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História Aprendendo a Te Amar - Vrene - Tempestade.


Escrita por: janemars0302

Notas do Autor


Se ainda não leu o cap anterior, bora ler amoressssss

Capítulo 30 - Tempestade.


Fanfic / Fanfiction Aprendendo a Te Amar - Vrene - Tempestade.

Hoje eu percebi o quão azarado consigo ser. Tento fazer as coisas de um jeito, mas elas saem de outro. Desse jeito, não conseguirei encontrar o sentido da minha vida. Tudo, ultimamente, tem estado jogado. Embora eu ouça conselhos de alguém que saiba um pouco mais sobre isso, consigo simplesmente fazer errado. Fico me perguntando porque sou assim.

Sempre dizem que após a chuva se vem o arco íris. No meu caso, ele ainda não veio. Tudo é tempestade. E não importa se, na minha vida, seja apenas chuva. As vezes, eu só queria um guarda-chuva mesmo para não me molhar. Estou tão cansado de apostar e sempre perder. Quando eu digo "agora vai", não vai, cara!

Passei minha infância e adolescência estudando pra cacete! E no final, nunca pensei em mim mesmo. Durante 15 anos, me preocupei com meu futuro, com meus amigos, meus pais. Todavia, esquecia de viver aquele momento também. Eu era cheio de preocupações.

Encontrar uma namorada foi um tremendo sacrifício. JungKook e Jimin sempre falavam "cara, encontra uma namorada" e eu achava que era bobagem. Vez ou outra, eu ficava com algumas garotas, mas não conseguia me encaixar naquilo. É, eu tinha 13 anos, mas já agia como se tivesse 20. Naquela idade, era importante para a maioria dos garotos perder o bv. Sendo assim, perdi o meu com uma menina do sétimo ano. Mas minha primeira namorada foi Dahyun.

É difícil se acostumar ao novo mundo que nos rodeia. Só estou tentando girar sem me desequilibrar e desequilibrar os que estão ao meu lado. Aliás, eu já fiz isso e saber que destruí sentimentos de alguém não foi fácil, não é fácil e não será fácil. Daqui pra frente preciso arranjar um modo de concertar tudo isso, só não sei como.

Explicando melhor, quando tinha, mais ou menos, 15 anos, me apaixonei por Dahyun, mas era um amor imaturo. Com ela, eu achei que poderia fazer ser feliz eternamente. Achei que iria nos casarmos. Sonhei tão alto, que levei o maior tombo até então. Agora, que sou quase adulto, posso entender mais as coisas. Tenho certeza de que esse sentimento que tenho pela Irene, embora demore para ser revelado, é tao concreto quanto o que sentia com 15 anos. Já sei as consequências que ele trará e como devo agir.

Todo esse pensamento começou após eu ler esse livro qye peguei da biblioteca, onde fala sobre os desejos da vida, sejam eles momentâneos ou eternos. Agora não sei se querer a Irene do meu lado é momentâneo, eterno ou sonho impossível. Dizem que não existem coisas impossíveis. Neste caso, existe, já que a própria falou com todas as palavras, na minha cara, que eu já não existia para ela. Cara, aquilo me doeu do fundo do meu coração. Acho que foram as palavras cruéis que já ouvi de sua boca. E mais uma vez eu queria ter dito a verdade.

Eu sinto tanto por tê-la machucado. Minha vontade era de ter enxugado cada lágrima, ter lhe abraçado em cada recaída... São tão idiota. Quis fazer as coisas sem pensar nos pontos delas. Fiz sem pensar, na verdade. Só de imaginar que ela me odeia porque acha que não me importo com nada. Claro que eu me importo, até mais do que comigo mesmo. Estou sofrendo do mesmo jeito todos os dias.

Apaixonar-se é algo tão inacreditável. Parece que você torce pra que isso aconteça com quem você planeja, mas o destino te apresenta outra pessoa. Apaixonar-se vem numa idade determinada pela sua maturidade. É isto. Me determinei apaixonar com 17 anos, pela garota mais fria que conheço, ao mesmo tempo, linda, encantadora, inteligente. Deixá-la escapar é tanta heresia. O medo é de que ela caia em braços que não saibam abraçá-la.

- Taehyung!- acordei de meus pensamentos no momento em que minha mãe me chamou. Olhei para trás.

- Sim, onma?!- fitei seu rosto.

- Não virá jantar?- questionou-me ainda perto da porta.

- Sim, irei. Daqui a pouco descerei.- sorri.

- Ok, filho.- retribuiu o sorriso e fechou a porta de meu quarto.

Puxa, eu realmente viajei em meus pensamentos. Já eram 19:00. Passei minha tarde fazendo lições, lendo livro e conversando com Tzuyu. Acho estranho não me comunicar com Joy. Já se passou alguns dias que não trocamos palavras. Deve estar brava comigo.

Resolvi descer para o jantar antes que meu pai viesse brigar comigo. Estavam todos à mesa. Servi-me da comida e comecei a degustá-la, porém não estava com tanta fome. Meus pais conversavam sobre a empresa e seus empregados. SeokJin havia notado meu rosto desanimado e se aproximou para ver se eu estava bem.

- Ei, V.- chamou minha atenção murmurando.- Está tudo bem?

- Uh...- me toquei de que ele estava falando comigo, um pouco perdido.- Sim, está.

- Pois eu não acredito. Está viajando para onde? Brasil?- ironizou.

- Não é nada, só estava pensando longe.- respondi.

- É a Irene?- indagou do nada, fazendo-me assustar com sua pergunta.

- O quê? Ah, não.

- Sabia que ela era o motivo. Quando vai conversar com ela?

- Deixa disso, Jin! Eu namoro, esqueceu?- falei incomodado com seu questionamento.

- Mas você não gosta dela, esqueceu?- disse uma verdade que sei bem e relevo.

- Isso é outra coisa.- desviei meu rosto para a sala.

- Sabe qual seu erro, Taehyung?- perguntou-me e eu o encarei.- Agir como se não existisse problemas em sua vida.- finalizou recolhendo seu prato da mesa e indo até a cozinha.


Suas palavras me fizeram refletir, de modo que eu até fiquei pasmo com aquilo. Deveria agir de alguma forma. Mas o que eu poderia fazer? Ir até a casa da Joo-Hyun que não.

- O que eu devo fazer?- segui até sua direção.- Como eu deveria fazer isso?

- A solução está na verdade, Taehyung. Não é com mentira que se resolve as coisas.- rebateu de modo objetivo.

- Mas se eu disser a verdade, alguém pode se machucar.- justifiquei ainda mais confuso.

- Eu vou te dizer uma coisa: a verdade, apesar de necessária, dói. Porém é melhor sofrer na verdade, do que se iludir na mentira, entendeu?- olhou em meus olhos, dizendo as palavras mais profundas da minha vida.

- Acha que devo contar a verdade?

- É a única solução, Taehyung. Eu entendo que é difícil, mas já parou pra pensar se a Tzuyu descobre isso da pior forma?- fez um questionamento bastante crítico, fazendo-me refletir.


Ele estava certo, era a coisa que eu mais pensava. Uma hora ou outra isso deveria ser revelado. Não é como se eu estivesse no abismo da morte.


Agora eu entendo o verdadeiro sentindo daquela frase: primeiro enfrentrarei a tempestade, que é contar a verdade para Tzuyu, depois enxergarei o arco íris, que é me declarar para Irene. Na verdade, não sei se até lá Joo-Hyun ainda sentirá o mesmo por mim, porém ainda assim lutarei, mesmo que seja para não tê-la ao meu lado. Porém, não há vitória sem vitória sem luta.


Subi para meu quarto e joguei-me na cama. Como costume, comecei a encarar o teto. Era até engraçado meu modo de encontrar soluções nas coisas. Parecia que o teto falava e me ouvia. Parecia que ele era a pessoa que mais entendia, mesmo não me respondendo.


Pensei em ligar para uma pessoa, porém, antes mesmo de eu relar em meu telefone, ele tocou. Corri para atender. Era Tzuyu.


- Alô, princesa.- atendi de modo gentio.


- Oi, meu amor!


- Aconteceu alguma coisa?- questionei curioso com sua ligação.


- Sim. Poderia vir aqui em casa?- fez-me ficar preocupado com seu convite.


- Tá tudo bem?- perguntei preocupado.


- Está.- soltou um pequeno soprado do outro lado da linha.- Quero te dar uma notícia boa.


- Oh, ok! Estou indo.- encerrei a ligação.


Eu não estava tão interessado em saber o que era, mas iria do mesmo jeito para saber e aproveitaria pra contar logo o que tenho para dizer. De hoje isso não pode passar.


Vesti meu casaco, avisei meus pais e meu irmão, peguei minha chave e entrei no carro. 


No caminho da casa de Tzuyu, pensei na maneira em que lhe contaria essa verdade. É bastante difícil dizer isso, mas isso precisa ser feito. Eu gosto muito dela, minha intenção não é machucá-la, sim, ser honesto. 


Pus uma canção do carro para acalmar esse meu nervosismo.



{Tocando agora - Wake Me Up When September Ends 🎶}



Enfim, cheguei ao meu destino. Saí do carro e o travei. Subi alguns degraus da entrada. Alertei a campanhia e logo Tzuyu me recebeu com um breve selinho. Entrei e ela me pediu para sentar no sofá, assim fiz. Percebi que em sua casa haviam algumas pessoas que eu não conhecia. Provável que seja seus parentes.


- Taehyung, esta daqui é minha prima Victória.- chegou junto a uma garota bastante bonita.


- Prazer.- dei a mão para cumprimentá-la.


- Ela irá se casar!- sorriu.


- Oh, meus parabéns.


- E o melhor vem agora.- disse, deixando-me curioso.- Seremos padrinhos do seu casamento!- empolgou-se em suas últimas falas.


Ah, cara, isso só pode ser brincadeira mesmo!


- Uau!- sorri forçadamente.- Que bom!- não, não era nada bom.- E quando será o casamento?


- Daqui 8 meses.- respondeu e eu imaginei que se eu estivesse bebendo algo, engasva alí mesmo.


- Nossa, bem longe, não é mesmo?- eu tentava disfarçar ao máximo minha descontentamento com tudo aquilo. 


- Não é o máximo, meu amor?!- Tzuyu estava bastante eufórica em minha frente.  Se ela soubesse o que se passava em minha cabeça.


- É...- estava sem reação.- Hã... Tzuyu, posso falar contigo?


Fomos até o jardim de sua casa. Algo em mim estava corroendo. Sei que minha namorada não fazia aquilo por mal. Na verdade, ela nem sabe o que se passa. Só gostaria de que ela não dificultasse as coisas.


- Está tudo bem contigo?- questionou-me primeiramente ao chegarmos no jardim.


- Não muito.- fui sincero.


- Não gostou da minha surpresa?


- Não é bem isso. É que eu nem conheço sua prima, Tzuyu. É um pouco súbito eu ser padrinho de quem não conheço.- disse tentando lhe explicar minha situação.


- Mas isso não é o problema. Você terá 8 meses para conhecê-la.- sorriu.


- Tzuyu, você não tá entendo. Ser padrinho não é como se você apenas estivesse escolhendo um par para dançar numa festa junina. Exige muita responsabilidade!


- Ih, Taehyung. Desse jeito até parece que é você quem vai casar.- comentou.


- Tzuyu, já parou pra pensar que a gente não namora nem há um mês e você já está criando planos pra vida toda?- indaguei um pouco insastifeito com sua ação.


- O quê? Taehyung, antes de nós namorarmos, éramos amigos de infância!


- Sim, e você foi embora, cresceu e voltou. Você tem 17, não 10 anos.- rebati de forma firme.


- O que isso tem a ver? Continuo a mesma pessoa!


- Não, você foi embora com um sentimento de liberdade e voltou sendo totalmente dependente!


- Aonde você quer chegar com isso, Taehyung?- interrogou confusa.


- Eu só quero que você para de estar um passo adiante do que eu. Somos um casal e precisamos tomar as decisões juntos!- esclareci tudo da melhor forma que pude.


- Ok, então eu cancelo essa coisa de sermos padrinhos. Feliz agora?


- Não precisa. O convite já foi feito mesmo.


- A minha intenção era te deixar feliz e não bravo.- enunciou derramando lágrimas de seus olhos, fazendo-me ficar comovido.


- Não, Tzuyu, não chora. Por favor, não faça isso.- a abracei para consolá-la. Aquilo estava partindo meu coração.


- Eu sinto muito se eu estiver te fazendo mal, Tae, eu juro que...- a interrompi antes que terminasse.


- Isso não é verdade. Você me faz muito bem.- sorri.


- Mesmo?- disse com o rosto entre minhas mãos.


- Mesmo.- dei-lhe um beijo de consolo e doce, metaforicamente.


Até quando o jeito de Tzuyu me impediria de fazer o que é certo? 





      


Notas Finais


Olá, meus amores! Desculpem a demora para postar. Tive alguns problemas técnicos, mas já resolvidos. Hoje o capítulo foi um pouco mais curto e voltado para o Tae.
Pô, Tzuyu, ele ía contar a verdade cara. Mas para quem quer saber quando que Vrene vai dar certo, bom... Algumas coisas ainda vão surgir, vamos saber no desenrolar da história, rs.
Ouçam o hino da banda Green Day🎶🎶🎶
Até o próximo cap. Bjs sz


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