História Apocalipse Zumbi (Imagine BTS) - Aurora.

 É noite. O frio dominava meu corpo, mas permanecia naquele mesmo local. Não ousava sair. Meus olhos estavam fascinados pela beleza que possuía o reflexo do céu no mar. Era como uma bela pintura. Somente a luz do luar iluminavam minha alma e meu rosto, minhas lágrimas e meu sorriso, sentia-se bem ao olhar aquela tão bela cena. A qual houveram momentos em minha trajetória que não pude nem mesmo aproveitar, não tinha isso em mente, apenas desejava permanecer viva a cada dia que se passava, lutando contra o mundo, tudo e todos, batalhando por minha sobrevivência. Uma época em aue não era tão madura como agora, que ainda possuía o coração de uma doce e jovem menina que ainda estava no início do maior evento de sua via, e aquele que lhe traria sensações e emoções inimagináveis. Sejam elas positivas, ou como muito pude sentir, negativas. Apesar de tudo, em minha trajetória não há arrependimento, claro, se pudesse evitar todo o caos ocorrido e devastação, o faria sem hesitar dando minha vida pela causa. No entanto, algo assim nunca foi possível, porém, eu ainda fiz o que pude para o mundo ter uma nova chance. E nós a tivemos. Aos poucos, estamos nos erguendo novamente, como diria meu passa tempo favorito desde muito jovem: vermelho como a aurora.

 Senti um tecido felpudo ser posto sobre meus ombros, assim como mãos quentes tocarem meu pescoço e lábios macios selarem meu rosto. Braços gentis se envolverem atrás de mim enquanto ainda sentada, mãos ásperas agirem se maneira carinhosa, acariciando meus braços. Sabia quem era. Saberia há quilômetros de distância, apenas por seu perfume com toques de cafeína. Sentir seu cheiro me lembrava manhãs pacíficas antes de tudo, e como sempre desejei um bom café puro após todo o ocorrido. E como se aquele que cobria meu corpo com o seu pudesse ler minha mente, uma xícara de café aparece em frente ao meu rosto, a qual pego e tão rápido quanto possível dou um gole afobado. Era o exato gosto que ele possuía. Soltei um ruído em contentamento, beijando as mãos wur me trouxeram a felicidade líquida. Ele então sentou ao meu lado, mantendo sua mão sob a minha, meu anel brilhava, refletindo a luz que transmitia o luar. Os olhos negros como o espaço estavam focados em mim, eles brilhavam como mil estrelas cintilantes. 

 — O que houve? — O questionei, mantendo aquela linha de orelha a orelha em meu rosto. Ele apenas negou e permaneceu me olhando. Meu rosto esquentava com a maneira como me olhava, não importava quanto tempo nosso sentimento existisse, ele ainda me causava tais acelerações cardíacas com simples olhares — Senhor Jeon, poderia parar de me olhar assim?

 — Assim como, Senhorita Jeon? Minha amada esposa — Oh! Ele sabia o quanto amava ouvir aquelas palavras naquele tom doce de voz dele, cada dia me cativava ainda mais com sua maneira de ser. Levei minha mão ao rosto alheio, o virando para outro lado, mas ele logo voltou a me encarar com o mesmo olhar; repeti a ação três vezes antes de tampar seus olhos. Podendo então ver um bico se formar em sua boca, pedido por um selar. E assim o concedi, levando minha mão ao rosto suave de Jungkook e juntando nossos lábios. O beijar agora. O beijar ontem. O beijar amanhã. Sempre será como a primeira vez, o mesmo amor, a mesma paixão, o mesmo desejo e a mesma essência. Todos os dias até meu fim, sempre sentirei exatamente o mesmo, como se aqueles lábios tivessem sido moldados pelos céus para que ficassem perfeitos juntos aos meus. E assim era. Bem como a tudo em relação a ele.

 — Satisfeito? — Retirei a mão de seus olhos, o vendo com estes ainda fechados mas se abrindo aos poucos e um belo formato de admiração, repleto de afeição. Muito provavelmente eu não mantinha uma expressão diferente. Olhando ao loge, ninguém diria que temos uma história tão longa e sim que somos como jovens apaixonados. Tolos um pelo outro. E eu confirmo.

 — Não sabe o quanto! — Jeon disse, virando seu rosto para o mesmo lugar que o meu estava se mantendo até sua chegada. E assim fiz o mesmo.

 Horas se passaram, mas ao seu lado, nenhum tempo era suficiente. Simplesmente poderia ficar o dia inteiro apenas o abraçando, sem fazer qualquer outra coisa além disto, pois ele era minha fonte de energia. Digo... Eles eram. O sol então nasce poucas horas após a saída da lua. O laranjado junto ao rosa e amarelo dançam no céu, batalhando para decidirem quem tomara o espaço maior, mas ao fim, será sempre o azul. Novamente uma vista digna de um quatro, fazia-me esquecer que na cidade, longe da ilha em que estávamos, ainda existiam criaturas. Era bom não pensar naquilo. Nós nos estabelecemos, criamos um lugar forte e resistente, plantamos, construimos, ensinamos. Está é nossa própria cidade, nosso recomeço. Não obstante muitos ainda possuam esperança de voltarmos, e eu pertenço a eles. Desejo poder andar pelas ruas em que cresci junto a Jungkook e aos nossos filhos.

 — Mama... mamama...pamama — Tentou dizer a criança em meu colo, segurando meu dedo e fechando sua mão em volta dele. Enquanto os gêmeos corriam para junto de nós novamente, brincando com suas espadinhas feitas de madeira. 

 Eu estou completa agora. Não por ter filhos, mas por estar feliz, e ser feliz com eles e a pessoa que amo. Me alegra saber que haverá um futuro para minhas crianças, que não precisarei me preocupar se sairão vivos, pois temos um lugar, temos uma cura e meu sangue é aquele que percorre as veias deles. Eu poderei os proteger com tudo, assim como faço a anos com todos da ilha, nada me impedirá de alcançar meu objetivo. Me permitindo viver cada dia e aproveitar tudo o que puder, amar e ser amada. 

 "Naquele dia, naquele trem, naquele horário e durante roda a confusão, a luz dos seus olhos foi o que me guio. Não imaginei que seria meu, nem mesmo cogitei que nos tornariamos um. Mas desde então eu sabia que o amava. Desde aqui ao infinito, estarei sempre em seu coração e você ao meu. Meu precioso café puro, Jeon Jungkook."