História Apocalipse - 05

POV: Autora

O coração de Lauren batia rápido, enquanto corria para fora do hospital, olhou para o seu braço e viu várias mordidas. Parou só quando chegou em frente ao mesmo. Conferiu quantas balas ainda tinha e levou arma a sua própria cabeça com a mão trêmula.

- Um - Contou.

Dizem que quando estamos prestes a morrer, passa o filme de nossa vida em nossa mente, com Lauren não foi diferente, momento por momento, desde de o momento em que começou a ficar consciente das coisas, mas diferente do que Lauren pensou, ela não ficou com medo, sabia que morreria por uma boa causa, manter Camila em segurança sempre seria sua melhor escolha.

- Dez.

Lauren fechou os olhos, pronta para pressionar o gatilho da pistola. Mas nada, ela não sentiu nada, os sintomas da transformação não apareceu, o que fez com Lauren afastasse seu indicador do gatilho e caísse de joelhos contra o chão, chorando.

Sentia seu corpo todo dolorido, nunca sentiu tanta dor, tanto pelo esforço, quanto pelas mordidas, que não foram apenas em seus braços, as roupas que vestia já não limpas pelo sangue fez com que os andantes não se aproximasse.

Só levantou a cabeça quando ouviu som de passos atrás de sí, mas não teve tempo de reagir, porque foi atingida em cheio em sua cabeça e caiu contra o chão, perdendo a consciência.

                        (...)

Lauren sentiu se corpo ser leventado, mesmo com a vista turva, Lauren conseguiu abrir os olhos, tentou se mexer, mas sentiu seus braços amarrados, tentou se solta mais não conseguiu, sentou da forma que pode no banco do carro ou van, ela não tinha certeza, tentou procurar sua arma com os olhos, mas parou ao ver o olhar duro da motorista em si.

- Ela acordou - Ouviu a voz atrás de sí dizer séria, para as outras duas pessoas do banco da frente ouvir.

- Sabemos, já vamos parar para descansar, tente evitar que essa folgada durma, ela dormiu de mais por hoje.

O carro andou por mais alguns minutos até Lauren senti-lo para, foi pega pelo braço e puxada de forma brusca para fora da van, como ela pode ver.

- Vamos, bela adormecida.

- Quem são vocês? - Perguntou firme sem desviar os olhos dos rostos mascarados - Que merda, cadê minha arma?

- Você achou mesmo que a deixaríamos com ela? - Perguntou a mais baixa tirando a máscara.

Lauren não teve como não achar a mais baixa bonita, ela tinha o rosto angelical, mesmo com a expressão sarcástica, ela era alguns centímetros mais baixar que Lauren, tinha o olhar determinado e postura firme.

- Quem são vocês e para onde estão me levando? - Lauren perguntou passando as mãos pela cintura a procura de sua faca.

- Isso não vem ao caso, não agora - Falou a outra tirando a máscara - Está procurando isso? - Amostrou a faca que pegou de Lauren - Isso agora é meu.

Lauren rosnou irritada, tinha ganhado a faca de presente de Camila em seu aniversário de 15 anos.

- Olha meninas, ela é bravinha.

Lauren suspirou, rendida, a baixinha que descobriu se chamar Diana fez a fogueira e sentou perto de Lauren sem falar nada. Lauren por outro lado se perdeu em seus pensamentos.

Porque elas havia a salvado? Onde a levaria? Qual a necessidade de tudo isso? Como Camila taria? Será que Dinah havia conseguido?

Lauren não tentou fugir durante a noite porque sabia que não conseguiria, foi vigiada a noite toda, entre reserva e outra das meninas. Por isso encontrou-se lutando contra o sono no outro dia, durante o caminho para não sabe a onde.

- Desculpa, por isso - Lauren escutou antes de sentir a pancada contra sua cabeça - Mas você não pode saber para onde estamos indo.

                      (...)

- Acorda - Lauren ofegou ao sentir seu rosto ser atingido por água - Pronta?

Lauren olhou ao redor não entendo nada, ela agora se encontra sentada em uma cadeira em uma sala que nunca viu antes de ser atingida pelo primeiro soco.

- Porquê? - Tentou falar.

O homem não respondeu, apenas a socou sem piedade e sem motivo novamente, soco atrás de soco, ela já não aguentava mais, seu rosto antes bonito já não passava de algo deformado, a tortura durou por horas.

Diana, vez ou outra trazia água, mesmo tentando não demonstrar, sentia pena de Lauren, dava para ver a dor da torturas em seus olhos, mas era algo necessário pelo menos foi o que ela aprendeu.

A tortura durou semanas, Lauren já não sentia mais nada, seu corpo se tornou forte, seus músculos mais rígidos, além da tortura o homem soltou mais de 20 andantes dentro da sala que ela foi torturada e ela teve que matar todos apenas com as mãos, sem armas.

Ele amarrou as mãos dela contra o cano a fazendo ficar alguns metros do chão e começou a socar seu abdômen, costela, como se fosse saco de areia, Lauren já não emitia som algum apenas segurou a respiração. 

Isso, durou meses, o homem colocou dois dos seus melhores homens para lutar com ela, que ganhou, já que a dor era sua melhor amiga.

Ele a tornou em algo que ela mais temia, ela virou máquina de matar, sem dor, sem emoção. Ele continuou a torturando até ela com o descuido dele se soltar e apontar a faca que ele tinha contra a cintura em seu pescoço.

Ele sorriu sádico com isso.

- Agora sim você está pronta para ser uma de nós - Afirmou pedindo a faca de volta como sempre fazia ao final da tortura de seus escolhidos - Me devolva, se não você não sairá vida daqui.

Só o que ele não imaginou era no que ele havia a transformado, ela olhou para câmera perto da porta e sorriu maldosa antes de cortar a garganta do homem a sua frente que arregalou os olhos.

- E quem disse que eu quero?

O homem que assistia tudo por de trás da câmera sorriu grande, nunca, ninguém havia tido coragem para fazer tal feito. 

Ele abriu a porta de onde Lauren estava e olhou para o corpo de seu melhor torturado jogado contra o chão. Olhou para ela que se mantia calma.

- Prazer, me chamo Conor.

- Que pena não poder dizer o mesmo.

Ele a encarou calmo e abriu a porta para dar passagem para ela que ficou parada.

- Venha, vou te apresentar o local.

Lauren nada disse, apenas o seguiu, ele amostrou tudo, sempre calmo, coisa que ela sabia que não fazia parte da personalidade dele, até chegar ao refeitório, onde ela viu várias pessoas, até as meninas que a salvou, se é que ela pode chamar assim depois de tudo que ela passou.

- A quanto tempo estou aqui?

- Oito meses - Ela concordou - Sinta-se em casa - Ele apontou o refeitório e saiu a deixando sozinha.

Ela andou até uma mesa vazia, perto da porta, resolveu não comer nada, apenas abaixou a cabeça e encarou as mordidas em seus braços.

- Eu sou Imune.