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História Aprendendo a Te Amar - Vrene - Copo de soju.


Escrita por: janemars0302

Capítulo 33 - Copo de soju.


Fanfic / Fanfiction Aprendendo a Te Amar - Vrene - Copo de soju.

A bola de basquete era arremessada, mas não com tanta vontade. Logo, caía sobre o chão. Meus braços permaneciam-se cansados, bem como todo o resto de meu corpo. Apesar de ter me esforçado muito naquele treino, sinto que foi o pior de todos que compareci. Meus amigos olhavam-me confuso com minha disposição: eu era o capitão do time e um dos melhores. A verdade é que, hoje, eu não estava com tanta vontade mesmo, devido ao decorrer dos últimos dias. Inevitavelmente eu levo esses problemas para junto de mim onde quer que eu esteja.

Já não saía de meus pensamentos algo que vem há meses me atormentando. É sempre isso. Eu só gostaria de, pelo menos uma vez na vida, fazer as coisas certas. Até parece que me sinto depressivo com esse negócio de amar e sofrer. Quando imagino sair dessa história inteira dramática, mais ela se complica, fazendo com que eu me complique ainda mais. Eu não sou mais o mesmo rapaz de meses atrás, estou me distanciando de tudo e jogando tudo no lixo. Meu Senhor, por favor, me ajude nisso. Apesar de eu não merecer muito, apenas quero evitar que as pessoas que considero se machuquem, principalmente, a Tzuyu.

Jungkook e Jimin se aproximam de mim, sentando-se ao meu lado na arquibancada do grande ginásio. Eles me encaram, como se eu devesse explicações para ambos.

- Por que você está jogando pior que os jogadores ruins do time? - questionou Jungkook, sendo bastante direto.

- Ah... - suspirei com o cansaço. - Sei lá...

- Imaginei que daria essa resposta, V. - proferiu Jimin limpando o suor de sua testa. - Sabemos que tem alguma coisa acontecendo contigo, só que não quer nos contar.

- Está tudo bem, galera. Só não estou tão disposto. - pronunciei-me a fim de acalmá-los.

- A gente não nasceu ontem, Taezão! Somos seus brothers desde sempre, por que não confia na gente? - Jungkook deu uma espécie de murro na minha coxa.

- Quantas vezes vou ter de repetir o que eu disse?

- Quantos vezes for preciso, mas nós não iremos acreditar. - rebateu Jimin ao meu lado.

- Então o problema é de vocês! - disse minha ultima palavra e logo me retirei da arquibancada bufando. As vezes, nós só precisamos de um momento sozinho mesmo.

O fato era que eu não podia mais me enrolar, precisava acabar com aquele sofrimento. E apesar de eu precisar acabar com esse maldito sofrimento, era ele quem estava acabando comigo. Eu odiava o fato de ter de sofrer. As coisas poderiam ter sido diferente se eu tivesse feito-as de modo certo e objetivo. No momento em que suspeitei amar Irene, deveria ter me declarado. No momento em que Tzuyu pediu para que eu dormisse em sua casa, deveria ter negado. Jamais deveria ter feito errado ou ter sentido medo. Isso tudo é culpa minha.

Ainda era quarta-feira e eu só queria que esse dia acabasse de vez. Já não aguentava mais conviver nas mesmas horas ou suspiros. Meu corpo, especialmente minha cabeça, doía. Algo me corroía. Sentia-me como um cara largado, sem ter para onde ir, mas na verdade eu tinha, sim. O único problema era voltar para esse lugar com a mesma vontade em que saí. Milhões e milhões de pensamentos inundavam-me, como sempre. Era inevitável não chorar por dentro.

Me perdoe por são tão fraco e por não saber como agir diante disso, sei que está decepcionada com meu modo e com o que tenho feito, porém fiz o possível.

Reflito sobre a presença de minha avó por esta Terra, aquela quem sempre dizia as coisas certas na hora certa. Seus conselhos eram como joia rara e um GPS para minha mente. Vovó era meu maior refúgio e ela se foi... Mas, as vezes, sinto que seu espirito se reencarnou no Seokjin, pois após sua morte fiquei mais grudado a ele. Seokjin agora é meu maior conselheiro e eu deveria tê-lo seguido.

Se por uma última vez eu pudesse entrar em contato com minha querida avó, eu lhe pediria perdão por não seguir os conselhos de meu irmão mais velho. Sinto tanto por isso. Muito mesmo.

Prolonguei meus passos até fora da escola. Desci as escadas na entrada e virei-me para a direita. Caminhei pelas calçadas próximas ao colégio, como um andante sem rumo e as diversas perspectivas em minha mente. Talvez os carros passando pela rua tivessem feito meus olhos ficarem zonzos, mas não caí. Avancei meus passos e entrei num estabelecimento próximo à casa de Joy. Entrei e sentei-me num balcão. Um moço veio anotar meu pedidos e então pedi um soju. Sim, uma bebida alcoólica para afanar minhas tristezas. Naquele momento, não sabia mais como agir, então o coração tomou conta de mim.

O moço trouxe minha bebida e então a ingeri de uma vez só. Logo, vários copos foram me trazidos. Já não me importava com as consequências ou com minha idade: tudo o que eu queria fazer era me afogar num copo com soju e morrer alí mesmo. Nada mais me fazia sentido. Nada.

Um pequeno-grande flashback pairou em minha mente. Irene. Seu rosto angelical e seus lábios doces igual ao favo de mel. Como eu gostaria de tê-la. Assim como a imagem de Irene, a canção que minha avó cantarolava também brotou e eu a recordei

.

Somewhere Only We Know

I walked across an empty land

I knew the pathway like the back of my hand

I felt the earth beneath my feet

Sat by the river and it made me complete

Oh simple thing where have you gone

I'm getting old

And I need something to rely on

So tell me when you're gonna let me in

I'm getting tired

And I need somewhere to begin

I came across a fallen tree

I felt the branches of it looking at me

Is this the place we used to love?

Is this the place that I've been dreaming of?

Oh simple thing where have you gone

I'm getting old

And I need something to rely on

So tell me when you're gonna let me in

I'm getting tired

And I need somewhere to begin

And if you have a minute why don't we go

Talk about it somewhere only we know?

This could be the end of everything

So why don't we go

Somewhere only we know?

Somewhere only we know?

Esses pequeno-grandes flashbacks faziam-me flutuar nas nuvens, algumas lágrimas queriam sair de meus olhos. Aquela bebida cada vez mais ficando forte em minha cabeça. Meu rosto parecia ficar vermelho. Ainda estava sóbrio, porém com bastante dor. Meu corpo começou a ficar todo molenga. Assim, pedi somente mais dois copos de soju. Finalizando-os, paguei a bendita conta e saí daquele estabelecimento.

Eu me balançava a cada passo. Meu estômago se revirava. Notei que ainda usava a regata branca do time de basquetebol, também uma calça de moletom e calçava um tênis da puma. Achava que ainda estava sóbrio, mas minha visão começou a girar de uma forma contínua. Como a casa de Joy era próxima, me objetivei a ir até lá, a fim de esperar essa tontura. Bastava apenas atravessar a rua para jogar à casa de Sooyoung.

Pus meus pés no pavimento. Meu estômago ainda se revirava de uma maneira agressiva. Não sabia se era fome ou sei lá o que. Meus pensamentos foram interrompidos quando uma luz bastante forte tomou conta de meus olhos e uma enorme pancada me afetou. Naquele momento, tudo se tornou preto e a luz foi ficando fraca, até que o preto havia voltado. Foi aí que eu apaguei.

(...)

Então abri meus olhos. E outra uma luz forte me mirou. Dessa vez mantive minhas pálpebras bastante abertas. Era uma espécie de lâmpada. Encarava um teto. Uns 30 segundos depois constatei que me encontrava num hospital. Analisei em volta e percebi vários aparelhos e um fio grande em meu braço. Não entendi nada, contudo, Seokjin também se encontrava naquele quarto.

Não fiz tanto esforço, pois meu corpo inteiro doía, mas tentei chamar a atenção de meu irmão. Logo, ele havia notado que eu acordei. Caminhou até minha direção. Seu rosto, previsivelmente, aparentava decepção e descontentamento. Não me lembrava de nada, somente a grande quantidade de Soju que ingeri. Me perguntava se ainda era quarta-feira.

- Até que enfim acordou. - expressou ao lado da cama. - Está melhor?

- Acho que sim... - respondi um pouco ofegante e dolorido. - Por que estou aqui?

- Realmente, não se lembra? - indagou-me como se fosse óbvio minha presença alí. - Sinceramente, Taehyung, não sei nem o que te dizer. Também não sei o que está acontecendo contigo mais...

- Por favor, sermão não.

- SERMÃO, SIM. - me repreendeu.- O que você fez foi um enorme ato de irresponsabilidade! VOCÊ BEBEU, CARA. Cê sabe que é menor de idade, não sabe?

- Eu sei... - proferi baixinho.

- Que bom que sabe, mas deveria ter se lembrado disso quando bebeu 8 COPOS DE SOJU. - pôs enfase nas ultimas palavras. - Taehyung, você foi atropelado, cara. Não quero nem imaginar o que teria acontecido se aquele carro estivesse em alta velocidade! Por sorte o cara prestou socorro pra ti e a Joy foi quem me avisou do ocorrido.

- Nossa... - esbocei com muita dor de cabeça.

- Taehyung, você tem agido de uma maneira diferente e isso está me deixando preocupado. Primeiro descubro que você brigou com um moleque na escola e agora isso... Por que está agindo assim? - interrogou-me decepcionado.

- Eu estava passando por um momento difícil...

- E desde quando se embebedar virou a solução? Sabe o quanto isso é perigoso. Se estava passando por um momento difícil, por que não veio falar comigo? Eu sempre estarei aqui para te ajudar, Taehyung. - enunciou.

- Desculpe. - consegui apenas responder isso, sabendo que o mais velho estava certo.

- Ah, V... - respirou profundamente. - Não faz mais isso, por favor... - abraçou-me de um jeito forte e afetivo. Eu só precisava daquele abraço. Realmente, minha vó estava dentro do meu irmão.

- Prometo não fazer mais. - me esforcei para sorrir sem sentir dor. - Papai e mamãe sabem disso?

- Não, como sempre, eles estão viajando. Sorte sua, até porque o sermão seria ainda maior e você ficaria de castigo por, pelo menos, a vida inteira. - respondeu-me, fazendo me lembrar dos castigos severos que meus pais davam. É, eu tinha sorte mesmo.

- Ainda é quarta feira? - perguntei curioso.

- Não, você dormiu o resto do dia inteiro e aquilo me assustou. Hoje é quinta feira.

- Meus amigos já sabem?

- Acredito que sim. Joy disse que te visitaria depois da aula. - rebateu se afastando e voltando a sua poltrona. - Provavelmente, ela também te dará um longo sermão. - riu.

- Ah, Joy. - sorri ao me lembrar dela. - Devo à ela várias desculpas.

- Não só pra ela, né?!

- Eu sei...

- Talvez eu saiba o motivo de você ter feito tudo isso. - disse.

- Sabe?

- Sei também que a Joy é uma das amigas da Irene e pode, muito melhor do que eu, te aconselhar o que fazer. Por que não confia nela, Taehyung?

- Eu confio nela, mas não contei porque queria resolver isso sozinho. - rebati.

- Pois é, mas não percebe que você já tem carga demais? Talvez, se você contar para Joy as coisas possam se tornar mais fáceis.

- É, você tem razão.

Joy é a minha amiga mais antiga. A conheci num parque de diversões, quando tinha 4 anos. Esta memória é um pouco embaçada, mas me recordo dos principais pontos. A questão é que desde aquele dia nós nos tornamos inseparáveis. Não contar-lhe o que está havendo foi um grande erro e uma enorme ferida em nossa amizade. Sei que ela se preocupa comigo e só quer meu bem.

Resolvi descansar um pouco, pois minha cabeça ainda doía. Nisso, um outro flashback rodeou meus pensamentos.

*há um mês atrás*

- Hã... você não quer carona? - me aproximei da cara um pouco sem jeito.

- Não, obrigada. - respondeu brevemente.

- Tudo bem... - respondi sem mesmo saber o que fazer. - É, Faz tempo que você não vem à escola, né?! - tentei puxar assunto.

- Sim, eu tive alguns problemas.

- É, você foi suspensa. - completei.

- Como sabe? - perguntou incrédula.

- As meninas me disseram. - proferi um pouco tímido.

- Ah, é verdade...

- Bem maldade dessa pessoa que te acusou. - enunciei.

- Pois é, eu só queria saber quem foi. - rebateu abaixando sua cabeça.

- Olha. - me aproximei. - Eu acho que isso não foi ação de uma só pessoa, não, mas sim de um grupo.

- E por que você diz isso? ´- questionou-me curiosa.

- Isso foi muito bem elaborado, Irene. Como que uma pessoa só iria conseguir burlar as câmeras de seguranças do colégio?

- É mesmo... - concordou.

- Bom, se você quiser minha ajuda, eu posso fazer algo quanto a isso. - me ofereci com plena vontade.

- É melhor não: quanto menos gente envolvida nessa história, melhor. Além do mais pode ser muito perigoso, Taehyung. - respondeu aparentando preocupação.

- Irene, eu não tenho medo de nada, eu só quero te ajudar... - insisti.

- E eu agradeço. - sorriu. - Mas é melhor não. Eu não quero que mais ninguém se arrisque por mim.

- De qualquer forma, eu vou fazer isso.

- Você é muito teimoso, Taehyung! - afirmou.

- Sim, eu sou. E eu irei te ajudar, Irene. - sorri.

- Por que quer tanto fazer isso por mim? - interrogou-me curiosa outra vez.

- É porque... - alguém acabou por interromper minha fala. Era a mãe de Irene.

HAN HI: Filha, cheguei!

- Já vou, mãe! - gritou.

A mãe de Irene realmente havia me interrompido. Confesso que fiquei bravo com aquilo, mas resolvi deixá-la ir porque já era tarde. Então ela apenas se despediu de mim.

- Obrigada por querer me ajudar... - disse. - Se cuida então... - sorriu uma ultima vez.

- Eu prometo que irei. Se cuida também. - a respondi.

Antes de ir a puxei para um abraço, o qual fiquei meio com medo. Não costumávamos ter esse tipo de contato, já que nós dois vivíamos brigando. Mas me abraçou, não com a mesma intensidade. Ela pareceu ficar comovida com o fato de eu querê-la ajudar. Já dissemos tanto que nos odiávamos. Talvez eu estivéssemos enganados um com o outro. Talvez eu estivesse sendo injusto com elea. Talvez Irene seja a garota que tanto procurei em meio a outras garotas. Talvez eu deveria ser um pouco mais legal com ela.

De repente, nossos corpos foram ficando poucos centímetros longe. Porém nossos rostos estavam um tanto perto, até mais do que o normal, sentí sua respiração em meu rosto, seus lábios ficaram tão atraentes que meus olhos começaram a encará-los. Assim como senti seus olhos encararem meus lábios. Aquele momento parecia tão certo, eu conseguia decifrar o que aconteceria depois. Ela poderia simplesmente fugir dalí, mas nossa conexão era ainda maior. Parece que o corpo de Irene acorrentava meu corpo. Nossos lábios ficaram cada vez mais próximos. E tudo iria acontecer. Nosso primeiro beijo de verdade... Até que o barulho da buzina do carro de sua mãe atrapalhou tudo aquilo. Rapidamente, nos separamos. Eu despertei de tudo aquilo. Parecia um sonho. Meu Deus, o que era aquilo?

- A-acho melhor eu ir... - falou um pouco sem jeito.

- É, e-eu também preciso ir... - disse estando nervoso. - Boa noite.

- Boa noite...

Correu para o carro de sua mãe. Antes de entrar nele, olhou uma ultima vez para mim e eu também estava a olhando, então entrou.

*um mês depois*

Abri meus olhos novamente e ali estava Joy. Seu rosto era de preocupação, obviamente. O relógio marcava duas horas da tarde. Me ajeitei na cama para poder enxergá-la melhor. Senti-me aliviado por sua presença.

- Ainda bem que você acordou, seu bobo! - logo me abraçou e aquilo me pegou de surpresa. - Você deveria receber um castigo por nos matar de preocupação, Kim Taehyung!

- Me perdoe, Joy.

- Tudo bem, eu perdoo. MAS NÃO FAZ MAIS ISSO. - enunciou precisamente. - Taehyung, o que está acontecendo, ein?!

- Ah, Soo, é uma longa história...

- Então me conta, porque eu quero ouvir. - pegou uma cadeira e pôs ao lado da cama.


Notas Finais


olá, amoresssssss! Mais um cap pra vcs. Prometo que depois da semana que vem, a fanfic volta a ser postada na programação normal. Espero que gostem.

Tae sendo atropelado, ai meu Deus

ouçam Somewhere Only We Know da banda Keane (hinooooooooo)


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