História Aprendendo A Amar - Eu Quero Ver Minha Menina

Como sempre Viviane foi atendida assim que chegou ao hospital e naquele momento estava adormecida por conta de alguns calmantes que lhe foram aplicados e sendo observada por Ana e Fernando. Os dois conversavam sobre a menina, até a verem se mexer o pouco que conseguia.

− Vovó. – Viviane balbuciou ainda dormindo.

− Ela está chamando a avó dela. – Ana falou e caminhou até Viviane segurando sua mão.

− Eu acho que vai fazê-la bem acordar e ver a avó aqui, já que não tem a mãe. – Fernando suspirou. – Você fica com ela enquanto eu faço uma ligação?

Ana assentiu e Fernando saiu do quarto. Lá fora, o homem ligou para a casa da família Hogaza e conversou diretamente com dona Lucero, contando a situação de Viviane. A senhora se sensibilizou e prometeu ir ao hospital ficar com a neta, mas antes precisava resolver um assunto pessoal.

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Dona Lucero chegou cedo ao apartamento onde Lucero estava morando e subiu direto, pois era ordem de Manuel para continuar parecendo ser um homem bom e apaixonado, que Lucero recebesse visitas quando quisesse. A senhora tocou a campainha e Lucero que já estava no sofá da sala, pensativa, foi abrir.

− Mamãe, o que faz aqui?! – Lucero abraçou dona Lucero, confusa.

− Tem alguém em casa? – dona Lucero entrou olhando ao redor.

− Não, o Manuel madrugou hoje e não sabe a hora que volta. Por quê? – Lucero olhou para dona Lucero estranhamente.

− Vem aqui. – dona Lucero segurou a mão de Lucero e se sentou no sofá com ela sem soltá-la.

− Como você sabe, foi pela Viviane que eu soube que você estava aqui. – dona Lucero falou e Lucero assentiu. – Ela criou inúmeras expectativas de que eu de alguma forma pudesse ajudar você e como não consegui, ela se frustrou. – a senhora suspirou e a outra desviou o olhar. – Foi por isso que ela foi parar no hospital. – dona Lucero abaixou a cabeça.

Lucero paralisou com os olhos cheios de lágrimas. Por mais que ela estivesse se sacrificando por Viviane, ela só a prejudicava mais.

− Você sabe que ela tem crises de ansiedade que se agravam pela condição física dela. – dona Lucero continuou. – Ficar longe de você não está fazendo nada bem a ela e é por isso que eu vim buscar você para fazer uma visita a sua menina.

Lucero se levantou assustada. Só a ideia de Manuel descobrir e querer se vingar dela e das pessoas que ela amava a desesperava e também tinha Fernando que nunca entendeu por que ela saiu de casa e como estava a odiando, nunca deixaria ela se reaproximar de Viviane.

− É que o Fernando pode não deixar. – Lucero colocou a mão na boca.

− Ele não precisa saber. Eu posso distraí-lo enquanto você entra no quarto.

− E se o Manuel descobrir? – Lucero engoliu o seco.

− E não é ele que não sabe a hora que volta e que não proíbe você de nada? Caso ele volte depois da gente, eu digo que você foi à minha casa comigo. – dona Lucero deu de ombros.

Lucero passou alguns minutos calada, pensando. Ela sentia tanta falta de Viviane e precisava ver com seus próprios olhos como sua filha estava sem ela.

− Eu quero ver minha menina. Só preciso trocar de roupa. – Lucero sorriu e correu para o quarto.

Dona Lucero sorriu feliz. Finalmente conseguiria fazer sua filha e neta felizes de uma só vez.