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História Apenas Diversão - Apenas Amigos.


Escrita por: xPINK

Notas do Autor


Boa noite sz

Capítulo 32 - Apenas Amigos.


— Você realmente vai ficar brava comigo? — Natsu perguntou pela terceira vez, rindo. Ele estava achando muito engraçado a minha frustração.

— Sim, ainda mais agora que me lembrei que tinha que ter ficado brava antes! — comento cruzando os braços. — Como assim eu vou ter que conhecer a sua família toda? O que eles vão pensar de mim? — perguntei ansiosa.

— Relaxa, eles vão gostar de você. — afirmou tranquilamente, sorrindo de canto enquanto mantinha as mãos no volante.

— Tá, mas o que eles vão pensar? — pergunto e ele me encara confuso. — Aposto que nunca levou uma “amiga” na sua casa. — afirmo seriamente, o que faz ele pensar e perceber o que eu queria insinuar. 

— Agora você vai sentir um pouquinho do que eu senti na pele. — comentou de volta, sorrindo diabolicamente. — Mas vai ficar tudo bem, ok? — disse tentando me tranquilizar um pouco após a evidente provocação. — É só ficar longe das minhas primas. — aconselhou.

— Por favor, não me diga que o seu pai ou pior, a sua mãe é uma louca enciumada igual ao meu pai? — pedi esperançosa.

— Na verdade a minha mãe vai ficar confusa com você, porque Cana colocou na cabeça dela que sou gay. Nunca me dei o trabalho de desmentir também, mas acho que a minha mãe é esperta o suficiente pra saber que é a Cana que está escondida no armário há muito tempo. — contou, fazendo-me ficar boquiaberta com essa pequena história, foi muita informação jogada de uma vez só. — Eu também nunca apresentei nenhuma namorada antes ou levei alguma garota pra casa, você é a primeira. — revelou e eu o encarei no mesmo instante. 

— Mas você teve namoradas. — digo confusa. 

— Sim, mas eu nunca levei elas para conhecerem a minha família. — respondeu firmemente. — Nunca. — reforçou isso.

— Por que nunca? — repito dando ênfase na palavra, essa era uma informação bastante reveladora.

— Porque eu sabia que não ia durar. — respondeu dando de ombros, me fazendo ficar levemente chocada. Como ele esteve em um relacionamento sabendo que não ia durar? Era tempo emprestado até ele se cansar delas?

Engulo em seco, ignorando essas perguntas que rondavam a minha cabeça.

Nunca estive na Califórnia antes, dizem que é uma cidade de bastante sol. É uma pena que eu tenha a conhecido pela primeira vez no inverno, mas mesmo assim parece ser bastante calorosa e agitada.

Eu também estava ciente de uma coisa antes de vim para cá, de que o Natsu é um cara rico. Mas não imaginava que fosse daquele tipo de rico... Do tipo que me deixa nervosa em ver tantas coisas caras e luxuosas. Caramba! Como alguém pode ter tanta grana assim? Parece tão impossível encarando essa mansão. Eu pensei que casas, quer dizer, mansões como essas fossem coisa de cinema.

— Vejam só! — uma garota alta, de pele bronzeada e intensos olhos castanhos claros, assim como o seu cabelo. Abre os braços, correndo em direção ao Natsu que a pega em um abraço apertado. — Nat está de volta! — a garota diz sorridente ao descer do seu colo.

Nat?

Quando ela diz esse apelido Natsu faz cara feia e revira os olhos resmungando algo para ela que não consigo entender. 

— E... Trouxe uma amiga. — ela diz surpresa, realmente surpresa. — Prazer, sou Cana. Irmã do Nat. — disse sorridente, apertando a minha mão firmemente e eu me apresentei de volta. — Achei que fosse trazer os irmãos GG novamente. — contou humorada.

— Eles estavam ocupados com os lances deles. — Natsu respondeu simplesmente.

— Mamãe vai ficar surpresa. — Cana diz rindo. — Isso vai ser hilário, uma pena que já estou de saída.

— Opa, onde você vai? É aniversário da nossa irmã. — o rosado a lembra.

— Eu sei, estou indo buscar o presente. — a morena respondeu sorrindo. — Com o meu novo carro! — ela diz balançando a chave na mão, enquanto comemora andando e dançando.

— Tenta não morrer. — Natsu diz ironicamente e a irmã o mostra o dedo do meio.

— Não fui eu que tive uma conversa com o papai sobre as multas de excesso de velocidade que teve no verão passado. — ela diz com um sorriso vitorioso, dando de ombros enquanto caminhava em direção ao que parecia ser a garagem. A garagem deles parece ser a minha casa... 

Fico em silêncio, achando engraçado o fato deles serem tão parecidos. Não só na personalidade, mas na aparência também. Quero dizer, Cana é linda... Do tipo que poderia desfilar em uma passarela e ela ainda tem esse jeito ousado. Caramba, acabei de conhecer a versão feminina do Natsu e me atrai por ela também. Céus...

— Acho que não vim vestida apropriadamente. — murmuro nervosamente quando voltamos a andar em direção a aquela imensa porta de madeira branca.

Realmente, calça jeans, um tênis velho e surrado, junto com uma camiseta escrito "eu amo artes" não parece ser apropriado pra essa mansão. Eu sabia que devia me arrumar melhor, porque são nove horas da manhã e a irmã dele está usando calça jeans justa, uma blusa cigana verde e saltos, as noves horas da manhã!

— Isso é por causa da Cana? — questionou rindo. — Ela gosta de se manter arrumada vinte e quatro horas por dia, os únicos momentos que ela não está usando salto alto são durante o banho e a hora de dormir, fora isso nunca vi outra coisas em seus pés. — comentou em um tom brincalhão, conseguindo me arrancar uma risada e ao mesmo tempo, me fazendo respirar aliviada.

Entramos naquele enorme “palácio” e de longe avistamos uma mulher sentada em uma poltrona sozinha. Ela tirou os olhos de uma revista da Vogue que lia e levantou o olhar para nós. Um enorme sorriso estampou seus lábios e ela se levantou vindo abraçar Natsu com o maior carinho do mundo.

— Meu filhote! Eu senti tantas saudades de você. — ela disse alegremente, dando um beijo na bochecha dele que estalou. 

Ela realmente é idêntica a mulher daquela foto, a mãe dele. Com o cabelo castanho escuro e os olhos como a cor de um brilhante céu azul limpo.

— Certo, mãe. — Natsu precisa afastá-la senão ficariam para sempre naquele abraço longo e demorado. — Essa é a minha amiga, Lucy. — ele me apresenta sorrindo e sua mãe me encara, surpresa e ao mesmo tempo confusa, assim como ele disse que ela ficaria. Mas acho que a ficha dela caiu rápido também. 

Amiga? — ela repetiu, sorridente. — Prazer, sou Grandeeney.

— Lucy. — digo cumprimentando-a com um aperto de mão, mas ela me puxa para um abraço que me deixou surpresa. Por um momento me lembrou da minha mãe, seu abraço é caloroso e carinhoso. 

— É a primeira vez que o Natsu traz uma amiga. — comentou, por algum motivo ela dava muita ênfase na palavra amiga, como se quisesse insinuar algo assim como a minha mãe tentava. — O que aconteceu com o Gray e o Gajeel? Ficaram com medo de eu cobrar os prejuízos que causaram na minha adega? — questionou humorada.

— História longa, mas nós três resolvemos ficar bêbados durante o feriado de ação de graças ano passado e Gajeel derrubou tudo. — Natsu contou resumidamente para mim, fazendo-me ficar boquiaberta e segurar a risada. Se eu fosse o Gajeel nunca mais voltaria para cá, tudo aqui cheiro a caro, imagina as bebidas que ele derrubou. 

— Senti como se tivesse filhos pequenos novamente. — Grandeeney murmurou num tom brincalhão. — Quer dizer, eu tenho. Aliás, você estuda artes? — perguntou encarando minha camiseta enquanto eu reparava em como Grandeeney parecia jovem, certamente não tinha a idade da minha mãe, parecia alguns anos mais nova. 

— Sim, estudo. — respondo abrindo um sorriso genuíno. — É a minha paixão. — acrescento.

— Uma artista. — ela diz impressionada, lançando um olhar nada discreto ao Natsu. Como se dissesse “Me diga que essa é a sua namorada agora mesmo!”, fazendo o meu nervosismo abaixar um pouco, estava sendo engraçado. — E você é mais focada em que área? Dança, música?

— Pintura. — respondo rapidamente e ela abre um imenso sorriso em seus lábios para mim.

— Somos almas gêmeas. — ela respondeu simplesmente, me envolvendo em seus braços em outro abraço caloroso. Outra vez fiquei confusa, mas retribui o abraço e encarei Natsu que ria baixinho, mas eu o implorava que iluminasse um pouquinho o meu caminho. — Amo pintar, eu tenho um estúdio lá em cima. Adoraria te mostrar alguns dos meus quadros, mas está uma bagunça. Quem sabe outro dia? — perguntou animada, novamente tentando insinuar algo e dessa vez eu entendi, ela queria que eu viesse aqui novamente. 

— Eu ia amar. — respondo com sinceridade, mas me sinto totalmente chocada. Para não dizer traída, por que ele não me contou que a mãe dele pintava também? Isso teria acalmado os meus nervos em cinquenta por cento facilmente.

— Vejam só. — novamente alguém diz essa frase, mas dessa vez não é Cana. Na verdade é um homem alto, musculo e elegante. Que largou o jornal em cima de uma mesinha e abriu um sorriso charmoso nos lábios caminhando em direção ao Natsu, o abraçando.

Foi como olhar para o Natsu mais velho daqui uns anos e a situação está... Ótima, ele parece ter a idade do meu pai. A família toda dele é linda, tão linda que chega a ser irritante. Mas pelo menos não me senti com a autoestima baixa, porque aparentemente só os homens são verdadeiramente altos nessa família. Eu só sou alguns centímetros mais alta que a mãe dele e alguns centímetros mais baixa que a irmã.

Aparentemente estou nos padrões pra essa família. E confesso que por dentro estou comemorando essa pequena vitória interna.

Após uma rápida conversa animada com o filho ele se vira para mim, as sobrancelhas arqueadas de curiosidade, o cabelo bem arrumado e a barba por fazer. Até mesmo o cheiro deles pareciam ser idênticos. Como isso é possível?

— E quem é essa coisinha linda? — perguntou quebrando toda a tensão que eu estava sentindo. Por um momento senti que morreria sem ar de tanto que prendi a minha respiração.

Gentilmente solto uma risada, para não respirar aliviada bem em sua cara. Não quero mostrar que estou nervosa e tremendo até a alma por conhecer a família dele.

— Sou Lucy. — me apresento educadamente, minhas bochechas estão queimando e sei que nesse momento estão coradas violentamente. Mas abro um sorriso doce e gentil. 

— Sou Igneel, é um prazer. — disse com um aperto de mão firme. Pra ser sincera, já ouvi falar à respeito de Igneel uma vez, na verdade ouvi uma conversa rápida sobre dizerem que ele era o melhor da época, uma fera no campo de futebol americano. — Sinta se em casa, vamos arrumar um quarto pra você. — avisou sorrindo e eu concordei com a cabeça. — E me permita dizer, você é realmente muito linda. — Céus, todo o meu sangue está acumulado em minhas bochechas agora e o meu coração está batendo muito rápido.

— Na verdade vamos ficar em um hotel. — Natsu contou de repente, fazendo não só os seus pais, mas eu também ficar surpresa e encará-lo. 

— Vamos? — repito em um murmuro discreto para ele.

— Ah, já entendi tudo. Desculpa, você é namorada do meu filho. — Igneel falou sorridente dando um tapinha orgulhoso no ombro dele, fazendo-me engolir em seco. Meu coração disparou mais uma vez. 

— Não, somos apenas amigos. — o rosado garantiu e quando os dois me encararam de volta, abri um sorriso inocente

Definitivamente não somos apenas amigos e se estávamos tentando passar essa imagem, Natsu estragou tudo dizendo que ficaríamos em um hotel juntos. E por que diabos não ficamos aqui? É simplesmente enorme! Aposto que tem uns quinhentos quartos.

— Certo, não vamos discutir sobre isso. Né, querido? Eles só são amigos. — Grandeeney pareceu entender a situação e abraçou o marido sorridente, mas a palavra amigos saiu quase como uma piada da sua boca. — Lucy provavelmente quer conhecer a cidade. — deduziu. 

— É isso mesmo. — respondo e é verdade, quero aproveitar que estou aqui e conhecer um pouco antes de ir embora.

Nos sentamos no sofá em formato de L e continuamos conversando, incrivelmente eu e a mãe dele temos muitas coisas em comum, acho que realmente somos almas gêmeas. Enquanto ao pai dele, ele me ama! Ele realmente pareceu gostar muito de mim e ainda me convenceu a fazer um quadro para eles pendurarem na sala quando mostrei um dos meus trabalhos. Igneel pareceu muito sincero quando disse que gostou das minhas obras, isso deixou o meu coração quentinho, sem contar que ele não parava de me elogiar. Quando ele chamou Grandeeney, de amor e docinho, entendi da onde Natsu aprendeu usar essas palavras tão bem. 

De repente a porta é aberta e fechada com brutalidade assustando um pouco nos quatro que conversávamos. 

— Você não tinha o direito! Me fez passar uma baita vergonha na frente dos meus amigos! — uma garota baixa, magra e dona de um cabelo curtinho preto-azulado, disse bastante zangada com Cana que não parecia nem ai, na verdade ela parecia se divertir. E quando a morena riu, a azulada bateu o pé no chão. — Mãe! Pai! — gritou irritada. 

— Irmão? — Natsu sugeriu se levantando do sofá, fazendo a irmã mais nova o nota-lo e sorrir. A mesma corre para abraça-lo assim como Cana fizera antes. — Feliz aniversário estressadinha. — ele deseja, sorrindo todo abobalhado para a sua irmã que mostrou um doce sorriso à ele. 

— Ah, mas dessa vez eu estou estressada e com razão! — ela volta a ficar com raiva quando sai do abraço do irmão. — Cana me fez passar vergonha na frente dos meus amigos! Me chamou de ursinha, caramba! Não tenho mais dez anos! — senão me engano, essa é Wendy. A mesma cruzou os braços encarando a irmã de volta. 

— Seus amigos? Que engraçado, ela estava só com um garoto, qual é o nome dele mesmo? Romeo? — Cana perguntou a provocando. — Oh meu doce Romeo! Será que sou a sua doce Julieta? — seguro a minha risada com o momento teatral que Cana incorporou, tudo isso para implicar com a irmã mais nova.

— Mãe! Pai! — Wendy gritou de novo, batendo o pé no chão com mais força. 

— É por isso que nós queríamos ficar bêbados na ação de graças. — Natsu sussurrou para mim, me fazendo deixar escapar uma risada alta. Me calei no mesmo instante, mas Wendy virou-se me encarando com o cenho franzido.

— Percebeu que temos uma convidada? — Ingeel questionou irônico. — Terminou com o chilique, meu amor? — a azulada apenas revirou os olhos para o pai. 

— Prazer, sou Lucy. — digo primeiro, sorrindo. — Amiga do seu irmão.

Amiga? — ela repete como se isso fosse impossível, mas sorri gentil vindo me cumprimentar. — Sou Wendy, é um prazer conhecer a amiga do meu irmão. Alias, adorei os seus tênis. — comentou, achei que ele tivesse sendo irônica e me zoando, mas ela usava um tênis em piores condições que o meu. Isso é moda? Não sabia. 

— Ah, obrigada. — agradeço um pouco confusa. 

— Foi você que desenhou nele? — perguntou curiosa, sentando-se ao meu lado. Então concordei com a cabeça, adoro quando me perguntam essas coisas, vivo personalizando tudo meu. — Pode fazer igual no meu? Colocar uns raios? Umas estrelas também? E escrever o meu sobrenome? — questionou animada, começando a arrancar os tênis dos pés e eu quase ri.

— Garota, seu chulé é pior que o do Natsu, coloco esse pé pra dentro! — Cana diz e eu estou a um triz de morrer de rir.

— Como se esse seu pezinho bonito não suasse nesses seus sapatos. — Natsu rebate.

— Tá bom, a Lucy não precisa escutar que meus filhos tem algum problema sério com chulé do qual eu não sabia. — Igneel comentou em voz alta, novamente sendo bastante irônico. 

Eu e Grandeeneey começarmos a rir, mas eu tenho que controlar pra não chorar de rir. O que acabou de acontecer aqui? 

— Certo. Só falta um, cadê o Zeref? — Natsu perguntou se levantando e eu fiz o mesmo. Pateticamente sinto a necessidade de acompanhar seus passos, ser como uma sombra.

— Está dormindo. — Grandeeney respondeu.

— É melhor não acordá-lo, ele anda muito mimado ultimamente. Mas é uma graça quando ele fecha a cara e cruza os braços emburrado como o papai. — Cana contou e as três mulheres deram risada concordando com a cabeça.

— Tal pai, tal filho. — Igneel disse em sua defesa. 



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