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História Apenas mais uma garota... - Primeiro dia


Escrita por: ninaaaaperritaa

Notas do Autor


Oiiii tudo bem???? Desculpa o horário que estou postando, é pq, se eu deixar pra amanhã, é capaz que eu esqueça. Possivelmente vou postar só semana que vem novamente por culpa da provas entãooooo... espero que esse capítulo não tenha ficado curto ^^

Ah! E pra quem gosta, vou deixar aq um provérbio chinês: Sem o fogo do entusiasmo não há o calor da vitória. ^^

Obrigada por lerem ^^

Capítulo 13 - Primeiro dia


Fanfic / Fanfiction Apenas mais uma garota... - Primeiro dia

Me encarei por mais uns instantes no espelho. Aquela roupa me incomodava e não era pouco! Não sei bem se era pelo modelo, cor ou modo que ficava em mim, mas me incomodava. 

Tentei abaixar a barra da saia, arrumar o colete, mexer nos enfeites do cabelo. Nada. Dei mais uma volta encarando cada curva, cada detalhe como se, por ventura, eu não estivesse impecável, perfeita,  alguma punição viria. 

Não achei o erro, mas também não estava gostando de como estava. Falta algo? Será que está me mostrando demais? De certo é uma ironia uma ex-prostituta como eu, dizer isso,  pois de fato já usei trajes bem mais ousados em apresentações, mas eu realmente não gosto de mostrar meu corpo, me sinto estranha, talvez seja um trauma ou algo do tipo...

Balancei a cabeça para me livrar dos meus pensamentos, tenho que trabalhar. Coloquei as meias que iam até o joelho, elas eram de apenas uma cor, preta. Calcei as sapatilhas e finalmente gostei do resultado. 

Dei um sorriso satisfatório e sai do trocador. Passei meus olhos pela loja até encontrar o sr.Porpurina e a sra.Roupas, o que não foi muito difícil. Lá estavam os dois, eufóricos como sempre, vindo em minha direção animados. Eu não os entedo, nem um pouco. Por que continuam ao meu lado? Por que estão tão felizes ao me verem vestindo uma simples roupa? Por que eles estão me ajudadando? Eles querem algo? Sim, só pode ser essa a resposta. Eles querem meu corpo, vão me vender. Ao menos é isso que os anúncios mostram e a única resposta na qual faz sentido. Amor? Compaixão? Nesse mundo? Impossível. 

- Que cara é essa diva? Não gostou...? - Falou Alexy em um tom preocupado meio manhoso, pela milésima vez que alguém faz isso, me tirando dos meus pensamentos.

- A, não, é... sim, eu gostei, só estava pensando um pouco. - Sorri sem  graça,  a última coisa que eu deveria ser agora, é ingrata. - O que acharam? - Mudei de assunto. Sorri e segurei as pontas a barra da saia girando como uma donzela.

- Ficou linda! - Exclamou Alexy. 

- O uniforme ficou perfeito em você! Parece que foi feito pensando em você mesmo! - Disse Rosa empolgada. - Vem, vamos até Leigh, ele vai amar o resultado!

- A, claro. - Sorri e me permiti ser puxada por Rosa até o escritório. 

[...] 

- Já sabe o que fazer, correto? - Questionou Leigh.

- Sim, irei trabalhar no caixa, é isso? - Arrisquei.

- Não... - Ele parou para pensar uns instantes, sua cara não era das mais agradáveis. - Olha, como você e a Jessica vão ser vendedoras, ela te auxiliará hoje, tudo bem para você assim? 

- Claro, eu agradeço - Sorri ainda corada pelo erro anterior,  como pode uma pessoa se dispor à um trabalho sendo que nem sabe em que vai trabalhar?

Ele chamou pelo nome de Jessica em um microfone que, por meio dos auto-falantes no local, ecoou sua fala por toda a loja.

'"Por favor Jessica,  comparecer no escritório."

Não demorou muito, ela já estava presente. Olhei para ela uns instantes, será que estava atendendo alguém? 

- Jessica, preciso que você ajude Emily com as vendas nos primeiros dias, ensine todos os nossos princípios ok?

- Sim senhor. - Ela disse o encarando. - Venha Emy, vou lhe auxiliar no que for preciso.

- Obrigada Jessica. - Sorri amigável. 

- Não me agradeça,  é apenas o meu dever. 

Ela me mostrou o estoque, as arrumações,  ordens em que eram organizadas as roupas, depois fomos até cada setor: masculino, feminino, pijamas, praia, etc. Era uma grande loja, com muitos clientes.

- Ok, agora que já conhece seu ambiente de trabalho, vamos para a parte prática. Está vendo aquele casal ali? Quero que seja a vendedora deles, dê o seu melhor! - Ela sorriu me empurrando até eles, não tive tempo de protestar, apenas me equilibrei e fui andando até eles como se eu fizesse isso à anos. 

- Boa tarde, posso ajudá-los em algo? - Tentei ser o mais simpática possível mantendo o sorriso no rosto.

- Não vê que... - O rapaz parou seu questionamento quando me encarou. Não é possível! Ele me persegue só pode! -Ora ora se não é a putinha... - Ele estava com um sorriso divertido no rosto, a dama que lhe acompanhava nos encarou sem entender nada. - Parece que o destino é mesmo engraçado, não acha? 

- De certo meu senhor, o destino é muito engraçado. Poderia dizer o que deseja? - Tentei não ser grossa, manti o sorriso. - Temos lindos vestidos que cairiam muito bem nessa belíssima dama que lhe acompanha meu senhor, ou então, se procura algo masculino, temos uma grande variedade de peças.

A jovem que aparentava ter entre 17 e 20 anos, se pronunciou finalmente:

- Viemos comprar um vestido para mim, vou a um evento importante onde precisarei estar impecável. O que tem a me oferecer? 

- Olha, venham comigo, lembro-me de ter visto um que certamente lhe agradará, arrisco até em dizer que será o único que cairá tão bem, parecerá que foi feito para a senhora! - Falei tentando ao máximo fazer com que ela se apaixone pelo vestido, sinceramente, acredito que, mesmo que um produto for bom, com um mau anúncio, ninguém o comprará. Por esse mesmo motivo preciso ser o mais persuasiva possível, pois preciso vender esse vestido para que eu possa quitar meu último erro com Leigh.

- Oh! - Exclamou ela impressionada. - Onde está ele? Preciso de tal obra de arte! 

Sorri comigo mesma, olhei por cima do ombro e vi o rosto de Dakota, ele parecia frustrado. Seria o fato de saber que vai perder um bom dinheiro ou então de que não conseguiu me tirar do sério? De qualquer forma, isso não importa. 

Passei os dedos delicadamente procurando aquele projeto dos céus,  em modéstia parte, foi uma ótima escolha. Paro o dedo no cabide onde se encontra o tal, puxei-o e encarei seu tecido, as texturas simples e perfeitas, as cores pastéis, os pequenos detalhes, as curvas que ele formava no corpo. Sim, era esse.

- Aqui está. - Falei sorrindo. - O que achou? Quer ver mais algum?

- É este! - Ela exclamou sorrindo. - Ele é perfeito! Não verei mais nenhum, por favor, empacote e pegue a máquina de passar cartão de crédito, eu preciso desse!

Ela estava tão feliz que nem ousei atrapalhar sua comemoração, apenas a levei até o caixa. Após isso, fui até os provadores pegar os cabides que normalmente os clientes deixam.

Como sempre, estava perdida em meus pensamentos pensando no grande feito que fiz hoje. Será sorte de principiante? 

- Achou mesmo que ia escapar fácil assim? - Disse o loiro com o mesmo sorriso safado de sempre. - Vamos lá, não seja tímida, sei que adora isso... o fato de ser errado te excita não é pequena Emy? - Ele pegou uma mexa de meu cabelo e, por impulso, dei um tapa em sua mão e me afastei. 

- Pare Dakota. - Falei firme. - Não sou mais a mesma de antes, não sou mais uma... - prostituta,  eu deveria falar, mas não consegui, não tenho coragem de assumir meu passado, tenho vergonha da minha antiga eu.

- É sim... - Passou a mão direita de leve em meu pescoço. - Sei que gosta disso.

Por um momento, ao olhar em seus olhos, quase cedi, quase senti saudades, quase... quase cometi o erro que sei que me arrependeria mais do que me arrependo de meu passado. 

Seu toque, sua voz, seu cheiro, seus olhos, todos eles, me dizem: "vem, prova de mim". Idiota. Não vou, não irei voltar ao passado, prometi a mim mesma é por isso que estou aqui.

- Não toque em mim! - Dei outro tapa em sua mão, só que mais forte. - Vá embora e me deixe em paz!

- Dake!? Dake! - Ouvimos a voz da dama o chamar.

- Depois continuamos. - Disse ele.

- Talvez nunca. - Falei ríspida e entrei na porta dos funcionários. 

Peguei um copo de água gelada e tomei me apoiando na parede para me acalmar. 

- Você tá bem Emy? - Disse Sasaki que só agora vi que estava na sala. Concordei com a cabeça e amassei o copo descartável e joguei fora voltando para a porta.

- Estou bem. - Disse sem expressar muitos sentimentos e sai da sala voltando para a loja. Isso não vai me afetar.

[...]

Eu já não sabia mais se eram horas ou minutos, mas já fazia um bom tempo que eu encarava o teto. Um simples "descansar os pés" se tornou uma "reflexão sobre a vida". É que, de certa forma, é um tanto confortável essa posição: deitada esticada apenas olhando para o teto. Você nunca sabe bem o que pensar mas sempre tem o que pensar e no final, acabamos que entramos em mil e um assuntos. 

Rolo na cama até cair da mesma,  única forma de acordar de meu devaneio e voltar à vida real. Encaro meu armário já pensando nas roupas que vou usar: vestido, meias, lingerie e só. Peguei as peças necessárias e me dirigi ao banheiro onde me despi e afundei na banheira.

Pronto, mais um ponto onde viajamos deste mundo para o nosso próprio. Encaro meus braços submersos,  estão doendo, hoje me esforcei bastante,  mas isso é bom. Fecho meus olhos calmamente, amanhã isso se repetirá tudo novamente... é cansativo, mas bom. Eu gosto desta rotina apesar de tudo, uma estudante normal, com problemas normais, ok, não tão normais, mas perto disso. Ter amigos... isso... é estranho, ainda não sei bem como reagir, como conviver com eles. Bem, há coisas que só o tempo pode resolver. 



Notas Finais


Gostaram???
Bye bye obrigada por lerem ^^


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