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História Arbitrage - End


Escrita por: Allera

Notas do Autor


Primeiro de tudo, desculpem a demora. Aconteceu tanta coisa nessas semanas XD
Segundo... MEU CORAÇÃO TA APERTADO DEMAIS, tipo, acabou a fanfic. Ultimo capitulo e ta doendo em postar ela, mas eu queria do fundo do meu coração agradecer todos que acompanharam "Arbitrage", sério, vocês são fodas
O capitulo ta megaaaaaaaa grande, sério, deu vinte cinto paginas no Word.
Sem mais delongas
Boa leitura e qualquer erro desculpa.

Capítulo 20 - End


Arbitrage

Capitulo Vinte: End

“Eu vou te seguir, mesmo que seja no fim do mundo" - EXO

 

-Ai! - Luhan resmungou de dor enquanto a enfermeira dava o último ponto na sua cabeça. Ainda podia sentir como se JunMyeon bate-se repetidamente naquele local, porém a sensação ficava cada vez mais longe pelo remédio que a enfermeira havia lhe dado.

 

Porém, a sensação de ter Sehun ao seu lado, observando cada passo provocava uma sensação ainda mais agonizante.

 

-Não se preocupe, levará alguns dias para se acostumar, e quando for volte aqui para retirarmos os pontos- A enfermeira declarou com um olhar intenso ao mesmo.

 

 

-Pode deixa que vamos vim, agora licença. - Disse Sehun não escondendo a arrogância.

 

Logo a moça retirou-se do local completamente aborrecida com o maior, porém isso não iria fazer qualquer diferença para ele. Voltou-se para Luhan que começava a se levantar e imediatamente se pôs a ajuda-lo.

 

-Está tudo bem?

 

-Não precisava ter dito isso à ela, já pode parar de fingir, Sehun. Eu entendo.  - Luhan respondeu tentando transparecer que compreendia, porém era notável uma pontada de tristeza na sua voz.

 

-Eu não estava fingindo- Respondeu sentindo seu âmago se apertar.

 

O ar que envolvia eles era tenso, ambos lado a lado e não diziam nada. Era certo que havia muita coisa a si dizer, muito para explicar mais ainda assim parecia não haver palavras certas para usar. E era isso que agoniava Luhan, estava apaixonado por Sehun e saber que estava ao lado dele onde o sentimento não era mútuo o machucada a cada passo por aquele corredor.

 

-Sehun... - O chamou fazendo ele parar de lhe acompanhar- Eu queria dizer que agradeço por terem vindo nós ajudar, se vocês não tivessem chegado a tempo... Tudo terminaria de uma maneira horrível.

 

 

-Luhan...- O maior tentou argumentar, porém ele o impediu.

 

 

-Mas eu sei que seu sentimento por mim não vai ser correspondido, não precisa fingir ser o namorado ciumento, e vejo que quanto logo nos afastamos é melhor.

 

Nunca havia se apaixonado por alguém daquela maneira, talvez nem conseguisse algo igual, porém mais do que tudo devia se priorizar e acabar com a dor de uma vez.
Mas diante do olhar calmo que Sehun exibia só o fazia concluir que estava fazendo um favor a ele em por um ponto final naquilo. Virou-se para ir quando seu pulso foi segurado pelo maior, havia delicadeza naquele toque que ao mesmo tempo transmitia formigamento em si.

 

-Eu não estava fingindo, Luhan. - Sehun disse com um tom de voz calmo e firme- Sinto ciúmes se alguém olha para você da mesma forma que eu te olho e também não estou mentindo agora.

 

O coração de Luhan batia tão rapidamente , mesmo sentindo suas bochechas esquentarem, ainda assim seus olhos estavam fixos em de Sehun.

 

-Nem agora e nem no começo.

 

 

-Co-como assim?

 

 

Sehun deu um leve sorriso de canto enquanto se aproximava mais do menor e levemente segurava seu rosto entre as mãos. Ele tremia ao seu toque. E isso o encantava cada vez mais. Seu olhar brilhava enquanto o fitava, queria beija-lo.

 

-Sou apaixonado por você desde aquele dia que tirou aquela minha foto sem querer.

 

A boca de Luhan se abriu formando um adorável "o". Lembrava-se daquele dia sempre que deitava sua cabeça no travesseiro antes de dormir. Ainda obtinha a foto na sua câmera e as vezes se pegava imaginando-a quando estava no Japão. Porém jamais imaginava que fora naquele seu pequeno deslize que Sehun acabará se apaixonando por si.

 

-No momento em que Jongin me pediu aquilo vi como uma oportunidade de me aproximar, mas acho que foi a coisa mais estúpida que já fiz... - Sehun comentou dando uma risada debochada de si mesmo.

 

Queria poder dizer algo mais sentia-se zonzo para ter coragem em abrir a boca. Leves tremores corriam por seu corpo. Sehun estava apaixonado por si desde aquele dia da fotografia!

 

-Você pode... você pode falar alguma coisa?- Ele pediu constrangido pelo silêncio do menor.

 

-Sehun eu... - O encarava sem desviar de seu olhar, para o maior parecia duas belas orbes castanhas que continham pequenos fragmentos de luz - Eu fico indignado de como você não teve coragem de me chamar para um jantar ao invés desse tipo de aproximação, porra! Se gostou de mim podia ter chegado!

 

Até aquelas luzes sumirem e um Luhan irritado surgir, arregalou os olhos e deu alguns passos para trás com a atitude repentina que logo botou indignado também.

 

-Eu não acredito que agora vai me criticar! Eu abri meu coração pra você não faz cinco segundos que já vem com paus e pedras pra cima de mim!

 

 

-Que diabo de ideia idiota, Sehun! - Luhan gritou pondo as mãos na cintura sem ligar para os olhares que recebia- "Ah, eu gosto dele... Hum, eu podia aceitar me aproximar dele para afastar-lo do seu melhor amigo e aí vamos acabar juntos".

 

Sehun abriu a boca indignado como a imitação do menor de sua pessoa. Uma imitação que achou muito mal feita como se sua expressão estivesse o tempo toda engessado.

 

-Wow! Sinceramente eu não sei o que eu estava pensando em me apaixonar por um ser como você! - Declarou dando passos para frente para trás.

 

-E eu por um troglodita feito você!

 

-Ótimo!

 

-Ótimo também!

 

-Duplo ótimo!- Sehun explodiu gritando bem alto, querendo ser a palavra final.

 

-Me beija logo, idiota!

 

O maior não pensou duas vezes em agarrar o menor pela cintura, segurando com força, e beija-lo profundamente. Suas línguas aproveitando cada parte de ambos, fazendo os arrepios caminhar por todo corpo deles, a mão de Sehun acariciava cada parte da cintura do menor sentindo seu corpo corresponder ao seu toque. Estavam separados por tanto tempo que aquele beijo só servia para os dois querem mais, até o momento de que precisavam de ar.

 

~*~

 

Ele olhava para porta desolado. Suas mãos ainda tremiam e sua blusa estava coberta por sangue fresco. Perguntaram se ele queria se trocar, mas recusou apenas querendo continuar sentando de frente para a porta.

 

Não ouvia nada. Ao seu redor conseguia ouvir choros, gritos e murmúrios. Comum de hospital. Mas na sala de Kyungsoo não escutava nada.

 

As imagens dela jogado no chão gritando de dor preenchiam sua mente em agonia. Até mesmo durante o trajeto para o hospital os seus gritos diminuíram, cada vez mais baixo. Jongin pedia para ele não fechar os olhos, segurava sua mão com tamanha delicadeza e nem se deu conta do momento em que suas lágrimas cairam no rosto do menor. O sentimento do medo o invadiu como tamanha força que não sabia como lidar.

 

Perderia Kyungsoo? Perderia seu filho? Ou perderia ambos?

 

Abaixou a cabeça deixando um soluço preso em sua garganta. Poderia ter evitado tudo isso se tivesse dito a verdade  Kyungsoo, se não tivesse se declarado na lua de mel, se não tivesse perdido o controle, e  se, e se, e se.

 

Céus! Estava odiando aquela palavra!

 

Rapidamente se levantou da cadeira ao ver uma enfermeira sair da sala, ela carregava uma bandeja com alguns utensílios no qual Jongin não saberia identificar, mas era o bastante para saber que não era nada bom.

 

-Por favor, me diga como esta meu esposo.

 

 

-Sinto muito mais tenho que fazer a troca de aparelhos imediatamente, desculpe.

 

Ela saiu correndo pelo corredor sumindo da vista do moreno. Ele pôs as mãos na cabeça começando a pensar no pior. Observou a volta da enfermeira e mais uma vez ela sumindo na sala o deixando mais desolado impossível.

 

Andou de um lado para o outro. Tentou ficar sentado. Tentou esperar a enfermeira sair mais uma vez, mas não aconteceu. Suspirou dando passos para longe daquela porta, não adiantaria nada se torturar daquela maneira. Tudo daria certo, não? Dentro de si plantava um falso pensamento positivo no qual estava odiando.

 

-Porra. -Xingou passando a mão pelo rosto.

 

E então parou. E ao olhar para o lado viu uma enorme janela de vidro no qual podia ver vários bebés numa mistura de mantas azuis e rosas. Como eles eram tão pequenos, tão frágeis... Se aproximou mais tocando o vidro, estava hipnotizado.

 

Seu filho seria daquele jeito? Talvez herda-se todos os traços de Kyungsoo, as belas orbes, o talento para música, o carinho. Talvez ele herda-se as partes boas de Kyungsoo enquanto de si teriam as piores. Imaginou como seria contra para ele como deus pais se conheceram, não iria parecer uma historia romântica, estava mais para trágica no qual era o vilão.

 

Seria esse tipo de pai?

 

-Quer ajuda? Seu filho já está aí?- Uma enfermeira com um sorriso simpático indagou.

 

 

-Han?Ah... - O moreno rapidamente limpou algumas lágrimas no canto dos olhos- Não, estou apenas olhando. Obrigado.

 

 

-Sua esposa ainda está em trabalho de parto?

 

 

-Sim e na verdade é meu esposo.

 

 

-Ah! Mais um pela radiação. - A enfermeira comentou mais para si do que para Jongin.

 

 

-Geralmente demora tanto tempo? - Jongin perguntou não escondendo o nervosismo.

 

A enfermeira ficou calada por alguns segundos como se pensasse exatamente o que dizer.

 

-Durante o procedimento existem algumas complicações.

 

Aquilo não era o suficientemente para tranquiliza-lo, na verdade, nem chegava perto. Então apenas concordou com a cabeça e voltou a atenção aos bebês. E se Kyungsoo não consegui-se sobreviver? A lembrança de JunMyeon o jogando no chão o grito ecoavam pela sua cabeça. Não conseguiria suportar essa dor, não conseguiria perdoar JunMyeon, não conseguiria perdoar aquela criança!

 

-Senhor Kim?

 

Não sabia quantos minutos havia ficado parado ali, talvez o bastante para a enfermeira que estava ao lado sumir. O bastante ao perceber que a enfermeira que estava na sala  aparecer ao seu lado segurando um manto azul nos braços.

 

-Senhor Kim... - Ela o chamou mais uma vez.

 

Jongin encarou a moça e logo desviou sua atenção para o que estava em seus braços. Um pequeno, realmente pequeno, bebê.  A manta cobria metade dele, porém era visível algumas manchas de sangue e as mãozinhas minúsculas.

 

-Meu filho... -Murmurou se aproximando dele.

 

Mas a enfermeira deu logo um passo para trás.

 

-Ainda não pode ter contato com ele. Precisamos coloca-lo na encubadora, é uma criança de apenas sete meses- Ela respondeu calmamente- Licença.

 

Jongin observou ela seguir para uma sala ao lado e foi atrás. Seus olhos o tempo todos se mantiveram nele, no seu filho, e então não conseguiu seguras as lágrimas que caíam ao vê-lo sendo colocado na encubadora.

 

Apenas sete meses.

 

~*~

Ele não estava lá quando finalmente acordou. 
Segundo Luhan e Sehun, que estavam ao seu lado no momento que acordou, ficará em repouso por dois dias. Uma situação que deixou Kyungsoo muito assustado. Sua mão levantou a barra da blusa onde abaixo de seu umbigo havia um corte coberto por pontos. Imediatamente perguntou pelo seu filho bem na hora que o médico entrava no quarto.

 

 

-Durante o procedimento tivemos complicações, a criança não estava no local certo. Levou tempo para tira-lo, tivemos cuidado para não deixar nenhuma sequela e também não comprometer sua vida- O médico explicou calmamente - é um menino.

 

-E onde ele está?

 

 

-Na encubadora. Seu peso está bem abaixo infelizmente.

 

Ouvir aquelas palavras o faz sentir completamente culpado. Seu coração estava apertado por imaginar o pior. Sua mão foi segurada por Luhan que sorriu para ele dizendo que tudo estaria bem.

 

-E ele vai ficar bem? - Sehun indagou.

 

 

-Teremos todo o cuidado para esse resultado, nesse momento ele precisa de leite e como Kyungsoo não pode fazer isso já contratamos uma Ama para isso.

 

 

-E... e eu posso vê-lo? -

 

 

-Mandarei que o tragam aqui, com licença. - O médico sorriu para eles enquanto se retirava.

 

Luhan segurava sua mão a todo instante, as vezes ele dava uma olhada carinhosa para Sehun e não precisará de qualquer outro sinal para saber que eles se entenderam. Estava feliz pelo amigo. Sabia que o mesmo nunca fora apaixonado graças a sua antiga vida, Sehun seria o parceiro perfeito.

 

-Onde está Jongin? - Indagou, estava entalado na sua garganta.

 

-Ele teve que ir na delegacia resolver sobre JunMyeon. - Sehun respondeu com confiança, querendo transmitir que estava tudo bem.

 

Estremeceu quando a porta foi aberta e uma enfermeira trazia seu filho no colo com tamanho cuidado. Engoliu a seco. Nunca tivera tanto contato com crianças e ser pai der recente seria um desafio e tanto. E não sabia muito bem reagir com a moça entregando a criança.

 

-Pode pegar-Ela falou dando uma risada de Kyungsoo.

 

Hesitou enquanto suas mãos levantavam para pega-lo. Temia deixa-lo cair. Porém tu que fez foi tanto cuidado como jamais tinha feito na sua vida. Ele era tão miúdo.

 

-Meu Deus, Kyung. Ele é uma gracinha! - Luhan exclamou  com os olhos brilhando.

 

Ajeitou com cuidado em seus braços, observando seu filho. Realmente era uma gracinha. Mesmo que dormisse profundamente. Kyungsoo estava admirado, em toda sua vida jamais imaginaria isso. Segurou levemente a pega mãozinha e acariciou com tamanha sutileza.

 

Ele era lindo.

 

E precioso.

 

Observou como ele era tão miúdo, devido ao falto de não ter completado os nove meses necessários. Porém faria de tudo para  fazer dele a criança mais saudável do mundo assim como a mais feliz também.

 

Em poucos minutos estava completamente fascinado por aquela pequena criaturinha. Tão fascinado que daria sua vida pela à dele.

 

-Ele é lindo- Murmurou ainda segurando aquela mãozinha.

 

 

-Você vai fazer jus ao título de "Papai coruja". - Luhan comentou dando uma risada.

 

-Não exagere ou vai acorda-lo. -Sehun resmungos revirando os olhos.

 

-Tudo bem não ser a princesinha que queria? - Kyungsoo indagou ao loirinho com um sorriso travesso.

 

-Desde que eu seja o padrinho dele e além do mais o faria meu príncipe de qualquer jeito.

 

Kyungsoo riu do comentário, Luhan sempre seria sua opção de apoio assim como seria para ele.

 

-Eu nem sei direito como começar, ele já nem tem roupinhas mais.

 

-Começa chamando ele pelo nome- Luhan declarou dando um sorriso animado enquanto sentia Sehun lhe abraçar por trás.

 

Kyungsoo voltou seu olhar para seu filho e sorriu. Seria um novo começo. Para ele e para a criança, pagaria seu passado de vez e começaria do zero.

 

-TaeOh, meu pequeno TaeOh.

 

E queria Jongin ao seu lado.

 

~*~

 

-Segura essas caixas direito, Luhan! - Kyungsoo exclamou com preocupação.

 

-Fica na tua, já estou fazendo isso de graça!

 

Um mês já havia se passado. Havia recebido alta do hospital onde ficou até seus pontos se curarem completamente, não dando dúvida deles se abrirem. E também um mês onde seu filho ficou na encubadoura e sendo alimentado por uma Ama. Sehun o havia presenteado com várias roupas para o afiliado no qual estava completamente fascinado.

 

Recebeu a visita de seus pais, onde uma enorme conversa ocorreu, porém agradecia bastante o jeito direto ao ponto de Sehun. Ainda podia sentir a distância de seu pai consigo, nisso não havia mudado, ainda mais por saber que seu filho havia dado a luz.

 

-Pode ficar em casa conosco. - Sua mãe ofereceu.

 

Mas recusou.

 

Assim que recebeu alta foi atrás de uma casa própria para si e seu filho. E achou. Longe da cidade dando meia hora de viajem. Uma bela casa no campo com uma enorme árvore ao lado onde uma enorme sombra a cobria.

 

-Ponha essa caixa aí do lado- Indicou enquanto deixava a sua no chão e logo se virou em direção a TaeOh que estava no berço no centro da sala, ele estava deitado segurando algum dos brinquedos ao lado.

 

-Olá meu amor- Disse fazendo carícia no mesmo onde ele logo sorriu ao ver o pai.

 

 

-Tem sorte por ele ser uma criança calma- Luhan comentou se pondo ao seu lado.

 

 

-Agradeço isso toda noite- Comentou rindo sem tirar os olhos do filho- Quer algo para beber?

 

 

-Já que ofereceu gostaria de um suco, eu cuido do Taezinho aqui.

 

Kyungsoo fez um bico por ter que se separar do filho e antes de ir para cozinha apontou para seu olho enquanto encarava Luhan. Talvez fosse algo muito comum se tornar uma mãe ou um pai super protetor com o filho, não é um objeto e sim uma vida que depende da sua.

 

-Tem falado com Jongin? - Luhan indagou da sala.

 

Pegava uma jarra com água nesse instante e sentiu seu corpo estremecer com o nome do moreno.

 

-Não. - Respondeu voltando a sua atenção para o suco.

 

Não havia tido mais nenhum contato com Jongin desde aquele dia. Fora Lohan que pegara todas as suas coisas da casa do moreno e ele também não havia o encontrado lá. Não negada que todas noites se pegava pensando onde o mesmo estaria e o que estaria fazendo.

 

Ele era um ponto da sua vida que ainda não recomeçaria.

 

-Sabe que uma hora essa distância vai acabar. - Luhan comentou aparecendo na cozinha com TaeOh no colo, ele tinha um boneco do Pororo em mãos- Hum, framboesas!

 

 

-Claro que sei - Respondeu pegando seu filho no colo enquanto o loirinho tomava o suco- Estou esperando o momento certo como Sehun disse.

 

 

-Sehun não sabe nem o momento certo de larga o escritório- O loirinho reclamou revirando os olhos.

 

 

-Foi você que resolveu continuar morando com ele.

 

 

-Para não perde-lo vista, meu amor. Já fiz isso por sete meses.

 

 

-Ah, o primeiro amor. - Kyungsoo cantarolou para provocar o amigo enquanto balança lentamente seu filho.

 

 

-Nem ouse dizer isso perto dele! Não quero dá esse gostinho a ele. - Luhan declarou virando todo o copo.

 

 

-Está vendo, meu amor? Não seja como seu tio Luluh- Alertou para o bebê dando vários beijos em sua bochecha rosada.

 

 

-Não seja como seu tio Sehun, Taezinho-Luhan advertiu apontando o dedo para o menor que tentou pegar seu dedo dando leves risadinhas- Aquilo sim não é exemplo, você vai ver quando crescer.

 

 

-Eu penso que foi um erro chamar vocês dois como padrinhos.- Kyungsoo comentou dando risada junto com o loiro.

 

E no fim do dia a casa estava devidamente pronta, talvez fosse por ela ser pequena e pelo calmo TaeOh que não largada seu Pororo e também a Luhan, que dedicou basicamente o dia todo ao seu lado. Até a hora de ir para casa. Segurava seu filho no colo enquanto se despedia do amigo da entrada.

 

Assim que entrou ficou observando seu novo cantinho completamente organizado, seu corpo pedia por um logo descanso, mas havia válido apena.

 

-Não está bonita nossa casa? - Perguntou a TaeOh que mexia os bracinhos animado- Eu também gostei.

 

Enchia aquele pequeno rostinho com vários beijos enquanto subia a escada em direção ao seu quarto. O berço estava ao lado da sua cama, se sentia mais seguro dessa maneira do que deixá-lo sozinho. Na hora do banho Kyungsoo se manteve muito concentrado para não irritar os olhinhos ou deixar cair sabão.

 

-Calma,calma... - Dizia enquanto desejava a água pelo corpinho do bebê que estremecia com água- Papai é novo nisso, então calminha.

 

Depois do banho colocou um lindo pijama branco com um gatinho na frente. Sua roupa havia ficado toda ensopada por casa da água, mas era algo trivial para o momento. Desceu às escadas indo até a cozinha esquentar o leite.

 

-Hora de comer- Comentou colocando TaeOh na cadeirinha enquanto colocava uma tigela no fogo em temperatura baixa.

 

TaeOh observava cada passo do pai, mas aos poucos foi se agitando o que deixava Kyungsoo afoito enquanto olhava para a panela e o filho. Não demorou muito para TaeOh começar a chorar, Kyungsoo se apressada para achar a mamadeira que foi dada pelo hospital e o choro do filho chegava a ser agonizante de tão alto que era.

 

-Shiiii, calma, calma... -Dizia revisando cada gaveta atrás da mamadeira- Não chora, só um minuto.

 

Assim que achou suspirou aliviado, olhou para TaeOh e viu que o mesmo tinha as bochechas molhadas por causa do choro e estava agitado. O pegou no colo com medo  de que ele pudesse cair e então o balançou lentamente para que ele parasse.

 

 

-Não chora bebê, não chora.

 

Kyungsoo pedia tentando se equilibrar enquanto colocava o leite na mamadeira. Suspirou aliviado quando o conseguiu e subiu às escadas novamente chegando ao quarto onde se sentou na poltrona ao lado é posicionou o filho nos braços, dando a mamadeira.

 

Respirou profundamente.

 

-Como uma coisinha tão pequena pode gritar tão alto?- Se indagou observando o rostinho dele enquanto aproveitava do leite- Está feliz agora?

 

Olhou para o relógio ao lado e viu que já passava das dez, precisava colocá-lo para dormir logo já que ainda nem havia tomado seu banho e jantado. Voltou seu olhar para TaeOh e vendo que a mamadeira já estava no fim, ele tinha os olhos fixos em si como se o analisa-se.

 

TaeOh não tinha seus olhos.

 

-Você tem os olhos do seu pai- Comentou enquanto também o encarava.

 

Não demorou muito tempo para TaeOh terminar a mamadeira e dar um leve bocejar. Kyungsoo o colocou com cuidado no berço e ligou a caixinha de música com uma leve canção de ninar onde lentamente ele fechava os olhos

 

-Boa noite- Disse enquanto beijava seu rostinho.

 

E então teve seu tempo para tomar banho e fazer um simples jantar, o silêncio que envolvia chegava a ser tranquilizante assim como os grilos lá fora. Seu corpo estava tão pesado e exausto, pensava como seria daqui para frente, obviamente ficaria um bom tempo sem trabalhar, não dependeria do dinheiro do Jongin, apenas para TaeOh. Esse era um assunto que mais pensava, Jongin.
Estava tão cansado que não demorou  para se jogar na cama e ir cair no sono

 

~*~

Kyungsoo acordou assustado ao ouvir o choro de TaeOh, se levantou apressado quase caindo da cama. Seu coração batia tão rápido pelo susto que ficou alguns segundos desorientado sobre o que fazer.

 

-Calma, calma. O que foi bebê? Han?

 

Perguntava mais para si enquanto pegava seu filho no solo que chorava bem alto, aquele choro chegava a doer o coração do menor, era agonizante.

 

Deixou TaeOh na sua cama e abriu sua fralda que estava encharcada de xixi. Levou alguns minutos até limpa-lo e colocar uma fralda nova, o que foi uma operação complicada por não saber muito bem usar, mas logo pegou o jeito.

 

-Pronto, foi por isso que acordou o papai? - Indagava o pegando no solo enquanto acariciava sua costinha- Ainda são seis horas, filho.

 

TaeOh deu uma risada logo se animando no braços do pai, o que fez Kyungsoo rir.

 

-Danado hein. Bom, já que estou acordando vamos começar o dia.

 

E realmente o dia estava começando, pois Kyungsoo logo foi para a cozinha preparar seu café, o que acabava se tornando difícil já que TaeOh não queria sair do braço do pai. Então tomou café segurando o filho com o braço esquerdo enquanto com o direito segurava sua xícara.

 

Tentou lavar a louça, porém tinha que esquentar o leite para o bebê que não parava quieto.

 

Depois tentou varrer a casa, havia um berço extra na sala onde tentou deixar o filho, mas o mesmo se recusava e começava a chorar. Então Kyungsoo desistiu. Queria poder ligar para Luhan e pedir uma ajuda, mas sabia que de manhã ele ficava ocupado com a galeria que havia inaugurado junto com Lay.

 

-Assim você vai acabar com o papai, Tae.

 

Na hora do banho de TaeOh, foi o momento que descobriu que seu filho havia puxado o lado mimado do pai, pois o mesmo se esperneava com a água.

 

-Não chora, é só água, shiiii, calma bebê. - Kyungsoo pedia, ou melhor, implorava.Em certo momento achou que havia deixado cair sabão no olho dele, pois o choro se tornava mais algo e aquilo o assustou  completamente.

 

Mas no fim era apenas uma birra do mesmo.

 

Já estava passando das onze e não havia preparado seu almoço, na verdade, não tinha nem o que preparar já que planejava  ir ao supermercado comprar, porém os planos não deram muito certo. Depois do banho onde tentou fazer TaeOh dormir, acabou conseguindo depois depois de vinte minutos e cantarolar uma canção de ninar.

 

-Acho canções são o seu ponto fraco- Murmurou colocando ele com tamanho cuidado no berço.

 

-Isso é demais para mim. -Declarou sentindo seu corpo tão pesado.

 

Olhou em volta e viu a casa desarrumada, havia brinquedos espalhados e a louça ainda nem havia sido lavada. Fez uma careta enquanto pegava uma cesta para colocar todo os brinquedos de volta. Talvez precisasse contratar uma empregada.

 

Ser pai era algo que nunca havia planejado,  era algo que precisava se organizar.

 

Lavava a louça com cuidado para não fazer barulho e acordar TaeOh. Já havia varrido a casa, guardado os brinquedo, arrumando o quarto, colocado a roupa para lavar e agora só faltava a louça.

 

-Talvez eu devesse fazer uma sopa- Pensou procurando algum pacote no armário, no qual, felizmente havia achado.

 

Enquanto preparava a sopa, dava uma olhada no bebê e ficava aliviado por ele dormir profundamente. Basicamente viu que esse era o melhor tempo para cuidar da casa e de si. Nunca pensou que cuidar de uma criança fosse fácil, mas também, não achava que fosse tão exaustivo como já estava sendo. E também nunca teve tanto contato com crianças e gestantes.

 

-Como se eu soubesse que podia engravidar- Murmurou para si dando uma risada.

 

Logo deu um pulo assustado ao ouvir alguém bater na porta, onde rapidamente desceu às escadas foi atender, não queria acordar o filho, pois ainda preparava a comida e estava morrendo de fome.

 

- Já vai. - Disse.

 

Mas a fome logo se encolheu ao abrir a porta.

 

-Jo-Jongin.

 

Arregalou os olhos ao ver o moreno parado na sua porta dando um sorriso de canto para si. Ele estava muito bonito. Bem arrumado usando uma calça preta com uma blusa branca com um botão aberto, sapato social e o cabelo bem penteado. Seu coração logo bateu depressa.

 

-Kyungsoo. Eu posso entrar? -Ele indagou mostrando-se calmo.

 

Diferente do menor que concordou nervoso. Jongin entrou observando cada detalhe da casa principalmente no berço que estava ao lado do sofá, praticamente encarava aquele objeto. Kyungsoo fechou a porta sentindo as mãos tremer, parecia que o momento finalmente havia chegado.

 

-Está cozinhando alguma coisa?- O moreno perguntou.

 

-O que? Ah!

 

Correu em direção a cozinha indo até o fogão verificar a panela, havia esquecido da mesma, mexeu a sopa adicionando alguns temperos nem se dando conta de que Jongin entrava no recinto e o observava.

 

-Sopa? - Ele perguntou franzindo a testa.

 

 

-Não tive tempo de ir ao mercado. -Respondeu apagando o fogo e deixando o vapor sair. - Vai querer?

 

 

-Não,obrigado. Já comi.

 

Kyungsoo concordou enquanto lavava os talheres que havia usado, obviamente perderá toda a vontade de comer, principalmente na frente de Jongin.

 

-Parece cansado. - Jongin comentou observando cada feição do menor.

 

 

-É que... TaeOh me acordou com seu choro - Declarou ainda de costa para ele enquanto enxugava a mão no guardanapo.  Por quê seu corpo ainda estremecia? Será por que ele já se dava conta do que sentia por ele?

 

 

-Minha mãe costumava dizer que eu chorava o tempo inteiro- Jongin disse dando uma risada à recordação.

 

-Talvez seja a genética- Kyungsoo pensou em voz alta logo se virando.

 

Ainda era uma situação estranha para ambos. Não era nada carnal que os ligava e sim um filho.

 

-Acho que já sabe por que estou aqui- Jongin começou fitando o menor olho a olho.

 

Kyungsoo concordou fazendo um gesto para ele se sentar. Cada um em uma ponta. Seu corpo sentir cada arrepio percorrer enquanto o olhava. O silêncio já estava ali, assim como a luz fraca do sol e o barulho dos passaros lá fora.

 

-Sinto muito por não ter estado ao seu lado quando acordou- O moreno disse com a voz firme assim como seu olhar, ele exalava determinação.

 

 

-Eu entendo... Você tinha assuntos para resolver sobre JunMyeon.

 

 

-Não só dele como a empresa, a família de Minseok e entre outros. Mas isso tudo já foi esclarecido.

 

Jongin suspirou ao tirar de dentro do bolso papéis bem dobrados junto de uma caneta ao lado, o colocou sobre a mesa com um olhar de reprovação, mas se mostrava necessário.

 

-O que é isso? - Kyungsoo perguntou franzindo a testa.

 

 

-Papéis do divórcio.

 

Observou aqueles papéis sentindo-se angustiado em olhar para eles.

 

Kyungsoo juntou sua mão desviando o olhar por alguns segundos, não conseguia sustenta-lo como Jongin fazia consigo.

 

-Mas agora eu preciso cuidar de nós. - O moreno declarou sem desviar seu foco, sabia que o menor estava receoso.

 

Uma pontada de nervosismo acertou o coração de Kyungsoo. Tudo seria definitivo ali. Naquela casa com seu filho dormindo no quarto acima. Talvez Jongin viesse com um contrato para ter a quarda ou algo para ficar a cada seis meses com TaeOh e sinceramente aquilo o apavorava.

 

-Jongin eu...

 

 

-Não vou desistir de você, Kyungsoo.

 

Porém um momento podia jurar que seu ar iria falhar com aquela afirmação. Arregalou os olhos encarando Jongin não acreditando naquela decisão, quer dizer, sabia muito bem que essa seria uma atitude dele, mas dessa vez era com palavras e não com atitudes tomadas no calor do momento.

 

-O que?

 

Por que seu coração batia freneticamente? Não de repulsa, mas de ansiedade por aquilo. Por que quando o olhava sentia tudo aquilo? Não foi ele que fez a sua vida virar completamente do avesso?

 

-Eu queria poder dizer que depois de tudo que fiz, depois de ter mentido e me aproveitado da sua situação depois de ter perdido a memória... - As mãos de Jongin tremiam, mas ele a  segurava com força e ainda mantinha seu olhar fixo nós de Kyungsoo, e ainda assim havia dor ali. - Eu realmente queria dizer que depois de tudo eu deveria desistir de você.

 

Um nó se formava na garganta de Kyungsoo, doía. Já não havia mais sol e os pássaros já não cantavam. E seus olhos se desviando de Jongin, no fim de tudo ainda continuava doendo.

 

Lembrava-se do momento em que encontrá ele pela primeira vez, sempre havendo desejo em seu olhar. Lembrava-se do casamento a força onde agora havia   seu modo mimado em ter de volta aquilo que já lhe havia pertencido. Todas as imagens passavam como um lento flash-back pela sua mente. Levantou seu olhar, o fitando.

 

Havia medo nos olhos de Jongin.

 

-Mas o meu egoísmo me impede de fazer isso. - Ele riu debochando de si mesmo desviando o olhar pela primeira vez.

 

Engoliu a seco mordendo os lábios com certa força, suas mãos tremiam.

 

-Eu realmente queria ser esse tipo de pessoa, Kyungsoo. Mas não consigo.

 

Sua boca se abria várias vezes tentando encontrar as palavras presas, talvez fosse algo realmente preso, pois uma lágrima  acabou caindo, descendo lentamente até seus lábios levemente rosados e trêmulos.

 

-Por quê, Jongin? - Finalmente conseguiu indagar mesmo com a voz trêmula.

 

 

-Por que te amo.

 

Jongo riu triste engolindo a seco mais uma vez, das vezes que dizia essas palavras nunca chegaram a doer como agora. Talvez por que no fundo sentia que elas não valiam nada depois de tudo que havia feito para Kyungsoo.

 

-E eu sinto muito te amar dessa maneira suja, Kyungsoo- Continuou sentindo a voz embargar pouco a pouco.

 

Um soluço escapou da boca de Kyungsoo que tentava limpar suas lágrimas desajeitado. Mesmo com a visão embaçada podia saber que Jongin também chorava e não por si, mas por lhe fazê-lo chorar. Sentimentos tão intensos acabam sendo os mais dolorosos.

 

-Mas eu não posso te prender novamente- Jongin continuou deixando suas lágrimas cair, seu coração doía em ter que admitir- Por que é o que dizem, não? Se eu te amo devo te deixar ir.

 

Ir? Antigamente era o que Kyungsoo mais desejava, ser ver livre das garras do moreno e quando finalmente a teve. Mas ao invés de ficar feliz, o único sentimento que conseguiu sentir foi um enorme vazio dentro de si. Um vazio no qual queria ser preenchido por Jongin. Agora ir soava uma ideia apavorante.

 

-Mesmo que isso acabe comigo, não quero ter apenas meu filho, mas também você ao meu lado.

 

 

-Jo-Jongin... -Queria dizer o que sentia.

 

 

-Eu prometo mudar! - O moreno rapidamente o interrompeu se levantando da cadeira e se jogando de joelho aos pés de Kyungsoo que arregalou os olhos com o ato- Se me der mais uma chance eu posso fazer você me amar, se... se você me deixar tentar eu posso fazer a nossa família feliz e apagar tudo que eu já fiz de errado.

 

Uma pontada de felicidade lhe invadir, mesmo que para um situação estranha, mas porque sabia que Jongin já havia mudado. Quando estava no hospital e Sehun havia lhe confirmado algo que sempre desconfiara.

 

"Quando você perdeu a memória, foi uma oportunidade para Jongin refazer tudo que ele fez. Ele queria mostrar como te amava e quando você recupera-se a memória, poderia dar uma chance a ele. "

 

Estava feliz porque recordava os momentos em que Jongin se mostrava realmente apaixonado e não com aquele jeito de querê-lo a força, estava feliz porque se lembrava de cada palavra de amor. Quando esteve longe dele se viu querendo estar ao lado dele, em sonhos e desejos, mesmo quando fugiu de medo, agora compreendia finalmente o seu amor. Por isso estava feliz.

 

Porque o amava.

 

-Jongin... - O chamou encarando aqueles olhos cheios de esperança e desespero- Eu não quero isso.

 

O moreno arregalou os olhos e sentiu o pânico o invadir ao sentir ao mãos de Kyungsoo se afastarem das suas. Tentou dizer algo, porém nada proferiu, as lágrimas caíam uma de cada vez. Observou ele se dirigir aos papéis do divórcio já esquecido sobre a mesa.

 

-Não, Kyungsoo! Por favor, me escuta...- Pedia se levantando rapidamente do chão.

 

Mesmo assim ele pegou a caneta com firmeza e assinou seu nome onde constava no devido local. Incrível como um pedaço de papel e caneta fizeram por si em alguns segundos, agora estava devidamente divorciado. Jongin encarou o chão completamente derrotado, limpou as lágrimas com as costas da mão, esse já era o fim então. Encarou a assinatura de Kyungsoo no papel e riu seco.

 

Se sentia um tolo por mais uma vez, tudo doía dentro de si, parecia que Kyungsoo nunca poderia ficar consigo. E cada segundo a mais saber disso o fazia querer sumir. Suspirou logo pondo sua mão naqueles papéis, queria logo sair dali, mas  as mãos de Kyungsoo logo se puseram sobre a sua. Ergueu seu olhar fitando aqueles olhos que tanto amava e para sempre amaria.

 

-Eu não quero que seja desse jeito... - Kyungsoo disse fitando o moreno em seus olhos, mesmo que houvesse a interrogação estampada na sua face- Eu não quero começar uma nova vida encima  de outra.

 

-Co-como...?

 

 

-Eu quero recomeçar e afundar tudo que aconteceu, quero apagar tudo, JunMyeon e a minha antiga vida, não quero apenas colocar embaixo do tapete e sim apagar completamente, Jongin. - Kyungsoo dizia se mantendo calmo ainda encarnado o moreno, seus olhos se enchiam de lágrimas que ainda não caíam.

 

-Então você tá dizendo...

 

 

-Eu te perdoou, todos aqueles momentos e as atitudes, eu te perdoou. Porque eu sei que você já mudou e eu te amo por isso.

 

O som daquelas palavras foram como a solução que o moreno mais buscava durante toda a sua vida. Arregalou os olhos com a confissão, chorar demonstrava que um fraco, mas na verdade era o contrário.

 

- Ama? - As mãos do moreno seguraram o rosto de Kyungsoo com delicadeza, ele indagava dando um sorriso bobo misturado com lágrimas.

 

O menor  também sorriu balançando a cabeça.

 

Os pássaros voltaram a cantar a sua típica canção e os dois se encaravam com a mesma sensação. As mãos de Jongin eram macias enquanto acariciava o rosto do menor,  o alívio que eles sentiam preenchiam cada buraco perfurado por esses corações que ao longo do tempo sofrerão com seus egos. Parecia que nada mais impedia eles de serem felizes juntos.

 

Não havia ódio e nem medo.

 

Finalmente havia amor mútuo.

 

Quando seus lábios se juntaram, começou lentamente, até mesmo tímido. Kyungsoo estava agora completamente consciente do seu desejo. O gosto que havia naquele beijo não era doce e sim salgado, o gosto das lágrimas que se misturavam enquanto aproveitavam cada parte. As mãos dele desciam lentamente até a cintura de Kyungsoo para trazer o corpo dele para perto de si.

 

Queria que durasse para sempre. Cada  gosto, cada toque e felicidade.

 

Até o choro de uma adorável criança preencher o local. Kyungsoo se afastou rindo, estava adorando aquela sensação, parecia que finalmente poderia perdoar é seguir em frente.

 

 

-Parece que alguém acordou. - Jongin comentou dando um leve risada ainda agarrado ao menor.

 

 

-E parece estar com fome, é melhor eu esquentar o leite. - Kyungsoo comentou se afastando do moreno mesmo não querendo. - Enquanto isso, pode subir até o quarto.

 

 

-Parece que já estamos agindo como um verdadeiro casal- Disse fitando o menor, como se precisasse que ele concentisse tal fato.

 

 

-... Vai ver o seu filho, Jongin. - Kyungsoo respondeu dando uma pescada a ele.

 

Rapidamente o moreno foi até o quarto, onde TaeOh ainda chorava, hesitou ao entrar e se aproximar do berço. Se lembrava quando o viu sendo colocado naquela encubadora e aquela cena havia o destroçado por completo. Mas agora ele parecia mais fortinho e com uma garganta no mesmo nível.

 

-Calma, calma, o papai chegou. - Dizia sorrindo de orelha à orelha o pegando no colo enquanto dava tapinhas bem leves em sua costa. - Meu filho, seu pai voltou... Sim, sim... Sou seu pai. Você tem dois pais. Mas a mim você vai chamar de Appa e o Kyungsoo de Omma.

 

Falava enquanto o balançava o filho, TaeOh agitava os braçinhos enquanto dava aquela risadinha gostosa fazendo Jongin também rir. Enchia aquele rostinho de beijos eufóricos pela tamanha fofura.

 

 

-Parece que alguém está animado. - Disse Kyungsoo entrando no quarto com a mamadeira nas mãos.

 

-Olha, veja como ele se diverte! - Jongin dizia animado.

 

 

Kyungsoo sorriu sem jeito enquanto os observava, mesmo que tudo estivesse em seus conformes, ainda assim voltar ao normal leva algum tempo. A sua frente podia estar o homem que amava, mas que também tinha seu lado sombrio. Mas o passado devia também estar em seu devido lugar.

 

Pegou TaeOh no colo para dar a mamadeira, no qual ele a tomava com bastante vontade, Jongin não conseguia tirar o sorriso de tamanha felicidade em ver agora às duas pessoas que mais amava ali na sua frente. Finalmente...

 

Finalmente podia amar sem medo.

 

~*~

 

Um ano depois

 

-Pode beija-lo.

 

Sehun exibiu um enorme sorriso e não esperou mais nenhum segundo para agarrar Luhan, seu esposo, e beija-lo com tamanha volúpia. Houve uma explosão de gritos e palmas atrás de si, mesmo assim não parou o beijo e Luhan também demonstrava que não estava com a menor vontade de parar, pois segurava o pescoço de Sehun com força.

 

-Finalmente sou o senhor Oh... - Luhan murmurou no ouvido do maior assim que o beijo se cessou- Apesar de tal nome não ser lá aquelas coisas.

 

 

-Se não gostou podemos terminar agora.

 

 

-Nem vem! Estou adorando a cara da sua mãe.

 

Luhan sorria de orelha à orelha,se agarrou ainda mais na cintura do maior enquanto acenava para os convidados, principalmente a sua nova sogra,que forçava um sorriso enquanto seu marido parecia nem ligar para tudo aquilo. Em uma manhã, Luhan e Sehun, estavam de conchinha apreciando cada minuto do carinho até que Sehun lhe propôs.Nada elaborado, apenas um pedido momentaneo valia muito mais.

Era uma cerimonia simples, em uma propriedade de Sehun que tinha um enorme jardim encima de uma montanha dando para ver o mar lá embaixo. Tudo estava tão lindo e significante.

A festa correu muito bem, a musica variada, muito comida no qual Luhan caia de boca. Todos estavam felizes.

-Nem acredito que meu bebê casou!- Kyungsoo exclamou abraçando o amigo com toda sua força.

 

-Tive dá o melhor sexo da vida de Sehun para tal milagre.

 

Sehun, que estava ao lado, revirou os olhos, mas não deixou de dar uma risada. Era isso que amava em Luhan, sua lingua afiada e como ele podia ser completamente docil. Viu Jongin se aproximar e o abraçou, conversaram por alguns minutos enquanto Luhan e Kyungsoo faziam o mesmo.

 

-Onde esta TaeOh?- Sehun perguntou olhando ao redor, adorava brincar com aquela criança.

 

-Esta com a babá brincando com as outras crianças- Jongin respondeu.- Ah, sabiam que semana passada ele falou sua primeira palavra?

 

-E qual foi?

 

-Ele chamou o Kyungsoo de “Omma”!- Jongin explicava com um enorme sorriso.

As risadas de Sehun e Luhan fizeram Kyungsoo sentir um leve rubor no rosto e então rir. TaeOh teve a influencia de Jongin o tempo todo lhe pedir para falar “Diz “Ommar”, diz.” Ficou sem reação de inicio, já que era estranho, mas o modo fofo e desengonçado do filho em pronunciar ganhou seu coração.

Logo riu com os amigos.

 

-Mas então, quando vão se casar?- Luhan perguntou com os olhos brilhando.

 

-Er... Ainda não sabemos. –Kyungsoo respondeu coçando de leve a nuca.

 

-Na verdade, saberiamos, se você não recusa-se as vezes que eu te propos. – Jongin disse como se tal fato o irrita-se, o que na verdade, irritava.

 

Luhan e Sehun vendo que poderiam começar uma discursão logo mudarão de assunto. Hora do brinde. Ambos se misturaram com os convidados e então foi surgindo cada comentário sobre os noivos que as risadas invadiram aquele jardim. Eles dançaram, cantaram e comeram bastante.

O simples tornava tudo perfeito.

Luhan as vezes pegava olhando para Sehun e sentia seu coração bater como um descontrolado. O amava com todas as forças. Ele fazia esquecer seu passado, de um garoto que dormia para ganhar dinheiro, para um homem casado e feliz ao lado dele. O mesmo sentia em relação a Kyungsoo, via seu amigo feliz segurando TaeOh no colo ao lado de Jongin e sorria. Deois de JunMyeon ter sido preso, depois de Lay ter expandido seus negócios, tudo estava em seu lugar agora.

 

Finalmente.

 

 

~*~

 

Os gemidos de Kyungsoo ecoavam pelo quarto, mesmo com ele tentando cobrir sua boca para não fazer tanto barulho, não conseguia se concentrar em tal tarefa. Os movimentos vai e vem que Jongin fazia sob si o deixava cada vez mais extasiado de prazer. Suas pernas fecharam em torno da cintura do mesmo fazendo com que o membro do moreno afunda-se mais.

-AH!

 

Segurou as costas dele acompanhando suas investidas. Ao pé do seu ouvido podia ouvir os gemidos do mesmo, sentia seu corpo se arrepiar. As mãos de Jongin apalpavam cada parte do menor até segura com força em sua cintura e a velocidade aumentar cada vez mais, adorava ouvir os gemidos de Kyungsoo, adorava ver sua expressão em puro prazer.

-Kyungsoo... – O chamou, fazendo com que seus olhos se abrissem e o fita-se –Eu te amo.

 

Não demorou muito até ambos gozarem, suas respirações ofegante eram ouvidas juntas. Kyungsoo sentia uma pontada de vergonhas pelos seus gemidos, obviamente que eles foram alto o bastante para qualquer visinho ouvir, mas quem disse que Jongin colaborava?

Seu peito descia e subia, estava suado e cansado.

O que não era diferente de todas as noites que fazia com o moreno. Ele chegava a ser insaciável,porém adorava toda as essas noites de amor e as declarações que vinham juntas.

 

-Você esta bem?- Jongin  perguntou apoiando o rosto nas mãos enquanto encarava o menor.

 

-Sim, só cansado. Você sempre é malino –Comentou fazendo um biquinho.

 

 

Jongin deu uma risada de canto enquanto o fitava, como podia deixa-lo de amar? Estava tão feliz que tudo estava indo bem com ele. Todo passado parecia ter ficado em seu devido lugar. Mas então, teve um fato que o fez tirar seu sorriso do rosto e torna-lo sério.

 

-Acho que vou ver TaeOh... –Kyungsoo comentou pronto para se levantar da cama.

 

-Kyungsoo. –Jongin o chamou com uma voz séria.

 

-O que?

 

-Por que não quer casar comigo?- O moreno perguntou levantando o olhar.

 

Kyungsoo imediatamente arregalou os olhos com tal pergunta, suas bochechas logo esquentara o que fez desviar o olhar para o chão, engolindo a seco.

 

-Você ainda sente alguma raiva de mim?

 

-Não! – O menor exclamou rapidamente, agora estava nervoso.

 

-Ou será que ainda não me perdoou de fato?

 

-Jongin, não diga isso... –Pediu sentindo um nó na garganta, como de uma declaração de amor passou a um debate?

 

O moreno ergueu seu corpo sentando-se de frente para Kyungsoo, ele estava sério até mesmo apreensivo.

 

-Então o que é?- Era algo que sempre se indagava mais nunca tinha coragem para perguntar.

Kyungsoo ficou alguns segundos sustentando o olhar do maior, ele estava sério e aprenssivo, mas ele tinha suas razões. Depois que se mudaram para casa dele e começaram a morar juntos, foi o primeiro passo para o começo. Ele realmente havia mudado, porém seu ciúmes continuava o mesmo, o que na verdade Kyungsoo adorava. Jongin havia lhe proposto três meses depois, mas para si ainda não era hora.

Tudo esta bom.

Cada beijo, cada noite de amor, cada toque que fazia seu corpo se arrepiar, cada momento com o filho. Tudo estava perfeito.

Segurou o rosto dele com suas mãos e acariciou de leve, a barba estava crescendo, parecia que cada dia ele estava mais bonito.

 

-Não tenho mais nenhuma magoa de você, Jongin... –Começou com a voz calma enquanto o encarava – Eu já te perdoei a muito tempo, então não pense que ainda guardo isso comigo, porque tudo que tenho dentro de mim é o meu amor por você.

 

-Então porque recusa?- Ele perguntou segurando a mão do menor.

 

Porque tinha medo, medo de que todo esse momento acabasse. Mas agora que pensava nisso via que era uma atitude idiota, o casamento siginificava conviver juntos, criar uma familia. Bom, era algo que eles já tinham.

 

-Porque sou um idiota. –Respondeu sorrindo á ele.

 

Jongin revirou os olhos rindo também para logo beija-lo que começou calmo, mas logo foi se intensificando. As mãos do moreno desciam cortonando o corpo do menor, podia sentir como isso o fazia se arrepiar, e adorava provoca-lo dessa forma. Impulsinou seu corpo para ficar encima dele descendo os beijos até o pescoço.

 

-Jo-Jongin, acabamos de fazer. – O menor protestou já sentindo o membro do moreno ganhar vida.

 

-Temos a noite inteira para isso- Ele resmungou entre beijos e chupões que andava no pescoço do mesmo, até parar. –Mas antes, quero saber se quer casar comigo?

 

-É serio que você quer me propor dessa forma? Assim? Com uma ereção encima de mim?- Kyungsoo indagava indignado.

 

-É o que tem para hoje, além do mais, eu já te propus no restaurante mais caro da cidade, na Torre de Namsan, no seu anivérsario, nos feriados e você recusou todos eles.

 

-Mas...

 

-Mas nada Kyungsoo! Você casar comigo sim ou não?

O menor sentiu as bochechas corarem em ver como Jongin se empenhavam naquele ato, podia ser diferente, podia ser algo que esconderia de TaeOh quando ele perguntasse como o pai havia lhe proposto casamento. Mas de todo os pedidos, esse foi o melhor.

 

-É claro. –Respondeu puxando o moreno para um beijo molhado e estalado.

O que não durou muito, pois o choro de TaeOh invadiu o quarto fazendo Jongin resmungar enquanto Kyungsoo se levantava para ir até o quarto do filho, toda vez que ele chorava, corria imeditamente para vê-lo. Não demorou muito para Kyungsoo voltar com o filho no colo e sua carinha de choro e sono.

 

-Acordou cedo, campeão. –Jongin comentou pegando o filho dos braços do menor.

 

Kyungsoo sorriu enquanto se sentava na cama apoiando sua costa na parede, assim como Jongin fazia, com TaeOh no meio deles.

 

-Papai e mamãe vão casar, sabia?- Jongin contava com um enorme sorriso.

 

-Mãe uma ova. –Kyungsoo resmungou fazendo bico

 

-É mãe sim, Taezinho te chama assim.

 

-Porque você ensinou á ele!

 

-Omma... –TaeOh falou com a voz baixa enquanto encarava Kyungsoo.

 

-Ta vendo? Nosso filho é esperto.

Kyungsoo revirou os olhos rindo com os comentários do seu futuro marido, se aproximou mais deles colocando o filho no colo enquanto sentia o calor do corpo do moreno. Ficaram em silêncio apreciando aquela sensação. As vezes não era necessário palavras para descrever os sentimentos, os olhares bastavam, os gestos, o carinho.

Levou tempo até que o amor finalmente os dominasse, levou tempo até que ambos se entregassem completamente, mesmo com tamanhos obstaculos que tiveram que enfrentar, mesmo com o tamanho da dor... Eles finalmente podiam ficar juntos e aproveitar do amor que agora era eterno.

 

~*~

FIM

 

 

 

 


Notas Finais


Não sei se foi perfeito, mas eu realmente gostei. Gente, eu já to com aperto no coração! Eu quero agradecer de novo quem acompanhou a fanfic até o fim, sei que levou tempo, mas graças a Deusa foi possível.

✦INSTA: @miihamarall
✦TUMBLR: wtfprada.tumblr.com
✦BLOG: http://teoremasit.blogspot.com.br.

Eu quero abraçar todos que comentaram e curtiram a fic <3
Acompanhem minhas próximas fanfics que vão sair e é só, né? Hahaha
Comentem bastaaaaaaaaaante, até a próxima.

XOXO Allera.


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