História Apenas um pouco errado. Taekook, vkook - Capítulo 9

Jungkook olhou para seu reflexo no espelho. Nas marcas em sua bunda e em seu pescoço que o fazia parecer que ele foi vítima de um vampiro. Ele havia dito a Lydia para reagendar a entrevista que ele deveria dar naquela tarde. Ele não podia dar entrevistas com aquela aparência.

Mordendo o lábio, jungkook tocou o chupão gigante no lado de seu pescoço e estremeceu. Apesar das evidências, tudo parecia muito surreal. Quando ele tinha acordado na sala ontem, não havia nenhum vestígio de taehyung na casa. Jungkook teria pensado que foi apenas um, sonho esquisito e muito vivo se não tivesse sentido como se suas nádegas estivessem em chamas e as marcas
em sua pele.

Ele se perguntou se taehyung sequer viria esta manhã. Ele duvidava.

A campainha tocou.

O estômago de jungkook despencou em um inferno gelado em algum lugar abaixo de suas botas.
Ele puxou sua calça de moletom e correu escada abaixo. Quando ele abriu a porta, os olhos de taehyung se concentraram em sua garganta. Sobre as marcas que seus dentes tinha deixado ontem. Jungkook suprimiu o desejo bobo para cobri-las.

Parecia que uma pequena eternidade tinha se passado antes de taehyung o olhar nos olhos. Jungkook umedeceu os lábios com a língua, sem saber o que
dizer. Inferno, ele não tinha certeza do que tinha acontecido.

Estritamente falando, o que aconteceu ontem não foi sexo; eles nem sequer se beijaram. Taehyung tinha apenas lhe dado uma surra e alguns chupões desagradáveis. Então, sim, estritamente falando, não era sexo. Mas, de certa
forma, era pior. Sua memória estava um pouco confusa, mas ele tinha certeza que
ele não tinha imaginado taehyung segurando-o depois. Ou isso tinha sido um sonho? Olhando para taehyung agora, era difícil acreditar que qualquer coisa dessas tivesse acontecido.

Jungkook se afastou.

Taehyung entrou na casa.

Jungkook fechou a porta e se apoiou contra ela, sentindo uma forte sensação de déjà-vu. Inesperadamente, taehyung se encostou na porta, também. Jungkook tinha pensado que taehyung iria tentar colocar o máximo de distância entre eles quanto possível. E ainda assim, eles estavam perto. Seus ombros estavam se tocando.

Jungkook enganchou um dedo no cós de sua calça de moletom e pegou seu lábio entre os dentes. Apesar das várias camadas de tecido, sua pele estava
formigando onde os ombros se tocaram. Jesus.

Essa coisa era ridícula.

Por fim, Taehyung soltou um suspiro, quebrando o silêncio. —Eu odeio repetir
o óbvio, mas ...
— Foi um erro, disse jungkook, olhando para a parede oposta.
— sim.

Outro silêncio longo e tenso.
— Olha, disse taehyung. — Eu não quero ser esse cara. Eu não sou esse cara.

— Esse cara?. Jungkook sorriu . — Você quer dizer o cara que vai se casar em poucos meses, que diz que ele é hétero, e quem diz que não gosta de homem?

—Todas essas coisas são verdadeiras.
Jungkook cantarolou. — Você tem um jeito engraçado de mostrar isso. Por
que você está aqui?

— O quê?

Jungkook virou a cabeça para ele e estava um pouco surpreso com o quão
perto os seus rostos eram. — O que você está fazendo aqui, Taehyung?, Ele
perguntou em voz baixa e suave.
— Se você está tão desgostoso com o que aconteceu, você deveria ter ido direto para yoongi e dito-lhe que você estava
desistindo. Ninguém pode forçá-lo a ficar, com contrato ou não. Jungkook
inclinou a cabeça.
— Então, o que você está fazendo aqui?

Ele estudou o perfil de taehyung quando taehyung olhou para frente dele. Ele podia ver o pulsar quase imperceptível dos músculos na mandíbula de taehyung.

Jungkook colocou uma mão no bíceps de Taehyung. Os músculos ficaram rígidos
quando ele lentamente passou a mão pelo braço de taehyung para seu pulso. Ele podia sentir a tensão incrível no corpo de taehyung. Jungkook se encolheu quando ele percebeu que seus dedos tremiam. Pare. Pelo amor de Deus.

—Não me toque, disse Taehyung, com a voz tensa.

— Você sabe o que eu acho?, jungkook murmurou, com os dedos envolvendo em torno do pulso de taehyung. Ele apertou-os de modo que o tremor não era tão perceptível. — Eu acho que você odeia isso. Odeia que você me quer. Você odeia e você acha que é errado e gay, e que você não pode querer alguém que você nem gosta. Você acha que é melhor do que isso, mas a coisa é, você não é. Ou você não estaria aqui comigo agora.

Taehyung olhou para ele. — Eu não quero você.

Jungkook tocou seu próprio pescoço.
— Então o que é isso?

Os olhos de taehyung foram ao longo dos chupões. Seus lábios se contraíram.

Jungkook sorriu descaradamente. — Ah, eu sei! O irmão gêmeo do mal ataca novamente? Ou talvez...

Taehyung bateu suas bocas juntas. Gemendo, jungkook agarrou o cabelo de
Taehyung e puxou-o para perto, abrindo a boca, ansioso, tão extremamente ansioso. Deus. Os lábios de taehyung eram quentes e ásperos, provocando arrepios na espinha de jungkook. Os lábios de Taehyung tinham gosto de ressentimento, raiva e algo primitivo. Este era o mais profundo, mais selvagem beijo que ele já teve.
Taehyung beijou-o como se ele o odiasse mas tambem como se almejasse isso, com sua boca como um ferro em brasa, queimando os lábios e mexendo os seus sentidos em um frenesi de desejo inebriante. Ele queria os lábios de taehyung em todos os lugares, todo o seu corpo, chupando seu pescoço, seus mamilos, seu pênis, entre sua bunda...

Como se lesse seus pensamentos, a boca de taehyung mudou-se para o seu
pescoço, mordiscando e chupando. Jungkook suspirou, seus olhos rolando para a parte de trás de sua cabeça. Ele provavelmente deveria parar Taehyung, ele nunca foi um fã de pessoas marcando-o, mas ele não podia. Ele me quer, ele me quer,

ele me quer ...


Jungkook cavou suas unhas sem corte na nuca de taehyung e sussurrou: —Você me quer.

A boca de Taehyung ficou imóvel, com seus ombros enrijecendo. Ele se afastou lentamente.
Respirando com dificuldade, eles olharam um para o outro. As pupilas de taehyung estavam tão dilatadas que seus olhos pareciam escuros.
—Não, ele disse, com a voz quase irreconhecível. —Eu não quero você. Ele virou o rosto, colocando a mão na maçaneta da porta. — isto não é
querer.

Jungkook deu um suspiro profundo e calmante. Pelo menos, era para
ser calmante. — Então o que é isso?.

Porque ele com certeza sentiu isso como
"querer". Parecia que seu corpo estava em chamas, todo o seu corpo estava vivo
onde nunca tinha sido antes. Ele queria tanto que ele estava tremendo, com suas bolas e pau doloridos. Ele mal conseguia parar de se jogar contra taehyung novamente e implora-lhe para fodê-lo, mas a dor da rejeição ainda estava
fresca em sua mente. Ele seria condenado se ele pedisse isso novamente.

—Fraqueza, Taehyung disse, irritado.
— Eu não quero você. Não como uma pessoa.

—Ah, disse jungkook. Ele tentou esboçar um sorriso. Foi mais difícil do que o habitual. — Você só quer me foder.

—Eu não..., Taehyung disse, antes de afastar-se, ele apertou a mandíbula e olhou para jungkook, como se fosse de algum modo culpa dele.

Claro que era.

Jungkook se endireitou e se afastou.

— Não se preocupe, eu entendi: é tudo
culpa minha. Eu sou o cara mau, como de costume. Saia, diga a yoongi que você
quer sair, e volte para sua namorada.

Ele subiu as escadas, sentindo o olhar
de taehyung em suas costas. No topo das escadas, jungkook parou e olhou por cima do ombro. Ele abriu um grande sorriso.
— Tchau. Tente não pensar em mim quando transar com ela.
Assobiando uma melodia alegre, ele retomou a andar.

Uma vez que ele estava em seu quarto e fora da vista de taehyung, jungkook caiu contra a porta. Havia um sentimento desagradável, firmemente alojado
em sua garganta e ele não sabia como se livrar dele.

Eu não quero você. Não como uma pessoa.

—Eu te odeio, ele sussurrou.
— Eu te odeio.

Por que ele era tão indesejado?.
Será que as pessoas olhavam em seus olhos e não viam nada digno? Ele era uma pessoa tão má?

Talvez ele fosse.

Piscando rapidamente, jungkook foi até a cama e se deixou cair. Ele abraçou seu travesseiro e fechou os olhos.

—Eu não me importo, disse ele em voz alta.
Ele nunca se importou antes. E ele não ia começar agora.

Ele era jeon jungkook, uma estrela de futebol, e ele era, ele era ...

Todo mundo o amava. As pessoas o amava.
Eles o amavam.