Escrita por: Dramatica_Ramos
Eu acordei com risadas de garotas e me levantei. Decidi trocar de roupa e coloquei uma que haviam deixado no pé da minha cama. Era uma camiseta larga, uma calça jeans e minhas botas estavam ao lado da cômoda do abajur.
Fui ao banheiro e vi várias garotas se trocando, então decidi me trocar ali mesmo.
_Ei novata, seu telefone estava descarregado, decidi carregar pra você. - Me entregou meu telefone. A garota negra secava seus cabelos, e já estava de calças pretas. - Você é filha de qual Deus? - Ela perguntou e sorriu.
_ Zeus, e você? - Ela mudou sua expressão para surpresa.
_ Sou filha de Atena. Fico surpresa que seja filha de Zeus. Nunca vimos um filho ou filha dele. - Ela respondeu.
Liguei meu telefone e deixei sobre o banco enquanto eu me vestia, e fui até minha cama. Calcei minhas meias e calcei minhas botas, enquanto pegava meus fones de ouvido para ouvir uma música aleatória.
_ Ei, quer conhecer o acampamento? - Perguntou a filha de Atena. - Ah, e meu nome é China. - ela falou e deu um sorriso.
_ O meu é Sofia. - Ela me deu a mão dela e sorriu.
Me levantei da cama, e fui até a porta, então saí, e senti o sol batendo em meu rosto.
Olhei para o lado esquerdo e lá estava ele. O garoto de ontem, treinando uma luta de espadas. Ele estava vestido com uma camiseta larga azul, marcada com suor e uma calça jeans surrada, parecia ser antiga. Ele usava All-Stars de cano médio que estavam sujos.
Ele desviou seu olhar para mim e umideceu os lábios.
Rapidamente desviei o olhar e ouvi sua risada. Ele ganhou e riu vitorioso.
Ele colocou a espada em sua bainha e veio até mim e China.
_ Olha, a Novata. - Riu e cumprimentou China.
China apertou a mão dele e logo deu um abraço rapido rindo.
_ Qual seu nome mesmo? - me perguntou e logo encarei os olhos azuis do loiro.
_ Sofia. Sofia Carson. - Respondi e ele sorriu.
_ Pode deixar China, eu mostro o acampamento pra ela.
Chin saiu e disse que logo após conhecer o local eu poderia encontrá-la no refeitório.
Fui acompanhando o mesmo e ele me olhava o tempo todo.
_ Aqui é a arena de batalhas. No meio do mato pois podemos encontrar sabe lá o que, pode tanto ser numa floresta, na beira de um riacho em missões… - acenei com a cabeça. - Você tem quantos anos mesmo? - me perguntou.
_ Tenho 19 e você? - Ele me olhou e riu.
_ Adivinha? Gosto de adivinhações.
_ 22? - Chutei e ele gargalhou.
_ Tenho 35. - Olhei incrédula. - Calma, é que eu consegui os poderes de meu pai aos 20 anos. Então, conseguindo poderes também sou imortal, como ele. - Continuamos dando alguns passos até chegarmos em um riacho. - Posso te ensinar alguns poderes de Zeus. Temos livros na biblioteca sobre o Deus dos Raios e Trovões. - Ele se agachou e a água do riacho subiu suas mãos sozinha, e lavou suas mãos sujas devido a luta mais cedo.
Andamos mais um pouco e passamos o riacho, e chegamos em uma pedreira onde ia parar o riacho.
_ É daqui que vem os peixes e água. Ao outro lado da pedreira fica num cercado o rebanho, que nos dá carne em tempos de reprodução dos peixes. - Acenei como tivesse entendido. - Você é de ficar na sua não é? - O encarei por um momento e ele deu um sorriso provocante. O homem mais alto que eu deu uma risada. - Não precisa ser assim, não vou tentar nada à você. - Disse.
Ele voltou a andar e fomos ao lado contrário da pedreira e chegamos novamente no acampamento. Ele me levou até a Biblioteca e me mostrou cada prateleira de livros.
Ele me mostrou a Arena de Jogos Anuais, e logo após, o refeitório.
_ Aqui é self-service, temos frutas, carnes, assados, sobremesas e bebidas.
_ Obrigada pelo passeio, Dacre. Agora irei tomar meu café da manhã e encontrar China. - Fui até o self-service e peguei uma bandeja, colocando um prato sobre, um copo e um pote para a sobremesa.
Servi fatias de bacon e uma salada de tomates, e no pote de sobremesa servi uvas e pedaços de morango com folhas de hortelã, e peguei um suco de maracujá, e os talheres. Dei uma olhada rápida nas mesas e rapidamente achei China, e sentei na mesa dela.
_ Como foi o passeio com ele? - Sorriu maldosa.
_ Normal. - Dei de ombros e ela bufou.
_Achei que você e Dacre haviam algo. - Disse. - Quer fazer Tattoo ou colocar algum piercing hoje? Aqui há tatuadores e pessoas que colocam piercings. - Acenei com a cabeça que não e ela riu. - Minha tatuagem hoje é uma homenagem a minha mãe. - Riu.
_ Eu ainda não conheci meu pai. - Outro trovão ecoou no acampamento.
_ Percebe-se. Um clima desses com esse sol e está havendo raios, ele quer falar com você. Se quiser te levo ao portal hoje. - Disse. - Mas só a noite. - Completou.
_ Tudo bem. - respondi e voltei a comer.
_ E aí, China? - Um garoto moreno chegou nela com peitoral e armaduras. - Vai lutar hoje? - Ela disse que apenas durante a tarde.
Ele saiu e uma pergunta curiosa veio em minha cabeça.
_ China, o Dacre mencionou algo sobre imortalidade. Você é imortal? - Perguntei e a menina respondeu que ainda não.
_ Não. Falta pouco pois eu ainda não tenho todos os poderes de minha mãe. Quem já tem, pode tomar o cargo de seu pai. Por exemplo o Dacre, ele já pode se tornar o novo Poseidon, mas ele não quer. - Eu estava assimilando tudo. - Alguns poderes são fáceis, outros muito complicados. Estou tentando conseguir a imortalidade à dois anos, pelo fato de minha mãe ser deusa da guerra e eu ser pacífica eu só vou à guerra com inimigos. - Ela disse. - ...E eu sou pacífica. - Completou.
_ Entendi. - Terminei de lanchar em alguns minutos e decidi ir a biblioteca.
Caminhei um pouco pela grama perfeitamente cortada e cheguei as prateleiras de livros sobre Deuses da Mitologia Grega.
Zeus - O Deus dos Raios
Peguei esse livro e simplesmente continuei a olhar outros livros.
Os Poderes de Deuses Gregos
Peguei apenas esses dois que me interessavam.
Fui até a bibliotecária e assinei meu nome.
Fui aos dormitórios e sentei em minha cama, colocando uma música em meus fones e fui ler os livros.
Comecei com o do próprio Zeus.
(...)
Eram por volta de 17h da tarde, ja estava à anoitecer. Eu parei de ler e decidi jantar.
Eu li pelo menos 50 páginas e vi sobre "O Raio". Mais um trovão ecoou pelo acampamento e clareou a tudo.
De repente China entrou toda machucada no dormitório, com ralados e cortes.
Ela sentou na cama ao meu lado e começou a limpar as feridas. Ela soltou um gemido e continuou limpando.
_ Vai pra enfermaria. - disse uma amiga dela.
_ Sabe que já estou acostumada com essas feridas, Alice. São feridas de batalha, e quando eu conseguir ser imortal não terei mais dores. - Respondeu.
_ Vai sair hoje? - Perguntei e acenou que sim.
_ Irei tomar banho e já te acompanho até o portal. - Ela pegou uma peça de roupa e foi para o banheiro.
Saí do dormitório e fui até o refeitório, e vi Dacre lá, fazendo um lanche. Me servi com um pedaço de peito de frango grelhado e uma salada, e de sobremesa uma salada de frutas e uma água de côco, e me sentei sozinha numa mesa. Dacre chegou com uma maçã em mãos.
_ Eu ia te chamar pra confraternização hoje no seu dormitório mas ouvi que irá sair com a China. - Acenei com a cabeça confirmando.
_ Sim, vou ver o que diabos Zeus quer pra tanto raio. - Ele riu.
_ Talvez seja emergência ou missão. Quer que eu vá? A China está muito machucada. - Disse.
_ Tanto faz, eu não sei lutar, preciso de alguém que saiba.
_ Sou perfeito para isso. - Disse dando um sorriso provocante.
Esse sorriso de novo…
Pensei.
(...)
Música: Slow Down - Chase Atlantic
Eu estava com as bolsas prontas com equipamentos e alimentos, estou levando um arco e flechas para o Dacre, ele pediu.
_ Sofia! - gritou e veio ao portão. - Já falei com o Diretor e com a China. Iremos nós dois. A China teve que tomar uns pontos num corte no braço.
_ Tudo bem. - Disse e começamos nossa caminhada.
_ Vamos até um ponto da floresta, como é noite chegaremos lá pela manhã se não pararmos. - O olhei incrédula.
_ De manhã?! - perguntei em um tom mais alto e ele acenou.
_ Não se preocupe. Costumo ir lá todo mês e sei como combater qualquer monstro. Se quiser ir treinando seus poderes enquanto vamos para lá. - Sorriu.
_ Ok. Me explique, como é Zeus? - perguntei.
_ Ele é um homem sério, de cabelos pretos, muito forte. Ele tem o Raio, é como uma espada feita somente de relâmpagos e raios. Ela é muito poderosa, e acho que se em meio a uma luta você levantar uma mão um raio virá em sua mão e você pode jogar no seu inimigo como Zeus fazia. - respondeu.
_ Interessante. - falei e senti o frio sobre meus braços. Entrelacei meus braços numa tentativa falha de me esquentar.
De repente sinto um tecido grosso sendo jogado por mim.
_ Você tem que chegar lá bem, não quero que um raio me atinja. - Riu.
Vesti a jaqueta do homem e me esquentei um pouco.
Ouvimos um rugido, e um monstro pulou sobre nós, Dacre rapidamente puxou a sua espada. Eu corri, e puxei o arco e flecha que haviam caído.
Eu estava ofegante, por medo.
Aquele ser está tentando matar o Dacre.
De repente um clarão veio sobre mim e soltei a flecha. A mesma começou a brilhar e deu um choque no monstro, o matando após acertá-lo.
Dacre me olhou incrédulo.
_ Você desbloqueou um de seus poderes! - Ele gritou e riu, encarando o monstro morto "frito" com a espada ainda em mãos. - Uma de suas armas é o raio! Cara isso é foda! - Gritou novamente.
Ele riu e me encarou feliz.
_ Tente fazer de novo! Tente acertar aquela árvore! - Sorriu para mim. Posicionei a flecha no arco, e a soltei, acertando a árvore, porém nada de raio.
_ Será que só funciona à pressão? - Dei de ombros.
_ Mas... vamos, precisamos chegar lá. - Disse.
_ Talvez ele te ensine lá. - Concordei.
(...)
Após horas de caminhada, chegamos a um prédio abandonado.
_ Se prepara pra subir escada. - Disse.
_ Mas nem fuden… Vamos ter que subir quantos andares? - Ele levantou a palma da mão, indicando 5 andares. - Puta que pariu… Não aguento mais. - Completei.
Ele deu uma risada.
_ Ser semideus não é fácil, Carson. - Riu novamente.
Peguei as coisas que estavam no chão reclamando e resmungando.
Ele pegou algumas coisas comigo e começamos a subir.
Chegamos ao quarto andar, e eu me apoiei em meus joelhos.
_ Vamos Carson! Não desista! - Ele disse entre risos.
_ Dá vontade de deixar esses raios por aí. Puta merda, Zeus. - Falei e ele riu.
_ Vai se acostumar. - Ele terminou de subir o prédio, e eu subi mais algumas escadas, quase me jogando de cima do prédio.
Ele segurou minha mão, e me puxou em direção a algum lugar.
_ Lá vamos nós. - Falei novamente. Entramos em algum cômodo e de repente entramos em um lugar parecido com a muralha da China, e lá no topo, lá estava ele.
O Olimpo.
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