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História Apenas um sonho III - Herdeiro do trono - Estilhaços de vidro


Escrita por: Maallow

Notas do Autor


Atualizando rápido para acabar rápido tbm

Capítulo 13 - Estilhaços de vidro


“Quantas vezes, durante a minha vida, eu precisaria ceder aos desejos de um homem?” – Questionei-me, enquanto a carruagem que nos pegou em uma das ruas mais movimentadas de Londres me levava para longe dali.

Olhei para Ilosovic Stayne. Sua mão pesada incomodava meu joelho esquerdo, ele o tocava, mesmo por cima de minhas vestes. - Não que eu não queira ser sua aliada... – Comecei, cautelosa com cada palavra. – Mas o senhor praticamente me criou, literalmente me viu nascer.

Arranquei uma risada maquiavélica de si. – Aprendi muitas coisas em Londres, minha futura Rainha. – Ele esticou o braço por cima do meu ombro, eu não pensei que pudesse me sentir ainda mais desconfortável. – Muitas mulheres aqui são prometidas a seus maridos ainda crianças. – Pausou. – Os pais guardam seus dotes, até que elas se tornem adultas. Inclusive... – Ele se inclinou. – Foi assim com o primeiro casamento da sua mãe.

Um arrepio transpassou a minha espinha. Por mais que os costumes de Wonderland não fossem tão rigorosos como deste mundo, eu tinha a sensação de ter sido prometida, contra a minha vontade, ao Francis.

Eu o olhei, por mais que fosse difícil. – Se eu torná-lo rei, cumprirá com o acordo?

Sua cicatriz sempre salientava-se quando ele sorria. – Garanto que sim. Tudo o que quero na vida se resume a poder e riqueza. Não me importo se precisarei lhe dá a estúpida poção da cura para que eu a tenha, e tenha a coroa em minhas mãos. – Seu olho parecia brilhar, tive essa sensação. Ele ergueu o meu queixo. – E vamos combinar, nenhum homem vai querer uma moça doente e impura como você. Estarei lhe fazendo um grande favor, Valentina.

Fechei os olhos, segurando a ânsia que remexia o meu estômago quando ele tornou a beijar o meu pescoço.

Eu não sentia nada, a não ser o medo que me paralisava.

O medo e a impotência, pois no fundo, eu sabia que precisaria cumprir com o combinado para que eu tivesse êxito em minha conquista.

Tentei me esquivar de seus lábios, mas Ilosovic Stayne parecia disposto a me tomar de todas as formas. Suas mãos eram ligeiras, e por mais que eu tentasse impedi-las, elas passeavam livremente por meu corpo.

Ele não se importava com moralidade, promiscuidade, não se importava se eu já fui criada como sua filha durante longos quatro anos, enquanto era rei, e muito menos se importava em saber que o meu sangue era o mesmo sangue que o de seu inimigo.

Se eu poderia lhe dá a coroa, então, a partir de agora, eu significava sua maior conquista.

A carruagem parou um tanto quanto bruscamente. Precisei me segurar no banco de camurça para não acabar caindo. Stayne afastou as cortinas.

– Chegamos. – Eu o vi abrir a porta. Tirava algo do bolso para entregar ao cocheiro que nos trouxe e então, de um modo cavalheiro nunca antes visto, ele estendeu sua mão para que eu saísse.

Aceitei apenas por conveniência.

Ele, é claro, beijou o dorso de minha mão, por sorte enluvada. – Minha preciosa futura rainha.

Observei a sacada.

Era uma casa simples, embora parecesse grande daqui.

Era feita de tijolos, o jardim não possuía grandes plantações, apenas um amplo gramado, bem verdinho, do tom que costumo usar para minhas pinturas.

Também não havia um muro para separá-la das casas vizinhas.

Ele me guiou até a entrada.

E assim que entramos, percebi que era mais antiga do que imaginei.

Talvez tivesse seus duzentos anos.

A decoração era como o proprietário: Horrenda e amedrontadora.

- Me lembra Salazem.

- Eu fico orgulhoso disso. – Ele me guiava. – Vou lhe mostrar o quarto.

Me afastei, nervosa. - A-acho que não precisamos de um pacto carnal. – Ri. – Q-quero dizer, não acha melhor um acordo por escrito?!

O cavalheiro de copas refletia. – É uma ótima ideia, mas faremos os dois. – Ele caminhava pela sala de entrada. – Afinal, entregando-se a mim, é a maior prova que tenho para confiar em você e saber que está disposta a tudo para salvar seu irmão.

Assenti, ainda tensa. – T-tudo bem.

Ele me analisava. – Não me parece muito certa do que quer. Você não está tentando me enganar, não é? Eu a trouxe aqui. – Pensava.

Quando agarrou o meu braço e me sacudiu brutalmente, desmanchando o penteado dos meus cabelos. – Seu irmão está nos seguindo, não está?! – Neguei em silêncio, de olhos fechados. – Sei que ele está em Londres. Certamente quer me matar. – O senti me puxar, e quando me dei conta, estava sendo arrastada. – Vou lhe mostrar o que tenho.

Ele me levou para uma porta embaixo das escadarias do segundo andar.

Os castiçais estavam acessos para o estreito corredor que nos levava a uma saleta.

Eu nunca antes tinha visto tantas espadas e punhais juntos, nem mesmo em Salazem. – Diga ao meu rapaz que estou preparado. Que se ele tentar atrapalhar meus planos. – Ele aproximou seus lábios de meu pescoço. – Eu vou matá-lo sem piedade. Antes... – Tocou-me, pela cintura, arrastando meu corpo para o seu. – Farei questão que ele saiba que eu a tornei minha. – Pegou o meu pescoço, o erguia como se eu fosse uma égua a ser domada. – Eu já imagino a reação dele, desejará morrer depois disso. – Ele tocou o lóbulo de minha orelha com a ponta da língua. Fechei os olhos, com nojo. – Todo esse tempo em que estive no mundo de sua mãe, eu não percebi o quanto estava seco por um corpo feminino.

Tirei suas mãos por volta de minha cintura.

Tinha acabado de me lembrar de um grande detalhe. – Por falar em secura. Estou com sede, senhor Ilosovic.

Ele pareceu simpatizar com minha indireta. – Podemos dividir uma garrafa de vinho.

Assenti, sorrindo. – Estou de acordo.

[...]

Me sentei a mesa, ele enchia o meu cálice. E logo após, o seu. – Este é de mil setecentos e vinte e um. – Lia o rótulo envelhecido da garrafa. – O gosto deve ser sublime.

Ele estendeu seu cálice. – Um brinde ao futuro rei e rainha do Mundo Subterrâneo.

- Na verdade... – Hesitei. – Também estou faminta. O senhor não vai querer que minhas energias se esgotem... – Toquei sua nuca. – Quando me tornar sua por completo.

Ele molhou seus lábios ao concordar.

Definitivamente, ele estava louco por um corpo feminino.

E eu precisava usar isso ao meu favor. – Vou preparar algo para que comas. Eu espero que a senhorita dê valor a sua vida e não saia dessa mesa para procurar o feitiço da cura.

- Precisamos confiar um no outro. – Sorri, bebendo da taça.

Esperei que saísse. A cozinha se localizava na porta a frente.

Tentei não fazer barulho quando arrastei a cadeira. - V-vamos... – Apalpei minha meia.

Até encontrar o que eu queria.

Observei o pequeno frasco de vidro, retirando a rosca de madeira que o tampava. Agradecia mentalmente por ter uma mãe como a Alice.

Ela sabia que como era uma noite de núpcias indesejada.

E antes da cerimônia de casamento, minha mãe me contou um segredo que até então eu não fazia a menor ideia.

Os homens não eram tão perfeitos assim.

Às vezes, eles falhavam.

O por quê? Minha mãe não sabia dizer ao certo.

Quando Alice me contou essa grande novidade, eu sabia que precisava arrumar um jeito para que Francis falhasse.

Eu só não imaginei que ele seria útil para essa estranha ocasião.

- A criada do castelo garantiu que isso funciona. – Despejei o pozinho na taça de Stayne.

Assisti o conteúdo do frasco dissolver por completo na bebida escurecida.

Disfarcei assim que ele retornou. Carregava uma bandeja de alumínio, quando a pôs sobre a mesa. – Pão? – Eu o peguei, partindo ao meio. – Está duro.

- Coma sem reclamar, ainda não é a Rainha para merecer um banquete! – Ele esbravejou impaciente enquanto tomava de seu vinho.

Sorri em pensamentos, pelo menos o pão seria a única coisa dura por aqui.

- Diga-me, senhor Ilosovic. Por que a Rainha Mirana o exiliou ao invés de matá-lo, como prometeu? – Perguntei, bebendo do vinho.

- A grande verdade é que Mirana, no fundo, sabe que seu pai é um homem louco e que suas acusações contra mim não passam de meras deduções sem fundamentos.

- Não entendo.

- Não vou lhe contar. E termine logo de comer. – Ele tomou toda a sua taça. Reparando algo minimamente suspeito em mim. – Por que está sorrindo desse jeito?

Desfiz o sorriso que criei sem nem mesmo perceber. – Oh... – Precisava ser muito convincente. – É que estou ansiosa para nossa aliança. – Pus minha mão sobre a dele. – Faço o que for preciso para salvar a vida do meu irmão.

- Ainda o ama?

Hesitei. E uma tristeza infundiu meu coração. – Fraternalmente sim. – Mordisquei o pão.

- Você mente como sua mãe. – Ele arrastou a cadeira. – Suas motivações para se aliar a mim não me interessam, o que realmente importa é que cumpra com o nosso acordo.

Estendi a mão para o Valete. – O que realmente importa é que cumpra com o nosso acordo. – Retruquei, parando na ponta dos pés. – Sabe o que mais. – Quase toquei seu nariz com o meu. – Se lhe darei uma garantia de nosso combinado... – Sussurrei, confiante. Ele me olhava paralisado. – Você também deveria dá parte do que eu quero.

Ele avançou, louco para liberar seu prazer. Mas me esquivei. – O que você quer, criança? – Questionou roucamente.

- Ao menos metade do feitiço de cura.

- Um terço. – Murmurou. – Um terço é o bastante, senhorita Hightopp.

[...]

Eu não podia demonstrar medo.

Mesmo descobrindo que a saleta de armas não era a única a ter tantas espadas.

O seu quarto também.

Eu não podia ter medo.

Mesmo o vendo trancar a porta.

Eu precisava, ao menos usar o seu louco desejo por ter uma mulher ao meu favor. E mesmo que ele falhasse, não poderia dizer que eu não me entreguei.

Soltei os cabelos, vendo-o desfrouxar a gravata borboleta do seu colarinho, a qual parecia apertar o seu pescoço.

Dei alguns passos para trás, até me deitar no colchão, jogando minhas longas mechas acobreadas por toda a sua cama. – Me faça sua! – Pedi, em meio a um gemido.

Puxei o meu vestido para o alto, enquanto abria as pernas. Ele se aproximou, transpirando, quase salivando, o olhar fixo para o que de mais precioso eu tinha entre as pernas. – E-eu jamais pensei que isso fosse acontecer. – Ele dizia, por um momento paralisado. – Jamais pensei que eu fosse querer tanto você.

Até apoiar suas mãos em meu joelho, abrindo-me mais. Ele infiltrava seus dedos por minha meia calça de arrastão. A mesma meia calça que recoloquei as pressas depois de desistir de me deitar com Francis.

Por um lapso de consciência, eu senti que o traía.

Stayne beijava minhas coxas, tão possuído por sua própria luxúria que eu tive a impressão que ele passaria a morde-me.

Ele passou a desfazer as abotoadoras de sua blusa, quando parou. O semblante confuso me dizia que havia algo estranho. Seu olho vasculhou o volume que deveria possuir em sua calça.

Deveria.

 – Não pode ser.

- O que foi? – Perguntei de forma ingênua.

Assim, me encarou, boquiaberto. Vi o exato momento em que suas sobrancelhas se tornaram uma só. – O que colocou em minha bebida?! – Ele então, puxou-me para si. Não pensei que ele deduziria isso com tanta facilidade, mas apenas observei o fogo ardente de ódio em seu olho. Sem saber o que dizer. – Responda, sua imunda! – Ele me apertava com força, trincando os seus dentes.

O meu plano não havia saído como planejei, afinal. – D-desculpe. – Gaguejei, com medo.

Mas isso não foi o bastante.

Ele estapeou o meu rosto com uma força descomunal, senti minha bochecha arder de imediato e meu corpo perder a força, tornando-me mole e indefesa em seus braços.

O que minha mãe esqueceu de me contar foi o quanto essa falha da natureza mexia com a mente masculina.

– Vai se arrepender! – Ele me acertava um novo tapa na bochecha. – Vou puni-la até que eu recobre minha virilidade! – Prometeu, pressionando minhas bochechas ao aperta-las entre seus dedos.

Ele me largou no colchão, ajoelhado sobre o mesmo. Com certeza matutava como agiria a seguir, quando o som de estilhaços de vidro, partindo a janela atrás de nós fez com que o Valete olhasse assustado para a direção.

A forma como a flecha atravessou o seu ombro e o fez gritar de dor era algo que por um momento, eu acreditei ter sido um delírio de minha mente.

O sangue emundava sua blusa creme, de seda, não pude evitar olhar para trás, de onde veio a flecha, sentando-me sobre o colchão.

E lá, na calçada do lado de fora, estava meu irmão.

Preparava outra flecha quando parou, ao me ver.

Não parecia só surpreso.

Estava enraivecido e assustado.

Saltei da cama e destranquei a porta. Nada importava naquele instante, eu só queria estar salva.

Retirei a chaves e o tranquei dentro do quarto. Olhei em volta, um pouco atordoada até encontrar a porta da entrada.

Neste caso, a porta para a minha liberdade.

Pisar no gramado verde e úmido, sentir os raios de sol cegando a minha visão por poucos instantes e ver Gilbert ali, na calçada. Foi o que me fez parar para pensar em todo o risco que corri.

Meu irmão abaixava seus braços, antes preparados para esticar o elástico resistente de seu arco e lançar mais uma flecha. – Entre na carruagem. – Ele mandou, com certo desgosto.  

Acordei de meus devaneios. Percebendo o veículo de dois cavalos e um cocheiro, certamente assustado com tudo o que via, estacionado logo a frente.

Mas mantive-me parada na porta da entrada da casa, aberta.

Olhei lá para dentro, reflexiva se deveria entrar para procurar o feitiço da cura. – ENTRE NA CARRUAGEM, ME OBEDEÇA! – Solucei com a altura de seu bradar.

Corri para o veículo, passando por Gilbert, sem encará-lo.

Me sentei, e o estofado do banco de certa forma era reconfortante.

Com a porta da carruagem ainda aberta, eu conseguia vê-lo com perfeição, mesmo de costas para mim.  Pude ver o perfeito momento em que seus ombros desceram alguns centímetros e ele largou sua besta. Ele levava a mão a testa quando afundou os joelhos no gramado.

Deixei a carruagem.

E ele pareceu perceber minha aproximação, mesmo de costas. – Volte. – Virou o rosto por cima do ombro e seu olho estava marejado. – Eu não vou demorar. – Levantou.

Pude reparar as olheiras em sua pele fina abaixo dos olhos. – O que vai fazer? – Perguntei choramingando, mas vê-lo recolher sua arma de alcance me trouxe a resposta. – Não vá. – Supliquei, quase perdendo meu ar. – E-ele tem armamentos.

Ele não me ouvia.

Estava surdo e cego por vingança.

Caminhei de volta para a cabine. Não queria deixá-lo ainda mais enraivecido.

E sei que não havia como impedir o inevitável.

Quando eu penso que o tempo não poderia ser cruel comigo neste mundo...

Eu descubro que estava enganada.

Estes eram os quatro minutos mais demorados e dolorosos da minha existência.

Eu olhava atentamente para a porta de entrada da casa de Ilosovic Stayne. Acho que há quatro minutos que eu não soltava o ar de minha respiração.

E só pude aliviar-me quando o vi.

Vi Gilbert retornar.

Estava com a expressão séria e fechada, como de costume. E assim me olhou, até sentar ao meu lado e fechar a porta da cabine, estranhamente quieto.

O veículo começou a andar.

Reparei suas mãos, sem luvas para segurar melhor o seu arco, ou besta, como chamam.

As manchas severas em seus dedos era um alerta para mim. – Você o matou? – Mas isso, era uma esperança.

Gilbert estava adoecendo com mais rapidez por culpa de sua cede por vingança.

Ele balançou a cabeça, numa negativa discreta. – Não o achei.

Estranhei. – E-eu o tranquei, no quarto.

Isso o fez me encarar, finalmente. – Arrombei a porta. E não o vi mais ali. Procurei por alguma passagem secreta, que certamente havia naquele quarto, m-mas não obtive êxito. – Ele respirava ofegante. – Terá que me explicar o que está fazendo aqui.

Eu não lhe contaria do avanço de sua doença.

Prometi para a nossa mãe, e sei que se eu lhe contasse que estava morrendo aos poucos, as coisas se tornariam ainda piores. – Eu disse que queria atravessar o espelho com você.

- E eu disse que era perigoso. – Ele fazia uma expressão de dor. Mas creio que não era uma dor física. – Chessur me contou que Stayne a encontrou em um dos becos de Londres. Segui o gato com a carruagem até aqui. – Desabafava. – E-estava com tanto medo de encontrá-la ferida, t-tanto medo. – Ele prendeu seu choro. – M-mas, para minha surpresa você estava na cama dele. O que estava passando pela sua cabeça para fazer isso?!

Hesitei. – Diga-me, Valentina. – Ele murmurava entre dentes. – Diga-me que não é o que estou pensando.

- Eu tentei seduzi-lo, sim. – Era difícil admitir e tentar pensar em algo que não incluísse o feitiço da cura.

- Por quê? – Questionou enojado.

- E-eu... Eu tinha um plano. Eu... a mamãe... E-ela me contou um segredo sobre os homens. Ela disse que os homens... Que v-vocês!... B-bom, vocês as vezes n-não... - Vê-lo me encarar tentando compreender o que significava todo aquele bolo confuso de palavras só me deixava mais nervosa. – Vocês não funcionam.

Massageou sua testa, balançando a cabeça em negativa. – Por que Alice te contou isso?

Suspirei, e isso me fez lembrar o que aconteceu. – Você soube como me por em maus lençóis. Papai não se opôs mais ao meu casamento com Francis. –Ele pareceu lamentar, foi o que senti pelo desgosto profundo de sua expressão. – Mamãe me viu muito apreensiva, então ela me contou, acho que para que eu me sentisse mais calma com a noite de núpcias. Eu procurei saber mais, e uma das criadas me propôs um método natural que levaria os homens a não funcionar! – Procurei em minha meia. – Aqui, este recipiente há um pó poderoso!

- Seja lá o que isso for, eu quero distância. – Ele o afastou de si. – É assim que pretende administrar seu casamento?! Invalidando o seu marido sempre que ele quiser se deitar com você?!

- Eu não usei no Francis. Mas funcionou bem no senhor Ilosovic! – Exclamei, sorrindo com orgulho.

Gilbert segurou o meu pulso, e então pegou cuidadosamente o pequeno frasco, ainda mantendo uma cômica distância entre ele. – Fez o Valete tomar isso?! – Assenti. – Você ficou louca?!

- Não entendo.

O vi se acalmar. – Nós sabemos quando falhamos, e quando somos induzidos a falhar. Eu imagino que ele tenha percebido. – Hesitei, mas assenti. – Ele agrediria Enid por muito menos. Valentina... E-ele poderia ter matado você! Não percebe o risco que correu?!

- A-agora percebo. – Me lembrei de sua raiva, e da promessa que ele fez.

Ele prometeu que eu me arrependeria.

- Você ainda não me respondeu por que quis seduzi-lo.

Precisei pensar rápido. – A-achei que... Assim eu perderia o meu trauma de me deitar com alguém na qual não amo. Mas... Eu percebi tarde demais que isso não era uma boa ideia, e-então eu usei o remédio em seu vinho e... – Sorri. – Você me salvou, como sempre.

- Nada disso faz sentido para mim. Como pode querer se entregar para aquele homem? – O jeito como me olhava, era doloroso demais. Como uma flecha em meu coração. Coincidentemente, sei que havia uma flecha também no dele. – Estou decepcionado com você.


Notas Finais


Desculpe, hoje sem notas finais.
Estou um tanto desanimada, espero que entendam.
Mesmo assim ainda quero que comentem o que acharam.


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