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História Apenas um dia, uma noite. - Feliz aniversário?


Escrita por: ArmyTiaDosGatos

Capítulo 66 - Feliz aniversário?


Ella

17 de outubro de 2021


Quando me casei com Yoongi, o fiz ciente de algumas coisas. Primeiro, a esposa principal dele sempre vai ser o trabalho. Segundo, teria que enfrentar dois anos (agora um ano, devido a nova lei) afastados por causa do serviço militar. Terceiro, teria que lidar com o amor de uns e com o ódio de outros por ter me casado com um idol. Quarto, as turnês seriam difíceis para nós. Eu só não imaginava o quanto. Mesmo assim, eu aceitei por amor. Mas tenho me questionado até onde podemos suportar por amor?

É nosso aniversário de casamento, a terapeuta insistiu que um jantar à dois era uma boa ideia. Yoongi parecia empolgado com a ideia, então acabei aceitando. Isso não quer dizer que eu facilitei as coisas, quero ver o esforço dele para nos darmos bem outra vez. Se fosse antes, eu passaria dias procurando o restaurante perfeito, faria reservas e tudo mais. Dessa vez deixei tudo por conta dele, e aqui estou, em um restaurante de comida americana chamado Linus em Itaewon esperando meu esposo meia hora atrasado.

— Gostaria de fazer seu pedido? — Uma moça muito gentil pergunta.

— Costeletas, a maior de você tiver. Cinco porções de batatas fritas, oito hambúrgueres ao ponto, três porções de onion rings. Para viagem, por favor. — Respondo sem pestanejar. — Se vocês fizerem na metade do tempo, eu pago o triplo. E uma gorjeta gorda para você.

— Vou providenciar. — Ela sai quase correndo, enquanto isso, mando mensagem no grupo para as meninas.


Quem está com a casa livre?


Taco

Hobi e Tae foram para o dormitório pegar roupas limpas


Perfeito!

@Chuck nos encontramos na Emma em dez minutos


Chuck

Tudo bem


Envio uma mensagem para Yoongi. Ela é recebida, mas não é lida.


Feliz aniversário. Não precisa ir ao Linus, não estou lá. A comida é ótima!


Checo a babá eletrônica, vejo Aelin e a babá assistindo desenho. Ela parece comentar com a mais velha as cenas do filme. As duas comem pipoca tranquilamente. Me perco observando minha menina até que a moça simpática aparece com meus pedidos. Cumpro minha promessa pagando o valor triplo, mais uma gorjeta considerável para a moça.

Em pouco tempo estou subindo o elevador do prédio. Emma me recebe com um amplo sorriso, Amy aparece minutos depois.

— A que devo a honra dessa visita? — Emma pergunta.

— Estou parabenizando vocês pelo que fizeram com o carro de Yoongi. — Digo simplesmente, elas se encaram.

— Ella, aquele não é nosso modus operandi. — Emma diz rindo. — Nós temos classe, mulher!

— Nós não fazemos esse tipo de coisa, eu usaria o taco para bater nele, não no carro. — Amy completa.

— Se não foram vocês, quem foi?

— Hobi não foi, porque ele me pediu ajuda com algo naquele dia. Na hora do incidente nós estávamos transando no estúdio dele. — Emma diz com um sorriso pervertido, encaro Amy.

— Nem olhe para mim. Eu estava no Parque Olímpico em uma seção de fotos. — Ela enche a boca de batatas como quando éramos crianças.

— As únicas pessoas que sabiam que Yoongi esqueceu meu aniversário são os seis e vocês. Nina e Nam estavam comigo, vocês têm seus álibis, Jin não faria algo assim. Só resta...

Maknae line! — Chegamos à mesma conclusão.

— Faz sentido. — Emma diz pensativa. — Tae tinha o dedo manchado de tinta. Quando perguntei de onde veio aquilo, ele disse que estava ajudando o Jungkook com uma surpresa para Amy. Safado! Ele mentiu para mim. Eu ia parabenizar ele imensamente por isso.

— Ainda dá tempo. — Digo sorrindo.

— Nesse caso, sou obrigada a concordar com a Ella. Sempre é tempo para se parabenizar algo tão bem feito. — Amy comenta.

— Vou agradecer os três assim que puder. — Digo antes de voltar a comer.

Meu telefone toca e vejo o número de casa. Disse para a babá que ela podia ligar se houvesse algum problema.

Senhora, Aelin e eu estávamos assistindo um desenho e o personagem começou a cantar uma música triste e agora ela está chorando e não há nada que faça parar.

— Certo. Passe o telefone para ela, por favor. — Ouço o choro de Aelin do outro lado e a babá dizendo que quero falar com ela.

Ma-mamãe. Ele só que-eria voar. Que dó!

— Quem, meu amor?

O Buzz. E-ele pulou da escada para voar e caiu. Fez dodói. — Aelin me explica chorando.

— Amorzinho, ele é um brinquedo. O Woody tenta explicar para ele que não é possível voar, mas eu vou te contar um segredo, ele aprende a pular bem alto e fica bem com isso. Não precisa chorar. Tudo bem?

Ele vai ficar feliz? — Consigo visualizar seu sorriso.

— Vai sim. Não se preocupe. Quer que eu vá para casa?

Não. Vou assistir o desenho. Tchau mamãe. — Aelin larga o telefone e me deixa na linha.

Eu tentei explicar, senhora. Só que ela não me ouvia. — A babá se justifica.

— Tudo bem. Devo voltar em breve. Muito obrigada.

Desligo a chamada e vejo as meninas me encarando. Acabo rindo da situação.

— Aelin estava assistindo Toy Story com a babá e começou a chorar na parte que o Buzz tenta voar. — Explico.

— Ah, caralho. É uma das cenas mais tristes. — Emma diz com uma careta.

— Eu chorei umas três vezes assistindo. — Amy comenta.

— Ela estava preocupada que ele não fosse mais ser feliz e porque se machucou. Aelin é a criança mais doce que eu já conheci. — Comento orgulhosa da minha menina.

— Me pergunto de quem ela puxou isso. — Amy diz rindo.

— Yoongi, claro. Ele é uma manteiga derretida por baixo daquela casca. — Respondo prontamente.

Amy confere o celular e então me encara. Olha para Emma e então para mim outra vez.

— Ella, por que Yoongi está me perguntando se eu sei onde você está? — Ela pergunta em tom acusatório.

— Você quer a versão resumida ou a extendida?

— Resumida. — Amy responde.

— Extendida. — Emma responde ao mesmo tempo.

— Hoje é nosso aniversário de casamento, a terapeuta disse que devíamos sair para um jantar à dois. Eu disse que por mim tudo bem, já ele estava tão animado podia escolher o restaurante. Marcamos de nos encontrar no Linus — bato o dedo sobre a embalagem dos hambúrgueres — às oito e meia. Ele me deixou plantada lá por meia hora sem nem mesmo mandar uma mensagem explicando o atraso. Então eu fiz o que me deu vontade, uma noite de fast food com vocês. — Respondo dando de ombros.

— Quando eu penso que Yoongi não pode vacilar mais, ele sempre tira um vacilo do cu. Esse sacolé de chorume não cansa de surpreender. — Emma comenta frustada.

— Eu já esperava, na verdade. — Respondo com um sorriso melancólico. — Trabalho em excesso faz isso. Já nem me surpreendo.

— O que devo responder então? — Amy me pergunta.

— A verdade. Que estamos na Emma comendo hambúrgueres e que eu chego em casa às dez.

— E se ele vier atrás de você? — Emma sugere.

— Ele não vai. Aquele orgulhoso vai me esperar em casa e fazer um grande drama.

— Ok. Eu disse que você está aqui e que volta às onze. Também tenho minha reclamação sobre homens.

— O que Jungkook fez dessa vez? — Pergunto já imaginando.

— Ele quer convidar aquela... Aquela... Ahh — Amy suspira frustrada.

— E você não quer convidar aquela-aquela por um motivo muito plausível, tenho certeza. — Dou corda para que ela conte.

— Ela é bonita, talentosa e ele gosta das músicas dela! Eu não sei cantar nem debaixo do chuveiro. Isso é muito frustrante para mim. — Amy desabafa com um grande bico.

— Irmãzinha, olha para mim. — Ela o faz. — Jungkook é um bobo apaixonado por você. E daí que ela canta? Você tira fotos lindíssimas, tem belos olhos e uma bunda sensacional. Não foi ela a ser pedida em casamento. Não é por uma garota qualquer que Jungkook está enfrentando a própria família para se casar, é por você. — Vejo seus olhos lacrimejarem.

— Você ainda é a melhor conselheira do mundo, Sleepy. — Emma comenta.

— Como assim, ainda? Alguém está tomando meu lugar? — Pergunto fingindo indignação.

— Não. É só que com tudo o que vem acontecendo. Essa crise entre Yoongi e você, confesso que tinha perdido um pouco da fé em você. Nos dois, na verdade. — Ela explica.

— Vocês eram o casal exemplo para todos nós, e agora... — Amy começa.

— Somos os piores entre os piores. — Completo.

A campainha toca, uma parte de mim sonha com um mundo ideal onde Yoongi estaria na porta pronto para me pedir desculpas. Porém, este não é o mundo ideal e quem passa pela porta é Jungkook.

— Ella! Você não tinha um jantar com o Hyung hoje? — Ele pergunta assim que me vê.

— Ele esqueceu. Em compensação, as meninas e eu tivemos um verdadeiro banquete. — Respondo me concentrando no meu hambúrguer. — Sirva-se também.

Ele sorri amplamente e se senta. Logo elogiando o lanche, fazendo as meninas rirem.

— Jungkook, isso para nós era quase básico. — Emma comenta. — Na Califórnia temos de tudo um pouco.

— Às quintas nós nos reuníamos, cada uma levava alguma coisa. — Amy continua.

— Nina comprou aquele sorvete de menta em Santa Mônica aquela vez, lembram? — Comento.

— Foi a única vez que conseguimos tomar um sorvete daqueles. — Amy comenta nostálgica.

— Aqui também tem sorvete de menta. — Kook responde.

— Não como aquele, Biscoito. — Emma responde. — É feito artesanalmente, com produtos orgânicos. O sabor é bem suave, não tem xarope no meio. É perfeito!

— Ah, meu Deus. Quando eu voltar à Califórnia, vou dirigir até Santa Mônica com Aelin. Ela vai adorar! — Planejo.

— Uma volta no píer também vai ser divertido para ela. — Emma complementa.

— Vocês viviam de comida e bebidas quando moravam juntas? — Kookie pergunta interessado.

— E festas! — Emma diz fazendo uma dancinha ridícula.

— Nina já morava em Los Angeles quando eu me mudei. Ela foi a primeira amiga que fiz na faculdade. Então teve a Jess. — Erguemos as garrafas de cerveja em um brinde silencioso por ela, é quase automático. — Dois anos depois Amy entrou na faculdade e Emma se mudou do Texas para Califórnia.

— Depois que a Jess se foi e Ella me salvou duas vezes, nós começamos a nos reunir no apartamento dela para jogar conversa fora na quinta. — Emma continua.

— Nos arrumar para festas da faculdade na sexta. — Amy comenta.

— Jogos no sábado. Eu gravava os da semana para assistir durante todo o sábado. — Explico.

— Domingo era para organizar a semana e claro, jantar na Nonna. — Amy sorri ainda lembrando.

— E tínhamos o cinema às quartas. — Relembro Amy.

— Maravilhoso! — Minha irmãzinha sorri amplamente.

— Cinemas às quartas? Vocês saíam sem Nina e eu? — Emma nos encara indignada.

— Era mais antigo que vocês, Taco. Ella e eu fazíamos isso desde Seattle. Era nosso dia de irmãs. Nem sempre era cinema! Às vezes íamos ao spa ou dar uma volta de carro.

— Traída! É assim que me sinto. Totalmente traída! — Emma tem o dom para fazer drama.

— Taco, a cada quinze dias nós saíamos para beber. Só nós duas! — Amy briga com nossa amiga. — Não seja dramática.

— Ora, ora. É bom saber! — Comento rindo. — Eu... — Sou interrompida pela campainha.

Emma sai resmungando sobre Tae sempre esquecer a senha da fechadura. Quando volta, é seguida por Yoongi. Estou totalmente chocada. Nunca imaginei que ele fosse vir.

— Vejo que está comemorando. — Yoongi diz me encarando.

— Você preferia que eu ficasse plantada no restaurante esperando sua boa vontade em aparecer? Ou talvez que eu estivesse em casa chorando porque meu esposo me deu um grande bolo no nosso primeiro aniversário de casamento? — Finjo ponderar as duas ideias.

— Ella, eu sinto muito. Marcaram uma reunião de pós produção e eu acabei me empolgando. Perdi a noção do tempo. Vamos pelo menos terminar o dia bem?

Gasto um tempo ponderando. Amy e eu temos uma de nossas conversas telepáticas sobre o que devo fazer. Emma também opina, no final ela é a primeira a se pronunciar.

— Sente-se aí e beba conosco, afinal é seu aniversário também. — Ela estende uma garrafa ainda fechada para Yoongi, mas ele continuou parado me encarando.

— Senta logo aí! — Amy é quem diz.

— Hyung, elas tem um tipo de comunicação telepática, uma só comunica o que todas concordam. É confuso no início, mas logo você pega o jeito. — Jungkook explica.

— Aprendeu direitinho, Biscoito. — Emma elogia.

— Depois de dias sofrendo com isso na turnê e depois na Califórnia, é de se esperar que ele tenha aprendido. — Amy ri da carinha fofa do noivo.

Yoongi finalmente se senta. Sinto seu olhar pesar sobre mim. Seu cheiro invade meus sentidos. A falta que sinto dele é quase palpável, mas sempre que me aproximo, ele foge de mim. Resolvo provocar e ver até onde ele consegue ir.

— Emma, minhas baterias. Não esqueça por favor. — Peço e os dois rapazes nos encaram confusos.

— Ah! — Ela se levanta. — Chegaram ontem. Você pediu apenas duas, mas como sei que vai precisar, pedi logo oito. Estavam em promoção. — Diz, me entregando o pacote.

— Deposito o restante mais tarde.

— De jeito nenhum, Ella. Você sempre salvava todo mundo com essas baterias. Chegou a nossa vez.

— Wow, essas baterias! — Amy arregala os olhos. — Me dá duas, Ella?

— Aqui. — Abro o pacote e entrego duas para minha irmãzinha.

— Afinal, para que são essas baterias?! — Kook é sempre o mais curioso.

— Vibradores. — Emma responde instantaneamente.

As bochechas do mais novo se tornam rubras, Yoongi não está muito diferente. Acabamos rindo da reação deles.

— Meio Old School usar os de bateria, mas é muito versátil. — Amy justifica.

— Pequeno, mas potente. Um dos melhores da categoria. — Entro na onda de deixá-los constrangidos.

— Acho que ele se encaixa mais como um estimulador clitoriano do que como vibrador. — Emma pondera.

— Yaaaaa! Por favor, já chega. Estou ficando constrangido. — Jungkook reclama cobrindo as próprias bochechas.

Observo Yoongi, não é bem constrangimento o que ele parece estar sentindo. Resolvo que já deu por hoje com as meninas.

— Acho que está na minha hora. Vou aproveitar as baterias novas. — Digo com um amplo sorriso. — Você vem ou vai ficar aí? — Pergunto à Yoongi, vejo-o engolir seco.

— E-eu vou ta-também.

— Certo. Meninas, sempre ótimo! Temos que fazer isso mais vezes. Jungkook, boa sorte. Você vai precisar. — Me despeço deles sendo seguida por Yoongi.

No elevador, sinto seu desconforto com algo. Até imagino o que seja, mas não vou perguntar. Espero que ele tenha a atitude de dizer.

— Amanhã todos os garotos vão me zoar dizendo que não consigo satisfazer minha própria esposa. — Ele comenta pensativo.

— Errado não está... — Vejo seus olhos buscarem o meu no espelho.

— Ella, tente entender. Eu preciso lidar com algo primeiro.

— O que eu não entendo é porque você me deixa de fora disso. Seja lá que merda você está passando, se eu soubesse o que é, te ajudaria com tudo o que precisa. Até onde eu sei, você pode simplesmente ter se enjoado de mim, mas mantém o casamento para evitar o escândalo. — Resolvo ser sincera.

— É isso que você acha? Que eu me cansei de você? — Ele se vira para mim e me encara de frente. — Ella, eu te amo. Amo mesmo, de verdade. E é por amar de mais que eu não posso te contar. Você me odiaria.

— Isso seria impossível. Agora eu vou te fazer dois convites. O primeiro é esse, reflita bem no que estamos fazendo de nossas vidas. De que está adiantando irmos à terapia se você não diz o que tanto te aflige? A base do casamento não é o amor como todo mundo acha. Existem os pilares que sustentam um casamento, paciência, comunicação, confiança e claro, amor. Eu juro que tento, mas estou cansada de tentar passar por essa barreira invisível que você criou à sua volta. Olhe bem para mim. — Peço colocando as duas mãos em suas bochechas. — Eu te amo. Não importa o que você está passando, vamos superar juntos. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Eu estou com você, Yoongi. Seja lá o que houve, você está perdoado. Volta para mim? De verdade. O Yoongi que eu deixei no quarto do hotel de Berlim. Que disse que me amava mais que tudo e que sentiria a minha falta. Juro que se eu soubesse que você ia se transformar dessa maneira, eu teria te raptado e trazido para casa comigo. Sinto muito por ter ido embora, mas Aelin não ficaria bem naquelas condições.

— Ella. Eu preciso te contar algo, mas não pode ser em um elevador. Chegou a hora de conversarmos. Depois disso, se você ainda me quiser, sou todo seu. Vem comigo.

— Você dirige, já que não bebeu.

Yoongi nos leva para o novo prédio da BigHit. Cumprimentamos o porteiro que me olha um tanto confuso. Logo estamos no estúdio de gravação. Bem maior e mais equipado que o antigo.

— Sente-se. — Yoongi traz uma cadeira confortável para mim. — Ella, algo aconteceu durante a turnê. Algo ruim. Jisoo e as demais integrantes do BlackPink ficaram hospedadas no mesmo hotel que nós estávamos. Jin ficou muito feliz, então acabamos relevando a presença delas por lá. Eu evitava ao máximo ter contato com todas elas, mas Jennie me perseguiu algumas vezes.

— Como assim?

— Ela invadiu meu quarto enquanto eu tomava banho, mas eu a expulsei imediatamente quando a encontrei lá dentro. Um dia, antes do show eu me isolei na sala de descanso para evitar encontrar qualquer uma delas já que todas estavam no backstage. Acabei dormindo na cadeira de massagem, de máscara e fones. Acordei com alguém me fazendo um oral, mas não era você, era Jennie.

— O que?!

— Calma. Me deixa terminar por favor. Eu a expulsei aos berros da sala de descanso. Ela disse para todos que só estava me fazendo uma massagem. Jin até tentou brigar comigo por isso. Passamos muito tempo sem nos falar.

— Mesmo assim você foi jantar com ele e aquelas duas crias de Satanás. Por quê?

— Jin e eu tínhamos conversado e chegado a um acordo. Todos aqueles dias, só nós dois, nos habituamos a fazer as refeições juntos. Ele me convidou para jantar, disse que Jisoo queria comer em um lugar público, mas sozinhos daria muito na cara. Então ela levaria Lisa e ele me levaria. Eu não desconfiei de nada, quando chegamos ao restaurante e vi que não era Lisa e sim Jennie, tentei ir embora. Jin sabia que eu tentaria, então me ameaçou. Disse que contaria o que houve na turnê para você. E eu estava desesperado para guardar esse segredo nojento. Então tentei convencer Jennie a não contar para ninguém, me fiz de bonzinho a noite toda para conseguir meu objetivo.

— Eu não podia saber o que houve? — Yoongi nega com a cabeça. — Por quê?

— Eu me sinto sujo. Nojento. Asqueroso. Porque outra me tocou, alguém que não é você. Tive medo de você também me achar nojento e repulsivo. Também tive medo que você matasse ela ou algo assim. — Ele olha para o chão durante todo tempo.

— Amor. — Paro à sua frente. — Olhe para mim. — Peço. — Eu nunca te acharia nojento, repulsivo ou qualquer coisa ruim. Muito menos te abandonaria. Eu te amo, mais que tudo. Você não é culpado de nada. É uma vítima de abuso. Se você quiser, podemos prestar queixa contra ela.

— Ninguém acreditaria em mim. Eu só exigi que ela nunca tenha contato comigo outra vez. Sobre Jennie entrar no prédio, foi a minha mãe, ela me manipulou. Me perdoe Ella, por tudo que te fiz passar.

— Quem diria que nós dois totalmente sozinhos conseguimos ter mais progresso que toda a terapia que fizemos até agora. — Comento o abraçando.

— Você não vai pedir o divórcio?

— Não mesmo. Não é Jennie-Piranha que vai te tirar de mim. É por isso que você sempre se esquivava de mim quando eu te procurava? Por se sentir sujo?

— Sim, mas nós podemos... — Coloco o dedo sobre seus lábios.

— Eu jamais vou te forçar a nada, querido. Vamos procurar ajuda para que você lide com o abuso que sofreu. Eu vou te apoiar e esperar por você pacientemente. Nós vamos superar isso juntos.

— Obrigado, Ella.


Notas Finais


Voltei mais rápido dessa vez, com um capítulo curtinho porque a inspiração veio do nada.
O que acharam dessa conversa dos dois? Será que agora tudo se resolve?


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