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História Aquela História - Aquele final...


Escrita por: AkazawaSG

Notas do Autor


Olá, voltei com mais uma fic \o/
Agora com Boruto e Himawari em foco :)

Eu estava guardando essa história para um momento mas "tranquilo" e queria termina-la por inteiro antes de postar, mas acabei sentindo a necessidade de publica-la antes da hora kkk
Descobri que preciso dos meus leitores querido comigo nessa nova jornada haha

Então... Preparados para um drama bem água com açúcar no estilo da boa e velha "sessão da tarde"?

Capítulo 1 - Aquele final...


Parecia interminável... O tempo sentado aqui na sala de espera do tribunal, cada segundo contado no relógio da parede, o silencio de um local cercado de seriedade... Essa tortura não teria fim...

Ergui meus olhos, que antes fitava meus sapatos importados, para encarar a linda mulher sentada na parede oposta e que também me olhava.

Não estávamos sozinhos ali, havia alguns homens, algumas mulheres, advogados e seus assistentes, guardas em seus postos de vigia. Mas, sendo franco, a existência deles era irrelevante para mim. Naquele momento, só ela importava...

Usava um blazer e uma saia social de cores sóbrias, seu salto também era moderado e todo o seu longo cabelo estava enrolado e escondido em um coque. Estava bonita, apesar do olhar tristonho com olheiras e da pele mais pálida que o normal.

Suspirei duas vezes enquanto pensava se deveria me levantar e sentar ao seu lado, se deveria tentar conversar, se deveria ser amigável, se deveria iniciar uma nova discussão, uma nova briga.

Depois de tudo, eu não sabia mais como agir com ela...

Então percebi a mulher levantar-se, indo em direção a uma das duas portas que ficavam no canto mais afastado da enorme sala, entrando no banheiro feminino, à esquerda. Ser observada deve tê-la incomodado, sempre foi assim.

Baguncei o cabelo e bufei pesado, voltando a olhar o relógio da parede, não entendia o por que da demora do juiz, ou dos nossos advogados, em iniciar nossa sessão. Cobri o rosto com minhas mãos, contei ate dez para acalmar meus nervos, querendo apenas que isso acabasse logo... Eu estava exausto, assim como todos, talvez como ela deveria estar também...

Levantei-me agora, andando ate o banheiro feminino, parei a uns dois metros da porta, decidido a esperar que saísse. Me ver ali com certeza iria assusta-la ou enraivece-la, mas eu precisa falar com ela uma ultima vez, minha tentativa final.

Os minutos passaram e duas mulheres saíram, mas nenhum sinal daquela que queria ver. Quando a terceira desconhecia deixou o banheiro, tive que aborda-la buscando noticias:

 

– Com licença, estou esperando uma mulher. Bonita, de olhos claros, está com coque no cabelo, acho que foi retocar a maquiagem, algo assim. Você a viu?

– Desculpe, eu realmente não sei dizer.

– Não tem mais ninguém lá dentro?

– É, tem, mas eu não a vi. Estava trancada no cubículo, parecia estar botando os bofes para fora.

– Oh, merda...  

 

Me virei apressado, indo desesperado para a porta, quando ouvi o guarda que vigiava a sala chamar minha atenção ao perceber que eu iria invadir o banheiro feminino.

 

– Senhor, não pode entrar ai. – Ele havia se aproximado para me repreender.

– Minha mulher está passando mal lá dentro.

– Ok, aguarde alguns minutos e chamarei uma policial mulher para verificar.

– Ótimo, faça isso. Enquanto estiver indo, vou entrar e ver minha esposa.

– Não pode, senhor.

– Com todo respeito, oficial, se ela está mal. Não pode esperar sua boa vontade de ir buscar alguém.

 

O guarda me olhou de cara feia e percebi que, provavelmente, não cederia, talvez estivesse acostumado a passar por situações assim e eu sabia que poderia me encrencar ao desobedecê-lo agora. Fiquei ate mesmo imaginando se já não disse algo que justificasse um processo de desacato à autoridade.

Por sorte, a mulher que abordei antes intercedeu por mim, afirmando:

 

– A moça está mesmo mal, oficial. Parece que está botando o jantar e o café da manhã pulmões a fora. Se ele é o marido dela, deveria ir vê-la.

– Há mais alguém lá?

– Não, senhor. Até tentei oferecer ajuda, mas ela me expulsou.

– Ok, mas irei também.

 

Concordei e acenei com a cabeça para a mulher, agradecendo pela sua pontual ajuda. Então entrei no banheiro, sabendo que era seguido pelo guarda.

Observei, procurando-a em cada metro quadrado, mas logo o som golfado de tosse e engasgo me atraiu diretamente ate o penúltimo cubículo, o único de portas fechadas.

 

– Hinata. – A chamei batendo de leve na porta. – Sou eu. Você está bem?

– O que faz aqui, Naruto? – A voz dela estava fraca e rouca. – Esse é o banheiro feminino, sabia?

– Vim conversar.

– Não é um bom moment... – Sua frase foi cortada pelos familiares sons de engasgo e tosse, havia vomitado de novo.

– Percebi...

– Senhora. – O guarda se pronunciou, eu quase me esqueci da presença dele. – Sou um dos oficiais de sessão. Se precisar de ajuda posso conseguir uma enfermeira.

– Estou bem, não preciso de nada.

– Teimosa... – Bufei cansado e encarei o guarda. – Traga a enfermeira, por favor, e, se puder, peça a ela um medidor de pressão. Hinata tem sofrido quedas bruscas pressão de umas semanas pra cá.

 

Ele me olhou por um momento e depois para a porta fechada do cubículo de onde era possível ouvir minha esposa novamente vomitando. Só então ele concordou e saiu, prometendo voltar o mais rápido possível.

Apoiei-me na parede de braços cruzados e tudo ficou um pouco mais silencioso depois disso. Sem vômitos, sem tosse, apenas uma respiração arfada da mulher que nunca se permitiria parecer fraca em minha frente.

 

– Ainda está ai? – A ouvi perguntar de repente.

– Estou sim. E só vou sair depois que abrir essa porta e eu puder comprovar que você está mesmo bem.

 

Percebi ruídos estranho vindo lá de dentro, talvez a tampa da privada sendo baixada ou o rolo de papel higiênico rodopiando enquanto puxado, não sabia, mas logo ouvi a agua jorrando com a descarga e a porta finalmente se abriu.

Hinata não falou nada, passou por mim e foi ate a pia lavar o rosto, bochechou a agua na boca e ficou parada com o rosto baixo, segurando as bordas do mármore, como se estivesse com tontura. Ao me aproximar, ela repôs sua postura.

 

– Satisfeito?! Pode sair agora?

– Você não está bem, está?!

– Naruto, são apenas enjoos. Isso é normal, você sabe.

 

Olhei-a dos pés a cabeça. Mesmo mantendo sua pose de superioridade, a mulher estava tão branca quanto uma folha de papel, com uma respiração cansada e o olhar fundo e vermelho, como se tivesse chorado todas as noites desde que nos separamos.

Me parecia tão frágil que, em alguns momentos, minha vontade era desistir de tudo, leva-la para casa e cuidar dela... Resolveríamos nossos problemas na cama, do jeito que mais gostávamos de fazer e riríamos de toda essa palhaçada com advogados que nossas famílias montaram ao nosso redor.

Poderíamos ser felizes de novo... Ou não?!

 

– Você teve outra consulta essa semana, não é?! Eu queria ter estado lá, mas Neji não...

– Eu pedi para ele não te contar nada. – Ela me interrompeu bruscamente, mas eu já sabia sobre isso.

– E o que o médico disse?

– Disse que minha vida não é mais da sua conta.

– Hinata, não é só sua vida. Isso diz respeito a todos nós. Nossa família.

– Não somos mais uma família, não depois de tudo... Não depois de hoje.

 

Passei a mão pelos cabelos enquanto respirava fundo. Antes era tão mais fácil. Bastava um olhar, um sorriso, e nosso amor nos dava forças para romper qualquer barreira... E agora...  Agora era como se falássemos dois idiomas diferentes. Como se ela fosse incapaz de me entender. Ou como se negasse a me ouvir.

 

– Sabe que se você assinar aqueles documentos hoje estará arrancando um pedaço de mim, não é?!

– Não fui eu que comecei esse processo, Naruto.

– Mas você saiu de casa.

– E você pediu o divórcio!

– Você não me deu escolha.

– Eu te dei todas as escolhas, todas as chances... – Ela controlou o tom de voz. – Mesmo assim você apenas correu para a barra da saia da sua mamãe e... Cá estamos...

– Todo esse circo... Isso não é a gente, Hinata.

– Então recue. Você é o único que pode acabar com isso.

– Para você e sua família tirarem tudo de mim?! Não vai acontecer. – Respondi.

– Pois então é você que estará arrancando um pedaço meu hoje... E para isso não há perdão.

– E havia espaço para perdão antes?

– Não, não de minha parte...

 

Essa era a resposta. Não haveria como voltar atrás agora, sem chances de desistir, sem espaço para arrependimento... Não poderia fazê-la feliz novamente, porque não era mais o que queríamos...

Fomos longe de mais e, agora, estávamos quebrados e sem conserto...

 

O oficial voltou com uma enfermeira que, como pedi, tinha um medidor de pressão em mãos, junto com uma maleta com alguns outros utensílios médicos. Iniciou uma consulta improvisada que não me cativou nenhum interesse, eu já sabia tudo que Hinata lhe diria.

Voltei à sala de espera onde meu bom advogado já me esperava, assim como meu cunhado, que era advogado e cumplice de Hinata, também estava lá, aparentemente preocupado pela irmã ainda não ter chegado.

Tive que contar sobre o leve “mal estar” da mulher e ele correu ao banheiro para verifica-la. Levou alguns minutos mais, e eles voltaram a sala de espera como se nada tivesse acontecido.

Meia hora depois, fomos chamados pelo juiz. Então entramos lá e, ao final da seção, todos os papeis foram assinados e nossas vidas, assim como os frutos de nossa união, acabaram separados...  

E, naquela época, acreditei que seria para sempre... 


Notas Finais


Chegamos ao fim do prologo
So quero avisar que a partir de agora os protagonistas da história serão o Boruto e a Himawari e é atraves do olhar deles que saberemos mais sobre o que aconteceu no passado e o que vai acontecer com Naruto e Hinata no presente e no futuro hehe

Espero que gostem do que estou planejando =)
Ate o proximo capitulo


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