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História Aprofundando a conexão (SasuSaku). - Capítulo 7 - Reencontrar


Escrita por: Julie_Diaal

Notas do Autor


Mais um capítulo fresquinho hehehh
Novamente narrado em 3* pessoa.
@Mih6493 obrigada de novo minha gêmea 🥰

Capítulo 8 - Capítulo 7 - Reencontrar


Fanfic / Fanfiction Aprofundando a conexão (SasuSaku). - Capítulo 7 - Reencontrar

Na primeira semana, Sasuke e Sakura seguiram à risca o plano, ele saía cedo para conseguir informações sobre o restante da organização criminosa e à tarde ela ia ao templo para tentar reunir suas próprias informações. No entanto, a vila não era tão grande, então logo se tornou pequena para as informações que eles precisavam, assim, o Uchiha começou a visitar as vilas vizinhas, porém suas andanças se mostravam infrutíferas e isso o deixava extremamente taciturno.

A Uchiha, por sua vez, também pouco havia descoberto sobre o que procurava e já entrava em sua segunda semana como visitante assídua do Shiroibara, contudo havia ganhado a confiança de Tsutae e de várias monjas, que gradativamente pareciam ir diminuindo a vigilância sobre ela.

Com sua percepção apurada havia reparado numa certa padronização hierárquica do lugar, descobriu por exemplo que a sacerdotisa mor pouco se relacionava diretamente com as jovens monjas, as reconhecia por suas características roupas, na cor branca e amarela; no entanto sempre estava acompanhada de alguma das mais velhas e principalmente nunca era vista desacompanhada, exceto em sua sala particular.

Com o passar dos dias, Sakura percebeu serem precisamente sete as sacerdotisas que mais dividiam a companhia da responsável, supôs serem as que ela depositava maior confiança, pois eram as únicas que tinham permissão para sair do templo e descer para a vila.

Notou também que todos os dias chegavam novas pretendentes a noviças da deusa da castidade, depois que elas eram recolhidas ao subterrâneo do templo, nunca mais as via.

Em seu décimo dia de visitação, ela havia extraído todas as informações possíveis dos livros que achou interessantes na biblioteca, dois inclusive aclararam sua mente sobre as frases que ouviu de Akemi em sua primeira tentativa de relatos. “Eu não era virgem. Eu não era digna”.

Segundo o livro “História Monástica do Monte Reihō” o templo em que estava era o último remanescente de três templos milenares, outrora espalhados pelo mundo, que eram dedicados a Teisō-shin, deusa patrona da castidade e da pureza. Era por isso que esses templos se chamavam Shiroibara, rosa branca, pois era exatamente isso que essa flor representava.

Pelas imagens presentes nos livros, notou que todos eles eram arquitetonicamente idênticos, desenhados para representar a flor em si. Uma nota de rodapé dizia ainda, que a gradativa diminuição de servas ao longo dos séculos, devido a perda da importância de seus valores principais, levou os outros dois templos a virarem ruínas há mais de duas décadas, restando apenas esse comandado por Tsutae.

O livro “Divindades Femininas do Mar Oeste” resumia esses valores de pureza e castidade como simplesmente ‘virgindade’. Segundo ele, a jovem virgem que quisesse dedicar sua vida a Teisō-shin deveria ir até o templo Shiroibara ofertar sua servidão a deusa, de livre e espontânea vontade. Caso fosse considerada impura ou não fosse de sua verdadeira vontade se tornar uma serva, durante a cerimônia de iniciação deveria se revelar para receber o exilio permanente e abandonar aquele solo sagrado pela eternidade.

Algumas perguntas ganharam respostas, porém outras surgiam em seu lugar e o tempo estava passando, ainda que de certa forma fosse útil para ganhar a confiança das internas, por outro lado sua demora demasiada na vila poderia levantar suspeitas. Era hora de pôr em prática o plano que tinha elaborado junto ao marido para conseguir a chave do setor reservado.

Procurou no bolso uma ampola com uma toxina que sempre carregava para situações como essa, se aproximou da bibliotecária como se quisesse apenas entregar os livros, mas assim que suas mãos se tocaram a garota sentiu uma leve ardência no dedo e sua mente nublou.

Sakura a amparou para que não caísse e a sentou em sua própria cadeira atrás do balcão, sussurrou um pedido de desculpas enquanto lhe tirava do bolso do koromo o molho de chaves. Fez um clone das sombras para vigiar a porta e deslizou sorrateira até cômodo que mais almejava conhecer.

Começou a procurar apressadamente por qualquer coisa que lhe chamasse a atenção, porém a única coisa que encontrou lá foi livros velhos contendo explicações sobre meditação e manipulação do chakra, de uma forma diferente da que ela aprendeu na academia em Konoha.

O último item do corredor era um gaveteiro, com ideogramas que indicavam serem arquivos organizados em ordem silabaria. Quando estava prestes a desistir, pois nada útil parecia vir dali, se pegou pensando que Sasuke iria dizer que “quando se procura informações, tudo é útil”, sorriu com a imagem mental dele pronunciando essas palavras, mas deu um passo adiante e abriu a primeira gaveta, que fez um ruído enferrujado medonho.

Não havia nada na parte externa da primeira pasta, mas abrindo reparou que era uma lista, com dezenas ou centenas, de nomes cujo sobrenome começava com “A”, nomes esses que não lhe traziam qualquer referência exceto que estranhamente alguns estavam riscados sem nenhuma explicação aparente.

Quando chegou ao “Ni”, entendeu do que se tratava o arquivo, o nome de Nigatsuno Ume praticamente saltou diante de seus olhos e para comprovar sua teoria voltou novamente ao “A” e recomeçou sua busca por todas as meninas que se chamassem Akemi, seguiu adiante procurando em todos os sobrenomes possíveis pois não sabia qual era o de sua paciente.

Quando finalmente chegou a última sílaba, “Wo”, havia contado pelo menos trinta Akemis ao longo de todos os arquivos, sendo que pelo menos cinco estavam riscadas, não sabia seu clã, mas pelo local em que duas em particular se posicionavam na lista, quase podia garantir que uma delas se tratava de sua jovem amiga.

Reorganizou novamente os arquivos e correu para substituir seu clone, se abaixou para devolver as chaves a seu lugar e quando foi acordar a responsável pela bibliotecária, uma voz familiar lhe interrompeu.

– Sakura-san? É você mesma?

– Ume... – endireitou-se e a abraçou calorosamente. – O que faz aqui? – A garota levantou o livro que trazia na mão.

– Ouvi boatos de que havia uma kunoichi ensinando ninjutsu médico às monjas mais antigas, mas não sabia que era você, o que faz aqui?

– A missão a qual fui requisitada quando nos conhecemos gerou algumas pendências e tivemos que voltar.

– Entendo – Sakura estranhou os modos mais contido da garota que parecia sempre eufórica quando a conheceu.

– Como você está?

– Muito bem e vo... O que houve com ela? – Só então a kunoichi se lembrou da monja desacordada.

– Era isso que estava verificando quando você chegou – mentiu – estava devolvendo alguns livros quando ela desmaiou, vou tentar reanimá-la.

– Eu ajudo.

Ambas correram para acudir a moça, mas Sakura resolveu prolongar seu momento solo com Ume e aproveitou para lhe perguntar sobre seu estado e coisas que talvez ela pudesse saber.

– Quando nos vimos pela última vez eu estava em missão, ao concluí-la alguns dias depois, eu tentei te visitar, mas não me foi permitido.

– É proibido às internas terem acesso ao mundo exterior – comentou ela. –Eu não sabia na época.

– Naquele dia, uma garota subiu o monte junto comigo, não me lembro ao certo seu nome –mentiu. – Acho que era Akimyo ou Ak...

– Akemi? – Respondeu Ume prontamente.

– Sim isso mesmo, você a conhece?

– Nos conhecemos sim, fizemos a cerimônia juntas...

– Cerimônia? Como assim?

– Quando chegamos ao templo somos acolhidas como noviças, mas depois de algum tempo de nossos estudos podemos tentar a aprovação para a iniciação como monja, as aprovadas em primeira instância são preparadas para a cerimônia de iniciação. Por isso agora sou uma monja em treinamento inicial e não mais uma noviça, apontou para suas vestes, um koromo branco e um rakusu amarelo.

– E a Akemi é uma monja como você?

– Não, nunca mais a vi desde que entramos no grande salão, cerca de um mês atrás.

Sakura fez as contas rapidamente, pelas palavras de Ume e o tempo em que esteve na missão solicitada pelo daimyo, Akemi devia ter ficado cerca de duas semanas em cativeiro, mas Ume nada sabia sobre isso, portanto, depois de conversar mais alguns instantes ouviram passos no corredor e Sakura se apressou a reanimar a bibliotecária.

Devido ao ocorrido se atrasou para sua aula naquele dia, e por isso uma sacerdotisa havia vindo procurá-la, quando a monja correspondeu aos estímulos que a médica realizou através de seu chakra, a iryo-nin se fez de desentendida, alegando que a moça havia tido um mal súbito e insistiu para que ela fosse examinada apropriadamente

Depois de ambas ampararem a moça até seus aposentos para ser examinada, consulta essa que não revelou nada, obviamente, Sakura se despediu rapidamente de Ume para não pôr a garota em problemas, antes porém, perguntou secretamente se poderiam se encontrar na biblioteca novamente, no mesmo horário no dia seguinte, a garota confirmou silenciosamente.

A Uchiha acompanhou a sacerdotisa até suas alunas e depois voltou a pousada, na primeira oportunidade que teve perguntou o sobrenome de Akemi.

– Semoto Akemi – respondeu. – Desculpe nunca ter me apresentado corretamente.

Sakura sorriu para ela, ainda não podia lhe contar o que descobrira, mas sem saber a garota havia-lhe confirmado uma de suas teorias. Mais tarde naquela noite procurou pelo marido para lhe contar o que havia confirmado, os nomes riscados pertenciam as meninas que haviam sido exiladas do templo. Era apenas mais uma pequena peça, mas ela sentia que estavam cada dia mais perto de montar o quebra-cabeças como um todo.

– Não podemos comprovar suas suspeitas se ela não nos contar exatamente o que aconteceu.

– Eu sei, mas não quero pressioná-la a falar, ela ainda está em estado de estresse pós-traumático.

– Em último caso, estive pensando em ir a Kirigakure interrogar o líder da organização, mas para isso precisarei de um pedido formal do Hokage para a Mizukage.

– Também tenho pensado nisso, não quero envolvê-lo sem provas mais concretas.

– A viagem de barco até a Nevoa me deixaria fora por pelo menos uma semana. E não quero partir sem ter certeza que será a única opção.

Sakura suspirou, por mais que se compadecesse da situação da garota, o testemunho dela era imprescindível para resolver o mistério que cercava aquele templo.

– Vou tentar falar com ela sobre o ocorrido, se ela disser algo sobre os líderes da organização pensamos no que fazer – ele assentiu e ela deu um suspiro resignado, seria uma longa noite.


Notas Finais


A escrita japonesa é composta por 3 diferentes tipos de ideogramas, Katakana, Hiragana e Kanji, os que mais se usa atualmente são o Katakana, Hiragana, e eles são compostos por silabas e não por letras como nosso, iniciando com a família do “A” e terminando com o “Wo”, da família do "Wa".
Não vou explicar tudo tudo kkkkk, mas só pra ficar mais claro o negócio do arquivo.


😘😘
Até sexta 🤞


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