História Aquela pessoa. - Esperando você chegar.

POR Henrique.

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Passamos o dia todo resolvendo as coisas relacionadas ao processo do Lucas e a participação da minha mulher...quer dizer da Ana Luiza e nosso advogado conseguiu que a promotoria aceitasse um vídeo onde a Vitoria e a Analu contavam sobre os assédios que sofreram daquele infeliz. E marcamos de fazer isso em dois dias, mas sei que nenhuma delas iriam se opor a tal coisa, logo que saímos do escritório fomos comer alguma coisa e em seguida direto para a fazenda levar a seu Antenor de volta, no caminho ele falou pouco e eu sabia que quando isso acontecia era porque ele estava pensando no que fazer e na maneira de proteger as netas de um completo lunático e eu entendia já que seu Antenor sempre foi a única família que a Analu conheceu e a Vitoria apesar de seus pais ainda serem vivos convive bem mais com o avô e a prima, pois, seus pais se mudaram para fora do pais já tem uns bons anos e vem apenas uma vez ao ano para cá...falando em família a Vitoria não é neta direta dele e sim sobrinha neta, ou seja, ela é neta de um dos irmãos do seu Antenor e como ela não chegou a conhecer o avô ele com todo seu coração assumiu o cargo e dentro daquele homem só existe sentimentos bons e coisas boas a serem compartilhadas.

Assim que chegamos enquanto eu estacionava ele ligou o telefone e tinha uma caralha de ligações e mensagens da Ana Luiza e da dona Lia, ele escutava os áudios da neta com voz de choro perguntando onde ele estava, se estava bem no mesmo instante ele me olhou com pesar e entrou em casa o que eu não esperava era encontrar ali uma imagem que não via a muito tempo e isso aqueceu meu coração. Mas eu não pude apreciar aquele momento, pois, a minha mulher se sentou em uma cadeira enquanto chorava baixinho passando a mão na barriga.

_Nunca, nunca mais faça isso comigo eu quase morri de preocupação senhor Jose Antenor Sobral.

_Minha menina desculpa eu acabei esquecendo o telefone desligado, mas eu estava em segurança. Fui com o Henrique até o escritório do advogado e depois a delegacia... –Não aguentei vê-la chorando e abracei e sentir seu corpo tremer, acho que a possibilidade de não me ter mais aqui foi devastador a ela. _Olha eu prefiro a sua cara redonda sorrindo e não chorando!

_Te amo vozinho...

_Te amo minha boneca!

_E quem ama a Julinha? –Minha filha fez um gracejo perguntando quem a amava e seu Antenor não aguentou aquela carinha e a pegou no colo enchendo-a de beijos e de longe podia se ouvir suas gargalhadas e isso foi como um murro bem no meu estomago. Eu pensei em todas as coisas que eu perdi e eu tinha que encontrar um jeito dela me perdoar... acabei ficando para jantar com eles e foi a primeira vez em dias que eu senti meu coração tranquilo, que me senti em casa. Enquanto todos conversavam eu fiquei observando como a barriga da Analu estava linda e apesar de todas as dores que enfrentamos meu príncipe tava bem e em poucas dias estariam aqui conosco. Sinto que em mim vive uma ferida que não cicatriza, meu defeito está deitando tudo a perder em nosso casamento...devo desculpa a ela por todas as magoas, pelas falhas em algum momento sem perceber que estava machucando seu coração. Se me fosse permitido eu voltaria atrás para consertar o que fiz de errado, mas o tempo passa e, às vezes, acaba sobrando uma boa dose de arrependimento.

...

Assim que todos se retiraram ficou apenas nós dois e eu não sabia o que dizer fiquei olhando e parte de mim achava que deveria ir para casa, mas minha perna não e obedecia. Ela me olhava, mas não se aproximava então tomei a iniciativa toquei em seu rosto e sua pele macia fez toda a minha pele se arrepiar então criei coragem e falei...

_Henrique eu...Henrique... –Ele se aproximou tocando meu rosto devagar e seu toque em minha pele foi o bastante para eu saber o que dizer a ele.

_Diga que é minha, diga que me aceita de volta...diga que ainda me ama!

_Eu digo sim, mil vezes sim, quero ser sua companhia, a pessoa que cuida de ti e aceita os seus cuidados diários, que zela por ti e te faz feliz. Eu te aceito porque é o homem da minha vida, te aceito porque seria incapaz de amar outra pessoa além de ti, te aceito porque temos que cuidar dos nossos filhos. Porque se mil vezes eu pudesse te escolher... –Parei, respirei fundo, me aproximei dele o encarei e disse quase que em um sussurro. _Mil vezes eu te escolheria Henrique.

Eu não podia mais ficar um segundo sem ela então tomei seus lábios para mim, foi um beijo repleto de saudade, de desejo e de amor. Fomos caminhando tranquilamente para o sofá e ela se sentou nas minhas pernas, mas a barriga estava atrapalhando nosso desejo de nos pertencer. Eu sei que fazer amor com ela seria uma missão impossível, mas podíamos dar carinho um ao outro.

_Vem... –Me levantei e estendi a mão para ele que pegou rápido.

_Onde vamos?

_Para nosso quarto... –Assim que fechamos a porta eu tranquei pra não correr risco de um serzinho pequeno, ele me beijou desesperadamente...fui empurrando seu corpo até a cama e ele sorriu malicioso. Quando ele deitou na cama eu fui cuidadosamente tirando meu vestido e fiquei apenas de lingerie e ele ficou me olhando com desejo e eu amei saber que mesmo meu corpo tenha mudado nesses meses ainda ser capaz de despertar desejo nele.

Me aproximei na cama e tirei sua camisa e passei a mão com calma em seu peito e esse pequeno gesto foi capaz de me deixar bem excitada, o Henrique me puxou pela cama e beijou todo meu corpo começando no meu pescoço, foi descendo para meus seios e parou com uma cara de assustado e eu não entendi o porquê.

_Acho melhor parar por aqui...não quero machucar vocês...

_Acho melhor você não deixar uma gravida passar vontade. Se for om calma vai dar tudo certo... –Abri sua calça e ele tirou tão rápido que até fiquei surpresa, aquele homem de cueca box branca era definitivamente uma perdição para qualquer mulher, ele ficou confuso, pois, minha barriga estava bem grande e as posições era complicadas comecei a rir da carinha dele sem saber o que fazer. Mas fazer amor sempre foi uma poesia para nós e não precisava muito para fazer acontecer...