História Apenas Vá - Capítulo 21

FLÓRA 

- onde será que fica os ovos nessa casa?- perguntei para mim mesma abrindo uns armários ali é lá.
Eu já estava bem melhor do meu ferimento , apesar de ainda estar dolorido e eu não poder me mexer muito . Mas depois de ontem, o pesadelo e a conversa com o Brick, eu dormi somente até às quatro da manhã, depois disso eu fiquei uma hora olhando para o teto do quarto, pensando na minha vida, na minha mãe morta, no meu pai preso e no cara que eu estou apaixonada e o fato de que eu estou morando na casa dele agora. Então quando deu 5 da manhã eu decidir descer e preparar o café da manhã...

rabanadas, salada de fruta, café e torradas. Neste estante estou preparando panquecas. Era bom preparar alguma coisa sem ter que me preocupar se vai sobrar para o dia seguinte. Eu amo cozinhar e a cozinha enorme de Brick me permite esse prazer.

- achei ! - disse pegando ovos na geladeira e colocando em cima do balcão.

Quebro os ovos, coloco a manteiga e começo a misturar. Depois coloco o leite, mas graças a minha falta de cuidado eu acabei derramando um pouco .

- 🇧🇷 merda . - sussurro .

Falar em português me lembrou do trabalho da escola . Tenho que fazer umas pesquisas, a entrega seria no mês que vem . Fico aliviada por Candy ter explicado a minha situação e entregado o meu atestado . Assim como no teatro , meus professores e colegas me ligaram mandando forças e flores também.

Limpo a bagunça e continuo o meu trabalho.
Coloco a farinha , o açúcar e o fermento . Misturo.
Assim que término a massa deixo ela de reserva.

- frigideira .

Me pergunto... por que as coisas do Brick ficam tão escondidas? Me abaixo com uma certa dificuldade para procurar no armário debaixo da pia . Nada.

-🇧🇷droga .

Abro uma gaveta grande. Nada. Abro outra. Nada também. Mas que merda.
Olho em volta e bufo frustrada.

- a frigideira fica aqui em cima - me assusto com Brick abrindo um armário bem alto que eu havia achado melhor não tentar abrir , pois eu iria precisar de uma cadeira, e eu não estava muito afim de vacilar com essa maldita costela quebrada.

- ah ! É.... bom dia ! - pego a panela- eu não peguei porque eu não alcanço e não queria subir em uma cadeira .

- eu te mataria se o fizesse .

Ele anda até a mesa que está cheia de outras comidas e assobia .

- caramba! Por que fez tantas coisas!? - pergunta mordendo uma rabanada - cacete ! De delixia!

Dou risada com ele falando de boca cheia .

- eu não consegui dormir direito então eu desci para fazer um " pequeno" café da manhã. - digo voltando a minha atenção nas panquecas .

- você não devia estar de pé Flóra. Parece até uma criança teimosa !

Assobio .

- parece que eu não fui a única a dormir mal essa noite .

Ele bufou e cruzou os braços. Copiei o seu bico e falei:

- faz essa cara não bebezao! Fica tanquilo que eu só vou fazer as panquecas e vou me sentar . - faço voz de bebê.

Ele me mostra língua e ri logo em seguida.



Assim que terminei de fazer as panquecas, as coloquei em pilhas em um prato.

- prontinho !

Brick se serviu com quatro de uma vez, colocou mel por cima. Logo a garfada foi feita.

- cacete ! Voche coginha muito bem !

Gargalhei

- não fale de boca cheia. E Obrigada .

- não é possível que tenha aprendido tudo sozinha .

Coloco o cabelo atrás da orelha e todo uma gole de café com leite .

- eu aprendi um pouco com a minha mãe, com a linda e sozinha . Não é muito difícil.

Ele me observa dar uma garfada nas panquecas e sorri . Sinto minhas bochechas esquentarem. Brick apoia seu queixo em uma mão e ficou me olhando enquanto comia. Terminei de comer uma das rabanada e comecei a passar geleia na torrada, aquele silêncio era constrangedor e o modo como ele estava me olhando também, então virei o meu rosto para o lado.
Ouso ele rir .

- o que você tá...

- por que tanta comida ?- me interrompeu e voltou a comer as panquecas.

- eu sei lá... eu ... sei lá... eu gosto de fazer comida, por toda a minha vida eu tive poucas variedades de ingredientes pra cozinhar e agora eu tenho muitas . E também... eu queria agradecer você por ontem. Então... aí está. Um cafézão da manhã.

Ele riu e me olhou daquele jeito novamente. Aquele jeito carinhoso e sexy ao mesmo tempo.

- você é demais.

Coro igual a um tomate e volto a comer rapidamente com a cabeça abaixada , ouso ele rir.

Desgraçado.

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"Um mês depois "


Hoje é o dia do retorno no médico. Doutor Benson, ou como Candy e Linda dizem, doutor delícia.

Passou um mês depois do ocorrido e agora eu passaria para o retorno. Ainda dói, mas comparando com antes eu consigo me movimentar com muito mais confiança do que antes. Segunda feira , ou seja , amanhã, eu voltaria para a escola, quer dizer , preciso da autorizacao do medico para voltar. Estava doida pra voltar, preciso entregar todos as tarefas que me pediram para fazer enquanto repousava.

Estou ansiosa para ver as meninas também. Fazer as coisas voltarem ao normal.

As meninas visitam sempre que podem, já que Brick quase nunca me deixa sair sem um carro, as vezes as meninas vinham me buscar ou Brick me levava na casa delas. Foi um sacrifício convencer ele a ir pra escola, depois que eu sofri esse "acidente" , no fim das contas ele foi só uma semana depois, falei pra ele que eu ficaria bem e que prometia levantar somente para ir ao banheiro. Tive vontade de beija-lo quando vi o mesmo preparar dias garrafas cheias de águana geladeira, petiscos em potes, filmes , cobertores e o controle do ar condicionado , tudo para que eu não me levantasse.

Brick também contratou uma nova empregada para vir duas vezes por semana. Ela é legal, tem 45 anos, se chama Joana, mas disse que prefere ser chamada de Jo. Brick queria pagar dias a mais para que ela viesse ficar de olho em mim enquanto ele ia para a escola. Mas eu recusei.

Sinto falta da Ana. Só vimos ela duas vezes depois que eu cheguei do hospital. Uma foi ela quem veio passar o dia conosco e outra foi quando fomos visitar ela na casa do filho e sua esposa, que não pode sair muito do lugar por conta da condição. Infelizmente Kate, a nora de Ana, teve descolamento de placenta , fazendo a mesma levantar somente quando necessário. Luiz, é o esposo e pai do bebê, é o mais velho de Ana que tem 4 filhos, trabalha como gerente em uma consecionaria. É uma família muito agitada e divertida! Foi incrível o dia que passamos , rimos pelas tampas e ver Brick relembrando momentos da infância com aqueles garotos me enchia de alegria.

Estou me trocando quando batem na porta.

- está pronta?

- só um minuto Brick, estou colocando o tênis.

Era outra coisa que eu fazia sem medo de que eu partisse ao meio. Na verdade , eu poderia fazer muitas coisas , o ferimento apenas dói, mas Brick, como sempre ,fazia tempestade em copo d'água.

- você não quer ajuda ? - perguntou começando a abrir a porta .

Arregalou os olhos por estar sem camiseta , eu não havia escolhido uma ainda , eu tinha preparado duas opções em cima da cama , então decidi colocar a calça jeans, o sutiã e o tênis antes .

- não! Brick ! Eu estou...

Ele abriu a porta e me olhou de cima a abaixo, corei, mas bufei de raiva .

- eu não preciso da sua ajuda o tempo inteiro Brick! Eu consigo colocar o tênis sozinha !- falei terminando de amarrar os cadarços .- não sou uma inválida! Caramba eu consigo amarrar o tênis!

Termino de calçar os sapatos e me levanto, vendo Brick secar os meus peitos. Envergonhada, cubro com as mãos.

- foi mal ! Eu não quis te chatear ou algo assim - disse ainda me olhando.

- não me chateou , agora me dê licença que eu preciso terminar de me arrumar.

Ele continuou me olhando por um tempo e pude ver ele morder os lábios. AÍ QUE VERGONHA!

- BRICK !

- já vou! Já vou ! - disse saindo e coçando a cabeça .

Respiro fundo e sento na cana pegando uma regata preta.

nunca mais na minha vida eu quero ouvir que mulheres são confusas, Brick supera todas elas. Ele me afasta e depois me beija, depois diz que temos que ser amigos , depois me olha como se quisesse me devorar.

Me levanto e vou ao banheiro que tinha no meu quarto, outra coisa que eu ainda não me acostumei, nunca tive um quarto tão lindo e com o meu próprio banheiro.

O quarto é inteiro em branco e tem uma grande janela de vidro me dando uma linda vista para a um pouco de Boston, é lindo. Tem alguns objetos de decoração, mesa para estudo e um guarda roupa. Linda e Candy me deram de presente fotos e porta retratos para enfeitar. Amei cada foto que haviam revelado. Amo fotos reveladas. É como se as fotos no papel tivessem mais vida do que se estivessem no digital. Por isso eu amo a minha câmera antiga, que está sobre a escrivaninha ao lado dos meus materiais.

Lavo o rosto e tento me acalmar. Respiro fundo e estou pronta.

#######

Sentados na frente da mesa do doutor, esperamos por ele em um silencio constrangedor. Estar perto de Brick não tem sido uma das atividades mais fáceis, principalmente para o meu coração, então não vejo a hora do médico autorizar a minha volta a escola e para o trabalho, para que eu pudesse me afastar um pouco e finalmente respirar, e também para que eu possa ajudar nas despesas da casa , pelo menos com a comida. Já que o meu salário não chega nem perto da metade das contas daquela casa. Me sinto frustrada e suspiro.

- o que foi ? Está se sentindo bem ? - ouso Brick ao meu lado.

- nada - sorrio - eu apenas estava pensando se o médico vai me autorizar a ir para escola e para o trabalho .

Ele fez uma careta .

- ele não pode deixar você voltar assim tão rápido .

- ele tem que me autorizar ! Eu não posso ficar mais um dia enfiada dentro daquela casa sendo constantemente vigiada! Preciso respirar.

- é tão ruim ficar na minha casa ?

- não é isso que eu falei. Só estou ansiosa para voltar a minha rotina, quero trabalhar e ir ao teatro . Fora que temos que nos preparar para o trabalho do Brasil.

Ele suspira .

- já providenciei uma chapa e rechô para Ana. E pesquisei também, fique tranquila. E já liguei para os nossos colegas e elas disseram que já fizeram tudo o que tinha que fazer - disse emburrado e olhando para frente.

- está bravo comigo ?

- não Flóra. Eu não estou !

Sim... ele estava.

- Brick...

- olá! - o médico entra na sala me interrompendo .

Me endireita na cadeira e sorri forçado para o doutor.

- olá - comprimento e vejo Brick sério.

Por que ele está desse jeito ?
Foi alguma coisa que eu falei ?

- então... como está a minha paciente favorita ?

Sorrio.

- estou bem melhor.

- como se sente ?

- consigo fazer mais movimentos do que eu fazia a um mês atrás. Hoje mesmo eu amarrei meus tênis e não senti medo de quebrar as costelas novamente. - falo brincando .

O doutor ri e Anota algumas coisas.

- vamos dar uma olhada ? - diz piscando o olho para mim.

Fico um pouco envergonhada com seu gesto. Doutor Benson é um homem muito bonito e moreno, tem olhos âmpar e uma barba bem preenchida, um , como linda diria," homão da porra ".

Subo na maca e puxo a regata pra cima .
A mancha roxa ainda estava lá, mas já estava esverdeada e sumindo, o doutor passou as mãos e fez algumas perguntas que eu respondia normalmente.

Depois de um tempo me apalpando e fazendo perguntas sobre minha alimentação e coisas do tipo , ele me ajuda a descer da maca. E meus movimentos sempre acompanhados do olhar carrancudo de Brick.

- bom. Acho que você já pode voltar para a escola senhorita Wilson. - o doutor diz assinando um papel e dando um carimbo - Mas vai com calma, não faça movimentos bruscos e fique longe da educação física por um tempo. Aqui está um comunicado para entregar ao professor de educação física ou qualquer responsável. - pisca novamente - uma menina bonita como você não pode se machucar mais do que já se machucou .

- pode deixar que ela não vai chegar perto da quadra - diz Brick sério.

- mas eu vou poder trabalhar ? - pergunto para o doutor , mas olhando para Brick que serra os olhos.

- vou lhe entregar um atestado para você entregar para sua superior, quero que você fique mais uns dias em casa Flóra. Mais uma semana de repouso e depois pode ir , mas sempre com calma. Sua fratura não foi tão grave, seu osso já consolidou, mas você precisa ir devagar.

A contra gosto eu concordo com a cabeça.

Ouso Brick dar um suspiro satisfeito. Chato.

- tudo bem doutor eu ficarei em casa, isso significa que não poderei ir as aulas de teatro também não é? - pergunto já sabendo a resposta.

- me desculpe Flóra, mas não vai , a menos que apenas assista as aulas e não as pratique, não sou especialista, mas sei que tem uns exercícios corporais e não quero arriscar - diz organizando sua mesa - fique mais uma semana de repouso e aí pode voltar com sua rotina aos poucos.- sorri para mim e pisca de um jeito que me deixa nervosa.

Sorrio de volta , eu poderia assistir as aulas, não faria os exercícios , mas poderia praticar as falas com meus colegas, afinal a apresentação seria daqui 4 meses.

- beleza ! Então até daqui uma semana - estende sua mão para mim e depois para Brick e pude ver o doutor fazer uma careta de dor no processo - aperto de não forte em rapaz, são irmaos ?

- não - diz Brick secamente.

- namorados então - sorri nos acompanhando até a porta de sua sala.

- somos amigos - digo sem graça e colocando o cabelo atrás da orelha , esse médico está fazendo perguntas demais .

- amigos ... interessante - doutor Benson diz me encarando dos pés a cabeça - se houver qualquer problema ou acidente - tira um cartão do bolso e estende para mim - não existe em me ligar ... Flóra.

Quando vou pegar o cartão Brick é mais rápido e o guarda no bolso.

- vamos Flóra. - passa o braço pelo meu ombro e me puxa para fora.

No carro eu cruzo os braços confusa com a irritação palpável de Brick. Da para ver fumaça saindo do nariz do homem. Cansada de assistir seus dedos brancos de tanto apertar o volante eu pergunto :

- vai me dizer o porque de culpar o volante pela sua raiva ?

- não é nada.

Seu olhar está fixo na estrada e viro a cabeça para minha janela encarando os prédios lá fora.

- não entendo o que está te deixando tão bravo , afinal conseguiu o que queria, não vou trabalhar por mais uma semana.

Ele suspira. Faço o mesmo.

- vamos mudar você de médico - falou sério e virando no supermercado.

- O que! Por que? Foi ele quem me atendeu quando fui socorrida, não faz sentido mudar .

- faz sim, o cara é um idiota pervertido.

- o que?

- qual é! Como pode ser tão cega? ele literalmente estava te comendo com os olhos e até te entregou o número do telefone - entra no estacionamento no supermercado e procura por uma vaga.

- o número que ele me deu ,que por um acaso, está amassado no seu bolso é para emergências.

- e na primeira emergência que você ligasse ele não perderia a oportunidade de te chamar pra sair logo após ser socorrida - debocha estacionando em uma vaga.

- e se eu aceitasse ? - vejo ele virar para mim rapidamente. Sorrio e saio do carro.

Fecho a porta e vou em direção a entrada do supermencado.

- o cara é bem mais velho que você! fora que ele um pervertido. - diz ao meu lado depôs de trancar o carro.

- ele não é tão velho assim - digo pegando um carrinho.- ele é muito bonito, deve ter uns 30 anos por aí, um médico bonitao.

Ele revira os olhos.

- conheço aquele tipinho. Um médico bem de vida que vê oportunidades em pacientes jovens e solteiras como transas fáceis.

Minha vez de revirar os olhos.

- corro o risco.

Entramos em um corredor específicos para massas e penso em fazer um macarrão com almondega.

- aquele idiota não tocaria em você. Eu não deixaria.- diz bufando.

- e quem disse que eu não quero que ele me toque - vejo ele trincar o maxilar - ele é médico , simpático e bonito, fora que seria bom sair em um encontro uma vez na vida. Sair da seca pra variar - sussurro a última parte me virando para pegar um macarrão na prateleira.

Decido que farei a macarronada.

- não se engane com a boa profissão que ele tem, ele te descartaria na manhã seguinte como um pedaço de chiclete. - diz pegando um produto e colocando no carrinho sem nem mesmo olhar o preço. Eu não consigo ter esse costume.

- você fala como se fosse a voz da sabedoria.

Viramos para outro corredor.

- eu sou um babaca, por que eu não reconheceria outro?

Suspiro cansada. Estou cheia dessa super proteção, quero me arriscar, se eu sei que ele não me quer, então eu vou achar alguém que queira! Mesmo que isso me magoe, já estou farta de estar sozinha ou na vontade, sou um ser humano , tenho meus desejos porra!

Queria não estar tão atraída por Brick como estou agora.

- vou ligar para ele e ver se ele é um babaca mesmo - digo pegando um extrato de molho de tomate.

Brick solta uma risada debochada e me encara com uma sobrancelha arqueada.

- confia em mim Flóra, não vai querer sair com aquele cretino .

Coloco as mãos na cintura e sorrio desafiadora.

Quer saber ... FODA-SE

- então vamos fazer assim, eu quero fazer um macarrão com almôndegas para nós hoje e ainda falta algumas coisas, enquanto eu busco as coisas você arruma um cara descente pra sair comigo - ele arregala os olhos - já que você é tão bom em descobrir quem é babaca ou não eu vou confiar no seu " julgamento " . Escolha um bom partido para mim , se não encontrar você vai me dar o número do doutor Benson e eu vou ter o maior prazer em relatar a minha ...emergência.

Pego o carrinho e me viro em direção à outro corredor.

- eu não vou fazer isso .

- então me dê o número do Benson.

- não.

- então boa sorte com a busca.

Ele pega o carrinho pela lateral o parando e chegando bem perto do meu rosto.

- e quem garante que eu vou fazer realmente isso, posso muito bem jogar o papel fora e não procurar por nenhum idiota nesse supermercado.

Sorrio e chego ainda mais perto do seu rosto.

- e quem disse que eu não vou procurar também - passo delicadamente a mão sobre sua camiseta a arrumando - Sabe Brick, eu sei que parece que estou desesperada, mas assim como você tem suas necessidades - abaixo o olhar para suas calças e ouso ele engolir em seco - eu também tenho as minhas - sussurro em seu ouvido.

- porra - sussurra fechando os olhos.

Me viro e digo descontraidamente ainda de costas para ele.

- se você topar encontrar um "idiota" para mim eu lhe desejo boa sorte.

Me viro e pisco para ele.

Se Brick vai ficar brincando comigo ...

Então eu também vou brincar com ele...