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História Aquela Que Me Inspira - Uma nova fase?


Escrita por: RavenaAilee

Notas do Autor


Voltei com mais um capítulo!!!
Não demorei tanto né?
Mas andei me policiando para terminar com as minhas fics e dá encaminhamento
para muitos plots que tenho escritos.
Para isso acontecer tenho que dá um caminho para as minhas que já tenho aqui no spirit.
Espero que gostem do capítulo de hoje.

Capítulo 27 - Uma nova fase?


—Está aqui o caderno que você queria... –Kakashi jogou o pequeno objeto nas mãos do músico. Algumas pessoas poderiam até achar o roqueiro bem tranquilo, mas o Hatake já trabalhava há anos com o rapaz e podia dizer com toda certeza que aquele olhar era tudo menos tranquilidade.

       O jatinho já estava em pleno voo quando o empresário soltou o cinto e caminhou até a pequena área perto da aeromoça para encher um copo com uísque, bebeu um gole e voltou seus olhos para o Uchiha. Era a hora, ele tinha que arrancar algo daquele homem que olhava pela janela da pequena aeronave como se pular fosse uma opção.

   —Vamos Sasuke, me conte o que está havendo. Por que esse caderno é importante? Por que as roupas eu sei que não era problema, você poderia comprar mais assim que chegarmos em casa.

  —São músicas... –Sasuke não trocou um olhar, mas respondera logo, o que fora de tamanha surpresa para o homem que acreditava ter que pressionar mais para que o agenciado falasse.

—Músicas! Isso é excelente, há muito você não escreve...

—Pois é.

—Certo, mas agora vai me contar o que passa na sua cabeça?

—Não há nada. –Voltou os olhos negros para Kakashi, queria passar toda tranquilidade que podia, mas a verdade é que sua cabeça estava um caos.

—Eu não preciso repetir que eu estou aqui para resolver seus problemas Sasuke, há quase nada que eu não possa fazer por você, estou aqui para facilitar. Temos em média uma hora e meia de voo, me conte como foram esses meses, o que aconteceu para você encarar essa janela como se ela fosse o único empecilho para você não pular desse avião.

—Já pensou em desistir? —Não era a resposta que Kakashi esperava, mas já era um começo. O Uchiha apertava o pequeno caderno entre as duas mãos. Os olhos vagavam pelo avião, encarando tudo e ao mesmo tempo nada.

—Bom... Às vezes. Por quê? Gostaria de sair?

—Aí é que está problema. Eu não quero sair.

—Alguma vez já pensou nisso?

—Nunca. Mas não sei o que está passando comigo. –O empresário encarou o rapaz assustado, por um breve momento o homem viu um brilho desconhecido nos olhos do Uchiha. Sasuke nunca se lamentava, nunca estava confuso, nem quando estava sobre o efeito de algo.

—Tem haver com a garota da fazenda? –Chegou ao ponto. Viu nos olhos do moreno, que ali era o terreno incerto que Sasuke chegara e não sabia para onde seguir. O Uchiha se levantou e caminhou até a mesa da aeromoça e pegou uma garrafa com água, voltou para sua cadeira e bebeu um gole lentamente. Kakashi enfartaria de tanta expectativa.

—Sabe o que é isso? –Mostrou o caderno de capa preta simples.

—Um caderno com músicas, você me disse...

—Isso. Um caderno com canções que não param de surgir. Elas estão no celular ridículo que você me deu, estão na minha cabeça... –Encostou o caderno na lateral da cabeça, baixou o olhar, apoiou os cotovelos nos joelhos, mantendo-os afastados.

—Isso é bom, não é?

—Seria se todas elas não falassem da mesma coisa. Quer dizer, coisa não, alguém... –Levantou mais uma vez e jogou o caderno na direção do Hatake. —Está tudo aí. Três meses e é isso que me sobra.

—Eu não estou entendendo... –Kakashi folheava o caderno, e vira as letras e notas que o moreno marcava, tinha até formado os acordes ideais para algumas partes e tudo estava em sincronia.

—É nisso que eu sou bom Kakashi. É nisso! Em escrever. Eu não consigo me distanciar disso!

—Ela pediu para você fazer isso?

—Se ela tivesse pedido seria muito mais fácil está aqui e não lá, ao lado dela. –Se jogou sentando no assento.

—O que você quer fazer agora?

—Não faço ideia. Eu não sei se deveria jogar tudo para o ar ou continuar. Tudo que eu sempre quis foi isso. Ser escutado e a música me deu isso, mas não sei se é o suficiente.

     Kakashi encarou o Uchiha e levantou do seu assento indo em direção ao rapaz, entregou o caderno e voltou a encher seu copo enquanto falava.

—Sabe no que eu sou bom Sasuke?

—Hum?

—Eu sou bom em cuidar de vocês, de organizar a vida de vocês, de dá um caminho, de solucionar seus problemas. Muitas vezes me perguntei se isso era realmente o que eu queria. Comecei com a Dark Valley na mesma época que todos, sempre vi o que todos vocês eram capazes. Dediquei-me para isso e mesmo nos problemas eu estive lá, eu não desisti, por que é isso que eu faço. Mas sabe alguém do qual eu nunca vi chegar a um limite de sucesso?

—Quem?

—Você. Você não estava preparado para esse mundo, mas o agarrou com unhas e dentes, mostrando para qualquer um de que era capaz, mas eu sempre acreditei que você merecia mais, muito mais. Sim, você escreve perfeitamente bem e isso se dá ao que você guarda. A música é o que ti faz externar o que não fala. Se o que há nesse caderno é tão bom como eu tenho certeza que é, faremos um álbum inteiro dele e depois você decide se é isso que você é bom ou não.

—Eu já tinha isso em mente... –Sorriu sem humor, apenas um puxar de lábios. —Mas e se eu fizer e descobrir que não é o que quero?

—Aí você muda de fase...

—Você fala como se fosse fácil...

—E por que não seria?

—Só há um motivo pelo qual eu talvez mudasse e ele nesse exato momento deve me odiar. —Recostou a cabeça sobre o apoio da poltrona e voltou a encarar a parte externa da janela.

—Você tem que ter fé Sasuke...

—Nem toda fé do mundo seria o suficiente para perdoar o que eu fiz com ela.

      Nada mais fora dito durante o caminho, e Kakashi sabia que não devia se dizer nada. Sasuke se fecharia por tempo indeterminado e era algo conhecido.

 

                                                                                      ***

 

—Vocês dois não se acham ridículos, não? —Tenten comentou enquanto esticava seu pescoço para ver sobre o vidro do carro que estava meio aberto no lado de Neji. Se sentia patética por ter ido na onda de seu noivo e Hanabi.

—Estamos apenas sendo cuidadosos!

—Cuidadosos Hanabi! A quatro dias vocês a seguem de cima a baixo, isso não é cuidado, é perseguição!

—Quer bem dizer que não acha estranho ela está tão calma depois do ocorrido com o Uchiha Safado? –Hanabi se abaixava no banco de trás e usava óculos escuros grandes acreditando está disfarçada.

—Hinata não é aquela bobinha devota ao Naruto. Foi algo repentino a ida do Uchiha, mas ela está bem! Vejam. O que de diferente tem nessa mulher que tanto vocês temem? –Ela apontou para Hinata que estava a uns vinte metros no coreto da grande praça do centro da cidade. A Hyuuga coordenava seus alunos ensaiando a música que ela afirmava está linda para todos que via.

—Isso não é normalidade! –Neji se agitou e elevou a voz, coisa que nunca fazia e Tenten quase gargalhara por ver Neji e Hanabi se encolherem em seu bancos para não serem flagrados por Hinata.

—Vocês são ridículos...

—Tenten! –Neji chamou a atenção dela para que se abaixasse.

—Eu não vou pagar esse...

—O QUE VOCÊS ESTAO FAZENDO AQUI? —Ino surgiu na lateral do carro, no lado da Mitsashi. Todos gritaram o que por sorte Hinata não ouvira ninguém, graças ao som dos instrumentos ensaiando.

—Porra Ino! –Hanabi falou tentando baixar o som da voz mesmo estando alarmada.

—Coloque ela para dentro, coloque-a –Neji falou enquanto Hanabi já puxava a loira para dentro do carro.

—Ei ei ei! Que maluquice é essa?

—Entra aí loira e não discuta. –Tenten falou como se fosse uma ameaça, mas o tom de brincadeira era óbvio.

      Já dentro do carro e após os vidros estarem devidamente levantados e todos ocultos pelo fume, voltaram a respirar normalmente.

—Tenten tem toda razão. Que ideia essa nossa? –Hanabi interrogou mais para si do que para alguém específico.

—O que está acontecendo?

—Maluquice Ino, só isso...

—Que possivelmente é uma loucura, eu já percebi Tenten, mas quero saber o motivo de vocês estarem nitidamente vigiando a Hinata. E nem adianta me olhar com essa cara Neji Hyuuga. É evidente que é ela a causa dessa tocaia.

—Não sei se é uma boa ideia contar isso... Para alguém.

—Eu não sou fofoqueira Neji!

—Eu não disse isso...

—Mas foi o que deu para entender.

—Oh, por favor... Chega disso. –A Mitsashi pediu revirando os olhos. Hnabi se mantinha em silencio.

—Então me contem. O que está acontecendo?            

        E então Tenten começou a contar. Contou desde o início, contou sobre Sasuke e sua estadia conturbada no Haras da família Hyuuga, sobre o envolvimento intenso entre Hinata e ele, como as coisas pareciam bem sérias e como Naruto chegou a levar um soco do Uchiha. A cada acontecimento pontuado, mais a Yamanaka abria a boca surpresa, mas não interferia. Os outros dois continuavam a encarar HInata repassando a introdução da música, duas, três, até quatro vezes, antes de Tenten concluir nos últimos acontecimentos. A ida repentina de Sasuke e o estado de super sanidade da Hyuuga.

        O silencio pairou enquanto Ino formalizava tudo em sua mente.

—Ei! Qual é? Não vai cair na pilha desses dois não é? –Tenten questionou.

—Não... É só que... Como... –As palavras faltavam –Como Sasuke Uchiha se meteu na nossa cidade e ninguém viu?

—Ahhhh faça-me o favor? Não me diga que você é tiete desse roqueirozinho de quinta também? –Neji reclamou enojado.

—Roqueiro de quinta nada! Você sabe quem é a Dark Valley para a música atual? Já viu as letras? DEUS! A HINATA ESTAVA DANDO PARA SASUKE UCHIHA! –A Yamanaka gritou, fazendo o Hyuuga tapar os ouvidos.

—Arrghh que desnecessário!

—Quando eu era solteira enchi tanto o saco de Konan para me apresentar a ele, mas ela sempre fugia.

—Claro! Você é maluca!   

—Neji, vai se fo...

—Enfim... –Hanabi cortou.

—Pois é... –Tenten reprendeu Neji só com o olhar, mas não era novidade aquela animosidade entre o Hyuuga e a Yamanaka. A verdade é que havia um tempo os dois até arriscaram um rolo casual, mas era guardado a sete chaves de todo o mundo de Harper.

—Ok. Certo. Agora ver se eu entendi. Vocês dois estão com medo que Hinata surte como na época do Uzumaki babaca? —Todos os três olharam para a loira com pontos de interrogação subindo de suas cabeças. A verdade era que ninguém sabia da situação de Hinata, somente a família e pessoas próximas como Kiba, Shinno, Tenten e Konohamaru. —Não me olhem assim, ninguém nessa cidade é cego. Algo muito sério devia passar com a Hinata depois daquela cachorrada. E ela sumir durante três anos, só fez as pessoas ligarem os pontos. Fora que ela parecia tão diferente do jeito dela, ninguém ver a mesma Hinata... –Ino ao lado de Hanabi podia ver a Hyuuga mais velha através do vidro. —Posso está errada, mas esses últimos três meses ela parecia a garota que conhecemos. Olhem para ela, se está sofrendo eu não sei, mas aquela ali é a minha amiga de infância. A mesma garota que tocava órgão na igreja e cantava as sextas na casa de Temari na velha máquina de karaokê.

      O silencio voltou ao ambiente durante longos cinco minutos. Todos sempre se preocupavam com Hinata. Não que a achassem fraca, mas era incrivelmente sensível e delicada, coisas como traição e abandono é um baque e tanto para alguém tão puro na concepção das pessoas que a cercavam.

—O que fez com a carta Neji? –Ino perguntou quebrando o clima tenso.

—Eu tentei entrega-la, mas ela amassou e jogou no canto da parede.

—Mas eu peguei de volta. –Hanabi falou.

—Vocês não abriram não é?

—Mas é claro que não! –Hanabi negou. —Por mim ela nunca veria uma respiração se quer do Uchiha, mas eu a conheço o suficiente, para saber que em algum momento ela vai se arrepender e querer ler aquela maldita carta.

—Faz muito bem. Seja lá o que está escrito, pode ser importante.

—Foi o que pensei também.

—Por mim ela não veria mais nada, mas se concordam que talvez ela queira um dia, vai saber... –Neji passou a mão sobre os fios longos do cabelo.  —Eu estou bem cansado, vamos para casa.

—Nada disso! Você pode ir, mas essas duas ficaram aqui.

—E para que? –Tenten questionou.

—Hora para que? Precisamos de reforços.

—E seria...

—Temari.

—Temari? Por que ela?

—Hora Neji, vocês estão preocupados com o dia a dia de Hinata, quem melhor do que uma colega de trabalho para nos manter informados? Fora que vamos manter a mente da Hinata tão ocupada, que ela nem vai lembrar-se do Uchiha.

       Os olhos de todos voltaram para onde Hinata estava antes. Eles já podiam ver Hinata guiando uma fila indiana de pequenos músicos, indo em direção a escola. Hanabi não sabia como andava a mente de sua irmã, mas se Ino ajudaria possivelmente tinha chance de tudo ir bem. Era isso que deveriam ter feito na época de Naruto, deixar os amigos, as pessoas que querem bem a sua irmã por perto. Quem sabe logo um novo amor entra na vida de sua irmã? Alguém que não a abandone, que fique ao seu lado, que não a troque por ninguém e que principalmente não tenha medo de seus sentimentos.

        Enquanto Hanabi devaneava sobre a vida de Hinata, ao longe uma cabeleira extremamente vermelha chegava bem próximo a Hyuuga mais velha. Talvez soluções ou contratempos se aproximavam. 


Notas Finais


Olha, quem sabe outro boy na vida da Hina?
Obrigada por favoritarem fico feliz que gostem do que escrevo.
beijos e até o próximo.


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