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História Apenas Uma Fotografia - Capítulo dois


Escrita por: HiraHonseka

Notas do Autor


Oii, doces! Esse será o último capítulo por hoje. Vou tentar postar outro capítulo amanhã, mas não vou jurar porque não tenho certeza.

Capítulo 3 - Capítulo dois


Fanfic / Fanfiction Apenas Uma Fotografia - Capítulo dois

 

 

Acordo bem disposta. Vou até o banheiro, faço minhas necessidades e tomo um banho para então colocar a minha roupa escolhida. Faço uma maquiagem simples, arrumo meu cabelo e vou ver o que tenho que terminar de arrumar.

Coloco o que falta nas malas e então pego minhas coisas para ir saindo. Deixo as malas na sala e volto para o quarto. Vejo se não deixei nada e assim que confirmo que peguei tudo eu olho uma última vez para aquele quarto. Já estava tão sem graça com suas paredes na cor branca, mas desgastado. Não havia muita coisa além da cama e de um armário. Sorrio e saio do quarto, fechando-o.

Pego minhas três malas e saio do apartamento, tranco o mesmo e espero o elevador. Eu precisava entregar a chave para a recepcionista, já que eu tinha organizado tudo com o proprietário alguns dias antes.

‒ Obrigada, Srta. Clark. ‒ Agradeço a moça e saio do prédio. Vou em direção a um táxi que está parado a poucos metros. Não demora muito e eu chego lá. O moço coloca minhas bagagens no porta-malas e nós seguimos para a estação de trem.

Vou o caminho todo observando a cidade por uma última vez, já que não pretendo voltar tão cedo. Fiz a escolha certa, essa cidade já não é mais o suficiente para mim, eu preciso mesmo de mais.

Observo a estação se aproximar e já me preparo para entrar no trem e mudar minha vida. O táxi para, eu pago o taxista e pego minhas malas então sigo até uma bilheteria para poder comprar minha passagem até Londres. Não demora muito e eu já estou na frente do homem que vende as passagens.

‒ Para Londres, por favor. ‒ Peço e ele assente, me entrega e eu pago.

Vou até o lugar aonde os trens vêm e vão. Espero sentada. Olho para os lados e tem algumas pessoas na mesma situação que eu, tirando o fato de que todas estão acompanhadas por alguém. Suspiro. Eu nunca tive amigos, meus namoros foram uma desgraça, minha mãe morreu cedo e meu pai me odeia. Família para mim é apenas mais uma palavra qualquer.

Meu trem finalmente chega, eu entro no vagão e me sento, já que ele não é tão cheio, pelo menos não á essa hora.

Fico observando tudo o que acontece envolta de mim. Estou completamente ansiosa já que nunca fui a Londres e sei que é uma cidade grande, uma cidade cheia de coisas novas. Estou saindo da minha zona de conforto e não faço à mínima ideia do que pode acontecer comigo.

Depois de algumas horas chegamos a Londres. Pego minhas malas – estou completamente desajeitada – e saio do vagão. Vejo todas aquelas pessoas e um medo bate em mim, mas eu afasto isso e continuo meu trajeto até sair da estação. Alguém que está andando rápido esbarra em mim, fazendo com que minhas coisas caiam. O homem de cabelos castanhos, junta minhas coisas e me entrega, está tão desajeitado quanto eu.

‒ Obrigada, garoto. ‒ Falo e ele sorri.

‒ Espero que eu não tenha lhe machucado. ‒ Ele fala rapidamente. ‒ Sou Noah Haag e me desculpa mesmo. ‒ Noah, como se apresentou, estende sua mão para mim. Estendo a minha e percebo que parecemos pessoas que acabam de fechar um acordo.

‒ Meu nome é Ally Edwards e não foi nada. ‒ Ele sorri novamente e se afasta.

Respiro fundo e olho em volta, Londres é maior do que eu imaginava e é muito cheia, não é nada parecido com o que pensei que seria.

Encontro um táxi e peço para ir ao endereço do meu novo apartamento. Em todo o caminho eu não tiro os olhos da janela, observo cada coisa e faço anotações mentais de lugares mais importantes, como mercados, praças, lojas e etc. Observo também os nomes das ruas para depois eu ter alguma coisa como referencia.

Assim que chego ao local eu me assusto. O prédio é extremamente bonito e elegante, pelo preço que saiu o apartamento eu imaginei algo diferente. Pelo jeito Londres é de longe muito diferente. Pago o taxista, pego minhas coisas e vou em direção ao prédio. Entro no hall de entrada e vejo que logo a frente há um recepcionista, me encaminho até ele.

‒ Olá, eu sou Ally Edwards e comprei um apartamento do senhor Louis William e ele disse que estaria no apartamento me esperando. ‒ O garoto me olha confuso e procura por alguma coisa em seu caderno.

‒ Ah claro, senhor Louis. ‒ Ele fala como se tivesse se lembrado de algo. ‒ Ele não pode vir, mas deixou a chave para a senhora. ‒ O garoto me entrega uma chave e sorri. ‒ É no quinto andar, apartamento 508. Seja bem vinda, Srta. Edwards.

‒ Obrigada... – Leio seu crachá. ‒ Shawn.

Vou até o elevador e aperto no botão que indicava o numero cinco. Estou com um friozinho na barriga ainda. Perco-me em pensamentos, mas sou acordada quando ouço um pequeno barulhinho indicando que eu havia chegado em meu andar. Saio e olho para os lados. Há apenas três apartamentos, sendo que o meu é o do meio. Dou de ombros e destranco a porta, para então entrar no local.

Não me permito olhar o apartamento até entrar por completo e trancar novamente a porta. Então eu me viro e na hora deixo minha bolsa cair. Bem na sala tem uma janela gigante com vista para a London Eye e o Big Ben, os dois estão um pouco distantes, mas mesmo assim dá para vê-los. A sala tem um sofá de frente para uma televisão e uma mesinha de centro.  As paredes do apartamento são brancas, mas têm algumas partes com gotas de outras cores de tinta, como se tivesse chovido cores naquelas paredes brancas.

Balanço a cabeça negativamente e levo minhas coisas para o quarto. Entro em todas as três portas do corredor para então descobrir que meu quarto é na porta do fundo. É um quarto alegre, com cores “gritantes”. Tem um azul na parede do fundo, vermelho na parede da direita e amarelo na parede da esquerda. A última parede é branca, e tem duas portas, que logo descubro ser o closet e o banheiro.

Deixo minhas malas no closet e volto para o quarto. Coloco meu telefone para despertar dali a duas horas e durmo para poder descansar um pouco.

...

Quando eu acordo faço um coque no meu cabelo e vou até a cozinha, na esperança de ter alguma coisa para eu comer. Lambo os lábios quando vejo um bolo em cima da bancada de café da manhã. Em cima da embalagem do bolo tem um bilhetinho, pego para lê-lo.

“Desculpe não poder recebê-la. Espero que tenha tido uma ótima viagem, sei que cansa, mesmo que Bradford não seja tão longe de Londres. Deixei esse bolo para você porque imaginei que não iria trazer algo para comer. Tem suco e refrigerante na geladeira, espero que goste! Também espero que goste do apartamento, e de Londres!
XOXO Louis.”

Sorrio e deixo de lado. Abro os armários e vejo que tem tudo ali, pratos, copos, panelas... Pego um pratinho e um copo. Abro a geladeira e pego o suco que é de laranja – coincidentemente o meu preferido. Despejo no copo, corto um pedaço do bolo e o coloco no prato. Saboreio bem devagar. Olho a hora no meu celular, já são 16 horas. Acho que dá tempo de ir ao mercado e talvez depois ver se tem alguma empresa fotográfica aqui por perto.

Arrumo-me e saio de casa. Entro no elevador onde tem duas adolescentes conversando animadamente.

‒ Eu soube ontem que o Louis vendeu o apartamento aqui, nem acredito que só podemos vir para Londres agora. ‒ A mais baixa comenta cabisbaixa.

‒ Pois é, deveríamos ter vindo visitar a vovó antes. ‒ A mais alta exclama. Viajo no cabelo dela, é todo colorido e cada vez que ela mexe a cabeça uma cor nova aparece. ‒ Soube que é uma mulher que está morando no apartamento dele agora. ‒ E então as duas olham para mim. Eu automaticamente olho para o lado, não gosto de manter olhares.

 

 

‒ Ei moça, você mora em qual apartamento? Nunca vi você. ‒ A baixinha pergunta para mim. O cabelo dela é um ruivo de dar inveja.

‒ Ah, eu vim para cá hoje, moro no 508. ‒ Elas trocam olhares e começam a pular e a gritar. Tampo meus ouvidos e olho para as duas, assustada. Antes que eu possa perguntar o motivo da gritaria, a porta do elevador abre e elas correm para falar com Shawn, o recepcionista.

Saio do prédio e vou andando pela mesma rua que vim com o táxi, tento lembrar exatamente aonde vi o supermercado. Acabo virando na rua errada, mas por sorte ali tem uma grande empresa chamada “Famous Photograph”. Já tinha ouvido falar em algo parecido antes. Sorrio e entro no local.

‒ Olá, eu queria perguntar se aqui tem alguma vaga para fotografa ou qualquer coisa do tipo. ‒ Falo um tanto quanto envergonhada. A loira que está ali sorri e levanta.

‒ Sim, nós temos um aviso na porta. ‒ Ela sussurra apontando para a porta e vejo que tem um papel branco pendurado para o lado de fora. Reviro os olhos para mim mesma. ‒ Você pode marcar entrevista, se quiser.

‒ Claro, eu quero sim. ‒ Falo rapidamente. Ela ri e depois volta seus olhos azuis para mim.

‒ Desculpa, eu costumo fazer isso com pessoas novas. ‒ Ela diz. ‒ Meu nome é Louise, antes de qualquer coisa. ‒ Louise se vira para o computador e digita alguma coisa, depois tira um papel da impressora e analisa. ‒ Não me falou seu nome. ‒ A mulher observa, sem tirar os olhos do papel.

‒ Me chamo Ally Edwards. ‒ Dou uma pequena gaguejada. Ela sorri.

‒ Então Srta. Edwards preencha isso que eu falarei com o Sr. Montez. ‒ Assinto. ‒ Se preencher agora eu não demoro e talvez você ganhe uma entrevista ainda hoje, já que estamos mesmo precisando de fotógrafos. ‒ Ela fala a última frase com uma pequena careta. Dou um sorriso, pego uma caneta e começo a preencher tudo o que tem ali e com muito bom gosto.

Na ficha eles perguntam, além das coisas mais básicas, a experiência, onde eu trabalhei antes, se sei falar outro idioma e se já trabalhei com famosos. Respondo que eu sempre trabalhei nesse ramo, na maior agência de Bradford – filial da melhor agência de publicidade de Londres – que sei falar Espanhol e Francês e sim, já trabalhei com famosos, acabo citando a maior parte dos famosos que eu trabalhei. Entrego para Louise que sorri. Ela olha para a ficha minuciosamente, depois pega o telefone e liga para alguém.

‒ Sr. Montez falará com a senhorita. Acompanhe-me, por favor. ‒ Ela pede sorrindo. Sigo-a.

Vamos até o último andar do prédio. Lá tem pouquíssimas salas. Seguimos até a do final do corredor. Louise saúda uma mulher que está trabalhando ali e abre a porta. Atrás de uma gigantesca mesa um homem está sentado, suponho que seja o Sr. Montez, dono da empresa.

‒ Essa é Ally Edwards, Sr. Montez. ‒ A mulher loira me apresenta. O homem sorri e pede para eu sentar.

‒ Muito obrigada, Srta. Smith. ‒ Ela acena com a cabeça e sai da sala. ‒ Louise me mandou a ficha que você preencheu e preciso dizer, gostei do que li. ‒ Ele fala sorrindo. ‒ Eu vou precisar que faça um teste, terá que fotografar a banda One Direction para a propaganda do novo perfume deles. ‒ Olho para o homem, eu estava confusa.

One Direction é simplesmente a boyband mais famosa dessa década. Por onde passam deixam fãs enlouquecidos. São completamente famosos e talentosos. Ter que fotografá-los dá um frio na barriga, pois sinto que terei de elevar meu nível.

‒ Creio que conheça essa banda... ‒ Sr. Montez afirma um pouco hesitante.

‒ Sim, conheço sim.

‒ Sei que é um pouco demais esse teste, mas é que eles querem um fotografo diferente dessa vez e bom, você será a única. ‒ Sorrio. ‒ Se aceitar preciso que venha amanhã às 15 horas.

‒ Óbvio que eu aceito. ‒ Falo rapidamente.

‒ Não se atrase. ‒ Ele pede. Sorrio e me despeço dele.

Olho para o relógio e são 17 horas. Acho que dá tempo de comprar pelo menos algumas coisinhas para eu poder comer.

...

Voltando do mercado alguém esbarra em mim, pela segunda vez no dia. Minha sorte é que nada caiu, apenas deu um pequeno atrito.

‒ Desculpe, eu não te vi. ‒ Me desculpo, mesmo sabendo que a pessoa estava correndo.  Olho para o garoto e de cara o reconheço, é Noah, aquele cara que esbarrou em mim hoje mais cedo. ‒ Acho que você deveria parar de correr, é péssimo nisso. ‒ Brinco.

‒ Desculpe, espero que não aconteça novamente. ‒ Ele fala e se afasta um pouco, mas antes de sair por completo ele deixa um papel em meu bolso. Deixo ali porque não tenho como pegar no momento.

Chego ao apartamento, guardo as coisas e faço uma comida rápida. Depois me jogo no sofá e fico assistindo televisão.

...

Já eram 20 horas quando ligaram da recepção dizendo que o ex-proprietário achava que tinha esquecido um violão no apartamento. Rodeio todo o apartamento a procura do violão, até que acho de baixo da cama. Ligo novamente e digo que deixarei do lado de fora da porta para ele não precisar me incomodar – falo assim mesmo porque eu já estava dormindo quando me ligaram.

Fiz o que falei e fui deitar novamente, porque o dia seguinte seria um novo e belo dia, o meu primeiro dia oficial em Londres.


Notas Finais


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