História Arbitrage - Before

Arbitrage

Capitulo Quinze: Before
“ Mas por enquanto, você é uma imagem do que não planejei” – Ed Sheeran

 

Os raios de sol invadiram o quarto junto com uma leve brisa que fazia a cortina balançar,  como a ordem natural da natureza os pássaros conversavam entre si. Kyungsoo ainda dormia profundamente,  seus olhos aparentavam estar inchados pelo choro da noite passada e seus lábios rosados entre abertos davam uma aparência mais angelical ao menor.
Lentamente ele começou a abrir os olhos, o sono em si ainda era presente,  porém piscou varias vezes até sua visão se acostumar. Apesar de ter dormido bastante era como se ainda tivesse corrido tanto para querer desejar ficar na cama para sempre. Levantou-se sentando na cama enquanto coçava os olhos e bocejava, nem precisava se virar para saber que ao lado da cama Jongin não estava, com certeza devia já estar no trabalho.

 

-Bom dia, Soo- Mas então ouviu a voz do marido entrando no quarto com uma enorme bandeja.

 

Kyungsoo arregalou os olhos ao ver que ele ainda estava de pijama e tentava segurar aquela bandeja para não virar.

 

-Trouxe seu café- Jongin declarou com um sorriso amarelo enquanto colocava a bandeja na cama ao lado do menor- Tem tudo que você mais gosta.

 

O menor olhava para o café e para o marido e não era tolo o bastante para perceber que o maior estava fazendo tudo isso para redimir o acontecimento da noite anterior. O moreno o olhava ansioso e com um leve sorriso, porém desviou passando a fitar as suas mãos.

 

Jongin suspirou e coçou sua nuca, sabia que seu menor ainda estava magoado. Enquanto estava deitado ele pode ouvir o choro e soluço do esposo e aquilo foi tão doloroso que só de lembrar sentia seu coração se apertar.

 

-Kyungsoo, me perdoa. Sei que ainda estar magoado, que deve estar me odiando, mas... -O moreno travou sentindo-se nervoso, deu um sorriso triste ao ver que o menor ainda não o encarava- O meu ciúme me transforma no pior animal...

 

-E o faz fazer e dizer coisas horríveis- Kyungsoo rebateu com rispidez.

 

 

-Você tem razão,  toda razão e mereço que me trate desse jeito. Mas é que eu o amo tanto e não consigo suportar que outro tenha sua atenção.

 

 

-Eu também o amo, Jongin e estaria mentindo se não, mas você me machucou não só verbalmente como fisicamente - Kyungsoo declarou com a voz firme assim como sua expressão,  estava machucado-  Você é meu marido,  me casei com você,  então meu amor não é o suficiente?

 

Jongin fitava o menor a sua frente e dentro de si conquistar o amor do mesmo era seu objetivo constante, sempre foi, em toda sua vida nunca chegou a amar alguém com aquela intensidade. Seu pai sempre o estava pressionando para obter uma postura de executivo e assumir a empresa, sua infância foi com a maior parte do tempo com as babás e apesar do tempo em que pagava Kyungsoo para ser somente seu havia momentos ele sempre ouvia seus resmungos e o aconselhava, mesmo sabendo que ele o odiava.

 

"Eu nunca vou te amar!"

 

Foram as principais palavras do menor antes do acidente.

 

-O seu amor é tudo para mim- Respondeu fitando o esposo nos olhos, aquelas belas orbes que sempre amou- É pelo que luto todo dia.

 

-Então não precisa ter medo de me perder- Kyungsoo disse agora com sua voz mais mansa, via no olhar do moreno o quanto estava arrependido.

 

-... Vai continuar a me amar mesmo que tenha de volta sua memória? - Mesmo sendo uma pergunta perigosa para si era algo que precisava saber.

 

 

Kyungsoo deu uma leve risada ao anotar aquela expressão arrependida de Jongin, se aproximou mais dele e acariciou o rosto do mesmo que segurou a sua mão e a beijou mostrando-se como sempre um apaixonado.

 

-É claro-Respondeu.

 

Jongin então se encheu de esperança ao ouvir aquilo, talvez agora tivesse uma chance quando as memórias de Kyungsoo voltassem e ai poderia finalmente ter ele para si, completo.

 

-Me perdoa pelo o que fiz-Disse enquanto segurava o rosto do esposo com as mãos,  os deixando testa com testa onde podia ouvir a leve respiração dele.

 

-Nunca mais faça isso- Kyungsoo pediu fechando os olhos adorando sentir aquele contato.

 

Jongin então olhou paro o pulso do esposo e o pode ver a marca roxa ao redor. Se auto xingou em pensamento por ser tão estúpido e descontrolado.

 

-Vamos tomar o café que já deve estar esfriando- Kyungsoo comentou sorriso ao mesmo enquanto pegava uma panqueca e a comia enquanto Jongin o observava, como sempre, um idiota apaixonado.

 

~*~

 

Luhan abriu a porta da casa assim que acabou de se despedir de Lay que o havia trazido até a casa de Sehun, mesmo que não gostasse do mesmo. Estavam passando bastante tempo com o professor pelo fato na nova inauguração na galeria e Luhan estava o ajudando em cada organização.

 

-Boa noite- Disse uma das empregadas que limpava a sala.

 

-Ah, boa noite- Luhan respondeu sorrindo gentil- Sehun já esta deitado?

 

-Na verdade o senhor Oh ainda não chegou.

 

Luhan ergueu uma sobrancelha e franziu o cenho,  geralmente quando chegava o mesmo sempre estava no quarto ou no escritório.  Já fazia alguns dias que não trocavam algumas palavras pelo desencontro de horários.

 

-Não chegou? - Luhan indagou logo pegando o celular vendo a hora- Já passam da dez.

 

-Bom, normalmente quando o senhor Oh demora é porque deve estar em alguma festa- Disse outra empregada com um sorriso malicioso,  mas logo recebeu uma cutucada da outra empregada- Ai! O que é?

 

 

-Não se preocupe, ele deve estar em alguma reunião- A empregada do cutuque disse como se fosse tentasse não fazer o loirinho pensar besteiras.

 

Mas Luhan deu um sorriso amarelo então subiu as escadas até seu quarto. Entrou logo no chuveiro querendo tomar um banho relaxante. Assim que terminou se arrumou usando um pijama de moletom qualquer enquanto na sua cabeça se perguntava onde Sehun deveria estar? Normalmente ele sempre chegava mais cedo. Será mesmo que ele estava em uma festa?

 

-Que cretino! Diz que estar apaixonado por mim enquanto deve estar por ai se esfregando com qualquer um! - Luhan reclamou bufando de raiva até se dar conta- Por que eu tenho que me importar? Se ele quer sair por ai que sai! Ele é livre não?

 

Ele dizia tão rápido que quando finalmente acabou pode suspirar. Estava odiando pensar em Sehun agora. Então decidiu evita-lo em pensamento.

 

-Preciso comer algo- Disse para si enquanto deixava o quarto.

 

Enquanto descia as escadas notou o silêncio presente, todos os empregados já deviam ter ido dormir, andou de mansinho até a cozinha e assim que chegou viu que ainda havia uma empregada terminando de secar a louça.

 

-Er... Oi- O loirinho cumprimentou sentindo-se um idiota por não saber o nome dos empregados.

 

 

-Olá, o senhor deseja algo? - A empregada indagou e era a mesma que havia dito que Sehun devia estar em alguma festa.

 

 

-Eu ia cozinhar algo, mas na verdade eu não to com fome-Luhan declarou com uma expressão derrotada - Ah, por favor, me chame de Luhan, senhor não,  Luhan. Qual seu nome?

 

 

-Me chamo Mei- Ela sorriu finalmente terminando com a louça- Ainda esta indeciso se vai comer?

 

-Sinceramente? Não quero comer... Mas posso lhe fazer uma pergunta?

 

 

-Claro!

 

 

-Antes que eu viesse morar aqui, Sehun saia muito? Como hoje?- A curiosidade em Luhan era intensa e também incômoda.

 

 

-E como saía- Mei declarou dando uma risada - Toda noite o senhor Oh saia e só voltava na manhã seguinte ou com alguma mulher ou homem, às vezes ele mesmo dava a festa.

 

 

-E co-como era essas mulheres ou homens?- Luhan perguntou sentindo um nó de raiva se formar em sua garganta.

 

 

-Todos muito extravagantes, roupas provocantes e era incrível que o senhor Oh não tinha vergonha de fazer carícias em público- Mei contava adorando aquela conversa, sempre adorava fofoca- Ele sempre elogiava suas companhias e dava presentes, e...

 

 

-Okay! Valeu pela explicação- Agradeceu não querendo ouvir mais nada.

 

 

-É só isso? -Mei indagou.

 

-Sim Mei, obrigado.  Pode ir dormir já.

 

Mei se retirou e Luhan se sentiu irritado consigo por sentir ciúmes de Sehun, pelo menos sabia que agora ele era mais canalha do que imaginava. Deu meia volta e foi para sala na qual havia uma enorme televisão e com isso escolheu um filme qualquer. 

 

Ora via o filme, ora conversava no celular com Kyungsoo, em alguns minutos lembrava-se da conversa que teve com JunMyeon e havia contado toda a verdade para ele e as vezes se indagava se havia feito o certo, porém JunMyeon dava bons motivos para confiar nele.

 

Quase já dando meia-noite e o loirinho caindo de sono logo ouviu o som de carro chegando e a porta da frente ser aberta, imediatamente despertou e fingiu prestar no que passava na televisão.  Então pode ouvir os sons do sapato de Sehun vindo em sua direção, prendeu a respiração tenta se concentrar na TV, mas era impossível.

 

 

-O que faz acordado tão tarde? - Sehun indagou se pondo na frente da TV encarando o loirinho.

 

 

-Acho que devia perguntar o mesmo- Luhan disparou o encarando sério.

 

 

-Estava em uma reunião- Sehun respondeu com desdém tirando o paletó e jogando na poltrona ao lado.

 

 

-Esta cheirando a bebida- Luhan estreitou o olhar e cerrou a boca odiando aquela naturalidade do mesmo.

 

 

-É mais do que normal tomar alguns drinks durante uma reunião- Sehun ergueu a sobrancelha não entendo o menor.

 

 

-Eu até imagino como deve ser esse tipo de reunião- Luhan debochou cruzando os braços e encarando o outro lado, ele era irritante - Também teve um servicinho particular?

 

 

-O que deu em você? -Sehun indagou franzindo o cenho, mas o loirinho não respondeu continuando emburrado- Acha que eu estava com alguém? Eu não lhe questiono quando você chega tarde em casa por estar com aquele professorzinho fazendo sei lá o que!

 

 

-Deixa o Lay fora disso!- Luhan alertou revirando os olhos e  se levantando do sofá, passando direto pelo maior.

 

 

-Não, você pode me acusar de fazer algo que nem fiz, mas não posso fazer o mesmo com você e aquele lá!? - Sehun indagava elevando o nível de sua voz e seguindo o menor indignado pela tal atitude.

 

 

-Não fez!? - Luhan se virou agora com raiva encarando o maior- Esta cheirando a bebida e perfume barato, e eu apenas acho uma safadeza você uma hora vim  e dizer que esta apaixonado por mim e depois sair por ai para se esfregar em qualquer um e depois eu que sou o sujo!

 

Sehun fitava o menor que agora gritava demonstrando toda sua raiva por algo que nem tinha feito e que sabia o motivo. Era ciúmes. Não conseguiu aguentar e deu uma risada fazendo o menor se estressar mais.

 

-Isso! Ria da minha cara! -Luhan gritou apertando os punhos com força.

 

 

-Luhan... Eu estou rindo do seu ciúmes, que por sinal é muito fofo.- Sehun respondeu não conseguindo se conter.

 

 

-Fofo? Eu... Quer saber? Foda-se, cansei! - O loirinho se virou borbulhando de raiva enquanto subia as escadas.

 

Odiava aquele jeito de Sehun, odiava como ele era arrogante e pretensioso,  e principalmente odiava o efeito que ele causava sobre si. Queria gritar bem alto o quanto o odiava.

 

-Espera Luhan! - Sentiu seu pulso ser segurado e então virado ficando de frente com o maior.

 

 

-Me larga, Sehun. Eu já estou cansado da sua cara- Luhan rebateu puxando seu braço.

 

 

-Então terá que se acostumar já que eu moro aqui! - O maior declarou olhando sério para o mesmo.

 

 

-Então parece que eu vou ter que me mudar.

 

 

-Para logo bater na porta daquele lá? Acha mesmo que vou permitir?

 

 

-Pelo o que me consta você não manda em mim- Luhan disse com uma expressão na qual dizia ser superior.

 

 

-Acho que esqueceu o fato de que eu nunca desisto do que é meu.

 

Sehun não esperou nenhum segundo até tomar os lábios de Luhan onde deixou se guiar em cada canto daquela boca. Trouxe o corpo do mesmo mais para perto de si e sua mão subia até a nunca do loirinho fazendo com que o beijo se aprofundace ainda mais.

 

Intenso e cheio de volúpia.

 

Eram as palavras perfeitas para aquele momento. Luhan sentia todo seu corpo se arrepiar com cada toque do maior, ele tomava sua boca com tamanho ardor que chegava ser difícil acompanha-lo que logo necessitou de ar, porém imediatamente Sehun agora o prensava na parede e direcionava seus beijos ao pescoço do menor. Luhan revirou os olhos com cada beijo e chupão do maior, seus gemidos saiam sem pudores enquanto sua mão segurava o cabelo do mesmo.

 

 

-Ah Sehun!

 

Os gemidos de Luhan era o bastante para deixá-lo excitado, sentia seu membro formigar dentro da calça, porém estava adorando marcar o menor com seus beijos e arrancar cada gemido.

 

 

-Luhan, hoje você vai ser meu- Declarou sussurrando ao pé do ouvido do loirinho enquanto suas mãos desciam até as nádegas dele e apertava arrancando mais gemidos no qual o deixava cada vez mais duro- Completamente meu...

 

Não pensou duas vezes ao carrega-lo no colo e o levar até seu quarto onde finalmente iria sanar todos os seus desejos que tinha por ele.

 

.

 

As empregadas serviam o café na sacada do quarto de Sehun onde que de vez enquanto soltavam alguns risinhos, pois pela situação do quarto e os gemidos que toda casa pode ouvir qualquer um saberia o que se passava. Quando as empregadas saíram, Luhan puxou mais a gola da blusa de Sehun até o pescoço querendo cobrir as marcas deixadas na noite passada.

 

-Aposto que todos da casa estão comentando- Luhan murmurou tomando um pouco de café.

 

 

-É melhor se acostumar, pois não será a última - Sehun respondeu com tamanha naturalidade enquanto guardava o jornal e então olhou seu loirinho tão lindo a sua frente, usando sua roupa e com suas marcas - Esta lindo hoje, Lu.

 

Luhan, que mordia uma torrada, sentiu seu rosto corar com aquele elogio do maior.

 

-Tão romântico- O loirinho comentou ainda corado e comendo mais um pouco.

 

 

-Não faço esse tipo-Sehun o olhou cheio de malícia- Eu estava pensando, que tal passar o Natal com Kyungsoo e o Jongin?

 

-Desculpa Sehun, mas sabe o que acho de estar com Jongin no mesmo lugar.

 

 

-Ele esta mudando.

 

 

-Ele esta fingindo ser o que não é com Kyungsoo! - Luhan exclamou sentindo-se triste por não poder fazer nada.

 

 

-Não Luhan- Sehun o chamou com sua voz calma- Jongin esta sendo verdadeiro em relação aos seus sentimentos com Kyungsoo. Ele esta mudando por ele. Ele o ama.

 

 

-Uma pessoa que menti para ter alguém por perto, não ama, mas sim manipula- Luhan respondeu firme olhando fundo nos olhos de Sehun.

 

E com aquelas palavras foram o bastante para Sehun sentir um nó se formar em sua garganta. Ainda se lembrava das palavras de Jongin pedindo para afastar Luhan de Kyungsoo e viu ali uma oportunidade de se aproximar do mesmo. Imaginava o loirinho descobrindo a verdade e no seu interior sentiu uma tristeza.

 

~*~

Ah neve! - Kyungsoo exclamou animado ao ver a neve rodear toda faculdade e rua, era lindo e adorava sentir-se aconchegante no seu casaco naquele friozinho.

 

-Toda essa neve me agonia- JunMyeon declarou tirando resquícios de neve em seu casaco.

 

Kyungsoo havia terminado o primeiro semestre da faculdade e a sua amizade com JunMyeon havia se tornado mais forte durante esse tempo, sempre longe dos olhos de Jongin, e agora estavam caminhando pelas ruas tomando um cappuccino.

 

 

-Não sabe o que esta perdendo, Jun.

 

 

-Como sei... -Respondeu lembrando-se que Xiumin amava a neve- Mas mudando de assunto, como anda sua saúde? Ainda vomitando muito?

 

 

-Esses dias tem sido bem pior, talvez seja pelo nervosismo dos exames finais, mais finalmente passou- Kyungsoo respondeu, porém não tão confiante de si, sentia uma leve dor, mas não queria preocupar o amigo.

 

 

-Seria bom visitar o hospital por precaução,  Kyung.

 

 

-Prometo que vou fazer isso.

 

 

-E como anda seu relacionamento com Jongin?- JunMyeon indagou como quem não queria nada.

 

 

-Ele tem trabalhado muito ultimamente para deixar tudo em dia, agora que tenho tempo livre penso em enfeitar a casa para o Natal- Kyungsoo dizia muito animado.

 

 

-E já conseguiu se lembrar de algo? Alguma lembrança?

 

 

 

-... - Kyungsoo tomou mais um pouco do cappuccino lembrando-se da única lembrança que teve e que não foi uma das melhores- Sim, mas não foi tão agradável como pensei que seria.

 

 

-Se quiser me contar sabe que posso tentar lhe ajudar- JunMyeon dizia prestando atenção em cada movimentação do menor.

 

 

-Obrigado, mas acho melhor não continuar pensando nisso. Para falar a verdade acho que minhas lembranças não vão voltar... -Respondeu com um tom de voz triste, mas era uma sensação que crescia a cada dia- Já tem meses e nada.

JunMyeon sentiu seu coração se apertar ao ver o menor daquele jeito, parou de andar e Kyungsoo fez o mesmo lhe encarando.

 

-Não pense desse jeito- JunMyeon aconselhou pondo sua mão no ombro do menor- Você vai conseguir se lembrar e quando isso acontecer saiba que eu vou estar ao seu lado para qualquer coisa.

 

Kyungsoo o olhava e podia ver que o mesmo dizia com tamanha sinceridade que sorriu para ele como se agradecesse.

 

-Kyungsoo? Então ouviu a voz de Baekhyun interrompendo aquele momento, olhou para o lado e viu o mesmo dentro do carro parado ao lado deles.

 

-Baekhyun? O que faz aqui?- Indagou.

 

 

-Estava indo ao shopping comprar os enfeites de Natal, baby- Respondeu animado então olhou para JunMyeon que estava ao lado- Ah, olá Suho.

 

 

-Olá Baek, como esta Chanyeol? - Indagou com um sorriso falso.

 

 

-Muito bem, obrigado- Baekhyun respondeu frio logo desviando seu olhar- Quer vir comigo,  Kyungsoo?

 

Kyungsoo ficou calado então olhou para JunMyeon e mordeu levemente os lábios se indagando sobre deixa-lo assim.

 

-Pode ir, Kyung- Mas o mesmo foi rápido -Eu também tenho um compromisso agora.

 

 

-Tudo bem mesmo?

 

 

-Claro, pode ir- Disse com aquele belo sorriso gentil.

 

Kyungsoo sorriu ao mesmo e o abraçou e dando um beijo na bochecha dele e então se despediu entrando no carro de Baekhyun que imediatamente deu a partida. JunMyeon que continuou parado logo sentiu seu celular vibrar dentro de seu casaco.

 

"Dossiê entregue- XX"

 

Leu a mensagem e sorriu sentindo-se triunfante.

 

-Não vai demorar até Kyungsoo achar.- Murmurou consigo enquanto dava meia volta.

 

.

 

 

-Argh, eu tenho nojo da cara dele!- Baekhyun desabafou  enquanto prestava atenção na rua.

 

 

-Não entendo essa implicância com ele, JunMyeon é muito gentil comigo- Kyungsoo rebateu defendendo o amigo com firmeza.

 

 

-Me ouça corujinha, onde tem fumaça tem fogo e Suho tem o cheiro pólvora.

 

Kyungsoo deu risada das palavras de Baekhyun, achava o jeito dele tão único que chegava admira-lo por ser tão determinado e dono de suas opiniões, mas precisava entender o porquê de todos não gostarem de JunMyeon. Porém logo sentiu uma pontada forte em sua barriga que o fez gemer de dor.

 

 

-O que foi isso? - Baekhyun indagou arregalando os olhos.

 

 

-Eu não sei, eu senti uma... Ah! - Kyungsoo dizia até sentir mais uma pontada mais forte.

 

 

-Meu Deus Kyungsoo!  O que esta acontecendo? - Baekhyun perguntou agora ficando nervoso pelo menor.

 

Kyungsoo então segurou sua barriga onde as dores ficaram mais forte, subitamente suas mãos começaram a tremer de medo por aquelas dores desconhecidas.

 

-Esta doendo! - Gemeu fechando os olhos com cada pontada.

 

-Calma, vamos para o hospital! - Baekhyun disse nervoso.

 

Não demorou muito até eles chegarem, já que Baekhyun dirigia numa velocidade na qual havia ganhado duas multas de velocidade,  a cada momento ele tentava acalmar Kyungsoo que respirava com dificuldade. Quando finalmente chegaram pediu ajudar onde os enfermeiros logo levaram Kyungsoo na maca.

 

-Não se preocupa Kyung- Baekhyun dizia com sua voz completamente nervoso e com medo- Vai ficar tudo bem.

 

E então o levaram e tudo que Baekhyun conseguia fazer era sentir a preocupação lhe dominar, andava de um lado para o outro não conseguindo se acalmar. Ligava para Chanyeol? Ou para Jongin? Seria bem melhor chamar eles quando o médico desse notícias. Mal conseguia falar algo de tão nervoso que estava.

 

Os minutos passavam e andar de um lado para o outro já o deixava tonto.

 

-Ai meu Deus,  proteja Kyungsoo- Pedia com as mãos unidas- Que eu prometo não esnobar mais ninguém pelo seu modo de se vestir.

 

-Byun Baekhyun?  - Ouviu então a voz de um senhor lhe chamar.

 

-Deus?- O menor olhou para o teto com os olhos arregalados- É você?!

 

-Na verdade não- A voz do senhor pós a mão em seu ombro- Eu sou o médico que tratou seu amigo, Kyungsoo.

 

-Ah ta, então como ele esta?

 

-Venha vê-lo primeiro.

 

Baekhyun seguiu o médico até seu consultório e assim que entrou encontrou Kyungsoo sentado numa maca aparentava agora estar melhor,  porém suas mãos tremiam.

 

-Kyungsoo! - Baekhyun exclamou indo imediatamente até o amigo e o abraçando- Como você esta? Esta melhor? O que aconteceu?

 

-Baek eu... - Kyungsoo mantinha uma expressão tão assustada que parecia que iria chorar.

 

-Meu Deus Kyungsoo esta me assustando! O que aconteceu?

 

 

-... E-eu est-estou grávido.

 

Baekhyun fitou o amigo agora com uma expressão neutra ainda não acreditando, olhou para o medico e depois para Kyungsoo esperando que algum deles pulasse e dissesse “Brincadeira, feliz Natal”, mas ambos tinham as expressões serias ainda mais o menor que buscava ajuda no olhar.

 

-Isso é mesmo é serio?- Baek indagou com a voz rouca.

 

-Kyungsoo tem a radiação- Disse o médico- O fato de ele ter sentido essas dores é pela alimentação que não condiz com essa nova situação da gravidez.

 

-Há quanto tempo...?- Baek perguntou não conseguindo terminar, era tudo muito estranho.

 

-Já tem três semanas.

Kyungsoo ouvia tudo tremendo da cabeça aos pês, gravido, havia uma criança dentro de si durante três semanas. Agora todo vomito, todo cansaço e fome excessiva estava explicado, jamais iria imaginar que possuía a radiação.

 

-Baek... –Sussurrou com um fio de voz, deixando uma lágrima cair.

 

-Calma Kyungsoo, calma okay? Não fica

Mas na verdade o que Kyungsoo sentia era um aperto no coração, deixou sua mão ir até sua barriga e sentiu uma leve saliência formada. Nunca notará. Havia um pequeno bebê dentro de si, um pequeno coração batendo ali que era seu e de Jongin.

 

~*~

A secretaria abria a porta do escritório do moreno trazendo consigo uma pasta no qual apenas tinha destino o seu chefe, o viu sentado trabalhando muito concentrado no notebook.

 

-Isto acabou de chegar, Sr. Kim- Ela disse entregando a ele.

 

Jongin ergueu as sobrancelhas pegando a tal pasta e tirando os óculos e logo dispensando a sua secretaria, há quanto tempo ela trabalhava para si? Devia estar há bastante tempo na companhia. Deu ombros e observou que a pasta continha o nome de Kyungsoo no centro então puxou um pequeno papel que estava ao lado.

 

“Finalmente tive tempo, demorou, mas aqui estar o dossiê completo da vida de Do Kyungsoo- XX”

 

~*~

Continua