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História Apenas desejamos viver até amanhã. - A Cidade dos Negócios e a Merda da Realidade - D



Notas do Autor


Prazer, Pedro. Essa é a história do começo, a introdução ao que não sabemos o que irá se tornar, espero que gostem.

Capítulo 4 - A Cidade dos Negócios e a Merda da Realidade - D


Fanfic / Fanfiction Apenas desejamos viver até amanhã. - A Cidade dos Negócios e a Merda da Realidade - D

São 2 dias antes do início, São Paulo, 1 de Outubro:

-Mas que porra é essa Daniel?! Essa merda de contrato é pra ontem, se não conseguirmos fechar  a tempo estamos fudidos, a empresa já está por um fio e você sabe disso. -  Vejo um jovem muito distinto entrar na sala de reuniões do nada.

Esse jovem na verdade se chama Drake, meu co- CEO e meu melhor amigo, nos formamos juntos e desde então seguimos com essa vida de negócios, mas acredito que ela não vá durar muito mais.

- Aqui, consegui fechar o negócio, 7 milhões de reais, estamos de volta aos negócios.

- Obrigado Drake, sempre salvando esse resto do que já foi uma multinacional.

Subo até o terraço e entro no meu helicóptero:

- Liberdade, tenho que fechar negócios com os japoneses.

Termino a reunião, percebo que não estudei administração em Harvard pra isso... Decido voltar a pé pra casa, não consigo parar de refletir se eu realmente quero isso pra mim. "Pelo menos eu sou jovem." Andando pelas rua desse bairro lotado,  paro em uma dessas bancas cheias de mangás, pego para ler o mais recente jornal:

"JORNAL ONTEM

Restaurante "Don" é considerado 4º melhor do mundo, seu chef ganha um episódio próprio em série do Betflix

Revanche Julinho Jaime vs. Robertinho da Paulada, luta do século?

Esquadrão inseticida contrate agora!

Cientistas percebem "evolução" humana

O feto do Nassau pode voar

Aulas livres se espalham por todo país

Piada do dia:  Sua vida "

Nada de interessante. Pego o metrô e vou até meu apartamento na paulista, chego em casa, como sempre coloco qualquer coisa pra passar na TV até que durmo. No outro dia, sirvo meus cereais matinais e pego meu todyito na geladeira, penso em fazer algo de interessante, então ligo para Drake:

- Ei, quer vir aqui? - Quando ele atende, logo o pergunto.

- Fazer o que?

- Qualquer coisa, sei lá, batalha de katanas?

- Tô chegando.

Desde de criança gostei de armas, de todos os tipos, tentei aprender a utilizar o máximo de "classes" de armas, isso veio provavelmente pois meu pai deixava eu utilizar a pistola de delegado que ele possui quando íamos à fazenda do meu avô. Desde então coleciono armas, mas pra quê tê-las se não vou utilizá-las? Então chamo Drake ( meu melhor amigo ) pra lutar e esse tipo de coisa. Nesse momento ouço a campainha, atendo a porta e convido meu singelo amigo a entrar, sirvo dois copos de whisky com gelo, trocamos ideias e falo pra ele sobre este sentimento monótono que começa a pairar sobre minha vida, essa falta de sentido e rumo. Ele responde:

- A vida nunca terá sentido até você dar um à ela. Ou... Até a gente comprar aquele iate e fazer um cruzeiro no Caribe.

- A gente faz isso outra hora.

Começamos a luta, dois homens com ternos em cima de uma cobertura de um prédio, já possuímos diversas cicatrizes de batalhas anteriores, sim, não temos limites. Ele investe, desvio e bato a bainha em suas costas, ele cambaleia e volta com tudo, me defendo de seu ataque, ele tenta me acertar, passa perto, acabo de perder minha gravata de seda italiana.

- Hahaha seu trouxa.

Enquanto ele ria jogo sua espada pra longe, a espada cai do prédio, até hoje imagino o que pode ter acontecido com essa katana com uma afiação medonha caindo de 36 andares... Depois disso paramos e começamos a rir, voltamos ao apartamento.

- Drake, eu não te chamei exatamente pra isso.

- Merda Evans, sabia que não tinha me chamado pra isso.

- Não tá dando certo cara, ambos sabemos disso, sem contar que a qualquer momento podem descobrir as fraudes fiscais e a lavagem de dinheiro dos caras... Temos que vender a empresa o mais rápido possível e nos livrar desse peso.

- O que?! Que fraudes, que lavagem? Como você não falou nada sobre isso?! Você estraga nosso sonho sem mais nem menos, cagando pra porra toda?! Eu nunca vou vender essa empresa, construí com meu sangue e suor e agora isso.

- Na verdade, já vendi, os japoneses tomam posse oficial dela em 2 dias.

- Adotado oportunista do caralho, eu achei que te conhecia seu pedaço de merda mal cagado, vou embora daqui.

Drake passa pela porta e bate ela, fazendo todo apartamento tremer, queria ter como mostrar pra ele que essa era a melhor escolha.

O dia se passa, me sinto um merda desde então,  fui ao trabalho no outro dia, avisei que eles apenas teriam outro chefe, mas os compradores me enganaram, me disseram que iriam  desfazer minha empresa e demitir meus amigos e parceiros, me senti na obrigação de contar a eles as más notícias, e fiz isso, mesmo com todos aqueles olhares de ódio e de quebra de confiança, não me importei com nenhum deles, na minha cabeça,  só conseguia ver olhar que Drake tinha me feito no dia anterior e sua expressão de desgosto.

Depois dessa manhã "maravilhosa",  vou até o heliporto e pego o helicóptero até meu prédio, porém, no meio do voo ouço barulhos que reconheço como de tiros, ainda mais, pois pode-se ouvir os sons com um fone à quase 1 km de altitude. Pude ver policiais atirando em civis descontrolados, que corriam em direção a eles e faziam movimentos desordenados, e mesmo após os tiros, continuavam correndo e os atacando, depois de pousar voo, desço do helicóptero e corro para a borda do prédio, posso ouvir os gritos assustadores e desesperados.

                                                                                              _

Sentia remorso após aquela noite, afinal Evans era meu melhor amigo, voltei então ao apartamento dele, ao chegar percebi que tinha quebrado a porta, ela não trancava mais, toquei a campainha e ninguém atendeu, só entrei, ele não estava em casa, contudo, estava ouvindo barulho de um helicóptero, que pensei que era o seu.

 Estava subindo até o terraço, onde ficava o heliporto. Cheguei e vi Evans olhando para baixo, mas tinha outra pessoa, o piloto, ele ia em direção ao meu amigo, mas de forma estranha, cambaleando e desgovernado, eu não entendo a situação, mas fico com medo, grito "EVANS!", mas quando meu amigo se vira, o piloto se choca contra ele, fazendo os dois despencarem da construção, tudo que pude ver foi o olhar do meu amigo, de alguma forma, senti tudo que ele pensou, uma expressão de desculpa e vergonha, parecia que ele nem pensava no que estava acontecendo, só em mim, tudo acontece em questão de segundos,  minha vida desaba, caio na real, eu estava sozinho. 


Notas Finais


;) (:


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