Sarada on
— Bom dia... - Me sentei na cadeira.
— Já está bem tarde, né? - Minha mãe disse.
— Você não vai trabalhar?
— Eu já cheguei.
— O quê?! Quantas horas são?
— Meio dia.
— Mãe! Caramba... e-eu marquei de sair com o Boruto! Droga, ele deve estar chegando.
— Boruto?
— Aquele que me deixou em casa, você até falou... - Parei de falar quando escutei uma buzina. Fui até a janela e vi o carro do loiro.
— Vai se arrumar, eu falo com ele.
— Ah! Não, não... pode deixar, eu mando uma mensagem para ele aqui.
— Não vai ser mal educada, né?! Você vai demorar e, é melhor ele esperar aqui dentro.
— Uhum. - Entrei no meu quarto.
Quando terminei de banhar, escutei a voz da minha mãe e a risada do Boruto sendo extremamente escandaloso. Me apressei e depois de alguns minutos, fui até a cozinha, onde os dois estavam.
— Poxa, Sarada. Podia ter me falado que sua mãe era tão legal. - Sorriu.
— A-Ah, é. - Me aproximei dele. — Então, vamos?
— Vamos... na verdade, você demorou demais. - Se levantou da cadeira.
— A bela adormecida esqueceu do encontro de vocês.
— Esqueceu?! Nossa... - Fez um bico.
— Eu não esqueci não. Só queria dormir mais. - Empurrei ele, para que andasse.
— Que fofos. - Minha mãe falou com uma voz fina. — Formam um belo casal.
— Não! Não é nada disso. - Franzi o cenho.
Boruto ficou calado e apenas caminhou até a saída, pensei que ele fosse dizer algo, mas no fim, apenas se despediu da minha mãe e dos meus irmãos que estavam na sala, eles pareceram gostar do Uzumaki.
— Olha, sua mãe não se chama Sakura Haruno? - Deu partida no carro.
— Sim.
— E o seu sobrenome é Uchiha?
— Uhum.
— Você não tem curiosidade em saber sobre o seu pai?
— Tenho, mas acho que agora não é mais necessário. Ele abandonou a família dele.
— Tem razão, mas nunca se sabe o que pode ter acontecido.
— Não tem desculpa pra algo assim! E... qual o seu interesse nisso?
— N-Nenhum. Só estou perguntando.
— Hm. - Suspirei.
Depois de algum tempo, chegamos no lugar. Ainda não sei o que é, ele acabou de estacionar o carro.
— Que lugar é esse?
— Você curte uma praia? - Olhou para o outro lado da avenida.
— Pensei que estacionou aqui por causa desse restaurante. - Olhei para o lado.
— Não. Aquele de lá é bem melhor. - Segurou meu pulso. — Vem logo.
Ele me puxou, aproveitando que não tinha carro vindo.
— Nossa... é bonito. E-Eu nunca vim aqui antes.
— Não?! Aaah, na verdade, aqui é um pouco caro, então eu não costumo vir muito também.
— Caro? Tipo, quanto?
— Não se preocupa. Já que eu escolhi, vou pagar.
— Não vou nem insistir, porque to morrendo de fome e ninguém mandou você me trazer aqui.
— É-É... vai valer à pena.
Entramos nos restaurante e já fomos atendidos antes mesmo de escolher uma mesa. E voltamos para o lado de fora, onde as mesas ficavam na areia da praia. O mar estava agitado e ventava muito, meu cabelo não ficava parado nenhum segundo sequer.
— Caramba... - Boruto me encarou.
— O que foi?!
— É que... A-Ah, não é nada.
— Fala, agora eu quero saber. - Continuei segurando meus cabelos.
— V-Você fica bonita... desse jeito.
Não tive reação para o que ele disse, apenas fiquei morrendo de vergonha e só queria que meu cabelo parasse quieto.
— E-Eu já volto. - Boruto se levantou. Ele não entrou no restaurante, foi para uma área da praia aonde havia um grande movimento.
Fiquei esperando e logo avistei ele se aproximar. Pensei que fosse sentar na cadeira, mas seu corpo ficou atrás de mim e seus dedos frios tocaram a minha nuca, mas a intenção era apenas prender o meu cabelo com um amarrador que havia trazido com ele.
— Tá bom? Não sei fazer isso... - Resmungou.
— E-Está... Pode deixar... eu arrumo.
— Tá. - Se sentou no seu lugar.
— Valeu... o cabelo assim estava me incomodando.
— É, eu percebi. Achei um tiozinho vendendo algumas coisas e comprei esse daí pra você amarrar o cabelo.
— Aahh.
O celular dele estava tocando e logo só pude escutar sua voz falando com outra pessoa.
— Eu não vou demorar, hoje é sábado, não vai me proibir de sair agora, né? - Ele falava um pouco irritado.
Pelo restante do que falava, deu pra perceber que era seu pai ou a sua mãe.
— Foi mal. Meu pai está pegando muito no meu pé ultimamente.
— Ah, tudo bem.
— Quando a gente terminar aqui, vou ter que ir embora, viu? Ainda queria fazer mais alguma coisa, só que o senhor Naruto iria brigar mais ainda comigo.
— Tudo bem, não tem problema.
— Vamos sair amanhã?
— Não vai dar. Eu tenho que fazer aquele trabalho da escola, sabe?
— Aquele em dupla? Eu também tenho que fazer.
— Isso. Vou fazer amanhã com o Inojin.
— Hm...
A comida finalmente chegou e estava deliciosa, era realmente incrível. Só foi estranho o silêncio repentino do Boruto, porque normalmente ele costuma falar bastante.
— Isso é ótimo! - Sorri com os lábios. — Bem que você disse, né?
— Está bom mesmo... ainda melhor do que quando venho aqui outras vezes.
/// Quebra de tempo ///
— Obrigada por hoje. Foi ótimo. - Abri a porta do carro.
— Uhum.
— O que foi, em?
— O que?
— Ficou calado o caminho todo.
— Não é nada, ué.
— Fala logo, Boruto.
— É que não parece que você quer ficar comigo.
— Por que não?
— Você não mostra interesse. Não me beija, nem me elogia, ou sei lá... qualquer coisa que... - Sem esperar ele terminar de falar, o beijei e encarei aqueles olhos azuis que parecem me hipnotizar. Ele se assustou, seus olhos ficaram bem abertos com a minha ação repentina. Mas não demorou nada para retribuir o beijo de uma forma que mexeu tanto comigo que não sei nem explicar. Boruto deixou de me encarar e fechou os olhos, assim como eu. Sua mão acariciou meu rosto e a sua língua pedia por mais espaço na minha boca. Nos sincronizamos a cada instante e, só teve uma separação de nossos lábios, depois que um último selinho foi depositado em minha boca.
— A-Acho que agora eu te respondi, né? - Falei, ainda mantendo à proximidade dos nossos rostos.
— Talvez ainda não seja o bastante.
— Não? - Entendi aquilo como um flerte e toquei a sua boca com o dedo indicador, logo, troquei pelos meus lábios e assim, voltamos a nos beijar.
— Agora está um pouco melhor. - Sorriu de lado depois de nos separarmos mais uma vez.
— Bom, eu te acho muito... lindo... gosto de muitas coisas em você. Mas ainda continuo te achando um metido.
— Não sou metido. E... ainda acha que quero só sexo com você?
— P-Por que está perguntando isso assim?
— Responde.
— Talvez...
— Você é diferente, Sarada. Não estou pensando só nisso.
— Olha, eu não sei. Você que precisa me dizer isso. Afinal, se não quer só sexo, o que quer então?
O deixei sem palavras e ele pareceu pensar, além de demorar um pouco para dizer algo.
— É um caminho para se ter algo... a-algo mais sério. Mas estou com dificuldade até para beijar você, quem dirá ter outra coisa, né?
— Não tem dificuldade alguma aqui. E se for pra ter outra coisa, não vai ser agora. - Desci do carro. — Boa tarde, eu tenho que ir.
— Uhum. Até... segunda.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.