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História Arcano - Capítulo quatro: chamada


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 4 - Capítulo quatro: chamada


A noite chegou, e com isso, o fim do expediente. O investigador Sato e a delegada foram para casa, dessa vez não como colegas de trabalho, mas apenas eles mesmos, um casal. Já era um tanto tarde quando chegaram em casa, e resolveram pedir uma pizza enquanto assistiam o noticiário da noite.

O jornal já mencionava muito mais informações sobre o caso: o nome de Maito Gai fora liberado publicamente, para que família e amigos pudessem fazer o reconhecimento, e pouco depois disso, um jovem que dizia ser filho adotivo dele, chamado Rock Lee, apareceu na delegacia, e confirmou a identidade do pai. Agora, tinham uma vítima, e uma causa de morte. A questão da carta de tarot, por consenso, não havia sido divulgada, sabendo que poderia piorar uma situação já ruim. Se muitas pessoas já deixavam de apoiar a causa dos ciganos pelo uso de pichações e desobediência clara, com um assassinato (que poderia tranquilamente não ter sido cometido por um deles, e sim por um farsante que visava justamente incriminá-los), a situação poderia piorar. Em tempos de crise, o medo sobrepõe a razão nas massas, e seria muito fácil para Orochimaru, portanto, conseguir fazer seu projeto de lei passar. Já tinham visto essa história antes, e antes que as consequências desastrosas viessem, seria melhor evitá-las.

— E até agora, nem sinal do assassino, ou mesmo de pistas... Não temos nem mesmo um nome. — Pain suspirou, sentindo-se cansado.

— Sim. O pior de tudo é que o Gai não tinha inimigos abertos, por onde pudéssemos começar a investigar, ele era na verdade, uma pessoa muito querida na região, o homem que encontrou o corpo dele o reconheceu também... Não sei, não consigo pensar em alguém que quisesse matá-lo de maneira específica, por alguma rivalidade ou por vingança, sabe? — a mulher de cabelos azuis respondeu.

— É, eu concordo com você. Parece ser o típico caso de um cara que estava na hora errada, no lugar errado. Foi morto porque o assassino queria matar alguém, e ele estava fácil.

A campainha tocou, e era a pizza chegando. Ele se levantou do sofá e foi atender a porta, antes que o pedido esfriasse muito.

(...)

A manhã seguinte foi calma, e até o início da tarde, tudo estava estranhamente quieto. Nenhum pronunciamento das figuras de autoridade, nenhuma ligação sobre denúncia de alguém suspeito relativo ao caso do homicídio de Maito Gai... Tudo estava calmo até demais, e isso parecia muito forçado para uma metrópole como Tóquio. Às duas da tarde daquela terça-feira, receberam enfim um chamado, embora não relacionado com nada disso: algumas alunas de um colégio católico tradicional no distrito de Edogawa disseram ter ouvido gritos na sala da diretora do colégio, a madre superiora, e como estava trancada e ninguém tinha a chave, estavam preocupadas. Pelo relato de uma das alunas, apavorada, os gritos continuavam, e ninguém sabia o que estava acontecendo.

A delegada, o investigador Sato, Itachi e mais alguns policiais foram atender aquele chamado peculiar (em todos esses anos, era a primeira vez que recebiam um chamado daquele colégio, então deveria ser realmente algo grande). O Colégio Madre Misericórdia ocupava uma grande área, sendo um internato, e abrigava mais de cinco mil alunas entre seis e dezoito anos, além de professores e funcionárias. Os prédios de tijolos aparentes eram bem visíveis mesmo de longe, e ele era certamente prestigiado. A madre, como uma das policiais mencionara, já havia aparecido na televisão diversas vezes por conta de suas obras de caridade, que incluíam dar casa e educação à muitas garotas que eram órfãs ou que não podiam pagar por isso, sem qualquer custo. O trajeto não era muito longo, mas o fato de verem tantas garotas uniformizadas, além de outras freiras e professoras, esperando perto do altíssimo portão de ferro, fez com que sentissem um desconforto sem igual. A expressão de terror no rosto de todas aquelas mulheres era uma imagem impactante demais para passar despercebida.

Assim que estacionaram a viatura, uma das mulheres, uma professora que parecia ter seus trinta e poucos anos, abriu o portão. Ela tinha cabelos castanho avermelhados presos em um coque e olhos verdes, mas parte de seu cabelo cobria um de seus olhos. — E-eu sou a professora Mei Terumi, p-por favor, venham por aqui. Nós não temos certeza do que aconteceu, mas ninguém responde, não temos a chave, e a porta é muito pesada para arrombar. — ela explicou, apressadamente e de maneira muito nervosa.

— E o que aconteceu, exatamente, Terumi-san? — Konan perguntou.

— Por volta de uma e cinquenta, duas horas, ouvimos gritos na sala da madre superiora. Perguntamos se estava tudo bem, mas não havia resposta, ela continuava gritando desesperadamente, mas a chave estava lá dentro, com ela. Mas agora... Já faz uns cinco minutos que está tudo silencioso, ninguém responde do lado de dentro. A sala é no terceiro andar, por aqui, precisamos subir as escadas.

— Se me permite a pergunta, por que chamar a polícia e não uma ambulância, ou o corpo de bombeiros? Ela poderia ter sofrido um mal súbito, não sei. — Pain sugeriu.

— É porque ela estava gritando por socorro, pedindo que alguém se afastasse dela, senhor. N-nós... Nós achamos que alguém invadiu a sala dela. — Mei falou. Todos os rostos ficaram subitamente mais sérios naquele momento, diante dessa revelação. Eles finalmente chegaram a uma sala, com uma porta grande, larga e muito pesada de madeira maciça, e a professora disse — É aqui. É essa a sala.



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