2 meses
Hinata sofria com enjoos matinais e seu nariz parecia ter desenvolvido uma versão do Byakugan para olfato, com o poder de sentir cheiros amplificados em muitas vezes. Isso não era nem um pouco aprazível, visto que até mesmo os aromas mais agradáveis podiam se tornar enjoativos. O único cheiro que a acalmava era o do marido. Quando estava em um dia ruim, bastava abraçá-lo para sentir-se melhor.
Por essa razão, Naruto passava o maior tempo que podia em casa. Ajudava nas tarefas domésticas, com seus clones fazendo tudo de forma rápida, e até mesmo se arriscava na cozinha. Fora isso, felizmente Hinata e o bebê estavam muito saudáveis. Na primeira consulta pré-natal, eles fizeram uma lista de perguntas para fazer ao médico, como bons pais de primeira viagem que eram. Naruto chegou, inclusive, a questionar se sexo na gravidez era arriscado, deixando Hinata completamente rubra. No entanto, ela sentiu alívio tanto quanto ele, quando o médico respondeu que não havia qualquer contraindicação, no caso deles. Desde o dia em que Hinata recebera alta do hospital, Naruto não tocara intimamente nela, com medo de prejudicá-la ou à criança, de alguma forma. Ou seja, basicamente, os dois estavam subindo pelas paredes.
Eles recebiam muitas visitas de Hiashi e Hanabi. O mais velho, na realidade, visitava-os todos os dias, com presentinhos e mimos para o futuro neto. Hinata estava encantada com a mudança do pai. Claro, há anos ele estava evoluindo para alguém melhor, mas a perspectiva de tornar-se avô fez com que desabrochasse uma versão completamente nova de seu ser. Em breve não haveria mais espaço na casa para tantos presentes.
Hanabi também estava muito feliz em ser tia. Ela era a companhia constante da irmã quando Naruto precisava ausentar-se. Eram comuns as tardes nas quais Hinata sentava-se na varanda, numa cadeira de balanço, tricotando roupinhas de todos os tipos e cores, assistindo ao treino da mais nova em seu jardim.
Konohamaru, que volta e meia acompanhava Naruto até em casa, quando este saía do prédio principal, juntava-se a ela e os quatro terminavam comendo juntos, na sala de jantar dos Uzumaki. Numa dessas vezes, quando Hinata e Naruto entraram e os deixaram a sós no jardim, Konohamaru havia conseguido realizar um contragolpe sorrateiro e derrubado a Hyuuga, caindo por cima dela. Seus rostos ficaram a meros centímetros de distância e o Sarutobi pôde avaliar bem de perto os belos olhos de lua, as bochechas coradas do esforço físico, os lábios rosados entreabertos, a respiração ofegante… Essa visão despertava coisas dentro dele que não sabia explicar, mas seu coração acelerou, descompassado e não pelo esforço do treino, como tentava se convencer.
Hanabi poderia perfeitamente aplicar um golpe que jogasse o moreno longe, porém sentiu-se paralisada sob o olhar que percorria todo o seu rosto e o peso que a esmagava de uma forma… prazerosa? De alguma maneira, que ela jamais admitiria em voz alta, era inebriante sentir cada célula dele colada às suas. Peito a peito, barriga a barriga, virilha a virilha...
Mesmo suada, Hanabi exalava um perfume gostoso. Essa consciência fez com que ele, involuntariamente, passasse a língua sobre os lábios. Uma mexa do cabelo castanho escuro insistia em cair sobre o rosto feminino e Konohamaru pegou-se afastando-a, deixando o caminho livre para…
— Vocês dois aí! Hora de jantar. Podem parar com o agarramento.
A voz de Naruto assustou-os e eles se levantaram rapidamente, muito vermelhos, indo em direção à porta de entrada, enquanto os donos da casa riam secretamente da situação. Não que se incomodassem propriamente, mas a vingança era um prato que se comia frio.
Cinco meses
Há cerca de um mês, para o alívio da princesa do Byakugan, os enjoos e dores nos seios haviam cessado por completo. Agora, já com o ventre levemente saliente e arredondado, tinha de lidar com outros efeitos colaterais como sono e apetite exacerbados. Certa vez, já tarde da noite, ela sentira um desejo desenfreado pelo lámen do Ichiraku e Naruto precisou implorar ao velho Teuchi que abrisse o estabelecimento no início da madrugada. Por sorte, o carinho do homem pelo casal era tanto que ele não se importou e até se divertiu bastante ao ver a expressão de choque no rosto de Naruto ao assistir sua esposa quebrar, pela primeira vez, o recorde de bowls ingeridos. Um total de 39.
Outro grande problema era o crescimento exponencial da libido. Os hormônios no corpo da kunoichi estavam descontrolados e ela estava dando uma canseira incrível no Uzumaki (além do habitual). Havia dias que ela ficava tão excitada que, mesmo se tocando, não conseguia dar cabo do desejo avassalador que sentia, o que a fazia chegar ao extremo de ir buscar o marido no prédio principal.
Ela sempre inventava desculpas estapafúrdias. Shikamaru e o Rokudaime ouviram com certa descrença a última, na qual ela solicitou a ida urgente do loiro até a casa deles para “matar uma barata que ela não estava dando conta de matar sozinha”. Nessa noite, Naruto precisou recorrer a mais dois clones e o modo sennin para “matar o infame inseto”, além de passar a madrugada acordado, tendo que ir trabalhar na manhã seguinte praticamente insone, enquanto a princesa ficaria dormindo o resto da manhã inteira.
Ele olhou para aquele rostinho de bela adormecida, antes de sair, imaginando o quão inocente parecia e o quão fora da realidade isso era. Sorriu e deixou um beijo em sua testa, antes de partir.
Naquele mesmo dia, o Jinchuuriki retornou para casa exausto. Tomou banho, jantou com a esposa e ambos subiram para o quarto. Ali na cama, Hinata teve piedade do esposo e foi menos exigente, fazendo a maior parte do serviço. Cavalgou sobre ele, enquanto o mesmo permanecia deitadinho, descansando, apenas segurando os quadris nervosos, que quicavam com brutalidade sobre si.
— Hime, seus peitos estão ainda maiores — Ele disse, sonolento, vendo os montes incríveis, balançando apetitosamente à sua frente. — Se eu chupar, será que sai leite?
Hinata deveria ter ficado envergonhada ao ouvir aquilo, mas o fogo era tanto, que ela simplesmente debruçou-se sobre ele e disse:
— Chupa pra descobrir, Naruto-kun…
E ele obedeceu, sugando com tesão e curiosidade. Naquela posição, o clitóris de Hinata friccionava a virilha de Naruto e a sucção em seu seio foi o estopim para que gozasse gostoso, fazendo seus músculos internos se contraírem firmemente ao redor do pênis dele, extraindo seu esperma com grande facilidade. Hinata rolou para o lado, satisfeita e, quando olhou de volta para o rosto de Naruto, para perguntar se, afinal, havia saído leite ou não, ele já estava dormindo e ressonando alto. A Uzumaki sorriu e pôs o cobertor sobre ele.
Na manhã seguinte, a kunoichi levantou cedo para preparar um café da manhã reforçado para o nosso guerreiro, em agradecimento pelo esforço em satisfazê-la. O ninja desceu as escadas e veio até à mulher, na beira do fogão, dando-lhe um selinho estalado e acariciando sua barriga.
— Bom dia, meu amor e bom dia, meu filho!
Em seguida, ele se afastou para sentar à mesa, enquanto aguardava. Porém, no meio do caminho, ele assustou-se com o estrondo de algo caindo. Virou e viu que Hinata havia deixado cair a concha que segurava e estava parada, com o rosto lívido e a mão na barriga.
— O que foi Hinata?!? Você se sentiu mal? O que está acontecendo?!?
Ele correu para ampará-la, temendo o pior. No entanto, quando chegou bem perto dela, ela o encarou, sorrindo.
— Ele mexeu!
— O que? Quem?
— O bebê! Ele mexeu! Depois que você deu bom dia, ele mexeu!
A face de Naruto estava assombrada.
— De novo! Pega aqui!
Hinata segurou a mão enfaixada de Naruto e trouxe ao flanco de sua barriga. Ali, o Jinchuuruki sentiu um leve movimento, mas que claramente era proveniente daquele serzinho ali dentro. Ele encarou Hinata e ela tinha os olhos marejados, mas um sorriso tão grande de felicidade que iluminava toda a casa. O peito de Naruto chegou a doer de tanta emoção com aquela visão, em um sentimento genuíno de gratidão por sua vida.
Oito meses…
A barriga estava enorme e Hinata sentia-se cansada com facilidade. também era difícil dormir, pois o peso dificultava a respiração e não havia uma posição que fosse inteiramente confortável. Mas havia muitos momentos que compensavam esses infortúnios. Sair às compras, com Naruto, que nunca entendia para o que serviam as coisas de bebê, mas carregava as sacolas de compra com um sorriso de orelha a orelha.
Bom… exceto quando assumia sua versão segurança pessoal, protegendo a mulher e sua barriga de qualquer situação que julgasse minimamente perigosa. Na maioria das vezes, era apenas um grande exagero de sua parte, o que levava Hinata aos risos. Muitos aldeões os paravam nas ruas para cumprimentá-los, pela iminente chegada, e elogiar a beleza de Hinata grávida.
Arrumar o quarto do futuro rebento e deixar sua malinha arrumada, pronta para qualquer emergência. Cheirar as roupinhas, tão pequenas e coloridas. Deitar a noite, na cama, com Naruto perto de sua barriga, fazendo carinho e conversando com o filho ali dentro, contando uma gama de histórias. O bebê parecia adorar e sempre se mexia como louco durante os relatos do papai, principalmente quando este se empolgava, contando algum momento de ação. Geralmente, nessas ocasiões, também havia conversas sobre como o nenê se pareceria. Naruto apostava em uma bela menininha com os belos cabelos da mãe, já Hinata, sempre se pegava imaginando um pequenino clone do pai. Um pequeno raio de sol. Depois, quando ele finalmente se acalmava e parava de mexer, era a hora dos dois fazerem amor, antes de dormir.
O grande dia…
Hinata passou o dia com dores na virilha. O médico havia elucidado que aquilo era normal, na reta final da gestação, porque a cabeça do bebê estava se encaixando em sua bacia. Ele poderia vir a qualquer momento. Naruto havia ido trabalhar, mas deixara Konohamaru a postos, de vigília, para avisá-lo de qualquer emergência. Hanabi também estava ali, ajudando a irmã em tudo que era possível. Era a véspera de seu aniversário.
Os últimos dias estavam sendo assim. Quando Naruto retornou para casa e dispensou os dois shinobis mais jovens, ele preparou um banho de imersão para si e Hinata. Deixou formar bastante espuma na banheira e, quando a água quente mornou o suficiente para tornar-se agradável, ele a ajudou a entrar. Sentaram-se, despidos, Naruto encostado na parede da banheira, enquanto a esposa encostava-se em seu peito. Ela fechou os olhos e relaxou. Ali era o lugar mais seguro e aconchegante onde poderia estar.
Todos os seus medos e inseguranças com o desconhecido, que batiam em sua porta, se esvaíam de sua mente, naqueles minutos de carinho, onde ele jogava água sobre si e massageava suas costas e ombros, esfregava seu corpo e acariciava a sua tez. Ficaram assim por um longo período, até a água esfriar por completo e eles precisarem sair.
Hinata acomodou-se com vários travesseiros às suas costas, pois a única forma de dormir atualmente, pelo menos um pouquinho, era num meio termo entre deitada e sentada. Naruto, que desde a primeira noite que passaram juntos, tinha a mania de adormecer agarrado a ela, precisara se adaptar, deitando de uma forma que conseguia passar o braço por sobre a sua virilha, logo abaixo do imenso barrigão.
Como sempre, ele logo pegou no sono, enquanto Hinata olhava para o teto, tentando respirar. As dores na virilha haviam passado, mas agora ela começara a sentir um incômodo estranho nas costas, semelhante a uma cólica menstrual. Procurou não alarmar-se e continuou lutando para adormecer.
Hinata abriu os olhos. O quarto continuava na mais completa penumbra. Ela não percebera que havia dormido, mas o que lhe preocupava no momento era o motivo de ter acordado. A dor em sua lombar estava ainda mais intensa e fora capaz de despertá-la. Estava pensando sobre isso, quando um episódio de dor terrível a assolou, e ela se contorceu no colchão, mordendo o lábio para não gemer e assustar Naruto.
Após alguns minutos, a dor passou, mas ela tinha a estranha sensação de que precisava ir ao banheiro. Chegando lá, quando abaixou as roupas íntimas para sentar-se no vaso, prendeu a respiração ao ver sua calcinha manchada por algo de aspecto gelatinoso e um raio de sangue. Seu coração bateu acelerado. Ino havia lhe avisado sobre isso, em sua última visita à casa dos Uzumaki, na qual levara o pequeno e fofo Inojin. Aquele era o sinal de que o tampão de seu útero havia se rompido, o que confirma o início de seu trabalho de parto.
O relógio marcava vinte para as quatro. Ela deveria contar o espaço de tempo entre as contrações, entretanto, estava bem nervosa e todas as recomendações que ouvira fugiram de sua mente, que parecia mais uma folha de papel em branco no momento. Ela sabia apenas que não adiantava se desesperar e que não deveria se dirigir tão cedo ao hospital, antes que o intervalo estivesse reduzido ou a bolsa estourado, caso contrário, se fosse um alarme falso, mandariam que ela voltasse para casa. Além disso, conhecia bem o marido para não querer vê-lo em desespero à toa.
O problema foi que uma nova onda de dor lhe consumiu e, mais ainda, sentiu algo morno e úmido entre as pernas. Os lençóis molhados confirmaram que aquela sensação não era coisa de sua cabeça e ela não conseguiu impedir-se de soltar uma interjeição de choque e angústia.
Aquilo e a forma como ela se remexia, devido às contrações, despertaram Naruto. Ele ligou o abajur sobre a mesa de cabeceira e surpreendeu-se com o estado de Hinata.
— Hime? O que foi? O que tá acontecendo?
Hinata olhou em seus olhos, depois desceu o olhar para o meio das pernas, em pavor.
— N-Naruto-kun… A-acho que minha bolsa estourou…
— Bolsa? Que bolsa?
Naruto perguntou, confuso, até seguir o olhar da kunoichi e, finalmente, sua ficha cair. A partir disso, todo o sangue se esvaiu de seu rosto e, pela primeira vez na vida, ele sentiu-se muito próximo de desmaiar de medo. Mas ele não podia. Era um pai de família agora e aquela era uma péssima hora para ser um covarde. Então ele respirou fundo algumas vezes, enquanto encarava Hinata, que parecia compartilhar seu desespero e, ao mesmo tempo, buscar suporte ali.
— Hime, nós temos que ir pro hospital.
— Sim.
— Você consegue andar?
— Sim.
Então Naruto segurou sua mão e a puxou em direção às escadas, que levavam a porta de saída.
— N-Naruto-kun, eu estou só de camisola! E nós precisamos levar as malas também…
— Ah… Ok…
O Jinchuuriki coçou a cabeça, atordoado. Escutou o riso alto da Kurama em seu interior.
— Eu me diverti com o Minato, mas você está ainda mais impagável, moleque!
— Cala a boca!
— O quê? — Hinata perguntou, assustada e sem compreender.
— Não, Hime, não é você! É essa raposa de uma figa que escolheu uma péssima hora pra tirar onda com a minha cara!
— Ah… — Hinata ainda não havia se acostumado com as conversas de Naruto com sua Bijuu, embora fossem, de certa forma, frequentes.
Uma nova contração fez Hinata se dobrar e segurar a parte inferior da costa, apertando os olhos e arquejando. Naruto a amparou, desesperado.
— Kami-sama! Hime, o que foi? O bebê tá saindo? O que eu faço?!?
Hinata reuniu forças para respondê-lo.
— É uma contração… vai passar… Ah!
Naruto estava trêmulo. Quando finalmente Hinata se recuperou, ela pediu que ele buscasse as malas, enquanto ela se trocava.
Dessa forma, conseguiram partir para o hospital, onde a Uzumaki foi prontamente atendida. Foi feito um exame de toque para avaliar o grau de dilatação, que demonstrava que o parto estava bastante próximo. Naruto havia feito Tsunade prometer que não sairia da vila por esses dias, se colocando à disposição para estar presente durante o parto. Logo, um mensageiro foi enviado para buscá-la.
As dores de Hinata estavam se intensificando e o intervalo entre as crises estava praticamente inexistente. Naruto sentia-se muito impotente, por não conseguir aliviar, minimamente, o sofrimento da esposa. Tudo o que podia fazer era acariciá-la e deixar que apertasse sua mão, a qual estava a ponto de ter os ossos fraturados diante da força empregada pela morena, em meio ao desespero.
Hinata nunca sentira tanta dor em toda a sua vida. Todos os seus órgãos internos pareciam estar sendo esmigalhados sem piedade e sentia-se sendo rasgada. Ela só queria que aquilo pudesse terminar logo. Tudo estava borrado e, quando as contrações lhe alcançavam, sua alma parecia deixar o corpo. Nossa, ser mulher não era nada fácil! Ela sofrera, na expectativa de ter aquele filho e, agora que estava tendo, sofria também.
Finalmente a equipe a levou para sala de parto. Naruto, mesmo lívido e branco como neve, não deixou de acompanhá-la e segurar sua mão, encorajando-a com frases como "força, meu amor, você consegue!" e "eu te amo, tudo vai ficar bem".
Tsunade liderou o procedimento, exigindo que Hinata forçasse a criança. Não era fácil. A kunoichi sentia-se cansada. Lágrimas rolaram pelo seu rosto e ela sentiu desamparo e medo. E se não conseguisse, o que aconteceria com seu filho, aquele pequeno ser, o qual ainda nem conhecia o rosto, mas já amava tanto?
O horror que sentiu em pensar que algo de muito ruim poderia acontecer se ela falhasse naquele momento a penalizou e, não querendo mais imaginar algo tão cruel, suas forças se renovaram. Ela soltou um grito gutural que preencheu todo o espaço e arrancou-lhe forças de onde nem sabia que existia.
Um silêncio curto se sucedeu, sendo substituído por um choro agudo e contínuo, que invadiu sua audição. A partir dele, vieram o alívio, que tomou seu corpo, e as lágrimas de alegria, que desceram de seus olhos como uma torrente.
— Parabéns! É um lindo menino!
A voz de Tsunade parecia distante e abafada. Naruto segurou seu rosto entre as mãos e a fez encará-lo. Seu rosto também estava banhado de lágrimas, em contraste com o sorriso escancarado que exibia.
— Você conseguiu, minha Hime! Nosso filho! Nosso menino!
Então, a pequena criatura, causadora de todas aquelas reações extremas e todo aquele alvoroço, foi depositada no colo de Hinata. Ele tinha os olhinhos fechados e chorava, mas acalmou-se um tanto, após encontrar o lugar tão aconchegante. Possuía uma tez clara, mas estava vermelho. Uma penugem loura rala cobria-lhe a cabeça e dois risquinhos cobriam suas bochechas, de ambos os lados, enchendo o coração de Hinata com ternura, pela semelhança com o pai.
Pai esse que estava babando. Beijou a cabeça do rebento e, em seguida, da esposa. Como uma criatura tão pequena podia despertar um amor tão grande dentro dele? Ali, em silêncio, ele jurou proteger aquela criança, e tentar criá-la da melhor forma, dando todo o amor do qual ele mesmo fora privado. Sentia-se o homem mais feliz do mundo inteiro.
— Vocês são os amores da minha vida!
Naruto soprou para Hinata e o pequeno Boruto, nome escolhido por Hinata, com muito carinho, numa singela homenagem ao seu querido primo Neji.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.