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História Arcano (Jeon Jungkook - BTS) - Festa beneficente


Escrita por: xpeachy

Notas do Autor


Oiii, bebêssss!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 😭😭😭😭😭😭😭❤️❤️❤️❤️❤️❤️
É COMO DIZEM, QUEM É VIVO SEMPRE APARECE NÃO É MESMO!!! Sim, meus amores eu estou viva KKKKKKK
Caramba, foram 6 fucking meses sem uma atualização. Eu sei, eu sei... vocês querem me matar (E COM RAZÃO), mas foram meses muuuito puxados! Comecei a trabalhar e tive um pouco de dificuldade em conciliar minha vida acadêmica, trabalho e lazer, mas não que isso justifique toda essa demora! Juro que tentava ao menos escrever um pouquinho todos os dias, mas era bem assim: eu escrevia 100 palavras e apagava 400 hahahha.
Enfim, sem mais desculpas... eu gostaria de agradecer imensamente todos os 1050 favoritos e 1135 comentários, sério! Eu me tremi toda quando vi que tinha chegado aos 1k, nunca pensei que Arcano alcançaria tantas pessoas... estou escrevendo essas notas com os olhos cheios d'água! Sou grata por cada um de vocês que tiraram uns minutinhos para poder ler e apreciar essa história que é tão importante para mim :(
Vocês não sabem o quanto me fazem felizes, muito obrigada por me apoiarem e por não desistirem de mim! Amo cada um de vocês, espero muito conseguir manter as postagens de forma frequente, quero conviver mais com vocês e matar a saudade de cada um!!!
Bom, sem mais enrolação, né! Já enrolei vocês por 6 meses, que ódio KKKKK
Espero que gostem desse capítulo! Como vocês podem ver, foi o maior até agora! Quase fiquei careca escrevendo ele KKKKKK.
Boa leitura, vejo vocês nas notas finais ❤️

Capítulo 33 - Festa beneficente


Ajudar na organização de uma festa de luxo não era tão fácil quanto eu pensava. 

Eu acreditava que a senhora Kim não fosse se envolver diretamente com a organização, até porque, ela tinha dinheiro de sobra para contratar pessoas que pudessem cuidar de tudo enquanto ela relaxava em algum spa luxuoso.  

Ah, mas eu estava redondamente enganada.

Durante a semana que se seguiu após o início do recesso das aulas, eu fiquei completamente por conta da senhora Kim. No início foi difícil acompanhar o seu ritmo acelerado, mas ao decorrer dos dias consegui me organizar e quando eu menos esperava já estava tirando tudo aquilo de letra.

— Você conseguiu entrar em contato com aquele artista plástico de Edimburgo e reservar a escultura que eu pedi? — a mais velha perguntou de forma casual enquanto dedilhava os vestidos do seu próprio closet e parecia concentrada em encontrar um em especial.

— Sim, senhora — respondi, enquanto caminhava logo atrás dela como um cachorrinho adestrado — Ele concordou em disponibilizar a escultura para o leilão com a condição de que você fizesse uma matéria completa divulgando e elogiando o seu trabalho.

Escutei ela soltar uma risada baixa e a mesma se virou para mim, cruzando os braços.

— Ora, que patife! Ninguém mais faz caridade sem esperar algo em troca? — revirou os olhos — Mas eu posso fazer isso sim, diga a ele para enviar a peça agora mesmo, o motorista pode ir buscá-la no aeroporto.

Concordei com a cabeça e imediatamente fui entrar em contato com o artista plástico através do meu celular. Ainda faltavam algumas horas para o início da festa, mas a maioria das coisas já estavam adiantadas e dentro do prazo.

Algo que no início eu duvidava se seria possível.

Após me certificar que o artista tinha respondido a minha mensagem, aproveitei o momento de distração da senhora Kim, que ainda se mantinha concentrada em seus vestidos e mandei uma mensagem para Jungkook.

Eu sentia o meu coração apertar no meu peito. Com todo esse trabalho, eu ficava praticamente o dia inteiro por conta da senhora Kim, seguindo-a para todos os lugares e voltando para casa tarde demais para conseguir dedicar algum tempo para Jungkook.

E, merda.... eu sentia tanto a sua falta.

Nos comunicávamos apenas por mensagens e por curtos períodos de tempo, e isso claramente não era o suficiente para matar a saudade que ambos sentíamos. Às vezes eu me pegava pensando nele, pensando no seu cheiro, no seu sorriso de coelho, na sua voz doce, nas tatuagens perfeitamente desenhadas no seu corpo esculpido, na forma ele me tocava, e...

— ______? — a senhora Kim estalou os dedos em frente ao meu rosto, me tirando de meus pensamentos e eu arregalei os olhos, dando um pulinho para trás — Escutou o que eu disse?

— Sim! Quer dizer, não! — me embaralhei — S-sinto muito, acho que estou um pouco cansada —  admiti, envergonhada. 

Ela suspirou.

— Tudo bem, você trabalhou duro durante essa semana — ela me deu um pequeno sorriso reconfortante, o primeiro de todos esses dias — Amanhã você vai poderá aproveitar o seu recesso escolar para descansar, mas hoje eu preciso ter você 100% focada, tudo bem?

Concordei com cabeça.

— Sim, senhora. Me desculpe mais uma vez.

— Certo — ela se virou de volta para seus vestidos. A observei colocar o dedo indicador sobre os lábios e parecer pensativa. Me perguntava o que ela tanto procurava entre seus vestidos de grife — Eu tenho certeza que está por aqui... — murmurou.

— Precisa de ajuda com algo? — perguntei, tentando mascarar a minha curiosidade.

— Achei! — exclamou animada, ignorando a minha pergunta. Ela segurou um dos vestidos pelo cabide e o tirou do meio dos outros — É perfeito — comentou baixinho e se virou, alternando o olhar entre o vestido e o meu corpo — Ganhei de um magnífico estilista italiano, infelizmente, ainda pouco conhecido e nunca o vesti.

Ela colocou o vestido sobre o meu corpo e pareceu satisfeita.

— Ficará deslumbrante com um coque alto. Você tem um pescoço bonito e deveria mostrá-lo mais vezes.

— Não estou entendendo, senhora Kim — soltei uma risada soprada.

— É seu, você vai usá-lo esta noite.

Abri levemente os lábios, surpresa. 

— E-eu não posso aceitar — disse, sem graça.

— Por que não? — ela me olhou com uma sobrancelha arqueada — Já tinha algo em mente para usar?
 
— Ah, na verdade não... — respondi, com sinceridade. Nem havia me dado conta disso, minha cabeça estava tão ocupada com a organização da festa que nem tinha me conta de que eu precisaria comparecer me vestindo a caráter.

— Então usará esse vestido! Não aceito um "não" como resposta, mocinha — ela sorriu, me fazendo sorrir também — O meu braço direito deve se vestir a minha altura.

— Hm, obrigada, senhora Kim — retribui o seu sorriso, porém ainda sem graça.

— Não precisa me agradecer, _____. Agora eu preciso que você avise o horário que o motorista deverá ir até ao aeroporto buscar a escultura, tudo bem? Não podemos perder tempo.

Concordei com a cabeça e deixei a mais velha sozinha em seu grande closet, indo em seguida fazer o que ela havia me pedido.

(...)

Como era de se esperar, eu não tive tempo de voltar para casa, então precisei tomar banho e me arrumar na mansão dos Kim's mesmo. A suíte de hóspedes foi disponibilizada a mim para que eu pudesse ter privacidade para me preparar.

Devo confessar de me assustei ao vislumbrar a minha imagem no espelho após colocar aquele vestido no meu corpo. Estava espantada, não daria nada àquele vestido se eu o visse em uma loja, porém no meu corpo havia caído feito uma luva.

O vestido era em um tom vinho, mostrava boa parte o meu colo e era sustentado por alças finas e delicadas. A cintura era bem marcada e a saia ligeiramente rodada. Porém, o que mais chamava atenção era a fenda nada discreta no lado direito da longa saia, que parecia se alargar mais ao descer por minha coxa.

Eu definitivamente precisaria ser cautelosa ao cruzar e descruzar as minhas pernas para não acabar pagando calcinha. Pensei.

Passeei com a mão pela lateral do meu corpo sentindo a mesma deslizar pela seda macia do vestido, enquanto admirava a minha imagem refletida no espelho. Não dava para negar, eu estava um arraso.

Uma ideia repentina fez com que um sorriso travesso brotasse no canto dos meus lábios e sem perder tempo, peguei o meu celular que estava sobre a cama. Abri a câmera e apontei a mesma para o espelho que refletia todo o meu corpo, fiz uma pose que propositadamente acabava mostrando mais do que deveria e tirei uma foto, enviando diretamente para Jungkook. 

Soltei uma risada ao ver que o meu namorado havia visualizado no mesmo momento e já estava escrevendo. Eufórico, como sempre.

Mas antes que ele pudesse me enviar, escutei leves batidas na porta do quarto.

Suspirei, frustrada e deixei o meu celular sobre a penteadeira, indo em direção a porta. Taehyung estava ali, parado com um meio sorriso estampado no rosto que aumentou drasticamente após me olhar de cima a baixo quando eu abri completamente a porta.

— Taehyung? Precisa de alguma coisa? — perguntei antes que ele falasse algo.

— Hum, a minha mãe pediu para que eu conferisse se você já estava pronta, e... nossa — novamente desceu os olhos pelo meu corpo — Você está linda — sorriu — Vai roubar toda atenção para você essa noite.

— Não seja bobo — neguei com a cabeça — Só estou assim graças a sua mãe — soltei uma risada sem graça e fui me sentar no banquinho da penteadeira, deixando Taehyung parado na porta.

O coreano riu e sem ser devidamente convidado, entrou no quarto deixando a porta entreaberta.

— A minha mãe sempre gostou de te vestir como se você fosse sua boneca pessoal — ele disse enquanto me encarava pelo reflexo do espelho mantendo as mãos no bolso da frente de sua impecável calça social preta — Já que ela nunca conseguiu fazer a minha irmã de boneca, ela viu em você a oportunidade perfeita — levantei uma sobrancelha e vi Taehyung dar aquele seu típico sorriso quadrado — Mas é sério, você está linda demais.

— Ah, valeu — agradeci em um tom baixo e desconfiado, enquanto me mantinha distraída tentando fazer um coque bonito, seguindo as recomendações da senhora Kim  — Você também tá... legalzinho — dei de ombros.

 — Legalzinho?  — ele colocou a mão sobre o peito, se fazendo de ofendido  — Assim você me machuca!

— Você sabe que é bonito, não precisa de ninguém para aumentar o seu ego, Tae! — ri — Seu ego já é grande demais.

Ele também riu, concordando com a cabeça.

— É, você está certa — apenas percebi a proximidade de Taehyung quando o mesmo tocou a minha nuca, fazendo um movimento circular com o dedão sobre o lugar em que eu supus ser a minha tatuagem — Acho que você deveria cobrir isso, ou vai arrumar problemas... seus pais já sabem dessa tatuagem?  — pensei ter sentido que a sua voz carregava um tom... ameaçador? Não, provavelmente era impressão minha, se ele quisesse mesmo me entregar, já teria feito isso no momento em que descobriu.

— Eles não sabem e devem permanecer assim por enquanto — retruquei soltando os meus cabelos sem paciência após me atrapalhar com os grampos e assim fazendo Taehyung afastar a mão da pele da minha nuca — E não se preocupe, eu vou passar uma base logo que conseguir dar um jeito no meu cabelo.

Taehyung sorriu.

— Relaxa, dessa boquinha aqui eles nunca vão saber. Eu nunca faria nada para prejudicar a garota que eu amo... sabe disso.

— Aham — respondi desinteressada, já que eu não queria render aquela conversa com ele — Diga para a sua mãe que eu já estou descendo, sim?

Taehyung ficou sério ao perceber a minha falta de interesse na sua "declaração de amor" rasa e apenas concordou com a cabeça antes de me deixar novamente sozinha no quarto.

(...)

A festa deu início no horário marcado em ponto, e como foi previamente combinado, eu fiquei com a incumbência de recepcionar os convidados mais importantes (estes, que eu havia decorado os nomes e os rostos com muito esforço) e conduzi-los até os Kim.

— Miau?! O que é isso! Tem uma gata me recepcionando aqui ou é impressão minha? — Hoseok chegou sorridente, exibindo seu belíssimo terno azul marinho e eu precisei morder a lateral da bochecha para não rir da sua palhaçada.

— Hobi, pelo amor de Deus, não me faça rir, eu estou trabalhando! — disse baixinho — Onde está o senhor Jung, hm?

— Como assim onde? Tsc... está bem aqui na sua frente! — ele apontou para o próprio corpo e sorriu — O velhote teve um contratempo e mandou o papai aqui para representá-lo.

— Uau, Hobi, isso é um grande avanço! Ele parece estar voltando a confiar em você depois de... hm, todos os problemas? — sorri.

— Isso é passado, gata! E dessa vez eu não vou pisar na bola, sou um novo homem, falou? — piscou, me fazendo rir baixinho — E se eu pisar ele não vai descobrir!

— Esse é o meu Hobi! — brinquei — Agora vaza, vai! Os Kim's estão o esperando em sua mesa e o leilão vai começar em breve. Preciso recepcionar os outros magnatas. Aproveite bastante a festa, seu fanfarrão.

— Eu vou sim! E você também, sua danada — ele piscou e passou por mim, indo desfilando em direção a mesa dos Kim e me deixando ali sem entender nada.

Dei de ombros e continuei a recepcionar todos aqueles homens velhos e importante com suas acompanhantes até que não tivesse mais ninguém para chegar. Olhei a lista de convidados e pude notar que o único que não havia comparecido era Richard McGuinness, o pai da Lola.

Não fazia sentido ele faltar àquele evento, já que eu havia notado vários membros do seu partido ali, e convenhamos, nenhum político em época de eleições que se prezasse ignoraria um evento filantrópico como aquele. 

Eu sentia que havia algo errado.

— ________, o leilão já está para começar — a senhora Kim apareceu ao meu lado — Vamos, você vai se sentar ao meu lado na mesa.

Concordei com a cabeça e a segui até a mesa dos Kim.

Taehyung se levantou da própria cadeira e puxou a cadeira ao lado para que eu pudesse me sentar entre ele e a mãe. Sorri e me sentei.

Senti falta da Yeri na mesa e a procurei com os olhos pelo grande salão, me lembrando bem do que Meredith havia dito na semana passada. Me perguntava se Yeri já tinha conversado com os seus pais sobre a Meri e temia que os mesmos tivessem a isolado por conta disso.

— Cadê a Yeri? — perguntei em um tom baixo a Taehyung.

— Eu não sei, ela estava aqui agora mesmo — o coreano olhou ao redor rapidamente e deu de ombros, levando a taça de champagne aos lábios — Por que você não bebe um pouco, hein? Está muito tensa.

— Tensa? — franzi a testa — Não estou tensa, estou trabalhando, Tae...

O responsável por conduzir o leilão subiu ao palco e começou com um pequeno discurso sobre como as arrecadações naquela noite fariam muitas crianças felizes nesse Natal, e todas aquelas coisas que enchiam os ouvidos daqueles velhos ricos e egoístas. Nada como fazer caridade no Natal e ser um grande filho da puta em todos os outros dias do ano, certo? O que valia era ter a consciência limpa e uma bela foto no jornal local ao final da noite.

A primeira peça exposta para a arrecadação foi um belo vaso chinês de porcelana do século XIX, o qual chamou atenção de vários ali que começaram com lances altos. Até Hoseok deu um lance, mas pela cara dele aquilo não passava de uma brincadeira.

— Você gosta? — Taehyung chegou próximo ao meu ouvido, me fazendo afastar um pouco ao sentir o cheiro forte de álcool no seu hálito.

— O que? — levantei uma sobrancelha.

— Do vaso.

— Ah... é bonito, mas...

— 90 mil libras! — Taehyung falou alto e levantou a plaquinha, chamando a atenção do apresentador — Se eu conseguir arrecadar, é seu — disse baixo para mim.

— Você enlouqueceu?! Abaixa isso, Taehyung — sussurrei, entredentes — Por favor.

O coreano suspirou e abaixou a plaquinha a contragosto, mas para o meu alívio.

Taehyung já estava bêbado e deixar ele comprar um vaso de porcelana chinês não era uma boa ideia, mesmo que aparentemente os seus pais não tivessem se importado com isso.

— Acho que eu vou precisar de uma bebida sim — eu comentei comigo mesma, e Hoseok pareceu escutar, já que o mesmo fez um sinal para que um dos garçons viesse até a nossa mesa.

Sussurrei um "obrigada" ao meu amigo, que me mandou uma piscadela antes de voltar a atenção para o palco.

O garçom se aproximou, e por trás de mim começou a servir a nossa mesa. Franzi a testa ao sentir um perfume familiar quando o mesmo encostou de forma superficial a barriga contra as costas da minha cadeira ao colocar a taça cheia na minha frente, e não pude deixar de notar aquela mão grande e tatuada.

Espera, mão tatuada?

Franzi o cenho e me virei para trás de uma vez, percebendo que o garçom já havia dado as costas e voltava em direção a cozinha com a bandeja vazia debaixo do braço.

— Não pode ser — sussurrei com um pequeno sorriso no canto dos lábios — Me deem licença, preciso ir ao toalete — disse me dirigindo principalmente a senhora Kim.

— Tudo bem, ______ — ela respondeu com pouco interesse e sem tirar os olhos do palco.

 — Quer que eu a acompanhe? — Taehyung segurou no meu pulso assim que eu me levantei — Até a porta, digo.

 — Quê? — fiz careta  — Taehyung, pelo amor de Deus! — ri, descrente antes de me soltar e dar as costas para ele.

Fui abrindo espaço entre os convidados que optaram por ficar de pé, e os outros garçons que serviam bebidas e petiscos, dando o meu melhor para não perder aquele garçom de vista. O mesmo entrou em um corredor que dava acesso a cozinha e eu me apressei em segui-lo, sentindo uma pontada de decepção ao ver que ele havia sumido no momento em que entrou no mesmo corredor.

Suspirei, me praguejando mentalmente por não ter carregado o meu celular comigo. Talvez eu estivesse tão sobrecarregada e cansada que acabei criando coisas na minha cabeça.

Quando me preparava para dar meia-volta até a mesa dos Kim, o meu corpo foi puxado, e antes que eu pudesse gritar, senti minhas costas colidirem contra um corpo robusto e que exalava aquele mesmo perfume gostoso e familiar.

Me virei para encarar Jungkook e o mesmo sorriu travesso, colocando o dedo indicador sobre os lábios. Estreitei os meus olhos e o mesmo entrelaçou nossos dedos, começando a me guiar para o lugar de onde ele havia saído: as escadarias que levavam ao porão.

Descemos as escadas em silêncio, Jungkook olhava atentamente para os lado para ter certeza que ninguém nos visse ali. Não pude deixar de sorrir quando chegamos ao final da escada e Jungkook abriu a porta da adega para que pudéssemos entrar.

— Jungkookie, você é maluco! — neguei com a cabeça,  descrente enquanto carregava um sorriso nos lábios — Se te pegarem como penetra eles vão... — acabei perdendo um pouco a linha do raciocínio quando finalmente reparei no meu namorado, que agora estava muito bem iluminado pela luz quente da adega. Seus cabelos estavam jogados para trás e bem alinhados com gel, e ele vestia o mesmo terno branco com gravata borboleta preta que todos os outros garçons estavam usando.

Precisava ressaltar que para mim, nada era mais feio do que um terno branco com gravata borboleta preta, mas em Jungkook a história era completamente diferente. Tudo o que aquele homem ousasse vestir ficaria instantaneamente atraente no seu corpo. Era assustador.

 — Um garçom não é penetra, mi carinõ — sorriu de lado — Vem cá, deixa eu te ver de pertinho — ele me puxou suavemente ao seu encontro e correu os olhos brilhantes sobre a minha figura, fazendo um sinal para que eu desse uma rodadinha para que ele pudesse me ver por inteiro — Porra, a cada dia que passa você consegue se superar, sabia? Como consegue ficar mais linda a cada vez em que eu coloco os olhos em você, me diz?

Soltei uma risada e mordi o lábio inferior.

— Olha, eu me pergunto exatamente a mesma coisa sobre você todos os dias desde que eu te conheci — passei os meu braços ao redor do seu pescoço e deixei um beijinho no seu queixo, fazendo Jungkook dar uma risadinha — Como conseguiu aparecer aqui de garçom? Eu mesma me certifiquei de alertar a todos os seguranças sobre como os Kim's não toleravam penetras.

Jungkook sorriu maroto.

— Humm, advinha — levantou uma sobrancelha — O Hobi me ajudou. Ele conhece o chef do buffet que os Kim's contrataram e conseguiu me colocar aqui dentro como garçom de ultima hora.

— Tá brincando! Por que ele não me disse nada? — franzi a testa — Espera, então o Hobi sabe que estamos juntos?

— Eu disse para ele não falar sobre isso com ninguém! Inventei que o seu pai não queria que a gente namorasse, por isso fingimos isso tudo, e ele me prometeu que não deixaria "nada atrapalhar o nosso amor" — fez aspas com os dedos.

Soltei uma risada soprada. Estávamos a cada dia nos enrolando mais e mais em nossas próprias mentiras para que os nossos amigos não descobrissem todos os problemas que estávamos envolvidos.

— Ah, esse Hobi... mal sabe ele que se o meu pai pudesse pagar você para casar comigo, ele faria sem pensar duas vezes.

— Hum... espera aí, isso é uma proposta? — sorriu de lado — Ah, eu aceito! Vou mandar o número da minha conta para ele agora.

— Bobo — dei um tapinha no seu peito. Não sabia se era coisa da minha cabeça, mas Jungkook havia conseguido ficar ainda maior e mais forte com aquele terno.

— Você lembra desse lugar? — Jungkook ergueu uma sobrancelha.

— E tem como me esquecer? — sorri enquanto as lembranças daquele lugar voltavam à minha cabeça. Foi ali que tivemos a nossa primeira interação, e eu tinha que admitir que ficar no escuro com ele aquele dia não foi tão ruim quanto eu fiz parecer.

Jungkook soltou uma risada baixa e tentou me segurar pela cintura, mas eu fui mais rápida e escapei dos seus braços pouco antes que ele tocasse em mim.

— Gatinha... — reclamou — Está querendo fugir de mim?

Comecei a andar de costas, em passos lentos e sem quebrar o nosso contato visual. Tocava com a ponta dos dedos as garrafas de vinho levemente empoeiradas na parede enquanto me afastava do meu namorado, que olhava aquilo com a mandíbula travada.

— Sabe, eu penso muito na noite em que ficamos juntos nessa adega por sete minutos — dei um sorriso de lado — E tem algo que eu ando remoendo a algum tempo, Jungkook. Aquele dia, você disse que eu não ficava bem usando uma calcinha verde! — fiz um bico com os lábios me fingindo de ofendida — Isso magoou meus sentimentos.

Olhei para Jungkook e levantei levemente o vestido longo para conseguir me sentar sobre a mesa de madeira grossa logo que o meu corpo se chocou contra ela.

O moreno sorriu de lado e deu uma risada soprada.

— Ah... eu posso te confessar uma coisa? — ele perguntou enquanto se aproximava de mim. Coloquei a minha perna entre nós dois, o empurrando levemente para trás, da mesma forma que fiz quando o conheci. Jungkook pressionou a língua contra a bochecha e continuou com aquele sorriso molha calcinha que só ele tinha — Aquela calcinha tinha deixado você gostosa pra caralho, e pensar que outro homem que não fosse eu iria tirá-la ela de você, me fez ficar com tanta inveja... você não faz ideia.

Jungkook deu mais um passo para frente, fazendo com que o meu salto encostasse no seu abdômen. Meus olhos atentos capturavam cada movimento seu com ansiedade, e ele percebia isso, passando a deixar os seus movimentos cada vez mais lentos. 

Meu namorado segurou o meu tornozelo e pacientemente desfivelou o meu salto, tirando-o e deixando o mesmo cair no chão em um baque surdo. Ele levou meu pé até seus lábios e depositou um selinho carinhoso ali, logo começou a distribuir outros selares enquanto subia pela canela, joelho, até parar na minha coxa.

— Então aquele dia você queria tirar a minha calcinha, Jungkook? — provoquei em um tom baixo.

Jungkook umedeceu os lábios.

— Eu quis fazer tantas coisas com você aquele dia, carinō, que ficaria sem graça até de te contar aqui agora — ele grunhiu e se encaixou entre as minhas pernas — Eu bati uma tão gostoso no banheiro depois de sair dessa adega, você não saiu da minha cabeça depois daquele dia.

Soltei um gemido baixo ao escutar a suas palavras, e a forma que ele roçou em mim superficialmente, não ajudou nada no meu estado.

Ali eu percebi o quanto estava sensível ao seu toque. Ainda mais que o normal.

— Você bateu uma pra namorada do seu amigo, Jungkook? Deveria se envergonhar — sorri de lado.

— Ah, eu me envergonho sim... mas não de desejar a namorada do meu amigo, e sim por não ter pego você para mim logo naquele dia e evitado toda a sua dor depois — ele desceu a alça fina do meu vestido e deixou um beijo demorado sobre o meu ombro desnudo enquanto serpenteava uma de suas mãos por dentro da abertura do meu vestido — Tenho algo para te dar, carinõ — sua voz saiu rouca.

— Hm? — franzi a testa — O que?

Ele deu um pequeno sorriso e com a mão "livre", tirou uma caixa de veludo escuro de tamanho médio do bolso interno do blazer.

— Eu sei que não é grande coisa, mas eu queria muito te entregar essa noite... estava tão ansioso que tive que vir aqui — ele mordeu o canto dos lábios. Toda a sua confiança de segundos atrás pareceu sumir momentaneamente quando ele me entregou a caixinha — E claro, também queria ver de perto a minha gatinha com esse vestido — sorriu.

Alternei o olhar entre Jungkook e a caixa de veludo um pouco confusa antes de finalmente pegá-la da sua mão. Jungkook apoiou as duas mãos ao redor dos meus quadris e me olhou ansioso.

Abri a caixa e me deparei com um lindo colar. Olhei para Jungkook surpresa e logo voltei os meus olhos para o colar dourado que chegava a reluzir. Peguei delicadamente para que eu pudesse olhá-lo mais de perto, sua corrente era fina, delicada e possuía um pingente com uma linda lua crescente.

— Jungkookie... eu não sei o que dizer — sorri, o encarando com os olhos brilhantes — É tão lindo! Estou me sentindo péssima por não ter arrumado tempo para comprar algo para você...

— O meu presente já está aqui, bem na minha frente — ele roçou levemente nossos narizes e sorriu — Olha na parte de trás do pingente.

Mais que rápido, virei o pingente e consegui enxergar uma sequencia de números cravados no mesmo e levantei uma sobrancelha.

— 768,800? — perguntei — O que isso significa, Kook?

— São 768,800 quilômetros — ele disse, mas eu continuei sem entender — Se lembra de quando eu disse o quanto eu te amava?

Sorri.

— Até a lua... ida e volta.

— Isso — senti sua mão direita voltar a acariciar com carinho a parte da minha coxa exposta pelo vestido — Esse colar é para você sempre se lembrar do quanto eu te amo, carinõ —  sussurrou — 768,800 quilômetros, ida e volta até a lua.

Entreabri levemente os lábios, o admirando com meus olhos marejados e por um momento senti como se tivesse perdido a fala. Eu tinha perdido as contas de quantos presentes super caros já havia ganhado de Taehyung enquanto ainda namorava com ele, mas nenhum nunca conseguiu me deixar assim.

Sentia borboletas no meu estômago e uma vontade enorme  de chorar de alegria. A sensação de ser amada de uma forma tão verdadeira ainda me pegava de surpresa todas as vezes.

— Kook... — sussurrei e o puxei pelo paletó até que o mesmo estivesse tão próximo que nossos lábios roçassem — O que eu fiz para te merecer, me diz? — Jungkook umedeceu os lábios e sorriu — Eu te amo.

Senti suas mãos segurarem a minha cintura e ele começou a distribuir selares lentos e quentes nos meus lábios. Abri levemente os lábios para que ele chupasse o inferior e novamente gemi baixinho com esse ato.

— Quer que eu o coloque em você, hm? — ele apertou a minha cintura com uma das mãos e eu assenti com a cabeça diversas vezes.

— Coloca... coloca, Jungkookie — sussurrei manhosa passando os braços ao redor do seu pescoço e aranhando sua nuca.

Meu namorado soltou uma risada gostosa.

— O colar, gatinha, o colar... — brincou — Não sabia que você tinha a mente tão poluída assim, amor.

— Mas que abusado?! — sorri, dando um beliscão no seu mamilo esquerdo para não perder o costume.

— Oh... não faz isso... ou eu vou ter que fazer o mesmo com você, só que com a minha boca — ameaçou.

— É uma ameaça?— desci as minhas unhas sobre a linha central do seu abdômen — Pode colocar pra mim... o colar — sorri e Jungkook deu espaço para que eu descesse da mesa.

Me virei de costas para ele e o entreguei o colar que ainda estava em minhas mãos. Senti a corrente gelada tocar o meu pescoço e me arrepiei, enquanto segurava o pingente e sentia a textura diferenciada dos números ali cravados.

— Pronto — ele me abraçou por trás e deixou um beijo quente e demorado no meu ombro — Você gostou mesmo?

— Eu amei muito, Kook... nunca recebi um presente tão lindo quanto esse — me virei para ele — E também nunca pensei que você fosse romântico assim, antes de te conhecer melhor, eu pensava que era só mais um fuck boy na área.

Jungkook riu.

— Nossa, eu passo uma impressão tão ruim assim? — se fez de ofendido.

— Hum, só a primeira impressão mesmo! — coloquei as mãos sobre o seu peito — Apesar de ser todo estranho eu ainda te amo.

Jungkook balançou negativamente a cabeça e aproximou seus lábios do meu, pronto para me beijar. Porém, antes que pudessem se tocar, escutamos algumas vozes distantes se aproximarem e ficamos em silêncio repentinamente, nos entreolhando com os olhos arregalados.

— Que merda, achei que tivessem pego todo o vinho necessário com antecedência! — Jungkook praguejou — Se esconda, carinõ, vou distrair os garçons e leva-los para fora daqui enquanto você volta para a sua mesa sem que percebam.

— O que? Não Kook, quero ficar com você — murmurei manhosa.

— Você precisa voltar, não quero te prejudicar, meu amor. Esse trabalho é importante para você.

— Não vai! Um leilão como esse dura cerca de uma hora e meia, e enquanto isso a senhora Kim não vai precisar de mim.

As vozes agora estavam ainda mais próximas e tive uma brilhante ideia.

— Vem comigo — falei baixinho enquanto encaixava o sapato se volta ao meu pé de qualquer jeito — Tem uma passagem aqui, uma escada que vai até o escritório do senhor Kim — disse enquanto puxava Jungkook pela mão até o final da longa adega — Yeri me mostrou essa passagem secreta a algum tempo, tenho certeza que continua por aqui.

A última grande "prateleira" de vinhos era como uma porta, que se puxada da maneira correta, dava acesso a uma escadaria que levava ao segundo andar da mansão.

— Isso! Ainda está aqui, me ajuda? — pedi para Jungkook que concordou imediatamente, puxando a prateleira falsa e dando acesso as escadas — Vamos, eles já devem estar na porta!

Entramos entre risadas pela passagem secreta e subimos as cegas pela passagem escura e apertada, tropeçando algumas vezes e soltando algumas gargalhadas no processo até sair no escritório do senhor Kim.

— Essa foi por pouco — Jungkook disse — Para onde vamos agora?

— Para o quarto de hóspedes! Minhas coisas estão todas lá. Vamos ter que subir as escadas para o terceiro andar, mas acredito que não tenha ninguém por aqui.

— Tem certeza? — ele levantou uma sobrancelha.

— Não...

Jungkook riu.

— Então vamos contar com a sorte, gatinha.

O mesmo me segurou pela mão e saímos as pressas do escritório, indo em direção a escada que levava ao terceiro andar.

— A maioria dos quartos ficam nesse andar, então eu duvido que tenha alguém por aqui agora — comentei, assim que chegamos ao terceiro andar — Merda! — sussurrei.

Jungkook e eu paralisamos, ao entrar no corredor que dava acesso aos quartos. Alfred, o mordomo pessoal do senhor Kim estava de costas no final do corredor, enquanto alinhava um dos bustos de porcelana que enfeitavam o lugar.

Olhei para o lado e precisei pensar rápido. Abri a primeira porta que estava mais próxima e empurrei Jungkook para dentro, consequentemente chamando a atenção de Alfred com o movimento brusco e barulhento.

— Senhorita Sanchéz? — o mesmo se virou para me olhar — Não deveria estar na festa? — perguntou em um tom calmo. Sempre me perguntei como aquele homem conseguia ser tão engessado.

— Ahn, sim! Mas é que eu não estava me sentindo muito bem e... — olhei rapidamente para dentro do cômodo em que eu havia empurrado Jungkook, e arregalei os olhos ao perceber que era o quarto do Taehyung. Merda — E... o Taehyung disse que eu poderia vir descansar um pouco no quarto dele — menti.

— Entendi — me olhou levemente desconfiado. Provavelmente sabia que Taehyung e eu havíamos terminado, e aquela situação era um tanto... estranha, tinha que admitir — Então se precisar de mim para alguma coisa não hesite em me chamar. Posso conseguir o remédio que quiser, senhorita.

— Muito obrigada, Alfred! Mas acho que eu só preciso descansar um pouco os olhos — sorri amarelo e me enfiei para dentro do quarto, trancando a porta em seguida.

Colei as minhas costas contra a porta e suspirei aliviada.

Escutei Alfred passar pela porta do quarto e seus passos gradualmente foram ficando inaudíveis a medida que ele se distanciava daquele corredor.

— Você é impossível, sabia? — meu namorado sorriu.

— Eu sei — mordi o meu lábio e liguei a luz no interruptor que estava ao meu lado para poder enxergá-lo melhor — Não era bem a minha intenção, mas acho arriscado ir até o quarto de hospedes com o Alfred marchando por aí.

Jungkook riu soprado.

— Isso aqui me parece bastante arriscado também, gatinha — sua voz rouca me pegou desprevenida — Mas quer saber de uma coisa? — engoli seco quando ele começou a desfazer o laço da gravata borboleta preta enquanto caminhava em minha direção. Seus olhos estavam inundados de luxúria e me encaravam como se pudessem me devorar de uma vez só — Isso só serviu para me deixar com mais tesão ainda.

Arfei quando ele apoiou um dos braços ao lado da minha cabeça, ficando perigosamente próximo do meu corpo. Sua mão desocupada pousou na curvatura da minha cintura e deslizou pelo tecido liso até o meu quadril, alcançando com seus dedos longos uma parte da minha bunda e apertando ali com força.

— Aquela foto que me mandou... não reconheci a calcinha que está usando, é nova? — ronronou, enquanto afastava o tecido do vestido com a mão, expondo ainda mais a minha pele naquela abertura.

— Talvez... por que você mesmo não olha e mata a sua curiosidade? — provoquei.

Jungkook passou a língua sobre os lábios e sorriu safado.

Em silêncio, ele se ajoelhou a minha frente e eu fechei os olhos, sentindo minha respiração ficar pesada e ansiosa. Àquela altura do campeonato a minha pobre calcinha estava arruinada só com aquelas meras provocações.

Seu hálito quente bateu contra a base da minha coxa antes de pressionar os lábios levemente úmidos contra minha pele arrepiada. Ele enfiou as duas mãos por dentro do meu vestido e enlaçou os dedos na lateral da minha calcinha, me fazendo abrir os olhos para poder encará-lo.

— Quero olhar mais de perto... o que acha? — sussurrou, me encarando de joelhos.

— Eu acho que está perdendo muito o tempo com perguntas óbvias — levantei uma sobrancelha. 

Jungkook trincou o maxilar e segurou a minha coxa com força, me pegando de surpresa ao enfiar a cabeça para dentro da saia do meu vestido. Soltei uma risada com a sua atitude e segurei em seus cabelos negros. Porém, minha risada repentinamente se transformou em um gemido surpreso quando ele deixou um selinho demorado por cima da calcinha bem encima do meu clitóris.

Satisfeito com a minha reação, Jungkook começou a descer a calcinha até que a mesma estivesse fora do meu corpo. Ele rodou o pequeno pedaço de pano no dedo indicador, enquanto me olhava com um sorriso ladino e a enfiou no bolso interno do seu blazer.

— Ah... é nova sim, eu conheço todas as suas calcinhas, gatinha — sorriu.

— Comprei pensando em você.

— Foi, é? — apertou a minha bunda enquanto mordia o lábio inferior — Então ela vai ficar comigo, porque eu quero você peladinha pra mim agora. Tira o vestido, gostosa.

Sorri.

— E o que eu ganho com isso? — novamente provoquei. Estava disposta a acabar com toda a paciência do meu namorado aquela noite, queria experimentar mais do seu lado agressivo.

— Ah, você quer que eu te mostre? — sussurrou.

Fiz que sim com a cabeça e sorri.

Jungkook novamente enfiou a cabeça para dentro do meu vestido, mas dessa vez, levantou minha perna direita e a posicionou sobre o seu ombro, me deixando completamente exposta para ele. Suas mãos grandes seguraram a minha bunda com força e eu tive que me apoiar contra o batente da porta para que não me desequilibrasse.

Puxei os cabelos do meu gatinho com certa força quando senti sua língua passear lentamente por toda a extensão da minha buceta. Mordi meus lábios para evitar soltar um gemido alto e tombei a cabeça para trás, me contorcendo contra a porta e descontando todo o meu tesão em seus cabelos.

Jungkook chupava com maestria. Ele sempre dava um jeito de se superar, cada vez que colocava a boca em mim, conseguia fazer mais gostoso que na vez anterior. A sua língua me conhecia bem e sabia de cor o caminho certo para me levar a loucura.

Na verdade, não só a sua língua tinha esse poder.

— Jungkook... — choraminguei baixinho quando ele desceu com a língua e a penetrou em mim, enquanto seu nariz roçava no meu clitóris e me deixava a ponto de explodir de tesão.

Porra, como aquele nariz me fazia ficar nas nuvens. Se alguns meses atrás alguém me falasse que eu estaria prestes a gozar com um nariz ajudando a estimular o meu clitóris, eu daria boas  risadas na cara da pessoa.

Apertei seus fios com meus dedos e comecei mexer o meu corpo contra a sua boca, sentindo toda a excitação do momento tomar conta do meu corpo. Jungkook pareceu gostar, já que o mesmo olhou para mim de baixo e piscou, enquanto deixava um tapa dolorido na minha coxa exposta.

Desci meus olhos cerrados para baixo, na intenção de admirar o meu namorado concentrado em me levar a loucura e arfei ao perceber que Jungkook havia desabotoado a própria calça e fazia movimentos rápidos com a mão livre, masturbando o seu pau enquanto se encontrava em um transe, me chupando como se não houvesse amanhã.

Ah, aquilo foi demais para mim.

O puxei para cima pelos cabelos, forçando que ele se levantasse. Jungkook me olhou com aqueles grandes olhos negros e confusos, e antes que pudesse dizer alguma coisa, ataquei seus lábios com desejo, estava louca de tesão. Louca por ele.

De forma afobada, arranquei o blazer branco do seu corpo juntamente com a gravata que estava pendurada sobre o seu pescoço, e sem cortar nosso beijo, comecei a desabotoar a camisa social que ele usava, deixando a mostra o seu belo abdômen definido.

Ele procurou as cegas com a mão pela lateral do meu corpo até finalmente encontrar o zíper do meu vestido, e desceu sem cerimonias no momento em que o encontrou. Sorri contra sua boca e desci as alças do vestido, fazendo com que a peça de alta-costura fosse ao chão.

Jungkook chupou meu lábio inferior e se afastou o bastante para que pudesse descer seus olhos famintos por todo o meu corpo nu.

— Caralho... como eu sou sortudo — disse sôfrego, juntando as sobrancelhas — Me diz, isso tudo aqui é meu, hm? — sua mão tocou um dos meus seios e seu dedão acariciou o meu mamilo duro. Ele pressionou o seu grande corpo contra o meu e eu senti o pau grosso roçar contra a minha barriga. Me praguejei mentalmente por me esquecer que ele estava parte exposto para fora da cueca e completamente duro, implorando silenciosamente por atenção.

— Você sabe que sim. Sou sua. — mordi seu lábio inferior e rodeei seu pau com a mão, começando uma masturbação lenta e gostosa. Jungkook franziu a testa e arfou contra meus lábios, ele desceu um pouco mais a sua calça para que o seu membro ficasse completamente livre e facilitasse o meu trabalho. Eu sentia algumas gotas quentes do seu pré gozo tocarem a minha barriga enquanto ele fechava os olhos para apreciar o meu toque e gemia baixinho, pulsando na minha mão — Quero você — selei seus lábios entreabertos no intervalo de cada palavra e ele apertou a minha cintura, parecendo entorpecido com o meu simples toque — Metendo esse caralho todo em mim do jeito que só você sabe, Kook.

O moreno gemeu rouco e abriu os grandes olhos negros para me encarar.

— Você quer acabar comigo, carinõ? — ele colocou a mão sobre a minha, me impedindo de continuar os movimentos no seu pau e retirando a minha mão dali. Em um movimento rápido suspendeu o meu corpo, me segurando firmemente em seus braços — Eu vou te dar o que você quer.

Ele acertou um tapa forte na minha bunda e eu sorri.

Jungkook andou comigo até a king size e me deitou delicadamente sobre o colchão macio, enquanto admirava meu corpo com o lábio preso em seus dentes salientes.

— Por que você ainda está tão vestido? — levantei uma sobrancelha.

Jungkook sorriu de lado e passou a língua sobre os lábios avermelhados. Sem tirar os olhos de mim, ele começou a descer a camisa social desabotoada por seus braços fortes, expondo as belas tatuagens que tomavam conta de todo o seu braço direito e boa parte de suas costas. Ansiosa, me apoiei sobre os cotovelos e arfei quando sua calça e cueca foram ao chão em seguida.

Deveria crime um homem ser tão lindo gostoso daquele jeito. Jungkook literalmente não tinha nenhum defeito, era assustador pra caralho.

Pressionei minhas pernas uma contra a outra em uma tentativa falha de tentar conter um pouco do meu tesão.

Jungkook sorriu perverso.

— Tsc, nada disso... — ele segurou minha duas coxas, se ajoelhando na minha frente e me olhando com os olhos cerrados — Vamos, abra as pernas... não há nada aí para esconder de mim, gatinha.

Mordi meu lábio inferior com força quando senti seus longos dedos se enfiarem na parte interna da minha coxa, me fazendo abrir as pernas totalmente para ele.

— Hum, boa garota.

— Idiota — sussurrei, escutando ele rir.

Jungkook levou os dedos até a minha buceta e no momento em que a tocou, levantou os olhos arregalados para me encarar. Senti ele deslizar os dedos em mim e deixei a minha cabeça cair para trás, completamente extasiada com o seu toque gostoso.

— Gatinha...você está molhada pra caralho — ele franziu a testa, sôfrego, enquanto passava a língua sobre os lábios — Ah, porra, olha isso... nunca te vi tão molhada assim, que delícia — Jungkook deslizou os dedos até a minha entrada e enfiou dois, mantendo seus olhos negros e brilhantes presos aos meus. Apertei o edredom macio e mordi meus lábios com força, sentindo seus dedos estocarem a minha buceta lentamente — Isso aqui é tudo saudades de mim?

— Awn, Kook...

— Responda, mi carinõ.

— S-sim... sabe que sim, Jungkookie — minha voz saiu falha — Senti tanto a sua falta.

Jungkook sorriu de lado, completamente satisfeito.

— Linda. Você é linda pra caralho — sussurrou — Olha para mim — ele levou a mão livre para o meu rosto e usou o dedão para acariciar meus lábios  — Acha que eu devo fazer você gozar nos meus dedos primeiro, carinõ? — o moreno aumentou a velocidade das estocadas e eu gemi baixinho.

— Não... eu quero você.

— Mas eu já estou aqui — ele levantou uma sobrancelha e eu suspirei — Me fale então o que você quer, seja específica.

Soltei uma risada.

— Filho da puta.

Jungkook tirou os dedos de dentro de mim e os levou até os lábios, os chupando como se o meu gosto fosse a melhor iguaria do mundo. Meu corpo se arrepiou quando ele se colocou por cima de mim, sustentando a maior parte do seu peso em seus braços fortes.

— Fala — ele sussurrou no meu ouvido e eu sorri, fechando os olhos enquanto sentia Jungkook propositadamente roçar a cabecinha do seu caralho nos meus lábios encharcados — Quero escutar você dizendo.

Tinha certeza que ele queria acabar de vez comigo.

— Você é cruel, Kookie... — suspirei, manhosa e abri meus olhos para o encarar. Minhas mãos foram até o seu pau novamente e ele gemeu. Jungkook estava deliciosamente quente e duro como pedra — Está se controlando muito para não enterrar esse pau todo em mim, não é? Acho que deveria parar de se torturar tanto, amor — sussurrei a última parte fazendo o movimento de vai e vem nele de uma forma que pudesse se misturar bem na minha lubrificação — Lembre-se que não temos tanto tempo para jogos aqui.

— Cacete, gatinha — Jungkook rosnou e deixou uma mordida dolorosa no meu pescoço — Eu vou acabar com a sua raça hoje.

Fui surpreendida quando o moreno segurou minhas duas mãos pelo pulso e as posicionou acima da minha cabeça, me imobilizando. Com a mão livre, Jungkook segurou minha perna esquerda e a encaixou em seu ombro, me encarando com um sorriso ladino e satisfeito ao me ter exposta e indefesa para ele.

— Você venceu. Dessa vez — sussurrou, antes de tomar os meus lábios com um beijo apaixonado e cheio de intenções.

Jungkook direcionou o pau até a minha entrada e sem mais cerimonias, deslizou para dentro de mim de uma só vez, me preenchendo completamente.

Nossos gemidos foram abafados pelo beijo e eu afundei minhas unhas na palma da minha mão, tentando descontar a mistura de prazer com o leve incômodo da penetração abrupta.

— Ah... cachorro — xinguei após conseguir afastar minimamente meus lábios dos seus.

Jungkook mordiscou minha boca e me encarou com um meio sorriso. Suas sobrancelhas juntas, lábios avermelhados por conta do nosso beijo e respiração forte deixavam ele ainda mais atraente.

Ah, como eu agradecia o privilegio de vê-lo naquela situação.

— Não foi você quem disse que me queria todinho dentro, hm? Só fiz o que você me pediu, carinõ — ele estocou lentamente, ondulando o quadril contra o meu e aproveitando a acessibilidade que aquela posição proporcionava — Agora vai ter que me aguentar.

Rolei os olhos, gemendo manhosa.

— Mais rápido — sussurrei, me remexendo por baixo do seu corpo.

— Calma, gatinha... quem vai ditar a velocidade hoje sou eu — respondeu rouco, ainda me estocando de forma lenta, porém profunda. Ele distanciou um pouco o tronco do meu, para que ele pudesse ter uma visão privilegiada do seu pau entrando e saindo de mim lentamente. Sua testa franziu e ele entreabriu os lábios enquanto corria os olhos pelo meu corpo, faminto  — Olha... gosta de ver como você me engole gostoso?

Sua mão foi de encontro com a minha coxa com força, deixando no mesmo lugar um aperto doloroso e me fazendo praguejar baixinho enquanto reprimia meus gemidos.

— Jungkook... isso vai ter volta, v-você sabe — disse fraca, remexendo minhas mãos em uma falsa tentativa de me livrar do seu aperto, que por sinal eu estava adorando.

— Eu sei que sim — sorriu safado — E isso torna tudo mais interessante.

— Canalha.

Jungkook gemeu rouco e eu contrai em resposta, fazendo ele me olhar sôfrego.

— Não faz isso, amor... pode não parecer, mas eu estou tentando me segurar aqui — riu soprado.

Sorri.

— Está, é? — contrai novamente, dessa vez jogando o meu quadril contra o dele para o sentir com mais profundidade.

Jungkook soltou o ar de seus pulmões pela boca e me olhou com os olhos cerrados.

— Ahn, sua...

— Sua o que, hm? — provoquei, alternando meu olhar entre seus olhos e sua boca vermelhinha e maltratada.

Ele bateu com força na minha bunda e tornou a esmagar meus seios com seu peitoral.

— Sua putinha.

Consegui sorrir antes de Jungkook selar nossos lábios em um beijo afoito. Ele desafrouxou um pouco o aperto em meus pulsos e eu vi ali uma chance de agarrar seus cabelos sedosos com meus dedos, saciando o pequeno vício em descontar meu prazer em seus fios.

Isso pareceu servir de incentivo, já que Jungkook aumentou a velocidade das estocadas e gemeu gostoso entre meus lábios.

— Seu pervertido, sinto você pulsar em mim toda vez que puxo o seu cabelo — chupei seu lábio inferior, o olhando com os olhos cerrados.

Jungkook riu.

— Sabe como eu amo quando você me maltrata, carinõ  — ele tirou a minha perna de seu ombro e saiu de dentro de mim, fazendo com que eu esboçasse uma carinha de decepção — Fica de quatro pra mim.

Fiz o que ele pediu, rápida e sedenta como uma cadela no cio. Precisava de ter ele dentro de mim novamente, sentia como se fosse enlouquecer de tesão.

Jungkook suspirou quando eu me posicionei de quatro à sua frente. O espelho em frente a cama de Taehyung me proporcionou a visão perfeita do meu namorado com o lábio inferior preso entre os dentes salientes enquanto parecia hipnotizado com o meu corpo naquela posição.

Ele passou a língua sobre os lábios, apalpando a minha bunda com uma mão, enquanto usava a outra para pincelar suavemente o pau na minha bucetinha encharcada.

— Gatinha — sussurrou, sôfrego — Você não faz ideia de como a visão aqui é linda — admirou — Eu poderia ficar horas aqui... babando por você.

Reprimi um sorriso.

— Não seja tão cruel comigo... estou escorrendo por sua culpa — disse manhosa, empinando a minha bunda ainda mais, e deixando meus braços repousarem sobre o colchão assim como meu queixo — Mete, Jungkookie.

Jungkook grunhiu e agarrou a minha bunda com suas duas mãos. Suas sobrancelhas se juntaram e os lábios entreabriram quando ele me penetrou com força, de uma só vez. Me apoiei novamente em meus braços enquanto ele investia contra mim de forma deliciosa, usando aquela posição a seu favor.

Ele sabia que era a minha favorita.

O som molhado juntamente com o de nossas peles se chocando, era excitante para caralho. Eu não conseguia mais controlar meus gemidos, e Jungkook também não parecia diferente. Seus gemidos roucos e melodiosos, misturado com sua respiração pesada, eram como combustível para me deixar ainda mais sensível.

Acabei deixando escapar um gemido mais alto que o esperado quando ele estocou fundo e mordi o lábio como forma de me repreender. Estava tão inebriada de prazer que mal me dei conta de que não estávamos em um lugar propicio para isso.

— Shii, geme baixinho, só pra mim — ronronou, encostando o tronco contra minhas costas para ficar próximo do meu ouvido — Não quero que ninguém te escute, apenas eu posso escutar você gemer assim, carinõ.

— Hm... está possessivo hoje, amor — sorri, entre suspiros. Eu estava adorando aquele lado dele — Está com medo do Taehyung escutar algo? Não seria novidade nenhuma para aquele idiota, não se preocupe.

Jungkook imediatamente parou as estocadas, e sem sair de dentro de mim, me olhou com as sobrancelhas juntas pelo reflexo do espelho.

Agora sim eu estava fodida.

Literalmente.

— O que? Seria sim! — disse entredentes, me dando um belo tapa. A pele da minha bunda formigou e logo começou a esquentar como brasa. Cacete, como a mão pesada daquele homem me deixava maluca — Eu sei que comigo você geme muito mais gostoso — ele chupou o meu pescoço e eu derreti com aquele toque — Você ama esse caralho aqui te abrindo todinha, não é?

Merda. Quando eu achava que estava por cima com minhas provocações, Jungkook me derrubava em um piscar de olhos com suas palavras deliciosamente sujas.

— Touché — sussurrei.

Ele sorriu.

Seus lábios quentes e úmidos começaram a distribuir beijos molhados por minhas costas e nuca, enquanto ondulava seu quadril com destreza contra a minha intimidade sensível e encharcada. Me surpreendi quando ele enrolou meus cabelos, agora soltos, em sua mão e o puxou, fazendo com que a minha cabeça fosse para trás bruscamente, deixando meu pescoço ainda mais exposto para si. 

Eu já não aguentava mais, estava no meu limite. Jungkook atingia os pontos mais sensíveis dentro de mim enquanto beijava, chupava e lambia a minha pele de forma faminta. 

— Carinõ... — ele gemeu — Você está tão molhada... porra, eu vou enlouquecer de tesão por você caralho.

— N-não para... não para, Kook — apertei o edredom claro da cama com as duas mãos.

— Não vou parar, amor — ele abandonou meus cabelos para apalpar um dos meus seios — Só quando você melar o meu pau todo e ficar bem fraquinha.

Como se suas palavras tivessem efeito imediato em meu corpo, cheguei ao meu limite com um orgasmo forte o bastante para fazer com que as minhas pernas se amolecessem e eu desabasse sobre o colchão. Abafei o meu grito de prazer e Jungkook soltou uma risada soprada perversa contra o meu pescoço ao me acompanhar, deitando o corpo por cima do meu sem parar ou diminuir a velocidade das investidas.

Eu estava sensível para um caralho, ele queria me matar. Era isso.

Seus dedos longos foram para o meu clítoris, estimulando-os e fazendo com que a sensação crescente de um próximo orgasmo se tornasse mais forte. Seu peito molhado de suor grudava em minhas costas e seus gemidos pareciam mais manhosos, ele também estava em seu limite.

Se realmente pudesse morrer de prazer, provavelmente aquele seria meu momento. Eu já tinha gozado, mas Jungkook se recusava em parar com os movimentos, e seus dedos trabalhavam sem cansar no meu clitóris. 

Eu não conseguiria mais prolongar aquele momento.

— Jungkookie — senti meus olhos se encherem de lágrimas e meu interior contrair involuntariamente algumas vezes indicando o orgasmo seguido.

Ele gemeu deleitoso e saiu bruscamente de dentro de mim, como se quisesse evitar gozar dentro. Seu pau dolorosamente duro roçou na minha bunda e ele beijou carinhosamente minhas costas, enquanto ainda parecia tentar estabilizar sua respiração após o esforço. 

O que provavelmente não levaria muito tempo, a preparação física de Jungkook era invejável, tinha o fôlego de um atleta e a energia de um coelho no cio.

Sorte a minha.

Me virei de barriga para cima e vi Jungkook exibir seus dentinhos de coelho ao sorrir para mim. Seu rosto estava corado por conta do esforço e escorria uma pequena gota de suor por seu cabelo.

— Amor, você não gozou... — murmurei com a voz fraca e cansada.

Ele negou com a cabeça e selou nossos lábios.

— Não queria te sujar toda, carinõ. Você ainda tem uma festa lá embaixo, não pode ir com a minha porra escorrendo por suas coxas — sorriu, safado — Mas, olha... foi por pouco.

Deixei escapar um sorriso ladinho.

Empurrei Jungkook, fazendo com que o meu moreno se deitasse ao meu lado e me coloquei de joelhos entre de suas panturrilhas. Ele passou a língua pelos lábios, ansioso pelo meu próximo passo e colocou os braços por trás de sua cabeça.

Suspirei ao segurar seu pau com a minha mão, estava tão duro, quente, e suas veias salientes deixavam claro que ele estava se esforçando muito para não gozar só com o meu toque.

Passei a língua de baixo para cima em sua extensão e o escutei puxar o ar pelos dentes. Sua cabeça expeliu um pouco de pré gozo e eu o limpei com a minha língua, me deliciando com o seu gosto estranhamente adocicado em minha boca.

— Carinõ... não faz assim. Eu já estou no ponto... se é que me entende — ele riu soprado, acariciando meu rosto com sua mão.

Decidi que seria muita maldade da minha parte tortura-lo naquela situação, e também já havíamos passado tempo demais escondidos ali. O coloquei na boca, gradativamente, fazendo movimentos de vai e vem, enquanto deixava minha língua acariciar sua extensão.

— Isso, gatinha... continua — ele investiu o quadril contra a minha boca, fazendo com que a cabeça do seu pau atingisse a minha garganta algumas vezes — Ah, cacete...

Jungkook se contorceu, gemendo baixinho enquanto me olhava com cara de sofrimento. Seu peito subia e descia de forma rápida, e ao sentir que não aguentaria por mais tempo, deixou a cabeça cair contra o colchão e com um gemido razoavelmente alto, jorrou na minha boca aquela porra quentinha e abundante, que quase me fez engasgar.

Terminei de limpar com a boca o que eu tinha deixado escapar e sorri ao ver meu namorado com aquela carinha de sono que ele sempre apresentava depois de um orgasmo muito forte.

— Amor... — Jungkook me puxou para que eu pudesse deitar sobre seu peito — Você acaba comigo — riu soprado, me olhando com seus olhos negros e brilhantes — Eu te amo.

Selei seus lábios.

— Eu também te amo.

Ficamos por um minuto ali, abraçados, apenas parados sentindo nossos corações baterem de forma quase sincronizada. Sua mão acariciou minhas costas e desceu até a minha bunda, fazendo um carinho ali.

— Machuquei muito ela? — ele perguntou com um biquinho quase imperceptível nos lábios finos.

Não consegui conter o riso.

— Hum, o suficiente para eu querer ficar de pé o restante da noite!

Jungkook arregalou os olhos.

— Da próxima vez a gente faz um amorzinho bem gostoso para compensar.

— Já está pensando na próxima vez? — arregalei os olhos — Coelho...

Jungkook soltou uma risada gostosa e me beijou.

— Amor... — sussurrei entre seus lábios — Acho melhor a gente se vestir e dar o fora daqui.

Jungkook fez um bico.

— Tem razão... — suspirou.

Me sentei sobre a cama e me espantei ao reparar a minha imagem no espelho.

— Ah meu Deus, preciso dar um jeito no meu cabelo antes de voltar para a festa — comentei ao perceber o caos que se encontrava meus cabelos e maquiagem — Parece que eu fugi do hospício.

— Pra mim você está linda assim desse jeito. Uma maluquinha bem linda — Jungkook me abraçou por trás e deixou um beijo carinhoso na curvatura do meu pescoço — Posso te levar para casa hoje, carinõ?

— Pode — sorri, deitando a cabeça para trás, contra o seu ombro — Meus pais vão fazer um almoço de Natal amanhã e fazem questão que você compareça... poderia até dormir lá de uma vez.

— E eles não vão achar ruim quando derem de cara com essa grande surpresa de Natal enrolada nos cobertores com a filha logo de manhã? — brincou, passando os dedos na minha cintura.

— Olha, eu acho que o espírito natalino pode amolecer um pouquinho o coração dos dois! Podemos tentar a sorte.

— Tentador... acho que vale muito a pena arriscar — ele riu e beijou a minha bochecha — Vamos, é melhor você voltar para a festa agora, estarei te esperando até ser liberada, ok?

— Ok — sorri e me levantei para pegar o meu vestido jogado no chão — Anda, me devolve.

— O que? — perguntou, se fazendo de desentendido.

— A calcinha Jungkook! Ou... você quer que eu use esse vestido sem calcinha?

Jungkook franziu a testa e rapidamente pulou da cama, indo até o seu bolso do blazer e pegando a pequena peça de renda para me entregar.

— Nada disso! — ele se ajoelhou e eu ri quando Jungkook pediu que eu apoiasse em seu ombro para que pudesse vestir a calcinha em mim.

Um forte baque na porta, seguido pelo sacolejar frenético da maçaneta, fizeram com que minha risada morresse naquele instante. Troquei olhares congelados com Jungkook, se se encontrava com aquela carinha de criança que é pega no ato fazendo algo errado.

— Ei! Quem tá aí?! — escutei Taehyung gritar do outro lado da porta e sacudir mais uma vez a maçaneta seguidas vezes — Eu vou arrombar essa merda.

"O corno tá puto" consegui ler os lábios de Jungkook.

Não sabia se eu ria, ou se me desesperava.


Notas Finais


Eitann, acho que eu estou um pouco enferrujada... ai ai, são ossos do ofício KKKKKKK
E mais uma vez eu gostaria de agradecer a todos e dizer que amo muito vocês! Estava morrendo de saudade e espero de coração que esse período de hiatos não aconteça novamente! Ui, bate na madeira.
O que acharam desse capítulo gigantesco? Me contem! Pensei até em dividir ele em dois, mas já fiz vocês esperarem demais, não sou tão malvada assim!
É isso, amorzinhos até a próxima! Vejo vocês nos comentários 🥺❤️


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