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História Aquarela - Um grande passo


Escrita por: writter_boy

Notas do Autor


E ai gente !

Bom, esta é minha primeira história (aquela que sobreviveu de inúmeras ideias e rascunhos ). Este é um novo projeto e desta vez, quero seguir com ele até o final.

Agradeço à ~jujubs021 por todo o apoio e por ter me ouvido inúmeras vezes enquanto firmava esta história para vocês.

Espero que vocês gostem do resultado, e tenham uma boa leitura !!

Capítulo 1 - Um grande passo


Fanfic / Fanfiction Aquarela - Um grande passo


Toronto- Canadá, 11:35
 

Estava terminando de arrumar a minha mala antes de ir para o aeroporto, enquanto fechava a mala sobre a cama. A neve caia fina do outro lado da janela, enquanto a brisa gelada percorria o quarto pela janela entreaberta. Peguei o telefone, conferindo novamente o horário do voo antes de me sentar na cama, puxando um panfleto que havia sobre a escrivaninha.

Ouvi uma batida na porta e ao erguer o olhar, encarei minha mãe escorada na beirada, me olhando como se fosse um jovem garoto saindo para seu primeiro dia na escola. Seus olhos brilhavam inundados de tristeza e felicidade, enquanto segurava uma sacola em sua mão levemente trêmula.

- Está tudo pronto para ir, filho? – Acenei com a cabeça, enquanto guardava o telefone no bolso da calça. Há semanas que minha mãe estava se preparando emocionalmente para este momento, revendo fotos antigas e mexendo em algumas coisas do meu quarto, apesar de saber que nada adiantaria quando chegasse a hora.

Levantei da cama, puxando a mala e colocando no chão ao meu lado, enquanto sentia os braços da minha mãe envolvendo todo meu corpo. Retribui o abraço, enquanto senti uma de suas mãos acariciar meu rosto, como se quisesse gravar cada detalhe nele.

-Não acredito que o meu menino está crescido. Parece que foi ontem que eu estava dando banho em você na banheira quando tinha quatro anos.

- Mãe...- Comecei a falar e ela ergueu as mãos em um sinal de rendição, enquanto se virava de costas e me entregava a sacola, parando novamente perto da porta e se virando para mim. Minhas mãos abriram a sacola, deparando com um estetoscópio que pertenceu ao meu avô, quando ele atendia os pacientes.

Um sorriso se formou em meu rosto, enquanto a via limpando as lágrimas do rosto.

Senti os olhos arderem e minha mãe me olhou, com um semblante alegre e orgulhoso no rosto. Pronunciei um obrigado com os lábios e ela piscou o olho para mim, enquanto abria novamente a mala, guardando a sacola com o presente.

-Shawny... – Uma vozinha surgiu no quarto, fazendo eu virar e me deparar com um garotinho de três anos com um pijama dos vingadores e com uma sacolinha na mão.

-Noah... – Eu me agachei, vendo aquela pessoinha correr até mim e abraçar meu pescoço com aquelas pequenas mãozinhas. Segurei seu corpo e o ergui enquanto ficava de pé, observando seus olhinhos azuis como o mar brilhando com a luz que entrava da janela.

 

-Para onde você vai? Mamãe disse que você vai pra onicidade. – Um riso escapou de minha boca enquanto o balançava em meu colo.

-É universidade, campeão. Seu maninho aqui vai estudar bastante para poder ajudar muitas pessoas, como o vovô fazia quando era mais jovem.  

Os olhinhos dele percorriam todo o meu quarto do colo enquanto a mãozinha com a sacola balançava a cada movimento.

-Porque não entrega seu presente a ele, querido? –Disse a minha mãe e Noah estendeu a sacola na minha cara, acertando meu nariz de leve. Virei o rosto para trás, simulando um golpe enquanto soltava uns resmungos.

-Ui.. como é forte esse garoto. Eu que não quero arrumar confusão com ele.

Uma risada gostosa saiu de sua boca enquanto pegava a sacola de sua mão e a abria, vendo uma pequena pulseira com um pingente em formato de violão. Olhei para ele e depois para minha mãe, enquanto voltava a atenção para aquele pequeno cordão.

-Foi ele quem escolheu. -Minha mãe disse enquanto pegava o panfleto que havia deixado sobre a cama, folheando o mesmo. Voltei os olhos para Noah, deixando um beijo estalado em sua bochecha, enquanto o mesmo passava as mãozinhas no rosto.Coloquei o mesmo em pé sobre a cama, enquanto colocava a pulseira no pulso. Vi ele sentar na cama, com as pernas iguais a de índio enquanto minha mãe me entregava o panfleto e pegava Noah no colo.

-Pode terminar de arrumar suas coisas, querido. Assim que seu pai chegar, nós o levaremos até o aeroporto .

Acenei com a cabeça enquanto a via saindo do quarto, com o garotinho deitando o rosto em seu ombro me observando à medida que se afastava. abri o panfleto em minhas mãos, vendo o que havia escrito nele.


" Universidade de Nova Iorque (NYU)"

 

Estudar em uma das melhores universidades dos Estados Unidos em um curso incrível era a realização de um sonho, e finalmente poderia conseguir um pouco mais de independência. Apesar do frio na barriga, era uma experiência totalmente nova mas estava pronto para encara-lá de frente. Peguei a mala e a capa com o violão, puxando-a comigo antes de parar na porta do quarto, dando uma ultima olhada por todo aquele cômodo que me cercou durante dezoito anos e com um sorriso no rosto sai do quarto, fechando a porta.

                                                                        *                    *                        *


Toronto Pearson International Airport- Toronto, 16:50

 

Após fazer o check-in, despachei a mala e fui até a sala onde aguardaria o voo ser anunciado. Olhei para o relógio no celular, aguardando na fila do café com Noah grudado em minha perna enquanto meus pais conversavam em um dos bancos. Pedi um cappuccino para mim e um chocolate quente, enquanto sentava ao lado dos meus pais, entregando o chocolate para Noah.

-E aí filho, pronto para toda a agitação de Nova Iorque? -Perguntou meu pai com um duplo sentido na frase, enquanto minha mãe dava um tapa em seu ombro.

-MANOEL !!- Ele deu um sorriso enquanto passava o braço pelas suas costas

-Não escute as besteiras do seu pai, querido. Sei que vai se sair muito bem sozinho. -Ela lançou um olhar mortal para meu pai, enquanto o mesmo pegava o chocolate da mão de Noah e o levava à boca, como se não fosse com ele.

-Ei papai... Esse aí é o meu. Se quiser um, compre para você. -Disse o pequeno enquanto tomava o chocolate das mãos do pai, que o olhava com um sorriso no rosto.

Soltei um riso enquanto mexia nas redes sociais, vendo as mensagens de alguns amigos e parentes, além de tweets e marcações. Após alguns minutos, ouço uma voz saindo da caixa de som.


 

"Passageiros do Voo 72359, com destino à Nova Iorque, favor dirijam-se ao portão número oito."

 

Fiquei de pé, colocando a mochila nas costas enquanto meus pais se levantavam também. Eles me abraçaram, enquanto sentia Noah em minha perna. Soltei um riso, pegando-o no colo, envolvendo-o naquele abraço.

 

-Boa sorte, meu filho. Estou muito orgulhoso de você e sei que se dará muito bem lá. -Disse meu, pai, se afastando enquanto minha mãe passava a mão pelo meu cabelo.

-Querido, estou tão orgulhosa de tudo que alcançou. Espero que consiga tudo o que você busca nessa nova jornada que se inicia para você. -Ela se afastou com um beijo no rosto enquanto eu olhava Noah esfregando as mãozinhas nos olhos.

-Ei carinha...Não fique assim. Vou falar com você todos os dias e sempre que puder eu virei te visitar ou você irá lá ficar comigo. O que acha?

Suas mãos se afastaram do rosto e eu passei a minha em sua bochecha, limpando as lágrimas enquanto um sorriso se formava em seu rosto. Suas mãos abraçaram meu pescoço enquanto apertava seu corpo contra o meu. Coloquei-o no chão, passando a mão em sua cabeça enquanto ele se agarrava a perna de minha mãe, acenando com a mãozinha enquanto me dirigia ao portão, vendo eles ficarem para trás enquanto passava pela porta, em direção ao avião.


                                                                       *                      *                    *


John F. Kennedy International Airport- Nova Iorque, 18:30

 

Após uma viagem tranquila e agradável, na qual passei a maior parte dormindo com os fones no ouvido, desembarquei no aeroporto seguindo até a sala de desembarque. Assim que peguei minha mala e a capa do violão, segui pelo aeroporto até a parte da frente, desviando da multidão de pessoas que entravam e saiam de lá como um formigueiro humano.

Senti o celular vibrar no bolso e eu o peguei, visualizando uma mensagem enviada a alguns minutos atrás.

Mãe- Como foi a chegada filho? Deu tudo certo?

Eu- Acabei de desembarcar aqui. Vou pegar um táxi e aviso assim que chegar no apartamento.

Guardei o telefone, colocando as malas em um táxi enquanto entrava no mesmo.

-Boa noite. Founders Hall, por favor.

O taxista acenou com a cabeça e seguiu caminho, enquanto observava a cidade através do vidro. Era, de fato, incrível a quantidade de coisas e pessoas que haviam naquela cidade. Era como se o mundo houvesse encolhido e colocado num único ponto. Após o trajeto, o táxi parou e eu observei aquele lugar com uma construção meio medieval enquanto tirava as malas do carro.

Quando entrei no prédio, haviam várias pessoas andando e conversando enquanto eu segui até a secretaria, onde entregaram a chave do meu quarto. Subi no elevador, até o andar em que ficava meu quarto, então sai com as malas até a porta do mesmo, enquanto procurava a chave em meu bolso.

No meio de tudo, senti o telefone escorregar do meu braço e vi uma mão o segurar antes de chocar-se com o chão. Quando levantei o olhar, havia um garoto parado ao meu lado com o meu telefone na mão.O garoto pegou a chave da minha mão,  abrindo a porta.

 

-Obrigado. -Disse, enquanto colocava as malas do lado de dentro.

-Primeiro dia, não? -Disse o garoto, enquanto concordava com a cabeça.- Estou na mesma situação.

Observei o garoto encostando as costas na parede, enquanto colocava a capa do violão encostada na parede. Estendi a mão até ele, parado a alguns metros dele.

-Shawn Mendes, Medicina.

O garoto retribuiu o gesto, apertando minha mão.

-Cameron Dallas, Direito. E seu vizinho de quarto.

Soltei sua mão, observando-o por completo. Parecia ser gente boa, mas apenas o tempo diria se eu estava certo.

-Acho que vamos acabar nos dando muito bem, Dallas. -Disse com um sorriso no canto da boca.

Cameron sorriu da mesma maneira, enquanto colocava as mãos no bolso.

-Tenho o mesmo pressentimento. Até mais, Mendes.

O garoto saiu do quarto, fechando a porta. Após algumas horas, desencaixei as caixas que foram chegando, terminando de arrumar as minhas coisas nos devidos lugares.

Assim que desfiz a última caixa, tirei a camisa que usava, deixando-a aberta na cadeira, enquanto me aproximava da janela, vendo Nova Iorque se levantar na sua movimentada vida noturna. Meus olhos percorriam as luzes que brilhavam uma a uma, logo tornando-se tão iluminada como um árvore de Natal. 

-Nova Iorque... Mal posso esperar para ver o que irá acontecer.


Notas Finais


Bom, este foi o começo.

Caros leitores, expressem sua opinião, é para isso que estamos aqui. Estou a todo ouvidos.
Deixem a sua opinião.
Comente, curta e compartilhe com os amigos, para que a Fic siga firme e forte.


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