Na manhã seguinte, Hinata estava sentindo-se absurdamente melhor. Levantou cedo e preparou um café da manhã caprichado para Naruto, que não havia saído de seu lado desde então, mal se alimentando. Ele apareceu na cozinha, sonolento.
— Hime, você está bem?
— Bom dia, amor! Estou bem melhor, não se preocupe. Vá tomar um banho que estou terminando aqui de preparar nosso café.
Enquanto o Jinchuuriki comia, observava Hinata atentamente. A cor havia voltado às suas faces e ela exibia um pequeno sorriso sereno.
— Está tudo uma delícia! Estava morrendo de saudade da sua comida. Não tem nada igual.
Hinata ampliou o sorriso, lisonjeada.
— Obrigada, mas você está exagerando, Naruto-kun!
— É tão bom voltar a ver você sorrindo! Ver você sofrendo ontem foi de partir meu coração, nunca mais quero passar por isso. Quando seu ciclo chegar novamente, eu vou estar com tudo preparado já! Remédio, bolsa térmica, chá…
— E o seu carinho. Foi uma das principais coisas.
— O meu carinho você vai ter sempre.
Hinata olhou o marido, com ternura. Eles encararam-se por um momento. A refeição de ambos estava no fim. Então, ela levantou-se, sentando no colo do marido e passando os braços por cima de seus ombros.
— Eu amo você.
Aproximou seus lábios, colando-os nos dele. Naruto rodeou sua cintura, puxando-a um pouco mais para si. A fragrância da morena era inebriante e o toque de sua boca, aveludado. O coração acelerou um pouco mais, quando ela forçou a entrada da língua, que Naruto recebeu prontamente, entrelaçando, com a sua. O sabor do café estava no beijo. Naruto estava plenamente consciente da pressão que o peso de Hinata exercia sobre si.
Cada célula de seus corpos agitava-se com a proximidade do outro. Hinata trouxe as mãos ao rosto do loiro, pressionando contra o seu corpo ao máximo. Sua saudade era tamanha que ela poderia se fundir com ele naquele momento, se fosse possível. Escutou Naruto suspirar, entregue, enquanto as línguas travavam uma batalha sensual. A atividade, aliada ao traseiro de Hinata diretamente sobre sua virilha, fez o membro do Uzumaki despertar de imediato. Afastaram-se, em busca de ar, encostando suas testas uma na outra, enquanto se encaravam.
— Hime, meu amor… Que saudade.
— Naruto-kun… amor… — Hinata ronronou, manhosa.
— Não chama meu nome desse jeitinho que você acaba comigo assim… Ainda não podemos, não é?
Naruto sentiu Hinata retirar seu peso e supôs que ela se levantaria, para acabar com aquela tortura, mas foi surpreendido quando sentiu o agarro firme em seu membro. Arregalou os olhos e arfou. A kunoichi havia apenas se afastado um pouco para permitir que sua mão o tocasse ali.
— Hi-hinata…
— Ainda está cedo. Não estamos atrasados. M-me deixa fazer isso...
Ela fez o pedido, olhando diretamente em seus olhos, de modo convicto, a despeito de suas bochechas coradas. Naruto assentiu, mal acreditando na própria sorte.
Ainda com o olhar preso ao dele, a princesa abriu o botão e zíper de sua calça, abaixou a peça íntima e liberou o falo intumescido. Arfou, sentindo sua estrutura rígida, apreciando a calidez que aquecia sua mão. Passou os dentes pelo lábio inferior, sentindo o desejo preencher seus poros. Os sentidos do olfato, visão e tato, superestimulados, dificultavam a respiração de Naruto e ele apartou os lábios para favorecer a entrada de oxigênio.
Quando Hinata começou a movimentar as mãos, de forma cadenciada, exatamente como Naruto havia lhe mostrado, anteriormente, ele semicerrou os olhos e expirou pesado. O ninja serpenteou uma das mãos pela pele das costas dela, por debaixo da blusa, até atingir o seio e o massageou, imprimindo o mesmo ritmo que Hinata usava. A outra mão agarrou sua bunda possessivamente. As pupilas dilatadas, parcialmente encobertas pelas pálpebras pesadas de Naruto, atraíram Hinata como um buraco negro que suga tudo ao seu redor e ela se viu vorazmente lançando-se sobre sua boca, devorando-o em um beijo enlouquecido, enquanto a intensidade dos movimentos de sua mão aumentava, em sincronia.
Suas línguas esfregavam-se, frenéticas, e Hinata emitia gemidos baixos e constantes. Com os últimos sentidos ativados, paladar e olfato, Naruto sofreu o amargo desalento quando Hinata afastou-se, bruscamente, levantando-se. Confuso, ele não conseguiu emitir palavra, apenas observou ela agachar-se junto a ele, puxando sua calça, embora esta estivesse presa entre Naruto e a cadeira.
— Tira.
Como uma única palavra de apenas duas sílabas podia parecer tão sensual, ele não sabia, mas ergueu-se para abaixar as peças de roupa até os tornozelos e sentou-se novamente. Seus olhos nunca deixaram as íris nebulosas abaixo de si.
Hinata interrompeu o contato visual para admirar o pênis inchado, a visão fazendo sua intimidade latejar loucamente. Um rompante de provocá-lo tomou-a, fazendo-a aproximar-se devagar. Passou a ponta da língua nos testículos, meticulosamente subindo, acompanhando o corpo robusto em direção à glande, onde lambeu a ponta, sentindo seu gosto salgado e indescritível. Ergueu o olhar, para observar a reação do amado que, diante disso, jogou a cabeça para trás, soltando um grunhido rouco.
Ele voltou a cabeça, reabrindo os olhos e encontrando os dela, que o observava de um jeitinho maroto, que fez seu sangue ferver. Envergonha por ter sido pega, Hinata desviou o olhar, retornando toda a sua atenção ao membro em sua mão. Respirou fundo e engoliu-o, lentamente, até a metade. Sentiu-o vibrar, enlouquecido. Removeu a boca, tomando cuidado para não o arranhar com os dentes, como havia feito da primeira vez.
Fez uma nova investida, dessa vez um pouco mais fundo. A reação de Naruto foi mais intensa. Ela deu início a um ritmo de movimentos, engolindo, em seguida, chupando de volta. Cada investida, um pouco mais profunda, o que fazia o corpo do loiro tremer e seus grunhidos baixos irem se transformando, gradualmente, em rosnados mais altos. Era excitante e fazia Hinata querer mais.
Entorpecida por essa sensação, a Uzumaki ousou engoli-lo até a base, o que não deu muito certo, pois o toque da glande em sua garganta a fez engasgar antes mesmo de concluir o movimento. Com lágrimas nos olhos, ela soltou-o, tossindo.
— Tudo bem, Hime. Foi melhor mesmo você ter parado, porque não estava mais conseguindo me segurar.
Sua voz rouca e olhos escuros confirmavam isso e Hinata sentiu-se patética por não ter conseguido continuar. Se ela não tivesse engasgado, ele teria gozado dentro de sua boca. A hipótese pareceu estranha, porém, ao mesmo tempo, tentadora. Ela podia estar ficando louca, mas a possibilidade de ter Naruto se derramando em sua língua reverberou no seu ponto mais íntimo e sensível, fazendo-o doer de excitação.
Diante disso, ela recomeçou, decidida a ter essa experiência. Tudo estava esquecido, exceto a certeza repentina de que ela precisava daquilo como precisava do ar para respirar. Chupou o pau duro com afinco e devoção, respeitando seu limite, pois não queria estragar o clima novamente.
— HINATA! PARA! Eu não vou conseguir me controlar assim!
Naruto exclamou, olhando para baixo, o que foi um erro, porque a visão de sua mulher lambendo-lhe e sugando-lhe tão intensamente foi sua maior perdição. A visão era sensual demais e ele estava há muito tempo necessitado. O fluxo de sangue e adrenalina explodiu por todo o seu corpo, num êxtase incrível.
Hinata sentiu uma grande quantidade de líquido salobre e travoso invadir sua boca repentinamente. Apesar de tudo, não estava totalmente preparada para aquilo e foi uma surpresa e tanto. Recuperada do choque, ela se viu engolindo a maior parte do gozo, enquanto uma pequena parcela escorria por entre seus lábios, até o queixo.
Removeu a boca, quando sentiu o membro perdendo rigidez e olhou Naruto, que encontrava-se com a cabeça jogada para trás, o corpo caído na cadeira, todos os membros relaxados.
Naruto voltou a olhar a amada e a surpreendeu quando passou o polegar na comissura de seus lábios, limpando seu próprio fluido.
— Essa sua boca é tão gostosa quanto todo o resto do seu corpo. Eu amo cada centímetro seu. Eu amo você inteira.
O loiro a puxou, erguendo-a e recolocando-a em seu colo, abraçando-a firmemente.
~◇~
Alguns dias se passaram e o clima na residência Uzumaki continuava quente e, embora fosse verão, a temperatura interna parecia mais elevada que a externa. Naruto considerava-se um grande sortudo além da conta, pois, antes de seu enlace, escutara de alguns colegas mais velhos que o casamento tendia a esfriar com o passar do tempo. No seu caso e de Hinata, parecia exatamente o oposto, pois a animação da esposa parecia, surpreendentemente, aumentar.
Até o almoço passou a ter, rotineiramente, uma sobremesa especial. Como exemplo, houve um belo dia em que o Jinchuuriki chegou em casa faminto e devorou, rapidamente, uma grande quantidade da deliciosa comida da esposa. Hinata estava um pouco calada e levemente ruborizada, o que o ninja atribuiu ao tempo abafado. Subiu ao quarto, com o intuito de descansar, por cerca de meia hora, antes de ir para o prédio principal. As noites estavam sendo longas e o sono, ficando acumulado.
Com calor, despiu suas vestimentas e ficou apenas de cueca samba-canção. Deitou-se de bruços, já fechando os olhos, quando sentiu lábios úmidos tocarem o centro de sua costa e o peso de alguém sentando sobre o seu traseiro. Antes de entender realmente o que estava acontecendo, sentiu Hinata debruçando-se ao longo de seu dorso até sua voz sussurrante surpreender-lhe, ao pé do ouvido esquerdo:
— Quer uma massagem pra ajudar a relaxar?
O hálito fresco soprava em sua pele e o tom de voz baixo e sexy brincou com seus sentidos, fazendo a tez arrepiar-se da nuca ao longo de toda a espinha dorsal.
— Sim. — Naruto respondeu, sem jeito.
Sentiu Hinata levantar-se. A seguiu, com o olhar e a viu pegar um frasco de hidratante e retornar.
Posicionando-se, novamente, sentada sobre ele, o ninja sentiu as mãos delicadas, besuntadas de loção, acariciarem a sua pele por toda a extensão exposta. Fechou os olhos, maravilhado com a sensação. Ela alternava carícias com apertos firmes nos músculos tensionados, ocasionando um relaxamento instantâneo no corpo do loiro. Naruto estava prestes a cair no sono, quando sentiu as pequenas mãos seguirem por um caminho controverso, invadindo seu short e apertando suas nádegas. Arregalou os olhos no mesmo instante, mas não disse nada.
A massagem continuou ali, de forma enérgica, despertando coisas dentro de si que provavelmente não adormeceriam com facilidade novamente. Para sua surpresa – e frustração – os toques pararam abruptamente. Esperou por um tempo e, quando estava prestes a girar o corpo e ver o que acontecia, sentiu gotas de loção hidratante caírem sobre suas costas. A surpresa e a temperatura mais fria do creme, em relação ao seu corpo, gerou espasmos, mas nada havia lhe preparado para o que viria a seguir.
Foi tocado novamente. Mas não por mãos. No lugar delas, sentiu mamilos. Sim, ele tinha certeza. Já os tinha tocado, apertado e beijado tempo suficiente para conhecê-los. Ela estava esfregando os seios em sua costa lambuzada.
Hinata não acreditava que estava tendo coragem de fazer aquilo, mas lá estava ela, arfando, enquanto seus seios deslizavam pelos músculos rígidos e bem delineados de Naruto. Ela fantasiara sobre aquilo durante o almoço. Céus, o que eu me tornei?
Antes mesmo de tocá-lo, os bicos de seus seios já estavam retesados, em antecipação. Quando se deu o contato de pele com pele, ela sentiu uma descarga elétrica invadir-lhe, tornando-os mais rígidos ainda. Esfregou-se nele, lambuzando-se de creme. Ele reagiu, arfando.
Naruto ficou, por um momento, sem reação. Ainda não havia se habituado às surpresas de Hinata. Provavelmente, nunca se habituaria e isso o deixava louco, no melhor sentido da palavra. Seu corpo todo ardeu e ele se recompôs, entrando no jogo. Não enlouqueceria sozinho.
— Isso faz parte da massagem?
— S-sim.
— Muito bom. Excelente. Você tá pelada, Hime?
— N-não… só tirei a blusa.
— Então eu quero que você tire tudo. Uma massagem completa.
— C-como assim, completa?
— Tira logo, Hime. Foi você que começou.
Hinata levantou-se para tirar a saia e calcinha.
— Mas eu não tô entendendo o que você quer de mim… — ela falou, ainda em pé, com a voz transbordando ansiedade.
— Ué? Você não tava me massageando com os seios? Agora eu quero que a massagem continue. Com a boceta.
O sorriso com o qual aquele homem, seminu, encarava Hinata era a imagem perfeita do vocábulo perversão. Suas palavras fizeram as entranhas da kunoichi revirarem-se em expectativa. Ela apertou as pernas, numa tentativa vã de aplacar o desejo monumental que se depositava entre elas. Hinata mordeu o lábio inferior, sustentando o olhar, que a marcava, como ferro em brasa. Ele a estava desafiando, embora soubesse muito bem que ela era capaz de qualquer coisa por ele. Com ele.
Aproximou-se, sorrateira. Não o deixaria desestabilizá-la. Puxou a samba-canção, fazendo-o erguer-se da cama, para permitir a retirada completa. Era consciente do quanto estava úmida e isso seria uma loucura. Mas ela queria ainda mais, enquanto admirava as nádegas volumosas e rijas à sua frente, apetitosas.
A morena sentou-se sobre elas e, timidamente, moveu-se um pouco.
Naruto sentiu a intimidade dela encostar na sua pele. Sentiu-a encharcada e foi preciso muito autocontrole para não agarrá-la no mesmo instante e meter fundo. Mordeu o travesseiro sob si, trincando o maxilar. Hinata moveu-se minimamente, com certeza tímida.
— Vai, Hime, se esfrega em mim. Com força.
Hinata agarrou os ombros do ninja, para se firmar, e obedeceu.
A fricção da pele de Naruto em seu clitóris enrijecido a fez gemer alto. Descargas incontroláveis de prazer correram, aceleradas, por seu corpo. O atrito causava um anseio devastador por mais e, dessa forma, ela rebolou em seu dorso, melando a cútis bronzeada, aumentando a intensidade dos movimentos e gemidos gradativamente.
Era insano, pensou Naruto. Seu pau estava muito dolorido de excitação, além da posição, que desfavorecia sua liberdade. Os gemidos ardentes de Hinata turvavam sua mente e não poder ver seu rosto era outro castigo que, paradoxalmente, o excitava ainda mais. Em meio a esse turbilhão de sensações, sentiu o corpo de Hinata chacoalhar sobre si e os gemidos transformaram-se em gritos. A umidade em suas costas aumentou e tudo ficou quieto.
Naruto jogou os braços para trás, conseguindo apanhar a bunda da mulher. Depositou-a na cama, de lado, ergueu uma de suas pernas, agarrando-a, pela coxa grossa, e arremeteu, sem piedade alguma, ao mesmo tempo que a puxou para si. Seu pau deslizou com facilidade, muito fundo em Hinata.
— Você. Me deixa. Louco. Sua. Gostosa. — Naruto falava com pausas, a cada estocada vigorosa — Toma. Sua. Safada.
Sentiu a musculatura de Hinata retrair-se, apertando-o.
— Você gosta. Quando. Eu. Meto. Fundo. Não. Você ama.
Hinata começou a sentir a sensação de êxtase avolumar-se novamente dentro de si. Naruto tocava um ponto mágico em seu interior e suas palavras, sua agressividade, na medida certa, provocavam a sua devassa interior. Portanto, quando sentiu Naruto derramar-se em seu âmago, com um uivo rouco e rosto contorcido de prazer, ela experimentou o segundo orgasmo, em questão de minutos, avassalador como um tsunami.
~◇~
Naruto abriu a porta do escritório do Hokage, ofegante. Havia se atrasado. Mais uma vez.
— Desculpe, Kakashi-sensei…
Ele olhou em volta, procurando Shikamaru, que certamente estaria com cara de poucos amigos, já que Naruto havia ficado de ajudá-lo naquela tarde, mas sua mesa estava vazia. Antes que pudesse perguntar pelo Nara, o mesmo irrompeu na sala, aos ofegos.
— Desculpem, me atrasei…
Kakashi segurou a ponte do nariz entre o polegar e indicador e bufou.
— Parece que vou pagar por todos os meus pecados de atraso...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.