História Apenas um jogo - Traição?

Sair com Max foi uma ótima escolha, pois em pouco tempo ele conseguiu melhorar e muito o meu humor. Saímos do cinema rindo sem parar, por causa de suas brincadeiras. 

- Eu ainda não sei como não fomos expulsos.

- E quem e louco de tirar a pessoa que estava melhorando o filme?

- Esta se achando muito garoto.

- Eu posso. Ainda mais depois que fiz a senhora que estava sentada ao meu lado, se mijar de tanto rir.

- Credo. Então aquele cheiro que eu estava sentindo era urina mesmo?

- Melhor isso do que outra coisa.

- Para de ser nojento. - o empurrei de leve.

- Imagine o cheiro que estaria lá. Coitado de quem vai ter que limpar aquilo.

- Eu não quero nem imaginar, para não estragar o meu apetite.

- Pensei que você não ia querer mais o almoço. Já que detonou os dois baldes de pipoca.

- Nem era tanta pipoca assim. E acha que vou perder essa chance de comer fora?

- Esta bem, vamos atrás de um restaurante por aqui.

Começamos a andar pelas ruas em volta, até acharmos um restaurante onde entramos.

- Então, já decidiu o que você vai querer? - me perguntou sem tirar os olhos do cardápio.

- Eu estou achando que e melhor irmos embora. 

- Porque Fany? Algum problema?

- Esses pratos, são muito caros.

- Não se preocupe com isso. 

- Como não? Você viu os preços?

- Sim, eu vi.

- E esta tão calmo assim por quê?

- Pois eu não te traria em um lugar, onde não posso pagar. - sorriu ao colocar o menu na mesa - E você tem que frequentar mais restaurantes e menos fast-foods. Pois, se fizesse isso, saberia que esse até que e barato.

- Barato? - olhei em volta, o lugar era bem arrumado e tirando nos dois, todos ali estavam bem vestidos - Não sei onde. 

- Confie em mim. - disse fazendo um gesto, chamando alguém.

- Boa tarde, já decidiram o que irão pedir? - uma garota sorridente se posicionou ao nosso lado com um bloco de notas nas mãos.

- Sim, queremos dois files com batatas, arroz e uma porção de frango. - ele pediu.

- Ok, e para beber?

- Para mim, um refrigerante.

- Tem preferência por algum?

- Não, vou confiar na sua escolha.

- Esta bem. E para a senhorita? 

- Acho que preciso de um emprego. - respondi baixo pensando no valor da conta.

- Desculpa, eu não entendi senhorita.

- Traga o mesmo para ela, por favor.

- Esta bem, já trago o pedido de vocês. - sorriu ao sair.

- Não sei como vou te pagar por tudo isso.

- Esta me estranhando Fany? Você não precisa me pagar nada por isso. Você e como uma irmã para mim, e eu só quero que fique bem. Mas, se quiser me pagar por algo, só precisa fazer uma única coisa.

- E o que seria? - perguntei curiosa.

- Tome as rédeas da sua relação. Você e uma princesa e tem que ser tratada como tal, Não como o Brian te trata.

- E só uma fase que estamos passando, logo ele voltara a ser como antes.

- E quando isso acontecer, me chame de rei do universo, esta bem?

- Vai ficar se achando muito assim.

- Como se eu já não me achasse. – riu.

- Com licença. - a garota voltou trazendo as bebidas – Eu já volto, irei buscar os pratos.

Assim que ela terminou te trazer tudo, começamos a comer e íamos conversando sobre coisas aleatórias. Até surgir o tema jogos, onde acabamos combinando de irmos a uma feira de games que teria daqui a alguns meses na cidade.

- Por que você não convida o seu novo amigo para ir também? - perguntou fazendo um sinal com a mão.

- E o fazer cruzar meio mundo por isso?

- Não precisa ser só por isso. Vai que rola alguma coisa...

- Ei, eu sou comprometida esqueceu? - o cortei.

- E eu não estava falando dele ter algo com você. 

- Desculpa, vejo que estão conversando. Voltarei depois. – a garçonete falou.

- Não precisa. A conta, por favor.

- Claro, só um segundo. – ela se afastou, indo em direção a um balcão ali perto, voltando segundos depois - Aqui esta senhor.

- Obrigado. - ele deu uma olhada rápida no papel e entregou o dinheiro a ela - Pode ficar com o troco.

- Obrigada. Voltem sempre.

Já na rua, esperei nos afastarmos para perguntar.

- Quanto deu tudo?

- Uns 140, sem contar a sobremesa.

- Tudo isso? – perguntei espantada.

- Sim, mas valeu cada centavo. Não acha?

- Devo concordar. A comida estava ótima.

- E a companhia estava melhor ainda. - piscou para mim.

- Obrigada, digo o mesmo para você.

Tínhamos acabado de virar uma esquina, quando vi o meu namorado entrando sozinho no cinema.

- Será que esse era o programa que eles tinham planejado?

- Eles quem?

- Nada não, e que vi o Brian entrando no cinema.

- Quer ir lá dar uns beijos nele? 

- Você não se importa?

- Não. Pode ir, eu te espero aqui. Mas, se for demorar ou ficar por lá, me da um toque.

- Não irei ficar, e vou ser rápida, só irei dar um oi. 

- Esta bem. - disse se encostando a uma parede - Se quiser, eu cuido da sua mochila por enquanto.

- Obrigada. - tirei ela das costas o entregando antes de ir ao encontro do meu namorado.

Entrei no cinema e o vi de costas na fila, decidindo no momento que seria bom ligar para ele antes de aparecer. Disquei seu numero e fiquei o observando, ele pegou o celular e olhou para o visor, pensei que ele iria atender, mas ele simplesmente colocou ele no mudo e guardou o telefone novamente no bolso.

"Por que ele fez isso?" Me perguntava o olhando. Esperei passar alguns segundos e tentei de novo, só que seu comportamento se repetiu.

"Não, isso e palhaçada já. Ele agora vai ter que se explicar." comecei a andar em sua direção, mas, parei no meio do caminho, quando vi uma garota correr ao seu encontro e lhe dar um beijo.

"Não, eu acho que vi coisas." balancei a cabeça e olhei para eles novamente. Agora ele estava com uma de suas mãos na bunda dela enquanto a beijava.

"Eu não acredito que isso esta acontecendo." lagrimas corriam de meus olhos. Os vi se afastarem, indo em direção ao balcão de lanches, enquanto eu permanecia imóvel ali, os olhando.

A única coisa que eu consegui fazer foi tirar algumas fotos deles trocando carinhos. Cada foto tirada era uma facada a mais em meu peito. Quando entraram em um corredor, sai de lá apressada.

- Me leva para casa, por favor. - pedi em prantos ao avistar Max.

- Esta bem. Mas, o que aconteceu com você? - parecia preocupado.

- Eu o vi com outra garota lá dentro, se beijando na maior intimidade.

- E você não fez nada?

- Não tive forças para fazer nada. Só quero sair daqui.

- Esta bem, vou te levar para a sua casa.

Ele chamou um taxi e me vez entrar nele, ficando ao meu lado durante todo o trajeto.