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História Apenas Vá - Capítulo 30


Escrita por: ViMatos-Oficial

Capítulo 30 - Capítulo 30


Brick

Alguém vai morrer. E esse alguém é uma vadia mimada do caralho que mandou a porra do papai dela despedir a minha mulher. Minha vontade é de partir ela ao meio, aquele vagabunda.

Minutos depois que cheguei, uma mulher alta de aparência de uns 40 anos apareceu do lado de fora do shopping desesperada , e assim que nos viu se aproximou correndo. Ela era chefe de Flóra e eu estaria buscando no inferno tirando satisfação com essa mulher se a mesma não estivesse até agora pedindo desculpas aos soluços para Flóra.

- me desculpa querida ! Eu sinto muito muito muito muito mesmo ! - pedia com seu rosto completamente molhado e manchado de preto por causa da maquiagem - o senhor Mckartney ele não ....

- não se preocupe Claudia - diz Flóra sorrindo calmamente - não a culpo por isso e nem estou com raiva de você.

- mas querida ... Eu .. eu - ela chora mais e eu assisto com raiva, não sei ao certo se estou com raiva dela , mas meu foco é em Charlotte .

- Cláudia , preciso que você se acalme para que eu possa me acalmar também. - diz e ainda posso ver seu esforço para não chorar. Porra.

- eu irei fazer uma carta de recomendação, mandarei para vários lugares. Logo irá conseguir um emprego muito em breve querida . Tenho fé em você ! - abraça Flóra ainda em lágrimas - me desculpa !

- tudo bem . Eu ... Eu ... Só preciso digerir isso. - ela me olha e sorri forçado - vamos ?

- sim.

- não se preocupe Claudia, não se culpe. Eu não me perdoaria se você perdesse seu negócio.

Dito isso Flóra me acompanhou até o carro e nem me importei em me despedir da mulher, estou com raiva.

Dei partida e me esforcei para não dirigir até a mansão dos Mckartney e dar uma surra naquele velho do caralho. Ele e meu pai sempre fizeram negócios juntos, sempre são cúmplices um do outro, meu pai sempre teve mais afinidade com o gordo do que com minha própria mãe.

- não fique com raiva dela , quando Charlotte apareceu com o Pai na loja mostrou argumentos falsos para me demitir, mas Cláudia não queria, foi quando ele ameaçou.

Apertei o volante, aquele desgraçado.

- que argumentos aquela vaca usou?

Flora suspirou e deu de ombros. Odeio ver ela assim.

- ela disse que sempre quando ia lá eu a tratava mal e não sabia atender bem as clientes. Disse um monte de merda! Claudia disse que não me demitiria , mas o senhor Mckartney ameaçou tirar o negócio dela, eu não podia deixar ele fazer isso então eu disse a ela que tudo bem.

- ela devia ter resistido mais.

- ela investiu tudo o que tinha para ter aquela loja, eu não ficaria em paz comigo mesmo se ela não me demitisse. - ela apertou os olhos com as mãos resmungou coisas em português - vamos para casa, presciso deitar e relaxar.

Fico quieto e tento me acalmar, ela precisa de mim, não vamos resolver nada juntos se eu explodir tudo a minha volta.

Chegamos em casa e ela subiu, eu estava logo atrás dela. Flóra parou em frente ao seu quarto, mas ela exitou. Eu queria que ela ficasse comigo lá em cima , mas eu não quero forçar ela a nada, quem sabe ela quer ficar sozinha. Suspirando eu me virei para ir ao meu quarto. A gente estava tão bem.

- Brick - me viro e a encaro. Odeio ver ela tão fragilizada, ela não é assim.

- oi.

- eu sei que não estamos em um clima bom, mas eu posso ficar com você lá em cima ?

Sorrio, por que caralhos ela está pedindo permissão para mim?

Me aproximo e a pego no colo.

- não precisa pedir gata, aquele quarto é seu.

Ela me abraça e beija meu pescoço. Subo até meu quarto e tranco a porta, deixo ela no chão e começo beija-la com cuidado e carinho. Começo a tirar minha camiseta e a dela também, eu não transaria com ela, eu quero apenas sentir sua pele na minha sem nada para atrapalhar. Quando ela está completamente nua e eu também , direciono ela para a cama e me deito puxando minha ruiva que me abraça apertado e vejo seu esforço para não chorar, ainda tenho que trabalhar isso nela, não é algo que tenho que força-la, mas é algo que faz mal.

- vai ficar tudo bem - beijo sua cabeça - você tira de letra .

Ela ri e beija meu peitoral .

- obrigada. Obrigada por estar aqui comigo.

- não se preocupe , daqui eu não saio.

Ela suspira e eu aperto mais ainda ela contra mim. De repente meu celular vibra e eu pego para ver quem é, número desconhecido. Atendo.

- alô.

- Brick , temos que conversar - reviro os olhos .

- você já sabe a minha resposta Marco. Por que o número desconhecido ?

- você nunca me atende quando eu te ligo do meu telefone seu moleque.

- então nessa altura você já deveria saber que eu não vou fazer o que sua majestade está mandando não é ? Então pare de me ligar e ache outro herdeiro para você. - desligo antes que o idiota comece a falar mais merda.

Esse imbecil não entende o que é a porra de um não.

- quem é Marco?

Olho para baixo e vejo Flóra com os seios contra meu peitoral e o rosto confuso. Caralho ! Se não fosse um momento tão delicado para ela eu estaria descobrindo novas formas diferentes de ver esses seios balançarem deliciosamente.

- era o meu doador de esperma.

Ela demora pouco segundos para entender e gargalha.

- o que seu pai queria ?

- não quero te estressar com isso gata. É uma briga sem fim .

- pode me contar . Preciso me distrair mesmo.

- não quer conversar sobre seu problema ? - faço um cafuné em seus cabelos.

- não - disse sorrindo - na verdade não tem muito o que contar. Charlotte me fez perder o emprego e agora terei de arrumar outro. Quero pensar nisso apenas amanhã. - acaricia meu rosto. - o que seu pai queria ?

Suspiro pesado.

- ele quer que eu assuma a empresa dele .

- dele ? Não é da sua família ?

- sim, mas quem cuida de tudo é meu pai. Quando meu avô morreu meu pai se tornou o CEO de toda aquela merda, e quer que eu seja o próximo Sanches a comandar.

- e você não quer .

Não foi uma pergunta.

Nego .

- claro que não. Quero reerguer a empresa que minha mãe tinha com a família dela, eles eram grandes empreiteiros e minha mãe desenhava plantas de muitas casas e prédios incríveis. Quero ser como ela.

- quer ser arquiteto. - concluiu sorrindo orgulhosa.

- quero ser arquiteto - repito sorrindo para ela.

- e devo presumir que seu pai não gosta muito da ideia .

- ele nem sabe. Não devo satisfação ao Marco.

- entendo. E ele ligou para "ordenar" que você assuma seu lugar ?

- isso mesmo - digo rindo de sua fala - sempre tem que ser do jeito dele. Essas ligações são frequentes. Meu avô deixou ações da empresa exclusivas para mim, está documentado com nosso advogado.

- você era próximo do seu avô ?

- bastante , ele foi mais meu pai do que Marco.

- essa ligações frequenta de seu pai não são por causa dessas ações ?

- claro que são ! Mas ele quer que eu assuma as ações e a empresa. Mas não é só isso.

- não ?

Ela se senta e abraça um travesseiro prestando bastante atenção.

- ele me quer na empresa como CEO apenas como marionete. Marco Sanches , o dono das jóias Sanches , não quer que seu único filho seja visto fazendo besteira, todos esperam que eu seja o próximo a administrar o império das jóias. No fim das contas , ele me quer lá apenas para os holofotes, mas quem vai continuar no comando é ele.

- que grande idiota.

- é pouco gata. Marco nunca fez parte da minha família , ele não tratava minha mãe como merecia, e nunca foi um pai.

Flóra se inclina e me beija.

- sinto muito.

- tudo bem gata. O importante é que eu sei exatamente o que pretendo fazer daqui para frente.

Ela sorri travessa.

- vai ser um grande arquiteto.

Sorrio abertamente. Porra de mulher maravilhosa.

- e você uma grande cineasta.

Seu rosto atinge um tom vermelho e a puxo para um beijo.

- acho que você deveria falar com seu pai.

- como assim ?

- você deveria dar suas ações para ele, abandonar completamente a empresa. Assim parte das suas dores de cabeça sumiria.

- eu já falei com o advogado do meu avô. Ele me disse que preciso da assinatura do atual CEO da empresa. Meu pai não aceitaria isso.

- você já conversou com ele ?

- e ele escuta alguém que não seja ele mesmo ?

Ela apoia o queixo em meu peito e e me encara. Meu pai não vai aceitar. E falando no diabo , ele me liga de novo , com o mesmo número.

- alô.

- você tem que aprender a não fugir dos assuntos seu moleque de merda.

Suspiro fortemente , já estou acostumado com os xingamentos, mas sempre fico puto só de ouvir sua voz. Flóra percebe e acaricia meu peitoral tentando me acalmar.

- quero desistir das ações que meu avô deixou para mim. - Anúncio, ele fica em silêncio por alguns segundos , mas depois ele começa a rir sem parar, idiota.

- e você acha que eu vou aceitar esse tipo de piada ?

- apareça com os documentos necessários aqui ou a partir do momento que eu tiver a porra do título de CEO eu juro que vou fazer questão de acabar com toda aquela merda.

Ele fica em silêncio por alguns instantes, quero que aquela empresa se foda.

- estarei com os documentos aí para você assinar , mas está enganado se pensa que não irá assumir com as suas responsa....

Desligo na cara dele. Cara chato.

- o que ele queria ?

- ele irá vir aqui para me entregar uns papéis para assinar. Vou me desfazer das ações.

Ela sorri , mas seu sorriso morre quando não correspondo.

- o que foi ? Não está feliz ?

- é que mesmo que eu me desfaça das ações , ele não irá desistir. Marco Sanches sempre tem aquilo que deseja.

################

Acordo com um cheiro delicioso de ... Bolo.

Flora não está do meu lado o que me faz acreditar que ela seja a responsável por esse cheiro vindo da cozinha. Pego meu celular e são oito e meia, é quinta e dicidimos ontem que não iríamos para a escola hoje. Ela foi demitida na terça e ficou muito abalada, ontem ela mal conseguia prestar atenção no que dizíamos , quanto mais nas aulas, Flóra só conseguia pensar em arrumar outro emprego e para piorar Charlotte e suas provocações contantes não estavam ajudando nem um pouco. Então convenci ela de ficarmos o dia inteiro em casa para relaxar um pouco.

Desço até a cozinha e a vejo de costas com aquele vestido amarelo cheio de renda que eu adoro , os cabelos bagunçados e descalça. Arrumo meu pau no moletom.

Ela estava mexendo alguma mistura em um pote enquanto cantarolava em português calmamente. O sol da manhã que batia na janela deixava a cena muito mais atraente. Linda.

- bom dia.

Ela da um pulo e dou risada enquanto me aproximo dela.

- não me assuste desse jeito !

- hmmmmm.. - resmungo puxando ela para mim e cheirando seu pescoço - desculpe gata , não quis te assustar - pego ela no colo e a coloco sentada no balcão , olho para seu vestido e posso ver seus mamilos sobre saltados - sem sutiã. - sorrio.

- Brick tenho que terminar nosso café - diz gemendo.

- café depois , primeiro você !

- nada disso ! Deixe que eu tire o bolo do forno primeiro , depois a gente continua.

Dito isso ela desce do balcão e segue até o forno , ela tira o bolo e coloca ele em cima do fogão. Sorrio achando graça de seu rosto vermelho.

- do que está rindo ?

- não estou rindo .

- mas quer rir .

Me aproximo dela por traz .

- sabe Flóra... Desde que você mudou para cá eu não paro de pensar em coisas .

- que coisas ?

- em ideias e ... Fetiches.

Ela se arrepia toda .

- fetiches?

- desde o dia que você chegou eu imaginei muitas coisas envolvendo vários cômodos dessa casa - sorrio contra seu pescoço e a viro de frente para mim - incluindo a cozinha.

Ela ofega , mas sorri tímida e morde os lábios.

- Brick ... Você me ensina..

De repente o telefone da portaria toca e eu sinto vontade de queima-lo. Olho para ela que sorri da minha carranca e aponta para o telefone , mandando eu atender .

- vá , tenho que terminar a salada de frutas.

Ela me beija e minha carranca aumenta. Seja lá quem for o empata foda eu vou quebrar a cara.

- Sanches.

- bom dia senhor Sanches, seu pai Marco Sanches está aqui para vê-lo. Permito sua entrada ?

Ele veio. Olho para Flóra que ouviu, já que o aparelho está no viva voz . Ela acena e diz que vai ficar tudo bem .

- deixe-o entrar.

- pois não senhor Sanches .

Coloco o telefone no lugar e respiro profundamente. Toda vez que eu e meu pai nos encontramos é uma briga intensa que acontece, não quero assustar Flóra , terei que manter a calma.

Sinto seus braços em minha cintura e ela me abraça por traz encostando sua cabeça em minhas costas. Tão baixinha .

- vai ficar tudo bem , eu estou aqui com você.

Pego em sua mão e puxo ela para minha frente.

- eu não mereço você sabia ? - pego ela no colo e cheiro seu pescoço - não mereço mesmo.

Flóra faz um cafuné em minha nuca e depois espalma suas mãos em cada lado do meu rosto.

- estarei aqui para o que der e vier , não se esquece disso - me beija e eu correspondo. Chupo seu lábio inferior antes de colocar a minha língua em sua boca, e ouvir ela gemendo só me faz querer mandar meu pai para o inferno e foder bem gostoso com Flóra nesse maldito balção.

E então a campainha toca. Ele chegou.

- vá atender. - ela pede - vou terminar de preparar a comida e logo aprontar eu a mesa. - diz descendo de meu colo.

- ele não vai comer com a gente , será bem rápido .

- tudo bem ,então vou preparar a mesa para nós. - concordo com a cabeça e ela olha para meu busto - vá colocar uma camiseta.

Olho para baixo e dou de ombros .

- não me importo com isso. - ela sorri e nega com a cabeça .

- vai ser menos coisa para ele falar de você - me beija e vai até um armário para pegar alga coisa - no sofá tem uma camiseta preta sua, você deixou ela ontem enquanto assistíamos .

Sorrio e vou até a sala. Mulher mandona. A campainha toca novamente e reviro os olhos.

Coloco a camiseta e vou até começo a me direcionar ate a porta , mas lembro do que Ana me falou , " tome cuidado com seu pai"

- Flóra - a chamo .

Ela aparece secando as mãos com um pano de prato .

- sim ?

- gata eu sei que parece estranho , mas .... Teria como você ficar o máximo de tempo possível na cozinha ? Não confio em meu pai , e quanto mais rápido for essa conversa melhor será.

Ela estranha , mas assente.

- vou fazer a cobertura do bolo. Sairei apenas para pôr a mesa sim ?

- tudo bem . Desculpe esse pedido , é que ... Não quero meu pai se intrometendo na minha vida.

- tudo bem - pisca e vai novamente para a cozinha.

Respiro fundo e abro a porta.

E a expressão sem vida e o cenho franzido mostrando sua raiva constante. O de sempre.

Olho para seus pés que estão batendo no chão demonstrando impaciência .

- por que a demora ?

- quero acabar logo com isso , entra logo. - abri mais a porta para ele entrar.

Marco entra e inspeciona a casa. Como se estivesse conferindo se aprova ou não a decoração.

- precisa ler esses papéis e assina-los , eu já assinei minha parte - disse erguendo uma pequena pilha de papéis .

Suspiro cansado. Odeio papeladas.

- vamos para a sala de jantar.

Nós direcionamos até a grande mesa e nós sentamos .

- quem está aqui ?

- minha namorada - digo começando a ler os documentos .

- você não tem namorada . Vive com uma mulher diferente a todo momento - resmunga - uma vergonha - sussurra.

Reviro os olhos.

- não preciso me explicar para você .

Ele ri . Idiota!

- não vai me apresentar a felizarda do "mês" ?

Respiro fundo. Não quero assustar Flóra.

Continuo a ler cada pequeno detalhe de cada merda de papel. Não confio em meu pai quando se trata de documentos , na verdade não confio em meu pai em nada. Depois de ter certeza eu assinei o primeiro papel.

Depois do terceiro papel minha barriga começou a roncar e esse cheiro de bolo não estava ajudando nem um pouco. Vejo Marco respondendo a um e-mail em seu laptop e de relance vejo Flóra arrumando a mesa redonda que ficava perto da cozinha, é a mesa que mais utilizamos. Ela percebe meu olhar e sorri para mim, me pergunta silenciosamente se eu quero um pedaço de bolo e eu nego.

- a empregadinha não vai servir nem ao menos uma xícara de café ? - o imbecil diz sem tirar os olhos da tela do aparelho.

- não tenho empregada para servir as pessoas , apenas para a faxina.

- tolice !

- Marco , eu não gosto de esbanjar o que tenho ! Se eu não preciso, eu não adquiro. Agora pare de me encher.

- e quem está cozinhando ?

- minha namorada .

- e ela nem sabe servir os convidados ? Nem sequer veio aqui para cumprimentar a visita . Como sempre fazendo ÓTIMAS escolhas Brick.

- vou te ignorar . Quem sabe assim você cala a boca.- digo terminando de ler mais um contrato e assinando.

Ele ri, mas continua.

- não sei onde errei, você deveria ser um exemplo de homem, como meu filho , o herdeiro Sanches. Mas como sempre me decepciona até nas pequenas coisas. - ele olha para o nada , pensando , ainda irritado - eu devia ter procurado outra maneira, não deveria ter feito aquilo. - sussurra e eu paro de ler o contrato por um instante. Ele parece voltar de seu transe e me olha com desgosto - no fim das contas o que sobrou foi ... Clara. Não deveria ter me casado com ela.

Aperto a caneta em minha mão , me controlando.

- graças a ela - ele continua - veio você. Até ela me deu desgosto.

- CALA A BOCA PRA FALAR DA MINHA MÃE! ESTOU TOLERANDO VOCE NA MINHA CASA ! NAO ABRA O BICO PARA FALAR DE UM FIO DE CABELO DELA !

E então Flóra aparece assustada na sala de jantar. Merda ! Meu pai ainda está com os olhos em mim. Sério. Ele é orgulhoso demais para não continuar a discrição.

- você e sua mãe nunca...

- eu fiz café ! - interrompe Flóra sorrindo e as mãos juntas ao corpo.

- não me interrompa sua... - ele para de falar assim que se vira para ela.

Ele se levanta da cadeira com tanta força que a mesma praticamente sai voando. Meu pai não tira os olhos de Flóra , encantado e desacreditado. O mesmo olhar de ... Merda !

- você - sussurrou .

Ele começa a se aproximar dela e Flóra não consegue entender. Ela olha para mim em desespero, ando apressadamente até ela e a mesma pega em minha mão.

Marco olha para nossas mãos juntas com raiva , mas parece acordar de seu transe.

- não vai me apresentar essa bela jovem ? Sua amiga ?

Puxo Flóra para mais perto de mim e ele parece ter se incomodado.

- não. Ela é minha namorada. Mas é claro que isso não é da sua conta.

- é claro que é da minha conta. Afinal você é meu filho - diz sorrindo falsamente - agora deixe-me cumprimentar a moça.

Ele se aproxima dela e estende a mão. Com um pouco de receio, Flóra estende a mão também e num passe de mágica ele a puxa para um abraço. Meu pai nunca abraça. Que merda é essa ?

- Marco solte ela ...

- não seja ciumento Brick , eu apenas quero conhecer minha ... Nora. - diz irritado.

- é um prazer te ... Conhecer senhor Sanches ... Eu... Eu me chamo Flóra Wilson.

- Flóra - ele saboreia as palavras e discretamente cheira os cabelos dela.

Já chega !

Pego na cintura de Flóra e a escondo atrás de mim, encaro o homem a minha frente seriamente.

- já chega! Vamos terminar logo com isso e você nunca mais volta aqui !

Ele me encara visivelmente puto . Mas Marco Sanches é muito frio para demonstrar sentimentos. Seja eles quais forem.

Sinto Flóra apertar meus ombros e me viro para ela. Puxo ela até a cozinha deixando o imbecil sozinho na sala de jantar.

- por que apareceu lá ?

- eu achei que vocês iriam se matar ! Do jeito que o rumo da conversa estava tomando. Desculpe , mas eu fiquei preocupada.

Fecho os olhos e a abraço .

- não confia nele - sussurro - parece meio paranóico , mas meu pai não é um homem bom. E eu não quero ele perto de você .

Ela me abraça também .

- eu achei ele um pouco estranho também.

Olho de relance para a sala de jantar e ele está em pé em frente a mesa com as mãos apoiadas na mesma. Flora puxa me rosto e me beija .

- não se preocupe. Eu estou aqui, o que pode acontecer ?

- muita coisa que eu não quero que aconteça.

Ela sorri. Aquele sorriso que ela usa para me acalmar.

Me aproximo mais e capturo seus lábios com força . Ela é minha , ela é minha, ela é minha...

- esse cheiro é de bolo de laranja meu bem ?

O desgraçado pergunta aparecendo do nada. Ela se afasta um pouco de mim , mas eu a reaproximo de novo.

- sim senhor. Quer um pedaço ?

As vezes eu odeio esse lado gentil de Flóra.

- com certeza - sorri malicioso - podemos comer aqui na cozinha , enquanto meu ... Filho termina de assinar aqueles papéis .

Mas nem que a puta que pariu !

- vou colocar as coisas na sala de jantar e podemos comer todos juntos - boa garota.

Eu amo essa esperteza dela.

Colocamos toda a comida na grande mesa de jantar e meu pai não parava de encarar ela.

Flóra se sentou do meu lado e meu pai em frente a ela. Continuei a assinar os papéis e agradeci por estar acabando.

- você é filha de Lorena minha cara?

Flora que levava uma xícara de café a boca parou estantâneamente. Apertei sua perna mostrando que eu estava com ela , era um assunto delicado e eu queria cortar a garganta do desgraçado .

- sim. De onde conhece minha mãe ?

- éramos muito amigos quando mais jovens.

Flóra larga a xícara e o encara melhor.

- ela nunca me falou do senhor .

- faz muito tempo querida , não a culpe por isso. Mas veja só - sorri levantando uma das mãos - como o mundo é pequeno. E olha como a genética é ... Generosa. - olha para ela com admiração - você é maravilhosamente idêntica a ela .

Volto a minha leitura o mais rápido possível, quero que esse puto vá embora de minha casa.

- vocês queiram me perdoar, mas eu tenho que tomar um banho , me dêem licença. - ela me beija e olha para meu pai - bom dia senhor Sanches , foi um prazer .

Ele se levanta e anda até ela pegando em sua mão , me levanto também.

- o prazer foi todo meu meu amor. - beija a mão dela.

Flóra sorri forçado e se retira.

Meu pai a acompanha com o olhar até ela sumir nas escadas.

- não quero que se aproxime mais dela - digo me sentando e terminando de ler o último parágrafo do penúltimo contrato.

- por que não me apresentou sua ... Namorada antes para mim ? Sou seu pai .

Dou risada.

- não me venha com esse discursinho de pai , porque eu sei que você não se importa . Nunca se importou.

- ela é incrivelmente linda , mas conhecendo você...

- conhecendo eu o que ? - termino de assinar esse contrato e o encaro .

- conhecendo sua fama de comedor, essa não vai durar tanto - aperto a caneta com força - o que seria um desperdício porque ela é maravilhosa .

- cala a porra da boca seu idiota !

- qual é Brick ! Nós dois sabemos que ...

- não sabemos de nada! Flóra é minha namorada! E não tem nada nesse mundo que me faça ficar longe dela, nem você seu velho estúpido. Ela é minha mulher .

- sua mulher ? Você não tem idade para saber o que é isso seu moleque de merda! - debocha .

- e você nunca soube ! O cancer não foi a única coisa que matou minha mãe , ela também morreu de desgosto.

- ora seu ...

- estou quase finalizando o último contrato , logo poderá ir embora .

Volto a ler o contrato e logo termino. Dou uma conferida em todos os outros e os coloco na ordem.

- aqui está todos os contratos - lhe entrego a pasta - se amanhã o advogado do vovô não me ligar dizendo que está tudo conforme o que eu combinei com ele, eu irei tratar diretamente com ele desses assuntos.

Ele não me responde, pega suas coisas e vai embora. Quando escuto o de seu carro de afastando pude finalmente respirar.

" Tome cuidado com seu pai "

A voz de Ana não saia de minha cabeça , ele também conheceu a mãe de Flóra. Puta merda ! A maneira como ele tratou ela , a maneira como a tocou. Respiro fundo e vou para a sala , me jogo no sofá e cubro o rosto com as mãos.

- você está bem ?

Olho para o lado e vejo Flóra com meu roupão e os cabelos úmidos , o cheiro do seu shampoo de flores me invade.

- o quanto você e sua mãe são parecidas ?

Ela sorri e se senta ao meu lado.

- até que bastante. Tenho uma foto dela nas minhas coisas, te mostro depois. A única coisa que muda em nós duas é que ela não tinha sardas e seus cabelos eram mais lisos. Mas eu sempre achei ela mais bonita .

Puxo ela para meu colo e cheiro seu pescoço.

- eu não gosto do meu pai Flóra . E eu odeio o fato de ele estar perto de você . Ele não é confiável!

- ele é um pouco assustador.

- ele não é uma pessoa boa Flóra , faz de tudo para conseguir o que quer e não pensa antes de prejudicar alguém ,não quero que fique muito perto dele, principalmente agora que você faz parte da minha família eu não vou conseguir anular completamente seu contato com ele.

Ela sorri.

- faço parte da sua família ?

Aí porra ! Eu estou duro.

- lógico que faz . Quero que você conheça minha família. O lado que presta , que é o da minha mãe e alguns tios e tias por parte de pai. Vai ver que nem todos são como Marco.

Ela beija todo o meu rosto . Ela está feliz ! Flora faz sim parte da minha família!

Ela para de me beijar e olha para mim. Vejo luxúria em seus olhos. Ela rebola em meu colo e eu gemo , seguro sua cintura a parando.

- não me provoque Flóra. Nao quero te machucar, não faz muito tempo que tirei sua virgindade.

Ela sorri desafiadora e se levanta. Perco o fôlego quando ela tira o roupão ficando completamente nua na minha frente. Paraliso de tão surpreso. Flora aponta para minha ereção extremamente evidente.

- tire a roupa.- ordena .

E como sou um homem esperto eu obedeço. Me levanto , tiro minha camiseta , calça moletom e me sento novamente. Caralho meu pau está doendo .

- camisinha - diz mordendo os lábios e sorrindo.

- porra gata ! Não me torture! - digo me levantando e abrindo uma caixinha que está em cima de uma cômoda na sala. Abro a embalagem e envolvo meu pau com o latex.

- por que tem camisinha aqui ?

- nunca se sabe - pisco.

Me sento a puxando junto comigo. Ela abre as pernas e se posiciona em cima de mim.

- vai devagar Flóra, não quero te machucar. - peço pincelando meu pau em sua bocetinha molhada. - porra como está molhada .

- não me provoque se quiser que eu vá devagar.

Meu membro entra lento e até a metade , paro esperando ela se acostumar. Ela geme e tenta continuar.

- shhhh ... Devagar gata , devagar.

Ela puxa meu rosto para o seu tirando minha atenção do que estava acontecendo lá embaixo. Flora me beija e invade minha boca com sua língua, mordo seu lábio inferior e depois dou leve beijos em suas bochechas.

Foi quando ela sentou com tudo e gememos alto .

- ahhhhh - geme fechando os olhos .

- caralho !

Ela sorri e começa a se mexer.

- vá com calma .

- depois a gente conversa sobre isso Brick. Agora quero que transe comigo .- diz aumentando o ritmo.

Sorrio satisfeito com a visão de seus lindos seios fartos a centímetros de meu rosto.

- pode deixar .

Seguro seu quadril a ajudando com seus movimentos. Ela sobe e desce com as mãos apoiadas em meus ombros , gemendo deliciosamente com os olhos fechados.

- oh Brick !

Aumento a velocidade e os sons de nossas intimidades se chocando estava me deixando louco , eu iria gozar logo.

- Flóra , caralho ! - digo aumentando mais ainda o ritmo das estocadas e Flóra começou a Gemer mais alto.

Ela agarrou meu pescoço e começou a sentar com mais força.

- eu vou gozar - ela disse.

- deliciosa .

E então ela arqueio as costas gritando meu nome e eu a abracei urrando algum palavrão enquanto gozava junto com ela.

Suados e ofegantes, ouso ela rir depois de um tempo.

- o que foi ?

- isso é o que chamam de sexo selvagem ?

Sorrio beijando seus seios e gemo sentindo seu cheiro delicioso.

- sim. Mas eu posso te mostrar outros tipos de sexo selvagem em diferentes lugares e posições.

Seu sorriso aumenta.

- seus fetiches ?

- sim! Quero testar coisas . Quero testar os banheiros , a piscina, a cozinha , a sala de jogos , a minha academia e até a sala de cinema. - seu rosto fica vermelho .

- ainda bem que a casa é grande não é? - diz se mexendo e meu pau fica duro de novo , lembrando que ele ainda está dentro dela.- já está duro ?

- tem uma mulher maravilhosa, gostosa , inteligente e super sexy no meu colo com o meu pau dentro da bocetinha suculenta dela , quer que eu fique como?

Ela tampa o rosto com as mãos e eu dou risada.

- ah sim ! Quero testar minha moto.

- até na moto ? Mas como vamos fazer isso na moto ?

- ah gata . - beijo seu pescoço - é só você sentar nela , ficar de frente para mim que eu faço o resto.

- você é um pervertido ! - diz rindo.

- só com você .

Ela me olha novamente com aquele olhar. Como se eu fosse a coisa mais fantástica que ela já viu, e meu ego sobe nas alturas.

- quero testar tudo com você Brick- beija minha testa - somente com você.

Se me disserem que tem um homem com mais sorte no mundo do que eu, pode internar. Essa pessoa é louca.


Notas Finais


❤️♥️❤️🔥


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