Hinata emanava um brilho perfeito e prateado, tal qual a lua, pelo menos aos olhos de Naruto. Ela era sua lua particular. E nada o preparou realmente para aquele reencontro. Ele havia passado na floricultura Yamanaka e comprado um buquê de flores para presenteá-la, além de alguns docinhos típicos que trouxera especialmente de Suna. Quando chegou em casa, decepcionou-se um pouco por não vê-la, mas aproveitou para tomar um banho e ficar bem cheiroso para sua Hime.
Desde então, estivera sentado no sofá, aguardando sua chegada. Quando o barulho da porta o alarmou, seu coração bateu acelerado e suas mãos começaram a suar frio. A casa estava às escuras, porque ele queria surpreendê-la, então pôde apenas ver seu vulto movendo-se graciosamente, até ela ligar o interruptor e sua luz ofuscar-lhe os pensamentos e as coisas que ele havia pensado em dizer e maneiras de provocá-la.
— Naruto-kun?!?
— H-hime…
Hinata correu e sentou em seu colo, abraçando-o com força, como se quisesse comprovar que aquilo não era nenhum genjutsu ou delírio de sua cabeça.
— Você voltou!
Seus olhos marejaram. A saudade era uma dor física. Naruto também agarrou, com força, o pequeno corpo, enterrando o rosto nas madeixas negro-azuladas e inspirando profundamente. O aroma delicioso e familiar invadiu suas narinas, deixando-a tonto de deleite.
— Que saudade — sua voz saiu abafada contra a cascata sedosa — A mecha de cabelo que levo comigo não tem mais esse cheiro… A próxima vez que sair em missão, vou cortar outra.
Hinata sorriu. Ele segurou sua cabeça entre as mãos grandes e colou a testa na sua.
— Você está bem, meu amor?
— Sim.
Ele correu as íris oceânicas por todo o rosto e parte visível da kunoichi, examinando-a minuciosamente, em busca de algum ferimento ou sinal de que ela não estivesse perfeitamente bem. Suas mãos desceram das bochechas, pelo pescoço e braços, acompanhando o seu olhar. Hinata segurou seu rosto e o trouxe novamente para seus olhos lunares.
— Estou bem. Só com saudade.
Foi a deixa perfeita para Naruto cobrir seus lábios. Hinata respondeu, com urgência. O coração retumbando no peito. Um beijo afobado, como se houvesse poucos minutos para o fim do mundo.
— Hime, eu amo tanto o seu gosto… — Naruto disse, ofegante, separando minimamente suas bocas. Hinata respirava pesado — e o seu cheiro.
Ele cheirou seu pescoço e o marcou a ferro e fogo com beijos. As mãos trêmulas de Hinata tinham vida própria e puxaram a barra da camiseta do Jinchuuriki para cima, obrigando-os a se separarem para que a peça fosse retirada. Hinata atirou-a longe, como o grande empecilho que era, e pôde contemplar seus queridos músculos bem definidos, que tanto amava.
O olhar desejoso dela era sempre como uma injeção de fogo líquido nas veias do loiro, então ele percorreu os dedos desajeitados pelo zíper de sua blusa, mas sem conseguir abri-lo, de fato. Aquela mulher o deixava nervoso em um nível tão absurdo que ele desistiu de qualquer delicadeza, simplesmente usando a força, para rompê-lo.
Os belos e volumosos seios brotaram à sua frente, tão redondos, alvos e firmes, como um par de frutas apetitosas. Mamilos tão pequenos e rosados, um verdadeiro convite ao tato e paladar.
— Ah, Hime… Você me deixa fora de controle… Eu queria ser romântico e delicado, mas você senta no meu colo, beija a minha boca e tira a minha camisa desse jeito...
Hinata sentiu a dureza contra sua virilha e rebolou o quadril despudoradamente de encontro a ela, pressionado-a, em busca do próprio alívio. Naruto fechou os olhos, diante do prazer do contato.
— Eu… e-eu quero você. Eu preciso.
A voz da kunoichi saiu fraca e um tanto quanto rouca, mas foi o suficiente para arrepiar cada centímetro de pele de Naruto. Ele abriu os olhos novamente e Hinata viu um mar negro.
Num rompante, ele a ergueu, forçando-a a ficar de pé, entre suas pernas. Hinata deu um muxoxo, devido à quebra de contato entre as partes íntimas. O Uzumaki a olhou, debaixo para cima, venerando-a. Suas mãos estavam a cada lado de sua cintura, mas logo percorreram a barriga lisa, acariciando.
— Sabe, Hime — ele se interrompeu, apenas para deixar um delicado beijo logo acima de seu umbigo — quando eu era mais novo e voltava de missão fora da vila, eu sempre tinha que passar no Ichiraku, pra matar a saudade do lámen. — seus polegares encaixaram entre a bermuda e a pele da kunoichi, descendo a peça devagar, enquanto falava — Mas, agora, quando eu volto… — Hinata arfou, apenas de calcinha, com o hálito dele batendo em sua pele e o negrume daquelas pupilas dilatadas cravadas em si. — só existe uma coisa que eu preciso provar.
Ele baixou a peça íntima, observando as bochechas coradas pela vergonha e, agora ele sabia, também pela luxúria. Desceu um pouco o olhar para os seios, que exibiam bicos entumescidos. Provocou-os um pouco mais, soprando-os. Hinata mordeu o lábio, para conter um gemido. Sua pele arrepiou-se por inteiro.
Naruto elevou a perna direita de sua esposa, colocando o pé dela sobre o sofá. Tímida, ela tentou retrair-se daquela posição em que ficava tão exposta, mas Naruto interveio.
— Amor, você vai mesmo negar o pão a um homem faminto?
Ainda hesitante, mas, como não era de sua natureza negar nada àquele homem, ela relaxou os músculos. O Jinchuuriki sorriu e abriu bastante o ângulo de suas pernas, passando uma mão por entre elas, para agarrar sua nádega e trazê-la de encontro à sua boca. Ali, Naruto deliciou-se e sua língua fez uma festa, provando e acariciando. Hinata arfou e gemeu, deixando-o mais rígido ainda.
— Esse é o sabor que eu preciso. — O loiro usou dois dedos para substituir a língua, enquanto falava.
Seu pênis protestava, dentro da calça, dolorido. Ele bem queria ser romântico, mas estavam muito tempo longe um do outro e sua necessidade de enterrar-se fundo nela chegava a ser algo primitivo. Nunca achou que seria tão viciado em algo como era em fazer sexo com Hinata.
O Uzumaki levantou-se, segurando a mulher de maneira firme. Posicionou-a de joelhos no sofá e as mãos dela apoiaram-se no encosto. Removeu as próprias roupas e agarrou-a por trás, afastando a cascata de cabelos, para colar a boca à sua orelha, enquanto raspava o sexo dela com sua glande lambuzada.
— Princesa, me desculpe a pressa, mas eu preciso te comer nesse exato momento.
O cheiro de sexo funcionava como um entorpecente em Hinata. Ela sentia-se embriagada pelo desejo, era erótico o perfume dos dois corpos misturando-se, além da voz rouca e sexy dizendo-lhe aquelas coisas. Aquele aroma penetrava por suas narinas e deixava‐a maravilhosamente insana e ousada. Então ela esfregou-se naquele pau, como um convite, compartilhando seus próprios fluidos pela extensão dura. Naruto trincou o maxilar, enquanto seu membro contorcia-se em espasmos de excitação com a proximidade daquela cavidade molhada e quente. Sem mais, ele posicionou-se em sua entrada e estocou seco e profundo, batendo o colo do útero de Hinata, que deu seu primeiro grito da noite.
Quanto a Naruto, este rosnava entre dentes, sentindo os músculos de Hinata engolindo-o por inteiro.
— Ugh… Hime… a sua xana tá ainda mais gostosa e apertada que antes!
Com uma mão, ele agarrou um de seus seios, pinçando o mamilo com os dedos, enquanto a outra cravava-se no flanco da mulher, trazendo-a de encontro às estocadas. Hinata também participava ativamente, rebolando em cheio contra a pélvis do marido.
— Naruto-kun… M-mais…
— O que, Hime?
— Mais… Mais forte…
Ah… como aquela mulher o deixava louco… seu corpo, seu cheiro, seu jeito… tudo.
— Hinata… eu te amo muito.
E ele fez o que ela pediu, arremetendo com força total em sua carne, sentindo a mesma tencionar-se ao redor de si.
— Eu… ah… eu te amo! Ah! Eu te amo, Naruto-kun!
A declaração de Hinata foi feita entre estremecimentos e espasmos, já que seu corpo foi tomado pelo orgasmo. Naruto não demorou a derramar-se, porque o aperto da amada intensificou-se ainda mais durante o gozo. Ele urrou o nome dela, como se aquela fosse a única palavra que conhecesse.
~∆~
A primavera cobria Konohagakure mais uma vez, com seu manto multicolorido. Meses haviam se passado e aquele dia era especial. Marcava o aniversário de um ano de casamento dos Uzumakis.
Naruto havia convencido Hinata a passar o dia no distrito do clã Hyuuga, enquanto ele organizava uma comemoração. Contou com a ajuda de Iruka e Konohamaru para promover uma noite especial à amada. O antigo sensei estava numa vibe bem romântica, pois havia alguns meses, começara a sair com uma das professoras da academia. A mesma que Naruto vira ele dançando em seu casamento.
Por volta das 18h, o ninja foi buscar a morena na casa do sogro. Ela estava lindíssima, em um vestido lilás de alças, esvoaçante, e um cardigã rosa pálido por cima. A maquiagem era leve. Hanabi estava ao seu lado, trocando olhares com Konohamaru, que fizera questão de vir até o distrito com Naruto. Ela deu um abraço em Hinata e parabenizou-a pela data, dirigindo-se a Naruto, em seguida.
— Naruto nii-san, você sempre foi um cabeça oca e demorou muito pra perceber os sentimentos da minha irmã, mas agora você faz ela muito feliz. Obrigada por isso.
— Não precisava ter chamado o Naruto nii-chan de cabeça oca se a sua intenção era agradecê-lo. — Konohamaru intercedeu a favor daquele que considerava um irmão mais velho.
— Um cabeça oca sendo defendido por outro cabeça oca… — Hanabi provocou, deixando o Sarutobi espumando de raiva, enquanto Hinata e Naruto riam da briguinha infantil.
— Tudo bem, Kono, a Hanabi não deixa de ter razão. — Naruto apaziguou — Vamos, Hina?
Ele estendeu a mão para ela, que segurou e o acompanhou, deixando os mais novos trocando olhares que soltavam faíscas.
Hinata estranhou quando não tomaram a direção de casa.
— Pra onde vamos?
— É surpresa… Queria fazer algo diferente. Espero que você goste.
A curiosidade de Hinata intensificou-se quando eles atravessaram os portões da Vila. Floresta adentro, ela começou a achar o caminho familiar, até finalmente lembrar-se da última vez que estiveram ali.
Cerca de meia hora depois de deixarem a propriedade Hyuuga, quando as sombras já cobriam a floresta, estavam na clareira que possuía a cachoeira exuberante onde Temari e Shikamaru haviam os levado para um piquenique uma vez. Próximo ao lago, havia uma área iluminada com lanternas e adornada com flores. Uma toalha e uma cesta. Tudo simples, mas, ao mesmo tempo, lindo. Os olhos da kunoichi brilharam e ela sorriu, encantada.
— Desculpe pela simplicidade… — um Naruto incomumente encabulado falou baixinho, ao seu lado.
— Naruto-kun — Hinata virou o rosto, para encara-lo — que coisa mais linda! Estou encantada… você me deixa emocionada com essas surpresas.
Ele pode ver nos olhos transparentes, literal e metaforicamente, que ela falava a verdade. Sorriu também.
Eles sentaram-se sobre a toalha e Naruto retirou da cesta uma garrafa de saquê e a comida que Iruka havia lhe ajudado a preparar, além dos utensílios necessários.
— Itadakimasu! — disseram em uníssono e iniciaram a refeição.
A comida estava saborosa e Hinata fez questão de elogiar o esposo.
— Nossa! que delícia, Naruto-kun!
— Obrigado, mas o Iruka-sensei me ajudou muito.
Conversaram muito, durante a refeição. Sobre as gravidezes de Temari, Ino e Karui, que estavam entrando em seu trimestre final. Sobre como os respectivos maridos estavam reagindo a isso. Shikamaru parecera herdar todo o sono que supostamente sua esposa deveria estar sentindo. Ele ainda precisava lidar com arroubos de irritação ainda mais fortes, haja visto que a kunoichi sofria os efeitos da montanha russa de hormônios em seu corpo. Sai estava dedicando todo o seu tempo livre para pintar o quarto de seu futuro rebento. Hinata vira a obra de arte ainda inacabada, em uma visita à Yamanaka, certo dia. A amiga transbordava de orgulho e emoção, na ocasião. Chouji perseguia Karui com comida, insistindo que ela devia se alimentar por três, já que aquele bebê em sua barriga era um Akimichi.
Falaram também sobre a falta de notícias a respeito de Sasuke e Sakura. Os dois haviam partido em uma jornada juntos, após a inauguração do hospital de Suna e, desde então, não tinham mandando notícias. Naruto, porém, não estava preocupado. Pelo contrário, estava bem feliz, pois sabia que um protegeria o outro de qualquer perigo e já estava mais do que na hora de se entenderem.
O Jinchuuriki serviu o saquê e propôs um brinde. Olhou no fundo dos olhos perolados e declamou tudo que estava em seu coração.
— Gostaria de brindar, hoje, pela enorme sorte e felicidade que eu tenho. Não sei nem se mereço isso, passei tanto tempo cego, com todos os problemas que me rodeavam, que quase perdi a minha felicidade pra sempre. Que bom que isso não aconteceu. Obrigado, meu amor, por ter me esperado e me dado a oportunidade de te amar. Você é a pessoa mais importante da minha vida, minha melhor amiga, meu porto seguro, minha maior incentivadora, meu lar, pra onde vale sempre a pena voltar. Quando você sorri, eu sinto que o mundo é um lugar melhor e o quanto vale a pena viver.
Os olhos azuis estavam marejados, arrancando lágrimas de emoção também de Hinata.
— Não diga que não merece a felicidade, meu amor… Você é a pessoa mais benevolente que eu conheço, capaz de se sacrificar pelos seus amigos e sua vila, capaz de entender as angústias e sentimentos dos outros. Você sempre foi meu amigo, sempre me motivou, me ajudou a ficar mais forte e achar meu jeito ninja. Não ligo que tenhamos demorado pra ficar juntos. Você passou a infância e adolescência lutando pra salvar um amigo e pra transformar o mundo shinobi em um mundo melhor. Como eu poderia não te esperar? Estava muito ocupada sendo sua pra me interessar por outro alguém. Você é a minha felicidade e nem no Tsukuyomi Infinito eu seria mais feliz, sabe por que? — Naruto negou de leve com a cabeça — Porque, se ele é uma projeção do que a nossa mente mais anseia, a minha mente nunca seria capaz de imaginar algo tão lindo e perfeito como o que nós temos. Foge de qualquer imaginação. É muito mais do que eu sonhei um dia.
Naruto segurou sua mão.
— Eu tenho um presente.
Ele buscou por algo dentro da cesta e retirou de lá uma pequena caixinha revestida de veludo azul marinho.
— Nas minhas viagens com o Kakashi-sensei, eu acabo conhecendo muitas culturas diferentes e teve algo, uma vez, que me chamou a atenção. Fora daqui, em muitos lugares, as pessoas casadas têm costume de usar anéis iguais, na mão esquerda, que é a do coração, para representar o laço que tem uma com a outra. São alianças de casamento.
Ele abriu a pequena caixinha, mostrando um par de anéis de ouro contidos ali dentro.
— Hinata, eu gostaria que usássemos isso como símbolo da nossa união.
Ele retirou o elo menor, um perfeito círculo dourado e boleado, de espessura média. Segurou a mão pequena nas suas e encaixou-o no dedo anelar, enquanto recitava.
— Hinata, meu amor. Espero que possa aceitar essa aliança como uma demonstração do meu amor e da minha devoção.
Hinata sorriu, com os olhos brilhando pelas lágrimas. Ela beijou a própria aliança e pegou a outra da caixinha.
— Eu aceito, claro que aceito!
A morena tomou a mão esquerda do loiro, mas, antes que pudesse colocar o anel em seu dedo, Naruto espalmou a mão direita, pedindo que ela esperasse
— Antes de colocar, veja a inscrição no interior.
Hinata aproximou o anel de uma lanterna que jazia no chão ali próximo. Em pequenas letras cursivas, estava escrito: Hinata e Naruto, para sempre, além da data de seu casamento, há exatamente um ano atrás.
— Que lindo! Você é tão maravilhoso! A minha também tem isso?
— Sim.
Ela sorriu e reiniciou o processo de colocar a aliança no grande dedo anelar do Jinchuuriki.
— Naruto, meu amor. Receba esta aliança como uma prova do meu amor e devoção. Você é meu e eu sou sua, pela eternidade. Eu sempre te amei e sempre te amarei, até o fim dos meus dias!
— Hinata, eu também vou te amar até o fim de meus dias. Quero te fazer feliz e dormir e acordar com o seu sorriso pra sempre. Você é a lua que ilumina o meu caminho.
— E você é o meu sol, que me aquece, me guia e me tira de qualquer escuridão.
Com os olhos presos um no outro, eles diminuíram a distância dos corpos e selaram todas aquelas palavras e promessas num beijo temperado pelo sal das lágrimas de ambos, que misturavam-se.
Após mais algumas doses de saquê, Hinata ficou contemplativa, olhando as águas da cachoeira caindo, rebeldes e fortes.
— O que você está pensando? — Perguntou Naruto, curioso, observando seu elegante perfil.
— Só estava lembrando quando eu costumava treinar com as águas. Eu adorava…
— Por que você não me mostra?
Hinata virou para Naruto com uma expressão de quem achava que ele estava ficando louco.
— O quê?!? Naruto-kun, pare de graça!
— É sério! Por favor… como um presente de casamento.
— Mas você me fez prometer não comprar nenhum presente de casamento!
— Você disse bem. Fiz você prometer não comprar. Não disse nada quanto a me dar um presente.
— E-eu fico envergonhada… — As bochechas dela arderam em fogo.
— Por favor… Não seja má comigo, Hime!
Hinata hesitou um pouco, mas sabia que ele não iria desistir, então levantou-se e removeu o cardigã.
— Só um pouco!
— Tudo bem! — Ele concordou, animado.
Ela levantou um pouco a barra do vestido, que era midi, e saltitou pelas pedras na margem do lago, com graciosidade, até chegar a uma pedra no centro do mesmo, bem próximo às águas cadentes da cachoeira. Ali, ela pos uma mão no peito e respirou fundo, concentrando-se. Após alguns minutos, que deixaram Naruto ansioso, ela quebrou a inércia de seu corpo, movendo os braços e pernas em movimentos fluidos e perfeitos. Era um estilo de luta, o punho gentil, passado à gerações pelo seu clã, mas ninguém executava aquilo como Hinata. Não com toda aquela graça e beleza. Era dança. Ela era uma bailarina, uma fada.
De repente, um clique estalou na mente de Naruto e ele pode lembrar-se de uma ocasião anos atrás, quando era apenas um moleque há pouco saído da Academia. Ele já tinha visto aquilo antes. Toda aquela magia, como ela parecia uma mestra à qual as águas eram totalmente devotadas e submissas. As gotas de água que ela espalhava no ar, com seu balé, formavam uma redoma em volta de si, transformando-a em uma escultura viva, de uma beleza eterna e franca.
— Era você…
O ninja falou baixinho, apenas para ele mesmo. Sentiu-se mais estúpido do que nunca, por não ter percebido isso naquela época. Era tão óbvio… Naruto quis socar-se. Ele chegou a pensar que havia sido apenas um sonho, que fadas não existiam, que eram apenas lenda. no entanto, lá estava ela, e ele estava hipnotizado, embasbacado por sua beleza e graça, como da primeira vez.
Quando o ritmo de seus movimentos diminuiu um pouco, ele saiu do torpor e levantou-se, voando pelo caminho rochoso que levava até ela. Exatamente no movimento final, ele a agarrou nos braços.
Seu vestido estava úmido e colado ao corpo. Sua franja estava colada à testa levemente suada e sua face exibia cores, pelo esforço.
— Naruto-kun… — Hinata surpreendeu-se, pois, tão concentrada, não percebera sua aproximação.
— Era você! Era você o tempo todo!
— O-o quê? Do que está falando?
— Era você! — A face do ninja exibia um misto de espanto e admiração — Aquela vez, na missão que fizemos juntos, em busca do bikochu… Foi você quem eu vi!
A face de Hinata ganhou um tom ainda mais avermelhado, confirmando tudo.
— Kami-sama! E eu pensei que era um ser sobrenatural… ou um sonho… Como fui idiota! Hinata, você é uma deusa. Me perdoe por ter demorado tanto tempo pra perceber isso.
— Não preciso te perdoar. Só quero que você me ame.
— Isso é fácil.
Sob a luz das estrelas, Naruto ergueu o corpo da esposa, que envolveu seu quadril com as pernas e seu pescoço com os braços. Eles fundiram os lábios e Naruto devorou-lhe a boca com urgência, sendo correspondido por Hinata com o mesmo ímpeto. Sem ar, eles separaram-se, mas Naruto aproveitou o momento para voltar com ela no colo para o local onde realizaram a refeição. Onde pousou Hinata.
— Seu vestido está molhado. É melhor tirar. Eu te protejo do frio.
Ela assentiu, deixando ele despi-la. Em seguida, ela fez o mesmo com o homem. Ele deitou-a delicadamente sobre a toalha, afastando tudo que estava ali de qualquer jeito, formando um monte bagunçado na relva. Ele acariciou seus cabelos e beijou cada centímetro de seu rosto, passando, em seguida, para o pescoço, seios e barriga. Hinata o interrompeu e inverteu suas posições, ficando por cima. Ela o imitou, beijando toda a extensão de sua pele. Amaram-se de uma forma tão carinhosa e calma, sem nenhuma pressa, olhando-se nos olhos e trocando juras de amor em tom sussurrado. Chegaram ao ápice juntos, exclamando o nome um do outro. Foi algo tão especial que ficaria marcado na memória de ambos por todos os anos que se seguiriam.
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