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História Apenas um pequeno sociopata - "Bill Cipher"


Escrita por: Suteppani

Notas do Autor


NÃO ME MATEM

Demorou um mês
Mas tá aí
Eu não quero abandonar essa ficar
E eu não vou abandonar essa porra de fic
Pode demorar
Mas eu vou escrever carai
Então só vamo
Bom cap

Capítulo 10 - "Bill Cipher"


Como sempre depois de uma consulta com o Ford, eu cheguei em casa e me arrumei o mais rápido que podia para não perder o horário, e enquanto eu penteava o cabelo com o Will, o mesmo me encarava disfarçadamente, mas ele não sabia disfarçar. 

  - Por que esta me encarando? - Perguntei, sem tirar os olhos do espelho, enquanto passava o pente sobre meu cabelo que o seguia sem insistir, o garoto pareceu levar um susto quando eu fiz a pergunta, mas rapidamente se manteve firme. 

  - Você está diferente, não vai tentar nada? - Ele perguntou, eu estava o encarando pelo espelho, e conseguia notar o medo em seu olhar. 

  - Tentar o que? - Forcei um olhar ofensivo a ele descaradamente, por que não sei como, mas eunão conseguia mais ofende-lo. Não que eu não soubesse.

  - N-Nada, desculpa... 

  Ele apenas voltou a pentear o cabelo, com uma expressão assustada, mas aliviada ao mesmo tempo. eu não soube o que dizer, achei melhor não insistir nesse assunto... 

  Sim. Com certeza é melhor não insistir nesse assunto.

  Tivemos pouco tempo para nos arrumarmos, mas ocorreu tudo bem. Will, por algum motivo, foi primeiro. Mas não achei algo ruim ou coisa desse tipo, apenas tive que aceitar e ir alguns poucos minutos depois dele.

  E adivinha o que eu acho no caminho? isso mesmo. 

  - Tem alguma coisa em você, que me irrita muito, moleque. - Tinha um cara um pouco maior que eu, e bem mais maior que o Dipper, dando uma bronca nele. Eu me escondi atrás de um muro que havia por perto, e consegui vi tudo o que acontecia, Pine tree havia arrumado briga? - Essa sua frescura e ignorância de se achar melhor que os outros, ME IRRITA! - ele gritou. O garoto estava preso na parede, e fechava os olhos toda hora que recebia um grito dele. Por que caralhos ele não tá se defendendo? 

  - SOLTA O MEU IRMÃO, SEU GRANDALHÃO IMBECIL! - Derrepente a Mabel invadiu tudo, com uma expressão irritada, e foi direto no homem que parecia ser tipo, 20 centímetros maior que ela, que simplesmente levantou a mão.

  Agora chega.

  Deixei minha mochila no chão e corri até eles, o cara era maior que eu, mas o que eu aprendi nessa vida, é que o tamanho, assim como as palavras, não importa. Cheguei por trás, e juntei todas as minhas forças no meu pé direito, e com ele, dei um chute na parte de trás do joelho dele. 

- Quem é você para erguer a mão pra ela? - perguntei, o vendo cair que nem... Esquece. 

- FILHO DA PUTA! - Ele gritou, se levantando, com uma expressão de dor estendida no rosto, mas acabou caindo novamente.

  - O que aconteceu? - Perguntei para Mabel, a encarando. 

  - Ele queria bater no Dipper... - Ela respondeu, meio assustada. 

  Passei pelo homem caído, e fui até o Dipper, que tinha uma expressão... confusa. E surpresa, também. 

  - O que aconteceu, você fez algo a esse cara, né? O que foi? - Eu perguntei, fazendo questão de ser mais desagradável possível. Chega de o tratar especial, se envolver com um homem mais velho, não deve ser boa coisa o que ele teria feito para isso acontecer. 

  - Eu não fiz nada, eu juro... - Ele respondeu assustado, pegando meu braço esquerdo. - Tinha um cara mexendo com a Mabel, eu tinha que defender ela. Ele então chamou ele. - O garoto aponta para o homem caido no chão.  

  - Como assim? - Perguntei. - Ele mexeu com a Mabel do nada?

  Ele acente. 

  Dou um suspiro, fazendo ele se soltar de mim.

  - Já teve gente que ligou para a polícia, por causa disso. - Falei, o avisando. - Vamos embora, e deixar que eles façam seu trabalho. 

  Isso foi estranho. Mal começou o dia e eu já tenho que livrar as pessoas dos problemas, Deus me livre. 

 Mas pelo menos ele é Mabel não se machucaram, isso é um pouco melhor.

 ...

 Por que eu me preocupei com isso?

  Ah, dane-se. 

  Entramos na escola, demorou um tempinho para que Dipper acalma-se a Mabel, falando que ele estava bem, mas no final, tudo deu certo. Tirando o fato de que as pessoas não paravam de olhar para eles, e isso me incluia. Mas eu não me importava, e tenho certeza de que eles também não. 

  Sim, Dipper não parecia ser o tipo de pessoa que iria se afetar por isso, muito menos sua irmã, ela era a pessoa mais alegre que eu ja havia conhecido na vida, uma alegria daquelas não iria conseguir ser derrubada tão facilmente assim. 

  Chegamos na nossa sala, e pro meu alivio, ninguém ficou nos escarando. Sim, isso me incomoda muito, ainda bem que isso parou.

  Joguei minha mochila debaixo da cadeira, e não fiz questão de tirar nada, apenas deitei minha cabeça na mesa, sentindo uma onda de sono pesado me consumir do nada, tive que dar uma última olhada no Dipper para ver se estava tudo bem, antes de cair em um sono bem profundo, que nem eu mesmo pensei que conseguia.

 

  ???


  Algo estava errado.

  Estava em algum lugar diferente dessa vez. 

  Estava tudo escuro, eu mal podia enxergar algo.

  Eu me sentia preso, porém estava de pé, o que era uma ótima notícia, era um sonho?

  - Isso é no que você se transformou? - Ouço alguém falar comigo... Havia algo errado, essa voz... 

   Eu encaro a direção no qual ouvi minha própria voz naquele vácuo extendido. 

  - Quem é você?! - Quando consigo achar o tal sujeito, não pude evitar de me surpreender. Era eu, uma versão bizarra de mim, que tinha seus olhos negros, e a íris vermelha, que latejava, jorrando um líquido avermelhado. O que estava acontecendo...?

  - Você sabe quem sou eu. - ele respondeu, dando um sorriso de lado, vindo até minha direção. Pude sentir meu corpo sendo liberado daquela força que me mantinha paralisado, e no mesmo momento comecei a dar passos para trás, focando em me afastar daquele... cara.

  - Você sou... Eu? - Perguntei com os olhos arregalados, me afastando mais rápido do que antes. Chega, agora eu estava apavorado. Sua aparência me dava desespero, e quanto mais eu o encarava mais eu tinha uma vontade de desaparecer da existência. - Pare de se aproximar. - pedi.

  - Por que você não me faz parar? - ele pergunta, começando a vir mais rápido. - Está fraco de mais para me ameaçar...? - Ele perguntou.

  - O que...? - Respondi sem entender.

  - Ou você não quer? Quem é você? - ele perguntou, desfazendo o sorriso bizarro no rosto, ficando pior ainda. Meu coração estava disparado. - Você não sou eu, eu nunca me enfraqueceria dessa forma, NUNCA! - ele grita.

  - Mas do que você tá falando?! - perguntei num tom trêmulo, ainda assustado. - E-Eu sou... Ainda sou... Bill...

  - Não, você não é. - Ele diz, num tom óbvio. - Você está sendo um idiota sentimental, esta dando chances, não aprendeu porra nenhuma? 

  - Eu o que? - Perguntei assustado. 

  - VOCÊ ESTÁ SENDO UM INFELIZ ESTÚPIDO! - ele pareceu ter se descontrolado, começou a gritar mais alto do que eu conseguiria. - EU NEM RECONHEÇO MAIS VOCÊ, COMO PODE DIZER QUE É O MESMO QUE EU SOU? VOCÊ É UM IDIOTA CHORÃO QUE ESTA SE DEIXANDO LEVAR POR COISAS INÚTEIS, POR PESSOAS INÚTEIS! 

  - Pessoas inúteis?  

  - Exato, pessoas inúteis. Que simplesmente só estão te usando para ter o que elas querem ter, "carinho". - Ele me prende contra a parede. Eu sinto que meu coração vai explodir... - E depois, você sabe o que vai acontecer, por que está dando chances, por que está parando de ser você mesmo?! 

  - Eu não estou! - Não sei de onde tirei tamanha coragem de falar num tom mais elevado. - Esse sou eu, BILL CIPHER, EU NÃO PRECISO DE ALGUÉM PARA ME EDUCAR, CARALHO! - O empurrei com tudo, sentindo uma irá gigante me fazer ficar descontrolado, mas mesmo assim, tudo que o vi fazer foi sorrir. 

  - Esta vendo? - Ele pergunta, dessa vez, no mesmo lugar. - É esse. Esse é o Bill, esse sou eu, - Esse era ele... - Esse é você. - ele termina de falar. 

  - ... - Não soube o que falar, o desespero de antes não parecia me afetar tanto.

  - Não se preocupe... Irei falar contigo enovamente em breve. - ele aumenta aquele sorriso bizarro, fazendo meu coração acelerar.


...! 


- Bill, acorda! - Essa voz...

  Olhei para os lados, era Dipper. Ele estava me cutucando, parecia fazer isso há um bom tempo. 

  Demorei alguns poucos segundos para entender finalmente o que eu tinha sonhado, e quando esse momento aconteceu, senti meu corpo passar por uma onda energética, e eu encarar o garoto ao meu lado com os olhos arregalados. - Viu um fantasma? o que houve? - ele pergunta, visivelmente preocupado.

  Esta tudo bem, foi um pesadelo, não costumo ter recentemente, mas não é impossível. Talvez hoje eu sonhe com outras coisas que não envolvam sangre, escuridão e a cor vermelha. 

  - Que aula é essa, por quanto tempo eu dormi? - perguntei meio preocupado.

  - Você dormiu apenas por alguns poucos minutos, avisaram que o professor faltou hoje, e eu acabei de te acordar para que pudéssemos ir para o pátio. - ele explicou. 

  Agora eu entendi... Mas... Poucos minutos? Aquilo pareceu ser uma eternidade. a última vez que eu senti tanto medo assim, foi quando eu morava com o meu pai... Não, pior.

  - Onde está a Mabel? - perguntei, encarando a sala vazia. 

  - Já saiu com as amigas, e se não formos logo, vamos perder tempo aqui. - ele disse, me encarando.

  - Por que me esperou? - perguntei. - se esta com medo de perder tempo, deveria ter ido logo quando avisaram. - eu lhe disse, me levantando da cadeira, e indo a passos não tão rápidos para porta, enquanto era acompanhado dele. 

  - Não é legal ficar sozinho em aula vaga. - ele responde. 

  - Entendo. 

  Nós fomos para o pátio, não estava tão cheio, mais parecia ter mais gente do que tinha na sala de aula, provavelmente outra sala estava de vaga. Pensei que iríamos sentar em lugares diferentes e distantes, mas lembrei que era o Dipper, e que ele iria continuar me seguindo como sempre, mas... Não acho tão irritante agora, acho que me acostumei.

  - Hey. - O chamei. Ele me encarou rapidamente. - Toma. - Peguei no meu bolso, alguma nota que eu estava guardando e dei pra ele. - Compre alguma coisa para nós comermos. - Falei, encarando algum canto para não ter que encarar aquela face sorridente dele. 

  - Qualquer coisa? - ele pergunta animado.  

  - É, caralho. - respondi grosso mesmo, foda-se. - Anda logo antes que eu mude de idéia. - respondi.

  - Certo, me espere aqui. - ele deu um risinho que chutei ser comemorativo, e saiu do meu lado, indo para a lanchonete que tinha no pátio da escola.

  Dei um suspiro meio cansado.  

  Mesmo que esse pesadelo tenha passado, eu ainda tenho um problema.

  Convidar o Dipper para a consulta. 

  Sim, isso pode parecer fácil pra vocês mas, pra mim é difícil. Não posso só chegar nele com cara de mongo e falar: "bora ir na minha consulta do psicólogo na próxima vez", isso é ridículo.

  Aargh, por que o Ford foi pedir isso?! O pior é que se eu desobedecer, ele vai contar pra Mary, e vai ser bem pior. Ainda ter que levar o ... 

... 

  O que é isso?

  Essa coisa que eu tô sentindo quando me refiro ao Will... Sempre me lembro das vezes que eu maltratei ele, e dessa vez, eu estou sentindo algo estranho, que eu também senti a todo momento naquele pesadelo, o que é esse sentimento? é horrível...

  - Voltei. - Nunca fiquei tão agradecido por ter voltado a realidade como agora. Era o Dipper. - Como não tinha nenhum lanche de dois reais, eu comprei alguns sorvetes. - ele disse, dando três para mim, ficando apenas com um. Fiquei meio confuso com isso. 

  - Por que esta apenas com um? - perguntei, o encarando com um pouco de dúvida no olhar.

  - Ue, o dinheiro era seu, é normal você ter mais. - foi a única coisa que ele disse, até eu jogar um dos meus nele.

  - Calado. - Já mandei ele ficar quieto para poupar meu ouvidos de aguentar as manias dele. - Pronto, agora está na quantidade ideal para nós dois.

  - Onde foi parar aquele Bill chato que não gostava de mim? - ele perguntou, debochando.

  - Meu psicólogo pediu para você ir comigo na minha próxima consulta. - falei.

  - O que? 

  - Você vai comigo na próximo consulta que eu tenho no psicólogo! - Falei.

  - Espera, por que você tem psicólogo? 

  - Com certeza por que eu tive a melhor vida de todas e nenhum trauma. - Nunca fui tão irônico como fui agora. - De qualquer forma, não é por que eu quero, meu psicólogo está me obrigando a te chamar, e se você não ir eu tô na merda. - expliquei.

  - Tá, tudo bem, eu vou... - ele disse, dando um sorriso sem graça. 

  - Sério mesmo? - perguntei, dando um sorriso mínimo.

  - Mas, só uma pergunta... 

  - ...? 

  - Como seu psicólogo me conhece?  

  Aí, merda.

  - Err... - Não deu, eu travei. - Ele... Ele pesquisou sobre você... Ele é um stalker... vive me vigiando. - falei.

  PUTA que pariu, stalker? QUE PSICÓLOGO NO MUNDO FICARIA STALKEANDO O PACIENTE? EU SOU MUITO BURRO! AARRGH, ELE NUNCA VAI CAIR NESSA. 

  - Saquei, então tá, minha mãe sempre deixa eu sair de casa a qualquer hora, então não vai ter problema. - ele respondeu com um sorriso amigável, tomando o sorvete.

  ...

  E eu pensando que não dava para ele ser mais ingênuo que já era, meu deus. Tudo bem, pelo menos ele aceitou, eu só espero que Ford não fale nada DE MAIS para ele, sério.

  Tudo bem.

  Vai ficar tudo bem, eu sei que aquele cara não falaria nada pro Dipper, até por que, ele não tem permissão pra isso... 

Ou tem?


Notas Finais


E PRA COMENTA CARAI
por favor :3 ♥


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