está cada vez mais frio, estou gelada por fora e a bebida que continuo a consumir em abundância não consegue me esquentar, três da manhã.

O céu cinza indica mais um dia de caos em Nova York, mas perdeu a poesia, não vejo mais beleza, outra garrafa, quatro da manhã.

Passei a noite em claro, olá Quinta feira. Meu organismo se encontra dominado por álcool, não parei de chorar um segundo sequer, onde será que o Jughead está a essa altura?
Tento me levantar mas o chão me puxa, perco os sentidos e a direção, minha visão escurece completamente e o meu coração que eu não sentia bater desde o vídeo do dia anterior solta uma lamúria aprisionada. Então para novamente. Estou perdendo qualquer força que me restava.
O chão me puxa, sinto o impacto contra o calçadão gelado ao redor da piscina. Algo escorre da minha cabeça, minha visão que já não via nada agora se fecha por inteira. Estou desmaiada? Estou morta?

De toda forma, não me importo mais.

Cinco da manhã.



Aí meu Heart!
Minha gente eu tô desolada com esse capítulo, mesmo sabendo que ele ficou uma merdita. Desculpem de verdade pelo capítulo ruim, eu acho que quis transmitir muita coisa nele e no fim não consegui transmitir nada. Não desistam de mim, eu juro que vou melhorar.

Enfim, volto Sexta ou Sábado tá?


Notas Finais


Até mais drammers🤞💖


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