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História Apenas mais um bruxo - O triste reflexo do luar


Escrita por: LLWerlly

Notas do Autor


Mesmo atrasadíssimo, espero que vocês continuem a acompanhar esta história. Novidades estão por vir!

Capítulo 15 - O triste reflexo do luar


Fanfic / Fanfiction Apenas mais um bruxo - O triste reflexo do luar

Channie pulou para frente. Jessie caiu em um baque na água.

Gregory apareceu e logo em seguida Laila.

O corpo de Jessie começou a mover-se em direção ao reflexo do luar no Lago Negro. Após boiar alguns instantes, Jessie chegou ao centro do reflexo da lua, e lá um fenômeno peculiar começou. Em torno do corpo da bruxa, algo começava a se espalhar em meio a superfície do lago. O material que se espalhava, assemelhava-se a sangue escorrido de uma vítima atingida por um tiro, porém, não era vermelho como sangue, tinha cor lilás, a mesma cor que as pontas de Jessie assumia quando ela estava bem, ou em paz consigo mesma. Não estava no estado liquido e nem gasoso, em nenhum dos estados químicos da matéria, era algo espiritual materializado; tinha uma forma meio vaporosa em meio a água, era difícil caracteriza aquela substância. Ela escorria lentamente na superfície do lago, as ramificações lilás seguiam em todas as direções.

Gregory e Laila estavam fascinados, por um instante pareciam ter se esquecido de que estavam atrás de um desconhecido que acabara de atacar a amiga deles.

- Petrificus Totalus! - atacou Laila.   

O encapuzado caiu de costas no chão.

O elfo virou-se rapidamente, e com um simples estalo de dedos Laila foi jogada contra a macieira, e amarrada no tronco da árvore por galhos transfigurados em cordas.

Antes que Gregory terminasse movimentar a varinha para atacar, o elfo novamente estalou os dedos e a varinha de Diggory foi lançada a metros de distância de onde estava,  Gregory foi jogado para trás. O homem olhou para Laila na macieira, aproximou-se da árvore, empunhou a varinha e conjurou:

Lignum Inflamari!

Enquanto conjurava, ele fazia um movimento conforme as chamas surgiam ponta de sua varinha, quando terminou de conjurar, lançou as chamas nas folhas da macieira. Ao ver as chamas tomando as folhas da árvore, Laila entrou em pânico.

Gregory se levantou enquanto o encapuzado gargalhava, mas antes que Diggory terminasse de posicionar a varinha para atacar, o elfo virou para olhar Gregory. Seus olhos eram verdes e profundos, pelo olhar inseguro do elfo, Gregory sentia que ele não queria ter feito tudo aquilo. Afinal o que ele poderia fazer? Era somente um elfo, não poderia questionar as ordens de seus donos, pensou o lufano. 

Mais uma vez o elfo domestico estalou os dedos, só que desta vez os dois desapareceram. Gregory teve um excesso de raiva, mas não poderia ficar lamentando por causa da covardia alheia enquanto Laila estava amarrada num tronco de uma árvore em chamas.       

Ele correu em direção a amiga para tentar desamarra-la. Porém os nós estavam muito apertados e a dificuldade era ainda maior porque a corda era pouco espeça. Gregory tentava desamrrar desesperado quando lembrou de um feitiço de corte. Ele andou alguns passos para trás e parou, um galho em chamas caiu alguns milímetros a sua frente, passando de raspão pelo seu nariz. Após o susto ele disse:

- Diffindo!

Para alívio de Laila, as cordas por serem pouco espeças rapidamente romperam-se, assim que as cordas se partiram, ela correu para longe das chamas que milimetravam de sua cabeça. Trelawney parecia sem folego, mesmo assim arranjou ar para ir até Gregory e abraça-lo e depois agradecer-lo. Diggory não gostava muito de abraço e não sabia abraçar como as outras pessoas, mas se esforçou o máximo que podia para imitar um, sabia que a atitude da amiga era sincera.

-Você finge muito mal! - disse Laila. 

Gregory ficou muito vermelho, mas sorriu. Deveria ter pensado em qualquer outra coisa na hora, assim Laila jamais saberia que ele estava fingindo. Diggory tirou o seguinte aprendizado com aquela experiência: ter cuidado com os pensamentos quando estiver perto de uma legilimens.   

- Olhe Gregory! - ela apontava para Kim Minseok, que estava desmaiado entre a beira do lago e a macieira em chamas.

- Vamos até ele! - chamou Gregory.

- O que ser´que ele fez com os dois?- perguntou Laila.

- Eu não sei, já era pra eles terem acordado.

- Levaremos eles para onde, para as comunais? Como se nada tivesse ocorrido?- indagou Trelawney.

- Não dá para leva-los para as comunais!- retorquiu Gregory, monotonamente. - O cabelo de Jessie está seco, e as pontas não estão mais lilás como eram antes. Kim está todo contorcido, como se tivesse tentando se defender de algo indefensível. Não tem como leva-los para Lufa-Lufa e nem para Sonserina como se nada tivesse ocorrido, talvez eles acordem até amanhã - concluiu Gregory com a voz embargada.

- Verdade, mas o que faremos com os dois? Será que não poderíamos leva-los para a enfermaria, ou para qualquer outro lugar da escola? Será que ninguém poderia nos ajudar?- desabafou a sonserina.

Gregory hesitou por um momento.

- Acho que sei quem poderia nos ajudar!

O lufano virou-se para o castelo e conjurou:

- Expectro Patronum!

Um cisne prateado surgiu da ponta de sua varinha, fez alguns rodopios no ar e seguiu para o castelo.

 

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Jessie e Kim foram levados para a Sala de Transfiguração. Era o único local seguro que encontraram. O professor analisou Kim, Jessie e Channie.

- Então professor, o que ele lançou nos dois?- Perguntou Laila intrigada.

- Ele conjurou o Crucio contra Kim. Mas em relação a ela e o macaco- disse o professor apontando para os dois -, me parece, que os dois foram atingidos por um Avada.

Laila e Gregory se entreolharam, não sabiam o que era “Avada”.

-Bom professor não sabemos o que é Avada e nem Crucio.- comentou Gregory, sem graça.

- Entendo- disse o professor paciente.- Eu com minha singela mania de achar que todos compreendem o bem ou o mal somente por presenciá-lo, por mais perceptíveis que sejam.  

Laila e Gregory ficaram quietos, entenderam bem o que Dumbledore queria dizer, e ficaram ainda mais fascinados com a capacidade dele de exprimir sentimentos tão crédulos.

- Meus alunos, existem três maldições mais maléficas do que qualquer outra. Tanto, que só eram permitidas quando não haviam órgãos monitoradores como  o Ministério da Magia para infligir quem as usasse. São elas Imperius, Cruciatus e a pior de todas: Avada Kedavra. Conhecidas e temidas pelo nome de Maldições Imperdoáveis.

- Cruciatus, cria uma dor escaldante na cabeça?

-Ela ocasiona coisas bem piores do que uma dor no crânio. É a maldição da tortura. Causa enormes dores psicológicas e físicas para aquele que foi atingido. Todos que por ela foram atacados, diz que, preferiria a morte.

Após ouvir isso, um grande desespero pareceu tomar Laila, e ela correu para Minseok, na fracassada tentativa de aviventa-lo.

Calma srtª Trelawney, em breve ele acordará.

Neste Após ouvir o professor, a sonserina afastou-se de Kim. Lágrimas saíam ligeiramente de seus olhos. Tentando esconder as lágrimas sem sucesso, Laila passou a mão direita por debaixo das lentes, assim embasando-as.

Com o olhar incrédulo, ela perguntou enquanto se aproximava de Jessie:

E o que o Avada Kedavra faz com a vítima?

Essa é conhecida como - Dumbledore fez uma pausa e suspirou, parecia juntar coragem - maldição  da morte.   
Gregory esbarrou em uma das mesas dos alunos e caiu de costas no chão, sentia como se tivesse sido nocauteado por palavras. Laila correu para a amiga e abraçou ela com toda força que lhe tinha restado. Desta vez não sentia vergonha nenhuma em chorar.

Professor- disse Diggory quase sem voz-, Jessie Lestrange…- ele parou por um instante, parecia que estava se engasgando com palavras que  recusaram a sair- morreu- agora o pranto também o tomara.
No entanto Dumbledore não assentiu. Continuou parado e sem emoção, como se tivesse lhes dito a coisa mais rotineira do mundo: a morte de alguém. Por um momento o bruxo parecia não entender entender o  porquê do choro dos dois.
Laila virou-se, e ao ver a expressão de mais profunda calma e compreensão de Dumbledore, sentiu uma raiva profunda, que na naquele dado instante voar em cima do professor e estrangulá-lo. Gregory, porém, parecia querer entender o motivo de toda aquela calma e cautela. Perguntas lhe passaram pela mente como: “Será que eu e Laila estamos enganados, e o caso de Jessie tem solução?” ou “ Será que o professor é um louco, e eu deveria correr daqui?’'

Entendo os sofrimento  de vocês, mas não motivos para dele se desgastam. Muitas vezes o óbvio nos engana, principalmente  os que não o contestam.     
Diggory sentiu um enorme alívio,talvez estivesse certo e Jessie não está morta. Ele levantou-se em um salto.

Então ela não está morta? Está somente- o lufano tentou com esforço buscar a palavra em sua mente-, somente… estuporada!
Albus assentiu e fez um sorriso tênue.

Exatamente, meu jovem, ela foi estuporada. Acho provável que tenha sido atacada por um elfo, já que o feitiço foi muito bem executado a ponto de deixar-la desacordada por tanto tempo. Creio que seja o mesmo elfo que ajudou o encapuzado a aparatar e desaparatar dentro dos terrenos da escola, já que bruxos comuns não conseguiriam tamanha façanha!    
Gregory já lera Hogwarts, uma história, e sabia que um bruxos jamais conseguiriam aparatar de dentro dos terrenos da escola. Porém estava surpreso que elfos, seres tão subestimados por toda bruxandade, conseguiriam, como Dumbledore disse: tamanha façanha. O lufano reconheceu que até ele era um pouco arrogante em relação aos elfos. Cresceu ouvindo os pais dizendo que jamais teriam um por serem criaturas ignorantes,bobas,incompetentes, desqualificadas e obsoletas, agora sentia-se contrariado.

Mas professor, quando nós nos aproximamos dela na margem do Lago Negro, em torno dela havia uma mancha lilás que se ramificava na superfície do lago, essas ramificações se afastaram do reflexo do luar para o centro do lago. Para mim isso simbolizava alguma perda…

Aquilo, Gregory, é uma benção de alguma entidade vinculada ao elemento água. E como vocês puderam presenciar, essa proteção fez-se presente num momento de extrema necessidade da amiga de vocês. Bastava ela entrar em contato com a água.Assim que sua amiga acordar, ela saberá explicar isso melhor do que esse velho que  aqui fala.

Então ela só acordará quando voltar ao lago?

Sim, e a lua terá que está cheia novamente. Ou seja, teremos que leva-la amanhã de noite.

Gregory e Laila- chamou uma voz embargada.

-Kim está acordando!- berrou Laila.
Gregory virou-se rapidamente para amigo. Laila tentou organizar seus pensamentos e emoções para usa sua legilimência. Ela focou o olhar em  Kim, mas o coreano não colaborou. E seus pensamentos e sentimentos estavam embaraçosos. Trelawney não conseguiu absorver nada do que ocorrera no duelo.
Kim arregalou os olhos, ainda fraco e cheio de dores, tentou se levantar para ir até  Jessie. Mas sua tentativa fracassou e ele caiu no chão. Laila e Gregory o levantaram.

- Elá está bem?- inquiriu Minseok desesperado.

-Sim, Kim, está!- informou o professor, na tentativa de apaziguar o desespero de Kim. -Descanse agora, que os liberarei em breve.
Kim se aquietou e ficou observando o teto.

- Diggory e Trelawney, os dois já podem seguir para seus dormitórios. E quanto a você Minseok, precisamos ter uma conversa. Depois levarei você ao dormitório da Lufa-Lufa.
Gregory e Laila concordaram com a cabeça, mas na realidade  tinham um milhão de perguntas para fazer a Dumbledore. Mas fazê-las perto de Kim não seria uma boa ideia. Então os dois deixaram a sala e seguiram para seus dormitórios. Os corredores estavam vazios. Nem Laila e nem Gregory disseram nada até chegarem ao saguão de entrada, onde os dois se despediram.  
Ao chegar no dormitório, o bruxo consultou seu relógio de pulso trouxa, que comprara à dois anos na Suíça. Marcavam 3 horas da manhã. Ele estava em dúvida se deitava e desmaiava pelas três horas que restavam até o início das aulas, ou se aproveitava essas três horas para refletir sobre tudo que acontecera naquela noite anormal. Pensou, mas não aguentou, pálpebras desciam lentamente. Ele tentou resistir fixando o olhar nas estrelas que estavam além janelinhas circulares de madeira do dormitório. Nada adiantou, o sono, o cansaço e o desgaste venceram, e ele adormeceu.       



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