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História Após a escuridão abençoada - Wilt thou go with me


Escrita por: polypop

Capítulo 30 - Wilt thou go with me


Fanfic / Fanfiction Após a escuridão abençoada - Wilt thou go with me

Em Westminster, Dorian está indo à Grandage Place entregar o convite de um baile para Vanessa e Sir Malcolm. Impressionantemente ele ainda não tinha o endereço de Catriona e esperava poder deixar o convite da dama com a Miss Ives.

No meio do caminho ele avista a figura mais singular que já conhecera. A bela dama de cabelos acobreados e roupas masculina estava indo, ao que parecia, na mesma direção que ele. Dorian acelera o passo para alcança-la.

DORIAN: Miss Hartdegen. – Ele fala ao se aproximar.

CATRIONA: Dorian Gray. – Ela se surpreende com o encontro. Não esperava ver Dorian tão cedo. – Que surpresa!

DORIAN: Está indo visitar a Miss Ives?

CATRIONA: Talvez. – Ela responde erguendo a sobrancelha. – E você?

DORIAN: Eu também. Quero dizer, estou indo entregar esse convite para ela e Sir Malcolm. Inclusive, iria pergunta-la seu endereço para te enviar o convite, mas já que está aqui, posso te convidar pessoalmente.

CATRIONA: Convite?

DORIAN: Para um baile.

CATRIONA: Um baile? Alguma ocasião especial?

DORIAN: Na verdade, é meu aniversário. Seria uma honra se pudesse me acompanhar.

CATRIONA: Você não parece aquelas pessoas que celebram mais um ano de vida.

DORIAN: Celebrar a vida por si só não basta?

CATRIONA: Uma boa forma de pensar. Mesmo assim, você não me parece alguém que se alegra em ficar mais velho.

DORIAN: Por que não? Juventude e beleza não me faltam.

CATRIONA: Não mesmo, não é?

DORIAN: E o meu convite? – Ele sorri.

CATRIONA: Dorian, eu não sou o tipo de mulher que você está procurando....

Dorian a interrompe.

DORIAN: Pelo contrário, você é exatamente o que procuro. Sua excentricidade é o que me faz procurar por você em todos os lugares.

CATRIONA: Bem, sendo assim... você não é o tipo de homem... – ela respira antes de continuar. – Não é o tipo de pessoa que eu procuro.

DORIAN: Eu posso ser o que você quiser, minha cara.

CATRIONA: Dorian, meu caro, eu não estou procurando ninguém. Mesmo se estivesse não seria alguém como você.

Ele sorri, sem entender a rejeição.

DORIAN: Achei que nos divertimos nos momentos em que passamos juntos.

CATRIONA: Você foi uma boa companhia, Dorian, mas precisamos ser realistas. Você não precisa fingir interesse em esgrima, eu sei que você não tem nenhum. E eu também não gosto de bailes. Minha diversão é meu trabalho.

DORIAN: Podemos ser amigos, então? – Ele diz esperançoso.

Catriona balança a cabeça.

CATRIONA: Melhor não, acho melhor cada um seguir seu caminho.

Dorian não consegue esconder a decepção no rosto. Já tinha esquecido completamente do convite que estava em sua mão e ia se despedindo de Catriona quando ela volta a falar.

CATRIONA: Quer que eu entregue os convites para Vanessa?

DORIAN: Vanessa? – Quando Catriona falou o nome dela, ele se lembrou o que estava indo fazer. Alguma coisa no modo como ela pronunciava o nome de Miss Ives era diferente. Agora ele tentava entender o que estava acontecendo.

CATRIONA: Os convites do baile. Estou indo para a casa do Sir Malcolm, posso entregar o convite para ela, se você quiser.

Dorian agradece a oferta de Catriona, deixa os convites com ela e se despede.

DORIAN: Obrigado, Miss Hartdegen. Mande lembranças à Vanessa. – Ele fez questão de enfatizar o nome da Miss Ives ao finalizar a sentença.

 

Ethan e Vanessa já estão de volta à Londres. Depois do incidente, ele achou melhor manter o escaravelho trancado dentro do porta-joias e fora do alcance de Vanessa. Também decidiram retornar o mais breve possível para a casa de Sir Malcolm e mostrar o objeto para Mr. Lyle. Depois de uma vida amaldiçoada, Vanessa acreditava que sua última esperança estava nas mãos do egiptólogo e não queria desperdiçar mais nenhum momento. Era hora de colocar um ponto final naquela história.

Vanessa temia perder o controle novamente, ela vigiava seus pensamentos com muito mais afinco. Ela se lembrava de como não deixou ser possuída por Amunet usando imagens de seus momentos com Ethan e passou a se fortalecer com todo o amor que eles sentiam.

Por todo caminho até Londres, ela veio deitada no ombro de Ethan. Ele a abraçava, acariciava seus cabelos e a beijava. Era tudo o que ela precisava para ficar bem.

O arranhão vermelho no pescoço de Vanessa incomodava Ethan, ela escondia com o colarinho, mas ele sabia que estava lá. O arranhão era prova de que ele falhou na sua missão de protege-la. Ela estava junto dele e ele não conseguiu resguarda-la e ele se odiava por isso. Foi um deslize dele e ele não cometeria o mesmo erro duas vezes.

 

Em Grandage Place, todos estão reunidos na sala grande e aquecida pela lareira. Mr. Lyle está próximo da janela. A luz do dia ultrapassa a vidraça e ilumina o escaravelho. Ele utiliza os óculos para examinar melhor a joia.

MR. LYLE: C’est magnifique! Nunca vi uma joia tão magnífica. Extremo bom gosto. Peças tão bem conservadas assim podem valer algumas milhares de libras.

SIR MALCOLM: Mr. Lyle, o foco não é a vendabilidade da joia.

MR. LYLE: Pardon! Força do hábito. Costumava avaliar peças para compra e venda no museu, uma das minhas múltiplas funções.

ETHAN: E esse escaravelho serve para quê?

MR. LYLE: Preciso de uma lente melhor para ver se tem alguma inscrição. Olhando assim só posso assegurar a boa conservação do objeto. Houve algum trabalho de polimento, você sabe me dizer, Miss Ives?

SIR MALCOLM: Não. – Interveio para espanto de Mr. Lyle que não esperava ouvir uma voz masculina. – Pedi ao joalheiro apenas uma limpeza e a colocação do cordão. A pedra estava exatamente assim quando encontrei.

MR. LYLE: Ótimo, quanto menor a interferência na joia melhor. – Sem tirar os olhos da joia ele pede para que Victor lhe entregue a lupa que está em cima da mesa grande. – Pode me passar a... – Antes de terminar a frase, Victor já lhe entregou o objeto. – Merci!

Todos observam em silêncio o homem analisar minuciosamente a joia. Mr. Lyle estava tão concentrado na tarefa que parecia estar em um mundo à parte. Vanessa é quem quebra o silêncio e conta o que aconteceu quando encontrou o escaravelho.

VANESSA: Eu... quando eu peguei escaravelho e pedi para o Mr. Chandler colocá-lo em mim... eu... – Ela não sabia ordenar direito as palavras para formar a frase que resumia tudo o que aconteceu. – Eu deixei de ser eu mesma... Amunet conseguiu me possuir.

Mr. Lyle continua observando o escaravelho, enquanto os outros olham para Vanessa.

VANESSA: Mr. Chandler me trouxe de volta, mas há algo nesse objeto... não sei explicar. – Ethan a prendia em um abraço e eles estavam em frente à lareira, mas Vanessa tremia de frio (ou de medo, ela pensou).

Sem tirar os olhos do escaravelho, Mr. Lyle fala.

MR. LYLE: Objetos podem ser abrigos de espíritos, demônios, como você queira chamar... e também podem ser um meio de ligação entre os mundos.

CATRIONA: O que Mr. Lyle quer dizer é que, como você, Vanessa, já tem uma certa, digamos que afinidade, com Amunet, o escaravelho facilitou essa conexão.

VICTOR: Você está querendo dizer que se ela colocar isso no pescoço, Vanessa será possuída?

CATRIONA: Pode colocar nesses termos.

ETHAN: E o que fazemos para isso não acontecer?

Mr. Lyle sai de onde estava e vai rapidamente para perto da mesa, onde apoia o escaravelho, pega um pedaço de papel e começa a rascunhar algumas anotações.

MR LYLE: Acho que a resposta pode estar aqui. Olhe este pequeno desenho, Mr. Chandler. Me diga o que vê. Se for o que eu realmente acho que é, nosso mistério está próximo de ser resolvido.

 


Notas Finais


Mr. Lyle, o que vc viu, homem?


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