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História Aquela de Cabelo Azul - E quase sem perceber


Escrita por: Sonumber

Notas do Autor


Olá! Como vão? Bem? Espero que sim!
Aqui está mais um cap de Aquela de Cabelo Azul e eu espero mesmo que gostem ;a;
Assim como o anterior, é um cap curtinho. Os capítulos vão ser sempre algo mais ou menos desse tamanho. Enfim, espero mesmo que gostem, então boa leitura!

Capítulo 2 - E quase sem perceber


   

Ela vai mudando a porra toda porque ela sabe que pode. Ela é uma ditadora. Seungwan chegou na sexta-feira, mas já na segunda-feira tinha instalado reinado. Ela estava vivendo um  clichê americano. As pessoas estavam tão animadas com a chegada da tal Wendy na turma que eu me sentia deslocada. Eu era a única que não estava rondando sua mesa como se visse um ser mágico ali em cima. Quem é a garota na fila da janela, olhando para fora enquanto chove? Ela é ninguém, nem Kang Seulgi.

    Não que eu necessitasse da atenção daquele bando de palermas. Conversar com aquelas pessoas com quem eu meramente dividia o espaço nunca foi realmente uma aspiração, mas de repente ela tirou minhas coisas do lugar. Era para Yeri estar à minha frente, então eu enrolaria meu lápis em seu cabelo e ela sorriria pequeno. Mas ela estava debruçada sobre o Iphone de Son Seungwan, invejando as fotos que ela tirara enquanto estava ainda em Ontario, em resolução melhor do que a câmera de dois salários do meu pai. Ela morava no Canadá.

    Secretamente, Kang Seulgi admirava aquela trajetória perfeitamente traçada, enquanto fingia estar emburricada com o sono remanescente de uma noite fazendo trabalho de Sociologia. Era bonito como um risco azul traçado extremamente reto sobre uma superfície branca. Fio a fio, eu desejei com os olhos aquele cabelo azul entre os meus dedos.

    Parecia liberdade. Porra, como era irritante ver um passarinho mais livre do que eu. Seungwan devia ter tudo o que eu tinha e mais um pouco. É claro que ela podia assistir televisão todo dia à noite. E sair nos finais de semana. Ela podia tomar sorvete, se quisesse. Ela tinha a chave do quarto dela em Ontario. E ela podia pintar o cabelo.

    O meu era virgem.

 

    Eternize desse jeito

 

    A Bae a levou para o meu templo naquela segunda-feira cansativa. É claro que Seungwan precisava visitar a escola inteira, mas não estava no meu plano que ela tivesse aparecido ali enquanto eu, jogada nos fundos da ala de mistério com Jongdae e Yeri, tentava cumprir com a proposta do clube do livro. Eu, mera participante.

    Aqueles dois estavam acostumados a me ver na merda. Cabelo preso e embolado, a boca em um bico esquisito por estar concentrada em Harlan Coben, pernas espalhadas e talvez uma calcinha à mostra. Dane-se Jongdae. Naquele dia, eu era uma garota de mangá Ecchi, mas ele era gay. Yeri era comportada por si só, mas também não era de reclamar do descomportamento alheio.

    Bae era.

    “Feche as pernas, Kang…” Ela sussurrou para mim, abaixando ao meu lado e tapando a boca próximo ao ouvido. Ela tinha as bochechas coradas de vergonha. Eu não. Eu olhei para Seungwan e seu sorrisinho deslocado, mais bonito que o meu. Olhei para o Jongdae que estava preocupado demais com seu livro e com a cutícula solta que tentava arrancar a dentadas para notar nos meus modos. “Tem um garoto aqui, ele vai ver sua…”

    “O Kim é viado.” Eu respondi. Por algum motivo, a Bae não teve mais o que responder. Ela ainda estava constrangida quando eu voltei os olhos para o livro. É claro que Jongdae levantou o olhar para ver do que se tratava a conversa, mas também não se importou muito. Era assumido, sabia do meu carinho especial, apesar de gélido. Ali por perto, Seungwan parecia ainda deslocada. Eu queria ver quando é que ela se encaixaria e me deixaria em paz.

    Kang Seulgi, a garota que tinha aquele interruptor estranho que desligava sua mente do resto do mundo sempre que queria ler, sentiu a agonia de prestar atenção desmedida na garota intercambista por todo momento até que elas saíssem da biblioteca. Ouviu a conversa baixa sobre os romances. Cerrou os punhos quando a Bae disse que ela não devia trazer namorados ali para não ser pega pela bibliotecária.

 

    Eternize desse jeito, ou como quiser



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