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História Arcano (Jeon Jungkook - BTS) - Trouble


Escrita por: xpeachy

Notas do Autor


Oi, meus amores! ♥️
Já começo pedindo desculpas pela demora, eu tive bastante dificuldade com esse capítulo, apesar de ser pequeno... mas aqui estou! O próximo não vai demorar tanto como esse, assim espero KKKK
Espero que gostem e boa leitura ♥️🥰

Capítulo 18 - Trouble


Jeon Jungkook 

— O que você quer dizer com isso? — _______ me perguntou com a testa franzida, logo após ler a minha mensagem. Dava para perceber em suas expressões que ela estava tensa, assim como eu.

Naquele momento eu não consegui responder, apenas segurei um pouco mais forte a mão da minha garota debaixo da mesa e levantei os olhos para poder encarar o Kim, que mantinha os seus olhos negros sobre ela. 

Apertei o punho da minha mão desocupada com força e trinquei o maxilar, ele parecia tão diferente ali na frente de todos, totalmente inofensivo aos olhos inocentes. Mas não aos meus, eu sabia bem que aquele homem parado na frente da sala distribuindo sorrisos simpáticos, na verdade era um criminoso.

E um dos maiores filhos da puta que eu já conheci.

O diretor saiu da nossa sala e o Kim se sentou na mesa onde deveria estar o nosso professor de história de verdade. Ele colocou seus óculos de grau e ligou o notebook, olhando algo naquela tela atentamente.

— _______ Sanchéz e Meredith Carter, vocês deveriam apresentar um trabalho hoje, certo? — ele perguntou para as duas, mas dirigiu o olhar apenas para ______.

— Sim, senhor Kim — Meredith respondeu atrás de mim quando _______ não disse nada.

O Kim voltou a olhar algo no notebook, parecia tão concentrado que ele quase conseguia me convencer com a sua atuação.

— Entendi, vocês não precisam mais apresentar o trabalho, apenas encaminhe ele ao meu e-mail que eu vou corrigir e lançar a nota — ele apontou para o quadro branco, onde ele havia escrito o seu nome e seu e-mail.

— Maravilha! — Meredith comemorou e balançou ______ pelos ombros, animada. A minha garota apenas olhou para trás, dando um sorriso sem mostrar os dentes para não deixar a amiga sem graça. 

Aquela aula pareceu durar uma eternidade para mim, eu permaneci calado o tempo todo, tentando descobrir o motivo daquele homem estar ali e já planejando como eu poderia me livrar dele. Quando o sinal tocou e o "professor" saiu da sala, eu pude finalmente respirar um pouco mais aliviado.

— Galera, vocês querem dar um pulo lá em casa? — Hoseok sugeriu, já se levantando da cadeira e jogando sua mochila nas costa — Os meus pais estão viajando, vocês podem dormir por lá e amanhã aproveitamos o Halloween juntos, podemos ver alguns filmes, invocar capeta ou algo do tipo.

— Ah, eu topo! — Meredith respondeu prontamente e deu um sorrisinho — Ouvi dizer que você tem uma piscina aquecida maravilhosa, é verdade?

— Olha só, sua interesseira — ele resmungou — Vou mandar uma mensagem para a Yeri ir também. E vocês dois? — Hoseok dirigiu a pergunta para _______ e para mim. Ela trocou alguns olhares comigo, um pouco perdida como se não soubesse o que responder.

— Nós vamos sim — eu sorri sem mostrar os dentes — Vocês três podem ir na frente, eu encontro com vocês por lá. Tenho que tirar uma dúvida com o professor antes — menti. ______, como já havia entendido tudo, cruzou os braços e me encarou.

— Os dois podem ir, eu também tenho que tirar uma dúvida com o professor — ela ergueu uma sobrancelha, me olhando.

Eu suspirei e segurei a sua mão, a puxando até o fundo da sala onde poderíamos ter um pouco mais de privacidade e ninguém nos escutaria.

— Carinõ, por favor... eu preciso que você vá com o Hoseok e a Meredith — eu disse baixinho, fazendo um carinho sutil com o meu dedão na sua mão — Eu não quero você se envolva mais nisso, já basta aquela vez na Irlanda — ela arregalou os olhos — Eu prometo que vou te contar tudo mais tarde, mas agora eu preciso resolver isso antes que algo aconteça.

— Espera, então você quer dizer que o James é um deles? — ela sussurrou.

— Quando nos encontrarmos na casa do Hoseok, eu vou esclarecer tudo — ela fez um bico, mas pareceu concordar — E não faça esse biquinho, ou então eu vou ser obrigado a te beijar aqui na frente dos nossos colegas — coloquei sorrateiramente minhas duas mãos sobre a sua cintura. 

— Tudo bem — suspirou — Só não faça nenhuma besteira... estou preocupada com você — ela mordeu o lábio inferior e desviou o olhar do meu — Não faça nada de cabeça quente, lembre-se que é um professor aqui, e você um aluno. 

Eu sorri.

— A gatinha está preocupada comigo? — passei a língua sobre os lábios e a puxei pela cintura até que ela ficasse com o corpo colado com o meu. A minha garota apoiou suas duas mãozinhas sobre o meu peito, me olhando com aqueles olhinhos brilhantes que me fascinavam tanto e sacudiu a cabeça positivamente. Ah, esse ato tão simples fez com que o meu corpo se esquentasse de felicidade — Não precisa se preocupar comigo, juro que vou voltar inteirinho para você.

______ riu baixinho e ficou na ponta dos pés para alcançar a minha boca, seus lábios cheirosos por causa do gloss de cereja tocaram os meus, que já imploravam por ela. Acho que o seu objetivo inicial era apenas me dar um selinho, mas eu não consegui resistir e a encurralei contra a parede da sala, aprofundando o nosso beijo sem nos importar com as pessoas que ainda estavam na sala. 

Ela separou os nossos lábios lentamente e deu uma risadinha.

— Eu espero que volte inteirinho mesmo — ______ passou o dedão ao redor dos meus lábios e eu sorri — Olha só, agora você está todo lambrecado com gloss — deu uma risada.

— Me lambreca um pouquinho mais, carinõ — sussurrei manhoso e ia me aproximar novamente para beija-la, mas fui interrompido.

— Muito bonito os dois, fazem a gente esperar para os dois ficarem se pegando no fundo da sala — Hoseok disse fazendo Meredith rir — Seus vagabundos.

Os dois já estavam nos esperando na porta da sala, então resolvemos deixar "aquilo" pra depois. Andamos de mãos dadas até lá e eu pude escutar alguns comentários bem desagradáveis de duas garotas da turma destinados a _______, apenas por estar daquela forma mais íntima comigo. 

Ao que parece, Taehyung era uma especie de ídolo naquela escola, e na cabeça da maioria ali, quem havia sido traído era Taehyung e não _______. E o filho da puta que dizia gostar dela nunca tomou partido para poder desmentir aqueles rumores, preferia deixar como se ______ tivesse realmente sido a errada da história. Isso fazia meu sangue ferver de raiva, e por mais que ela conseguisse disfarçar, eu sabia que a minha garota se abalava com esses comentários.

Eu parei de andar, me virando para encarar aquelas garotas e pronto para defender _______, porém ela apertou a minha mão e negou com a cabeça.

— Vem, não vale a pena — me olhou.

— Você escutou o que elas falaram de você? É mentira e você sabe disso...

— Eu sei... mas as pessoas que realmente importam pra mim sabem a verdade e isso é o que conta — ela deu um meio sorriso e me puxou para que a gente continuasse a andar até Meredith e Hoseok.

— Só acho injusto todos aqui acharem que você traiu o Taehyung, sendo que foi o contrário — bufei — Você sofreu tanto para que no final todos ficarem do lado dele, bando de abutres.

— Já superei tudo isso, você me ajudou — ela me olhou de lado, sorrindo.

Dei um sorriso bobo e olhei para baixo para tentar esconder as minhas bochechas levemente avermelhadas, não acreditava que havia ficado envergonhado com aquilo.

— Que demora, vocês dois — Meredith reclamou — Vamos logo, estou morrendo de fome! Se eu ficar mais um minuto aqui vou comer o braço do Hobi.

— Credo, menina — Hoseok fez uma careta.

Meredith puxou ______ pela mão para que ela ficasse ao seu lado.

— Você não vai demorar, né? — a minha garota perguntou.

— Porra, que melação, vocês começaram a ficar a pouco tempo e já estão assim? Cruzes! — Hoseok disse, porém eu ignorei — Deus me livre, quem me dera.

— Não vou, gatinha — sorri, a reconfortando — Encontro vocês daqui a pouco — me despedi.

Os três foram seguindo o corredor em direção a saída e instantaneamente eu recebi uma mensagem de um número anônimo pedindo para eu o encontrar no pátio do colégio. Já sabendo de quem se tratava, eu fui para o local combinado o encontrando parado com as costas escoradas no tronco de uma árvore enquanto olhava algo no seu telefone. Quando viu que eu me aproximava, ele sorriu.

— Você demorou — escutei sua voz despreocupada e respirei fundo, o olhando calado e com a expressão fechada — Não seja mal educado e cumprimente o seu hyung, moleque.

— Vai se foder, o que você está fazendo aqui? — disse entredentes, sem querer enrolar aquele assunto.

O homem suspirou.

— Como sempre o mesmo chato e imprudente... — negou com a cabeça e estalou a língua —  Acho que você sabe porque eu estou aqui.

— Você acha que se eu soubesse estaria perguntando? — resmunguei, sem paciência — Quero que me explique o que você está fazendo aqui e por que está fingindo ser o meu professor.

O homem revirou os olhos e tirou do bolso um maço de cigarro, logo tirando um da caixa e lavando até a boca.

— Quem diria, não é mesmo? — ele deu uma risadinha enquanto acendia o cigarro com um isqueiro prateado — Eu, um professor de história! Ainda bem que sou um bom ator, não acha? — Kim deu uma tragada no cigarro e jogou aquela fumaça catinguenta contra o meu rosto, já ele sabia o quanto aquele cheiro me irritava e me fazia lembrar o meu pai — Chega a ser engraçado.

— Como conseguiu essa vaga de professor substituto? — perguntei, erguendo uma sobrancelha— Você provocou o acidente de carro do professor?

— Quantas perguntas! Mas que pertubação, hein? — suspirou — Documentos e diplomas falsos, indicações de pessoas inexistentes e dinheiro, claro — ele riu — É muito mais simples que você pensa — deu de ombros.

Revirei os olhos.

— E está aqui por que? Resolveu ser alguém na vida e deixar de ser esse perdedor?

— É bem óbvio o que eu estou fazendo aqui... vim vigiar os dois pombinhos — ele tragou novamente, mas agora soltando a fumaça para o lado oposto — O chefe ficou bem curioso em saber como a garota estava te ajudando nas vendas aqui dentro do colégio, então eu vou ser os olhos e os ouvidos do velho.

— Está maluco?! — gritei, mas logo me arrependi, já que na hora passavam dois alunos do primeiro ano. Esperei que eles se distanciassem para voltar a falar — Não é necessário, isso pode dar problemas se descobrirem que você não é um professor — eu tentei argumentar, como se estivesse preocupado com ele.

— Eles não vão, não precisa se preocupar com o seu hyung — ele riu, me provocando — E tem mais, já que a _______ está trabalhando para o Dimitri, mesmo que indiretamente, ela está dentro. Assim como você... sabe como o chefe gosta de seguir tudo à risca — eu travei a minha mandíbula — Ela vai ter que fazer o ritual de iniciação como todos os novos membros da máfia.

Sem conseguir conter a minha raiva, retirei o cigarro da sua boca e pressionei sobre o seu pescoço com força, queria que ele sentisse dor. O Kim apenas riu e pegou a minha mão, a torcendo de maneira dolorosa. Eu poderia muito bem revidar ou sair daquele aperto, mas não seria bem visto um aluno bolsista batendo em um professor, então suportei.

— Ela não vai fazer essa porra de iniciação, você me entendeu? Nem por cima do meu cadáver — disse, mesmo sentindo dor.

O Kim riu e soltou a minha mão, balançando a cabeça negativamente.

— Sabe que para o Dimitri não vai ser difícil passar por cima do seu cadáver, deixa de ser burro — ele bufou.

— Foda-se, ninguém vai encostar um dedo se quer nela! — grunhi.

— Olha só, eu fiz questão de me oferecer para vir até aqui para proteger você, sabe bem que se fosse os outros eles não teriam a mesma paciência que eu tenho com você — ele respirou fundo — Então seja mais grato comigo, eu fui praticamente um irmão mais velho para você todos esses anos.

— Grato? — ri sem vontade — Você ferrou com o meu psicológico, isso sim! Saiba que eu ainda tenho pesadelos com as torturas que você me fazia assistir desde que eu tinha 12 anos, seu merda! — cuspi as palavras.

— Mas foi por minha causa que você não é mais aquele bebê chorão patético. Você nunca seria o que é se não fosse tudo o que eu te ensinei e te fiz passar! — ele disse despreocupado — Então, de nada.

— Doente!

— A garota vai ter que fazer a iniciação e virar um membro oficial da máfia, não tem como fugir disso, Jungkook... sinto muito.

— Você está querendo que uma garota inocente entre no mundo do crime?

— Como inocente? — ele franziu a testa e eu arregalei os olhos, não deveria ter falado aquilo — Se ela está te ajudando, é tão suja como você. 

— Converse com o Dimitri, diga a ele para esquecer isso... ele te escuta! — tentei desconversar — O meu tempo sendo escravo dele está terminando, não tem motivo de envolver ela nisso. São só mais alguns meses até o contrato terminar...

O Kim suspirou pesado.

— Ou ela faz a iniciação, ou então você... — ele passou o dedo pelo pescoço, simulando um corte  — Vai deixar a garota "viúva", e eu não quero que isso aconteça com você.

Eu não poderia permitir isso, ______ era uma boa garota e aquilo não era uma vida para ela, não poderia deixar que a minha garota passasse por isso. Eu precisava tomar alguma atitude, mesmo que fosse precitada. 

Sempre tive costume de esconder um pequeno canivete no bolso da minha calça, o qual ficava entre as minha chaves, disfarçado de um chaveiro qualquer. Sabia que era uma ação extremamente impulsiva, mas naquele momento eu não conseguia pensar outra coisa a não ser deixar ______ longe daquela máfia. Minha mão direita escorregou para o meu bolso traseiro, e quando toquei o metal gelado, paralisei ao sentir alguém me abraçar por trás impedindo que eu pegasse aquele canivete.

— Ah, finalmente te encontrei, amor — escutei a voz doce de ______ dizer — Estava demorando, então eu vim atrás de você... — ela ficou do meu lado e puxou a minha mão que estava no bolso traseiro ainda, entrelaçando os nossos dedos — Olá, senhor Kim — ela cumprimentou ele com um sorriso, demonstrando simpatia demasiadamente.

— Olá, senhorita Sanchéz — ele retribuiu o sorriso — Que bom que você se juntou a nossa conversa, estava comentando com o seu namorado sobre você.

— Eu sei, escutei tudo — ela disse com calma, me fazendo olhar para o seu rosto imediatamente — Eu topo fazer essa iniciação que você falou, contudo que o Dimitri me libere quando o Jungkook for liberado. E o meu trabalho é apenas encontrar os clientes, não aceito fazer qualquer coisa que fuja disso.

— Não! — eu disse indignado. ______ apertou a minha mão — Ela não vai fazer!

— Jungkook, por favor... — ela sussurrou.

— Gostei muito da sua namorada! É inteligente e sabe como negociar — ele riu — Era esse o plano mesmo, linda... mas se você gostar, vamos estar de portas abertas para você.

— Temos um acordo então, James — ela afastou a mão da minha para poder estende-la ao Kim.

— Não, minha querida — o homem disse, sorrindo galanteador para a minha garota e levou a mão dela até os lábios — Não me chame de James, esse não é o meu nome.

— Ah... — ela puxou a mão, como se desaprovasse aquele ato vindo dele — Então qual é o seu nome? 

— Seokjin, mas já que você vai fazer parte da família... pode me chamar de Jin — ele sorriu.


Notas Finais


Gostaram desse Jin malvadão? Ai, eu amo!! Tinha que colocar ele KKKKK
Até o próximo, meus anjinhos 😘


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