Na ensolarada manhã seguinte, a curta lua de mel teve fim. O jovem casal arrumou suas malas, despediu-se da equipe de funcionários, e retornou para o coração da vila. Pequenas coisas às vezes podem se tornar deveras emocionantes, e foi isso que a dupla sentiu ao girar a chave da porta de entrada da casa que agora, de fato, podiam chamar de sua.
- Lar, doce lar! - entoou o Jinchuuriki.
- Espera, Naruto-kun! - Hinata o impediu de entrar, postando uma mão em seu estômago. - Vamos entrar com o pé direito!
Naruto sorriu e, à contagem de três, adentraram a sala de estar, de mãos dadas. Naruto puxou a esposa para perto, envolvendo-a com uma mão na cintura e a outra acariciando o seu rosto.
- Nossa casa. Nossa casa... - testou as palavras na língua, saboreando-as. - é tão bom dizer isso!
- Nossa casa. - Hinata pronunciou a frase e sorriu, encantada. - É maravilhoso.
Naruto apreciou os dentes brancos. Na maioria das vezes, ela os escondia com as mãos, quando ria abertamente. Por sua vez, Hinata observava as pequenas sardas, quase imperceptíveis, que o Uzumaki possuía na face, mais precisamente no nariz. Eram sete, no total. Ela havia contado e recontado, desde o seu primeiro beijo, a primeira vez que ficara perto o suficiente para vê-las. Mesmo assim, ela ainda as admirava como no dia daquela pequena grande descoberta.
- Vamos ser muito felizes aqui, dattebayo!
- Vamos! - ela respondeu, sorrindo ainda mais.
Beijaram-se. Sentindo-se familiarizados, no entanto, ao mesmo tempo, com borboletas no estômago, como se fosse a primeira vez.
- Eu acho que só esquecemos de uma coisa... - Hinata comentou, ao separarem-se.
- Do quê?
- Fazer compras. Não temos nada na despensa... Não sei o que vamos almoçar.
- Deixa comigo, sou precavido!
Hinata olhou um tanto desconfiada para o loiro. Ele foi até uma das malas que jaziam na sala e havia trazido direto de seu antigo apartamento. Abriu e mostrou o conteúdo para Hinata, fazendo grande estardalhaço.
- Tan-dan!!!
A mala estava recheada de lámen instantâneo.
- Naruto-kun! Não acredito! - ela não pode deixar de rir. - Tudo bem, hoje a gente pode até almoçar isso, mas, daqui em diante, você realmente vai passar a se alimentar melhor! Lámen instantâneo vai ser muito raro na sua vida daqui pra frente, mocinho!
- Aaaaah... Tá bom... - Naruto disse, dissimulando um beicinho.
Após um banho rápido, almoçaram a iguaria e conversaram.
Naruto havia combinado de se reapresentar no escritório do Hokage aquela tarde. Hinata aproveitou para uma ida ao mercado, a fim de abastecer a dispensa. Na volta para casa, a noite, Naruto quase toma o caminho errado para seu antigo apartamento, mas corrigiu-se a tempo. Quando abriu a porta de casa, um cheiro maravilhoso de comida caseira invadiu suas narinas. Removeu suas sandálias rapidamente no desnível e anunciou-se.
- Tadaima!
- Naruto-kun!
Hinata veio correndo da cozinha e o abraçou.
- Boa noite, seja bem vindo!
Deu um selinho no esposo.
- Nossa, eu acho que posso me acostumar muito rápido com isso!
- O jantar está quase pronto. Vá tomar um banho enquanto termino.
- Ok.
Quando retornou ao andar térreo, Hinata acabava de arrumar os pratos na mesa de jantar. Eles sentaram-se e, começaram a comer, conversando sobre sua tarde. A comida estava deliciosa e Naruto repetiu mais duas vezes.
- Hinata, se você continuar cozinhando assim todos os dias, não sei o que vai ser de mim, mas provavelmente, em questão de pouco tempo, vou explodir igual a um papel bomba.
Hinata gargalhou gostosamente, fazendo Naruto rir.
- Você vai ter que intensificar o treino então, porque eu adoro ver você comendo muito!
- Eu acho que você quer me engordar de propósito, só pra nenhuma mulher olhar nunca mais pra mim! - ele aproximou seu rosto, provocante.
Normalmente isso desestabilizaria a morena, deixando-a ruborizada e atrapalhada, mas ela estava pegando o jeito da coisa e, apesar de não deixar de corar, sustentou seu olhar e respondeu, sem gaguejar.
- Sim, talvez isso seja parte do meu plano maligno.
Ele exibiu uma expressão surpresa, logo substituída por uma gargalhada.
- O pior é que eu acho que você vai conseguir!
Lavaram e guardaram a louça. Deitaram abraçados no sofá e assistiram a um filme de terror com direito a muitos sustos e Hinata escondendo o rosto no peito do amado, mais do que propriamente assistindo. Subiram para seu quarto. Antes de entrarem, porém, Naruto surpreendeu Hinata pegando-a no colo.
- AAh! Que isso, Naruto-kun?
- Vou entrar com você nos braços, igual àqueles filmes românticos!
- Oh!
Girou a maçaneta e meteu o pé na porta, abrindo-a. Depositou a amada delicadamente sobre a cama de casal.
- E agora, mais uma estreia! Nossa cama!
Hinata sorriu.
- Sim. Estrear as coisas com você é sempre bom...
Beijaram-se, ainda abraçados sobre a cama. Rapidamente, Hinata sentia sua blusa sendo puxada para longe de seu corpo. Seus dedos encontraram o caminho para o abdômen do marido, sentindo os gomos e a dureza dos músculos. Também ousou levantar o tecido, e ele prontamente estendeu os braços para cima, permitindo que ela retirasse a peça. Ajudaram-se a despir-se, entre beijos, até não sobrar mais nenhum tecido que impedisse o contato direto das peles. Hinata experimentou beijar o pescoço do loiro, que exalava sabonete e Naruto. Esse aroma exercia um poderoso efeito sobre si. Penetrava suas narinas e, dos pulmões, ingressava no coração, fazendo-o bater mais forte e bombear sangue e fogo para cada vaso de seu corpo, cada mínimo capilar, cada extremidade. Parecia um sonho. Não. Estava cansada de achar que aquilo era um sonho. Era real e ele era mesmo dela. Eram realmente os dentes dele que estavam cravando uma mordida sedutora em sua cintura naquele exato momento. E era realmente a sua boca que subia vertiginosamente um caminho tortuoso aos seus seios, enquanto seus dedos reais apertavam possessivamente uma de suas nádegas. Tudo isso sobre a cama deles. Na casa real deles. Aquilo era a vida real. E ela fez uma concessão a si mesma naquele instante: ela merecia.
O peso de Naruto sobre si também era bem real, mas longe de ser desconfortável. Sua penetração abria seus músculos íntimos, obrigando-os a expandir-se para aceitar sua imensidão. As pernas bem abertas, para recebe-lo, já não eram motivo de constrangimento. O quanto precisasse, ela se abriria para ele. Toda. Completamente. Acompanhava seu ritmo frenético e mais. Arqueava o próprio quadril em busca de mais. Batendo de encontro à sua ereção sem qualquer pudor, deixando-o louco. Hinata puxava seus cabelos e arranhava suas costas, porque queria senti-lo. Queria se fazer sentir.
- Ah, Naruto-kun!
- Hime, me chama do que você me chamou aquela manhã, depois do casamento.
- Do quê? - ela não conseguia lembrar. No momento sua mente estava muito embaralhada.
- De Meu Amor. - A voz dele era rouca e seu hálito batia quente no ouvido de Hinata.
- Meu Amor!
Naruto intensificou as estocadas.
- Sim, meu amor!
Ele arfou.
- Isso, meu amor! Assim... Meu amor! Aaaah! Não para... Eu vou...
- Você vai o que, Hime? Me diz! - a respiração do Jinchuuriki estava entrecortada e sua voz deixava transparecer que estava à beira do abismo.
- Aaah... eu vou... eu vou... Meu amor, eu vou gozar...
E nesse momento, Naruto mal conseguiu aproveitar a visão de Hinata contorcendo-se sobre si, pois foi obrigado a fechar os olhos pela força do orgasmo que o tomou. Apenas conseguiu falar:
- Meu amor...
Os dias passaram-se, estabelecendo essa gostosa rotina de recém casados. Trabalho, volta para casa. Refeições deliciosas e conversas singelas. Carinho, paixão e amor. Uma semana havia se passado quando, na hora do almoço, Naruto trouxe uma novidade.
- Hinata, o Shikamaru disse que gostaria de nos visitar a noite, com a Temari. Tudo bem, por você?
- Oh! Sim! Que legal! Vou preparar um jantar caprichado então! Avisa pra ele, pra eles não comerem antes de vir.
- Se todos os jantares que você preparou até hoje não foram caprichados, mal posso esperar pra descobrir o que é caprichado...
- Seu bobo!
Por volta das 20h15, a campainha tocou e o casal abriu a porta para os convidados. Temari e Hinata abraçaram-se, pois não se viam desde o casamento.
- É um prazer receber vocês! Vocês são nossa primeira visita! - Hinata comentou animada.
- Espero que não estejamos incomodando! - Temari respondeu.
- Que isso! De forma alguma!
- Esperamos alguns dias pra vocês se estabelecerem. Mas precisávamos vir aqui, pois só faltava vocês.
Naruto e Hinata entreolharam-se.
- Só faltava a gente pra quê? - Naruto perguntou, curioso.
Dessa vez foi a vez de Temari e Shikamaru trocarem um olhar, sorrindo, antes de revelar.
- Nós vamos nos casar, daqui a um mês. E queríamos convidá-los.
Hinata e Naruto exibiram um semblante surpreso e, consequentemente, muito feliz e empolgado.
- Que maravilhoso! - Hinata vibrou. - estou tão feliz por vocês!
- Vamos fazer um brinde! Passa esse vinho pra cá! - Naruto disse, estendendo a mão para a garrafa que Shikamaru segurava - Hinata, onde estão as taças? Nós temos taças, né?
Hinata riu e foi buscar as taças, além do abridor de rosca.
Após o brinde, sentaram-se para jantar.
- E então, como vão os preparativos para a festa? - Hinata perguntou.
O Nara e a Sabaku responderam ao mesmo tempo.
- Estão indo bem. - a resposta de Temari.
- Um saco... - a resposta de Shikamaru. - Ai!
O Nara deu um olhar magoado para a noiva, que sorria para Naruto e Hinata como se nada houvesse acontecido, apesar de, aparentemente, seu pé ter involuntariamente acertado a perna do Nara, por baixo da mesa.
- Não liguem, ele é um bebê chorão.
- Mas é verdade, um monte de detalhezinho complicado.
Temari finalmente virou-se para ele, com um olhar assassino.
- Eh... acho melhor a gente mudar de assunto... - Naruto sugeriu, preocupado com o bem estar do amigo. - Eu já sei o que vou dar de presente pra vocês!
Os dois se ajeitaram nas respectivas cadeiras, dando novamente atenção ao anfitrião.
- Vamos retribuir o favor e dar uma lua de mel no mesmo hotel que ficamos! Foi demais! A suíte é incrível! Tem até uma fonte termal privativa! E os funcionários são super atenciosos e discretos. Mesmo se vocês fizerem bastante barulho, eles vão ficar na deles.
- N-naruto-kun! - Hinata estava escarlate.
- Mas é verdade, Hime! Isso é importante.
Shilamaru e Temari taparam as bocas com as mãos, contendo o riso, fazendo Hinata esconder o rosto por trás das mãos, enquanto Naruto coçava a nuca, confuso.
- Hinata, o jantar estava incrível! - Temari elogiou, ao se despedirem. Olhou para os homens, que estavam distraídos conversando sobre algum assunto de trabalho e aproveitou para comentar algo mais íntimo. - Você está radiante. Dá pra ver sua felicidade de longe! Fico muito feliz de ver você tão bem e alegre!
- O-obrigada, Temari. Em breve será a sua vez!
- Bom, acho que esse preguiçoso vai me estressar ainda mais convivendo no dia a dia, mas fazer o quê? - ela abaixou bastante o tom de voz, aproximando do ouvido de Hinata. - não consigo viver sem ele... mas esse é o nosso segredo, não comenta nem com o Naruto!
Hinata riu, mas se comprometeu a não revelar o segredo que, nem de perto, era tão secreto assim.
~◇~
Sakura estava ansiosa para rever os amigos e saber como estavam passando. Esperava que Naruto não estivesse levando Hinata à loucura com seu jeito bagunceiro. De certa forma, sentia-se um pouco responsável por ele, como se fosse um irmão. Sim, o time 7 havia virado uma grande família, embora não compartilhasse o sentimento fraternal exatamente com todos os membros. Kakashi era um pouco pai. Yamato, um irmão mais velho. Sai, um irmão mais novo, que precisava de conselhos e dicas para aprender a relacionar-se. Naruto, o irmão pentelho, aquele que cativa um lugar no seu coração sem você perceber, e, quando se dá conta, é o seu preferido e Sasuke... bem, em relação ao seu sentimento por Sasuke, a única coisa que podia dizer é que não havia nada de fraternal.
Mas ela não iria pensar nisso agora. Seu expediente terminava dali a vinte minutos, às 17h. Normalmente, ela ficava no hospital muito além disso, claro. Hora extra era seu sobrenome. Às vezes, tinha até de ser, de certa forma, expulsa do local. Ora por Tsunade, ora por Shizune, ora por Ino. Mas não hoje. Hoje ela iria passar numa ótima confeitaria que havia inaugurado a pouco tempo na Aldeia e comprar algo para levar à casa do mais novo casal. Naruto provavelmente ainda não estaria lá, já que costumava deixar o escritório do Hokage às 19h, mas isso era bom, porque assim poderia ter tempo para conversar a vontade com a ex-Hyuuga.
Apertou a campainha, um pouco insegura devido não ter avisado previamente de sua visita. Não tivera tempo, passava a maior parte do tempo enfurnada no trabalho, por isso viera cedo, antes do horário do jantar, para não ser indelicada.
Logo a porta se abriu, e uma Hinata sorridente a recebeu.
- Sakura-chan! - às vezes ela acabava chamando-a assim, influenciada pelo marido. Sakura achava fofo. - Que bom ter você aqui!
- Eu trouxe um presentinho, olha! - Sakura ergueu o bolo que tinha em mãos. - Quis fazer uma visitinha, ainda não conhecia a casa de vocês, espero que não seja uma hora ruim!
- De forma alguma! Entre! Eu acabei de voltar do Distrito Hyuuga, tomei um banho e não ia fazer nada em especial até o Naruto chegar. Ele ainda não chegou, espero que não se importe...
- Não, imagina! Vou esperar aquele baka chegar pra dar um abraço nele, mas é ótimo poder conversar com você sem o idiota atrapalhando.
Elas foram até à sala, onde Hinata indicou o sofá, para que Sakura sentasse.
- Espere um minuto, vou fazer um chá para comermos com o bolo.
- Tudo bem.
Hinata retornou com o chá e sentou-se próximo a amiga.
- E então, Hina-chan? Como está a vida de casada? Aquele baka tá se comportando direito?
- Estou muito feliz. É tudo o que sonhei e mais um pouco!
- Ai, que alívio! Porque, do jeito que o Naruto é bagunceiro, estava preocupada.
- Bom, a gente tá se adaptando aos poucos... Ele realmente é um pouco desorganizado...
- Um pouco desorganizado?!? Ai, Hina, eu convivo com ele desde pirralha, então pode mandar a real pra mim.
Hinata sorriu.
- Sim, ele é beeem desorganizado, mas, quando converso com ele sobre isso, ele entende numa boa. Não fica com raiva. Ele sabe que pode melhorar.
- Hina, você é um anjo mesmo. Só você pra ter a paciência necessária com o Naruto. Dou graças a Deus por ele te ter na vida dele, porque eu tenho zero paciência!
Ambas acabaram rindo do comentário.
Mais tarde, após muita conversa, as kunoichis escutaram o barulho da chave girando no trinco. Hinata havia feito questão que Sakura ficasse para o jantar. Ela tentou declinar do convite, mais a insistência da morena foi mais forte, então a Rosada ofereceu-se para ajudar nos preparativos, como forma de agradecimento. Para a surpresa de ambas, ouviram a voz de Naruto dirigir-se à uma quarta pessoa, enquanto provavelmente removia as sandálias no desnível.
- Para de idiotice. Você vai sim jantar conosco! Depois do jantar a gente conversa sobre esse assunto.
Ouviram apenas um resmungo mal humorado em resposta. Hinata ficou curiosa para saber de quem se tratava, no entanto, Sakura sentiu sua espinha gelar e o coração parar de bater por alguns segundos. Ela não precisava ver para saber quem era. Seu corpo reagia instintivamente àquela presença. Era surreal e involuntário. Ela não queria sentir-se assim.
A dupla surgiu e, ao lado da presença luminosa de Naruto, vinha a presença soturna de Sasuke. O próprio yin e yang personificado.
- Tadaima! Sakura-chan! Caraca, não acredito que você tá aqui também!
Por um centésimo de segundo, os olhares de Sakura e Sasuke se cruzaram. A expressão do Uchiha era desprovida de qualquer emoção, mas Sakura teve certeza de ter visto um quê de surpresa perpassar seus olhos. Esse era um jogo que os dois podiam jogar, e, ao longo dos anos, Sakura havia ganhado experiência e melhorado. Também manteve a expressão firme e impenetrável, sorrindo amavelmente para Naruto.
- Eu vim fazer uma visita e ver como vocês estavam. Queria saber se a Hinata já não tinha desistido desse casamento depois de passar mais de 24 horas com você.
Naruto riu.
- Agora é tarde pra desistir. A Hinata vai ter que me aguentar até ficarmos bem velhinhos! E olha quem veio visitar a gente também! O Teme!
- Seja bem vindo, Sasuke-kun! Ficamos muito felizes com você aqui! - Hinata cumprimentou, educada.
- Aa. Obrigado. O Naruto insistiu. Não quero incomodar ou dar trabalho.
- Trabalho você já dá desde sempre, hein, Sakura-chan?
Naruto brincou, sorrindo. Sakura sorriu um pouco sem graça, sem saber o que responder. Sasuke fechou ainda mais o cenho. Hinata, notando o clima tenso, convidou a todos para a mesa.
A mesa era de quatro lugares e Sakura e Sasuke acabaram sendo forçados a sentar-se um ao lado do outro, na mesma configuração de Temari e Shikamaru, na noite anterior. Foi um jantar um pouco mais silencioso, embora Naruto se esforçasse bastante para quebrar o gelo. Decidida a fazer pouco caso da presença do outro e agir naturalmente, Sakura começou a soltar-se e logo estavam conversando animadamente como de costume. Provocando-se, brigando e rindo. Sim. Ela precisava acostumar-se aquilo. Sua presença na vila era rara, mas sempre aconteceria. Ela precisava apenas continuar sendo a mulher forte e decidida que havia se tornado. E com amigos queridos ao lado era mais fácil.
Após o jantar, Sakura despediu-se. Precisaria acordar cedo na manhã seguinte para mais um dia de trabalho. Secretamente, só queria estar longe dele. Era cansativo mascarar um sentimento tão forte por um longo período de tempo. O que mais queria era esquece-lo por completo e enterrar aquele sentimento. Porém, não era facil. precisaria de mais tempo e mais força. Pelo dia, já tinha tido sua cota suficiente de Sasuke, com suas poucas palavras e sua expressão de esfinge.
Sasuke ficou. Hinata foi para o segundo andar, a fim de deixa-lo a sós com o marido para que discutissem seus assuntos confidenciais. Ele havia reportado-se ao Rokudaime e Naruto havia ouvido no escritório, mas algumas suspeitas ele deixou para confidenciar apenas ao Jinchuuruki. Ainda não possuía evidencias o suficiente para passa-las ao sexto, mas confiava em Naruto para agir caso fosse preciso. Alguma coisa havia lhe gritado mais cedo que não aceitasse o convite de Naruto para jantar, mas pensava apenas ser o constrangimento de fazer uma visita aos recém-casados, sem aviso prévio. Não imaginava que ela estivesse lá. Não que não houvesse gostado de vê-la... No fundo, sabia que não poderia mentir para si mesmo e sabia que havia gostado. Entretanto, a presença dela era perturbadora de uma forma que ele não conseguia compreender ou não se esforçava para compreender. E a cada vez que cruzavam caminhos, esse sentimento se intensificava mais e ele sabia que o dia chegaria, no qual ele irremediavelmente teria de confrontar a si mesmo.
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