1. Spirit Fanfics >
  2. Aprofundando Laços - NARUHINA >
  3. Retorno

História Aprofundando Laços - NARUHINA - Retorno


Escrita por: nhaddicted

Notas do Autor


Já leram a KonoHana quente co-autoria com @mymaelstrom? Se não, vão lá assim q terminar a leitura! https://www.spiritfanfiction.com/historia/doce-dose-22434173
Queridos, notaram q mudei o user? Pois é. Também criei uma página no Instagram dedicada às minhas histórias e universo Naruto. Por lá vcs poderão acompanhar as publicações, as novidades e alguns spoilers do que está por vir. Deixo o link e já agradeço antecipadamente quem puder seguir: https://www.instagram.com/nhaddicted_/
Boa leitura!

Capítulo 40 - Retorno


Fanfic / Fanfiction Aprofundando Laços - NARUHINA - Retorno

Que dia mais desgastante! Mudar a rotina devia ser um alento para Sakura, no entanto, ela se pegou desejando estar em meio a uma emergência, salvando alguma vida, ao invés dalii. No hospital, não importa qual fosse a situação, ela tinha total controle. Até quando se perdia uma vida, ela aprendera, com o tempo, a trazer um pouco de conforto aos entes queridos. Era terrível, mas era algo com o que ela aprendera a lidar.

Ao contrário da atual situação. Nunca. Nunca aprendera a lidar com aquilo. Nunca aprendera a lidar com ele. Sasuke sempre foi e continuava sendo uma incógnita. O problema maior era que, a despeito da ausência de expressividade facial, seus olhos continham uma fagulha, algo morno que, em relances, Sakura surpreendia.

Tratava rapidamente de convencer-se de que sua imaginação era traidora, todavia, bastava um momento de distração. Sem intenção, olhava em sua direção e surpreendia aquilo novamente. Ele virava o rosto. Disfarçava. Mas era cruel como aquilo parecia  tão real.

Entretanto, não estava mais disposta a cair em quaisquer armadilhas de seu coração. Iria treiná-lo, adestrá-lo até que aquele órgão pudesse se libertar por completo. Poderia buscar um novo amor ou viver sozinha. Não tinha medo. Seu maior medo, no momento, era a escravidão. Era aquela desgraça de corpo que insistia em reagir àquela presença. No entanto, sua mente assumira o controle, finalmente, e ela estava completamente decidida a superar.

Não se falaram nem uma vez naquele dia. Ok, houvera uma rápida troca de palavras, mas só porque, ao acabar de tomar banho e voltar para o acampamento, encontrou-o por acaso. Porém, tratou de cortar rapidamente qualquer assunto. Não que ele tenha protestado.

Ainda que essa situação fosse um chute no saco que ela não tinha, estar com Naruto e Kakashi em missão, novamente, era revigorante. Tudo estava bem calmo, então eles podiam conversar animadamente, ou ela podia pôr algum juízo na cabeça de Naruto, enquanto Kakashi lia seus costumeiros livretos de gosto duvidoso.

Mas fazia-o apenas por implicância boba, o loiro estava sendo seu grande motivo de orgulho. A forma madura e amorosa com a qual tratava Hinata era lindo de se ver. Ela estava verdadeiramente feliz pelos amigos tão queridos e por aquele amor que ela viu nascer. Era uma romântica incorrigível, ainda que tentasse, a todo custo, neutralizar seu coração. 

Após a refeição, composta de rações ninja e lámen instantâneo que Naruto fizera questão de trazer, alegando que não comia a "iguaria" há tempos, eles tiveram esse momento de descontração, até se organizarem para os turnos de vigília. 

— Posso fazer o primeiro turno. — Sakura ofereceu-se. Não estava muito animada para dividir o acampamento com um certo alguém. 

— Nah… — Kakashi fez um movimento com a mão, descartando a ideia — Naruto e eu faremos o primeiro turno. Vá, pode ir descansar.

— Mas…

— Ordens do líder da missão e Rokudaime. — Kakashi não gostava muito de ser tratado com tanta pompa, mas se valia do título sempre que queria apelar.

Sakura amarrou o cenho, mas não discutiu. Afinal, não havia nada demais mesmo.

Entrou sob a lona, Sasuke estava adormecido. O baka nem ao menos havia se alimentado. O que ele pensava que era? Algum tipo de máquina ninja? Argh, mas o que ela tinha a ver com isso? Dane-se. Ele era adulto e sabia o que fazia.

Deitou-se, mas o sono não veio. Estava inquieta e, se fosse sincera consigo mesma, sabia bem o motivo. Mas acreditou que aquela era uma oportunidade de ouro para treinar seu corpo desobediente. Fechou os olhos e forçou-se a manter-se imóvel, ainda mais quando sentiu o colega se mexer um pouco. Após alguns minutos, não resistiu e abriu minimamente uma pálpebra, pois escutara sons de tecido em movimento. Viu ele sentado, de costas. Fechou novamente os olhos, fingindo dormir placidamente. Não queria nem sonhar com a possibilidade de ele achar que ela o estaria espionando. Nem pensar.



Sunagakure era sempre escaldante, mas no verão conseguia superar-se. A pequena comitiva foi recebida pelo Kazekage em pessoa. Gaara mostrou-se bem feliz com a presença do grupo, principalmente de seu grande amigo, Naruto.

— Vocês serão todos meus convidados de honra para hospedar-se em minha casa.

— Não é necessário incomodar-se conosco, Kazekage-sama. Podemos nos hospedar em um hotel qualquer. Não queremos dar trabalho. — Kakashi fez-se de rogado.

— Não é incomodo algum! Seus quartos já estão prontos para recebê-los e tomei a liberdade de mandar preparar um almoço leve, para que vocês possam usar a tarde pra descansar da viagem. Confesso que faço isso com certo interesse, pois gostaria de convidá-los para um jantar, nessa noite, no qual poderemos conversar melhor sobre a questão do hospital. O que me dizem?

— Por nós, tudo bem.

— Perfeito! Inclusive, Sakura-san, na ocasião, lhe apresentarei o diretor do nosso hospital. 

— Ah, claro, tudo bem.

— Vou pedir que alguém os acompanhe pra que vocês possam se instalar devidamente.

Assim, Gaara o fez e um shinobi os levou até seus aposentos, numa das alas da residência do kage. Era um corredor com vários quartos. Eles guardaram suas coisas e seguiram o ninja novamente, chegando a uma sala de jantar. Era fim da manhã e eles agradeceram pela refeição.



Precavida, Sakura havia levado algumas roupas civis para eventos. Após passar a tarde descansando – os últimos dias haviam sido bem precários nesse quesito –, ela tomou um belo banho e arrumou-se. Escolheu um vestido leve, estampado. Não era de usar estampas, mas havia ganhado aquele de sua mãe e achava que caíra-lhe bem. Tinha um fundo cinza claro, com pequenas flores de um azul esverdeado que, de alguma forma, combinavam com suas orbes esmeraldinas.

Ela cogitou usar o pingente que havia ganhado em seu último aniversário. Levara-o consigo, em seus pertences, no entanto, a atitude sempre fria de Sasuke tirava-lhe qualquer vontade de passar qualquer recibo de apaixonada. Descartou rapidamente a ideia. Fez uma maquiagem leve, pôs um pouco de perfume e saiu do quarto.

No corredor, encontrou Naruto, parado.

— Sakura-chan! Estava te esperando. Kakashi-sensei e o Teme já desceram. — A isso, Sakura segurou a vontade de revirar os olhos. — Uau! Você está muito bonita! Quer enlouquecer o Teme, né?!

Falando isso com um sorrisinho cúmplice, Naruto deu uma cutucada nada gentil, com o cotovelo, nas costelas de Sakura. 

— Baka! Para de falar idiotices! Eu não sei como a Hina te aguenta! — Sakura invocou o nome da amiga, a fim de desviar o foco do assunto.

— Pra falar a verdade, nem eu sei… Mas deve ser da mesma forma que você aguenta o Teme.

Sakura parou, dardejando um olhar assassino a Naruto que, temendo por sua vida, optou por calar-se.



Para Sasuke, aquele jantar era uma missão qualquer. Encarregado da segurança, ele checava cada canto, ficava atento a tudo e a todos. Conseguiu descansar um pouco, à tarde. A viagem toda para Suna havia sido exaustiva. Havia uma tensão no ar que ele não sabia, ou não queria explicar. Após o sonho que tivera, ele saíra da tenda, envergonhado com sua própria situação. Embrenhou-se na floresta, ignorando a dupla de vigília. Ele vagou, atordoado; com membro ainda excitado.

O que estava acontecendo consigo? Parecia até o idiota do Naruto! Balançou a cabeça discretamente, tentando dispersar as lembranças, entretanto, quando conseguia recuperar o foco novamente, ele a viu.

Sakura descia as escadas ao lado de Naruto. Ela estava muito diferente. Muito… bonita. Não que não fosse bonita, mas estava em um vestido longo e claro, com estampas florais delicadas. Seus braços e colo estavam expostos. O tecido esvoaçava, à medida que ela descia. Embora o vestido fosse godé abaixo dos seios, agarrava-se ao seu corpo, conforme ela se movimentava, dando uma pequena amostra instigante de suas curvas.

Quando ela chegou ao fim da escadaria e o Kazekage entrou na frente, atrapalhando sua visão, ele soltou o ar que inconscientemente estava preso em seus pulmões. Deu-se conta de que havia esquecido, por alguns segundos, onde estava e o que fazia.

Gaara cumprimentou Naruto e segurou a mão de Sakura, levando aos lábios, enquanto a mesma fazia uma pequena reverência, as bochechas coradas.

— Você está belíssima essa noite, Sakura-san.

— Ah… A-assim eu fico sem jeito, Kazekage-sama.

Sasuke endureceu as feições. Algo formigou dentro de si e ele cerrou os punhos. Olhou ao redor e viu várias pessoas observando a cena entre o Kazekage e a rosada, inclusive muitos homens de olhares cobiçosos.

— Parece que a nossa Haruno está fazendo sucesso em Suna, hein?

Sasuke olhou para o lado e viu Kakashi apertando os olhos, em um sorriso. Sem alterar o cenho, girou nos calcanhares e rodopiou a pesada capa, atrás de si, indo para longe. Kakashi sorriu ainda mais.

Quando o jantar foi servido, o Uchiha foi praticamente obrigado pelo antigo sensei a tomar um lugar na mesa. Observou, discretamente, a conversa animada que se desenrolava na ponta da mesa entre Gaara, na cabeceira, Naruto e Sakura, um de cada lado do Kage. Estava na outra ponta, onde o Hokage se encontrava, por isso, não era capaz de ouvir o que diziam, mas estavam constantemente rindo e muito absortos. O baka do Naruto precisava mesmo ter tanto assunto com aquele esquisito? E o sem sobrancelhas precisava olhar tão intensamente para Sakura, enquanto ela falava? Mas o que estava acontecendo com ele? Por que estava tendo aquele tipo de pensamento insano?

E não bastava tudo isso, quando olhava para Kakashi, este sempre parecia estar se divertindo às suas custas, mesmo que ele mantivesse sua máscara inexpressiva usual. Conviver com pessoas que o conheciam tão bem era um grande tormento. Péssima hora havia escolhido voltar à Vila.


Após o jantar, Gaara apresentou Sakura a um médico que seria o futuro diretor do hospital. Naruto deixou os três conversando e veio até Sasuke.

— Não entendo nada desse papo de hospital. Já a Sakura tá super empolgada com o Shigemoto.

— Quem é esse? — Sasuke perguntou, com fingido desinteresse.

— Ali. Aquele do lado dela, de olho comprido. É o diretor do hospital que Gaara está montando. Eles estão surtando com mil ideias pro projeto.


Sakura estava empolgada com as perspectivas da missão. Gaara havia lhe apresentado ao responsável pelo hospital, Shigemoto Hisaya, um ninja médico notável, segundo Gaara. Ele aparentava estar na casa dos 30 anos, era bem alto, possuía cabelos curtos e roxos. Seus olhos eram de um castanho claríssimo, quase amarelo. Pele clara. Usava óculos e possuía uma forma charmosa de arrumá-los na ponte do nariz.

Pelo o que pode captar de sua personalidade, era bastante jovial, extrovertido e inteligente. Sentiu-se à vontade, conversando com ele. O rapaz estava muito aberto aos seus conselhos e opiniões, e parecia muito responsável também. Ele e Gaara escutavam atentamente as considerações iniciais de Sakura.

— Bom, foi uma ideia muito feliz minha de solicitar o seu auxílio, Sakura-san! Amanhã faremos uma visita ao hospital para que você conheça as instalações e depois nos reuniremos os três para alinhar todos os detalhes.

— Certo, Kazekage-sama. — Hisaya falou, dirigindo-se a Gaara e, em seguida, dirigiu-se à Haruno — Foi um enorme prazer conhecer uma colega tão competente. Acredito que teremos uma troca muito proveitosa, Sakura-san.

Sakura ruborizou levemente mediante o elogio e o sorriso largo que recebeu do Shigemoto. Ele possuía um sorriso muito cativante e acolhedor.


Um detalhe importante passou despercebido por Sakura: a mudança de temperatura brusca no deserto, entre o dia e a noite. O vestido, que era totalmente adequado para o calor intenso no momento em que se arrumou, tornou-se um completo estorvo após às 21h.

Sua pele estava completamente arrepiada de frio e ela envolvia os braços ao redor do corpo, na tentativa de reter algum calor. Isso não passou despercebido por Sasuke. Mesmo de longe, ele notou como ela friccionava as mãos nos braços e chegava a tremer um pouco, de vez em quando.

Tentou ignorar aquilo, a princípio, mas foi se tornando cada vez mais difícil sempre que olhava em sua direção e via o desconforto estampado em seu rosto. Naruto e Kakashi estavam conversando com Gaara sobre questões diplomáticas e não pareciam perceber nada.

Sem conseguir resistir mais, ele atravessou o salão até onde ela se encontrava, de costas para ele. Desprendeu sua capa preta e a removeu, colocando-a sobre os ombros da rosada, que assustou-se e virou para entender o que se passava.

— O deserto é muito frio à noite.

— Ahn? Ah… n-não, não precisa se incomodar. — a Haruno fora pega totalmente de surpresa.

— Se pegar essa friagem, pode se resfriar e sua vinda até aqui será em vão.

Sem esperar por resposta, o ninja afastou-se, deixando-a atordoada e confusa, enrolada em sua capa.


Pouco tempo depois, o time sete resolveu recolher-se. À porta de seu quarto, Sakura devolveu a capa ao shinobi soturno, agradecendo, de forma rápida, sem conseguir olhá-lo diretamente nos olhos. Entrou, sentindo um misto de emoções muito conflitantes. Sentiu vergonha, por ter escolhido um traje inapropriado; raiva, por ter parecido frágil; e algo morno, que aquecia seu coração, mas que ela tratou de enterrar bem fundo e escondido. Era tudo pela missão. Únicamente pela missão. Ele apenas cumpria seu papel, seu dever.

Sasuke adentrou seu quarto e sentou-se na cama. Olhava fixamente para a capa em sua mão. Após muitos minutos, ele aproximou o lado interno da peça até seu nariz. O perfume que invadira seu sonho, aquele mesmo perfume, estava presente ali, trazendo à tona todo aquele sentimento, fazendo-o reviver a cena do lago e ativando sua imaginação de uma maneira que ele nem sabia que era possível.

Tentou lutar contra a maré de pensamentos que invadia sua mente, mas aquele perfume assumiu o controle de si, como uma droga, preenchendo cada célula numa corrente. Na solidão de seu quarto, Sasuke permitiu-se perder o controle uma única vez.

Deitou o tronco e deixou a capa jazer sobre seu rosto. A mão buscou o fecho de suas calças, liberou o membro, que pulsou em seus dedos. Ele o apertou, agoniado, precisando de alívio. Como se sua mão tivesse vida própria, ela começou a se movimentar para cima e para baixo por toda a extensão. Devagar, de início, mas ganhando ritmo aos poucos. 

Muitos flashes perpassavam sua mente, num borrão de cores rosa e esmeralda. Sua respiração, cada segundo mais ruidosa e descompassada, seu falo, cada vez mais inchado e sensível. A essência floral e almiscarada inebriando seus sentidos.

Estava muito perto da libertação, a um passo, quando sobressaltou-se com o barulho da porta sendo aberta. Num reflexo veloz, puxou a capa para cobrir sua vergonha, mas era tarde demais.

— SASUKE?!?

Um Naruto muito espantado assistia a cena. Ele vira tudo. E, como se não bastasse, ouvindo o grito de Naruto, Kakashi apareceu, mais do que depressa.

— O que foi, Naruto? O que está acontecendo? Sasuke?!? — O olhar do Hokage rapidamente recaiu sobre o lugar incomum onde a capa encontrava-se, deduzindo tudo.

— SAIAM DAQUI AGORA, OS DOIS!

Naruto levantou os cantos dos lábios, tentando se controlar, mas não conseguiu.

— Teme! Você é um hipócrita do caralho! — E explodiu em risadas, postando uma mão na barriga e envergando-se, o corpo todo sacudindo.

Kakashi não resistiu e riu também. 

— Sasuke, se quiser, posso te emprestar o Paraíso dos Amassos, sem problema nenhum!

As feições de Sasuke, geralmente tão desprovidas de emoção, converteram-se em uma carranca furiosa. Ele soltou um rugido e o olho direito tornou-se rubro, com os três tomoe girando, em ameaça. 

— Tá bom, tá bom! Estamos indo.

O loiro e o platinado retiraram-se, ainda rindo descontroladamente, fechando a porta e deixando para trás um Sasuke muito furioso e humilhado.


Na porta ao lado, uma certa rosada colava o ouvido, escutando, sem controlar a curiosidade.




Notas Finais


Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido. É a lei do retorno 🤭🤭🤭


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...