História Ardente! - Eu não sei!

Sakura pov 

Com as palavras ditas por uma das minhas melhores amigas, meu corpo parecia que ia se desmontar. Como assim o Gaara está morto? Essa madrugada estava comigo, como assim do nada morreu? Logo vindo da Hinata, será que ele deu em cima da peituda? Nem queria pensar nisso, mas algo me cutucava dizendo que sim, ele deu em cima dela. 

— Como assim? — perguntei, não iria me dar o trabalho de chorar. Eu sou mais forte que isso. 

— Vim tomar um copo de água e encontrei o Gaara na cozinha. — deu uma pausa. Isso estava sendo complicado. — Gaara tentou me estuprar!

Ino ficou pasma. Fiquei perplexa com a novidade. Mas se Hinata não tivesse feito esse pacto maluco, Gaara não iria se atrair por ela. Assim queria acreditar. Mas quem sou eu? Achando que um demônio é inocente? Tenho que está ao lado da minha amiga e não de um demônio que não sabe o que é emoção. 

— O quê? — Ino deu um gritinho. 

— Antes de me levantar para ir a cozinha, tive um sonho bem real e bom. Sonhei com o Neji. — Ao dizer essas palavras, os olhos de Ino brilharam. Eles sempre tiveram um relacionamento de irmãos, mas as vezes batia a desconfiança que ela sentia coisas além do que a irmandade. Mas guardava para si, porque Neji enxergava como irmã. — Durante esse momento horroroso com o Gaara, rezei, clamei por ajuda, mas não pedir ajuda ao Hatake e nem o Uchiha. Só que conseguia pensar no Neji. Por milagre apareceu, o bater das asas, a iluminação divina que ele trouxe consigo. 

— Bater de asas? — Ino repetiu. — Eu sonhei com ele, era um anjo. Então Neji se tornou um anjo mesmo? 

— Sim, Ino. É algo bem louco, mas se não fosse ele, Gaara teria me machucado. — suspirou.

— Por que não ouvimos nada disso? Eu escutaria algum barulho. — questionei, a sobrancelha erguida. 

— Sei que é difícil de acreditar, Sakura. Você não devia está tão confusa, você lidou com demônios. Então anjos podem existir também. — Hinata repreendeu. — Aliás, Neji não deixou que vocês escutassem, bloqueou qualquer som que chegasse aos seus ouvidos. Achou mais seguro. 

— Então Neji matou o Gaara? — Liguei os pontos. 

— Sim, dito pelo próprio Neji, que Gaara estava trabalhando com Lúcifer. Gaara não presta e estava prestes a fazer uma besteira dos grandes. 

Então Neji matou o Gaara por ele ser cafajeste. Em que barra você se meteu Sakura Haruno. Mas apesar dele ser um cretino, me ajudou a encobrir os rastros de uma besteira que a um tempo, eu fiz. Até hoje nunca contei para as meninas porque fiz o pacto com o ruivo. Mas não tive a coragem de dizer. Mas também nao insistiram na causa. O que foi um alívio para mim. Mas agora Gaara morto, será que as coisas vão mudar? As investigações sobre esse caso nunca chegou a uma conclusão, porque Gaara nunca deixou. Daí fecharam o caso por não ter pistas para saber o culpado. O que fez meus pais ficarem indignados e até então não aceitam como o culpado conseguiu fugir sem deixar rastros. 

Bem, vou explicar melhor... Nem sempre fui a garota certinha.  Escondi  segredos obscuros para as minhas melhores amigas e para qualquer um. Apenas Gaara sabe disso. É o que espero né? Nunca nenhum outro demônio questionou sobre esse caso. 

Eu matei um alguém! Coisa que jamais pensei que faria. Mas meu instinto foi mais cruel e cometi tal delito. Matei meu irmão de criação, era adotado. Sou dois anos mais velha que ele. Desde bebê, foi jogado no orfanato por uma mulher que não teve condições de criar. Mesmo tendo a mim, meus pais quiseram adotar uma criança. Adotaram-o quando tinha 4 anos, eu tinha 6 anos na época. Deram o nome dele de Kiba Haruno. De começo, até que achei legal ter um irmãozinho, mas com o tempo passando, meus ciúmes começaram a se destacar. Meus pais de muitas vezes davam mais atenção a ele do que a mim, comecei a ficar uma criança rebelde. Na adolescência, perto de se tornar adulta, comecei a usar e vender drogas. Mas não abandonei os estudos, consegui fazer os dois. Mas o uso da droga, só usava maconha. Aos meus 18 anos veio a notícia que Neji havia morrido em um acidente de carro. Um ano após a morte do Hyuuga, Kiba descobriu que eu estava traficando. Ele ameaçou contar para meus pais, do jeito que conhecia meus pais, poderia ser expulsa de casa, mas antes disso, iria apanhar com certeza, perder toda a minha vida apenas com a língua grande do Kiba. Estava desesperada que meus pais soubessem e até minhas amigas que poderiam se afastar de mim. Dizem que uso de drogas transforma a pessoa. É claro que elas iriam achar que estava me envolvendo com gente barra pesada. Elas não iria querer ficar perto de mim, ficaria sozinha e não suporto a ideia de ficar sozinha. Por conta disso, estava perdida em pensamentos, com medo e tive que reagir e fazer alguma coisa. Nesse tempo da discussão, supliquei para meu irmão não contar aos nossos pais e por conta disso ele quis algo em troca. Acabei aceitando, mas tinha um plano em mente para poder me livrar dele. Não iria aceitar suas chantagens, dois dias depois, fiz cair em uma armadilha. Um dos caras que desenrola as drogas para mim encenaram um assalto e levou-o até um beco escuro. Os dois homens estavam com roupas pretas e com toucas ninjas, então não dava pra ver suas faces. Eles levaram Kiba até o beco onde eu estava a espera, com as mesmas vestes que os outros dois. Eles fizeram Kiba ficar de joelhos diante de mim. 

Flashback on

— O que está acontecendo? Por que estão fazendo isso? — Meu irmão perguntou, assustado, dava pra sentir o medo dele apenas pela voz. 

— Você acha que é esperto não é, Kiba? Mas não é metade do que sou, do que sou capaz de fazer. — falei, olhava para mim, confuso. 

— Do que está falando? — Foi a deixa para eu tirar a touca ninja e revelar minha identidade. Ele ficou surpreso e pasmo com a cena. — Sakura? O que está fazendo? Ficou louca? 

— Apenas me desfazendo de pedras no caminho. 

— O quê? — murmurou. Na mesma hora que peguei uma faca das minhas vestes, estava de luva, não ficaria nenhum DNA e por fim cortei a garganta do meu irmão. Que caiu feito nada no chão, sangue demais jorrava pelas suas entranhas, guardei a faca nas roupas, coloquei a touca de volta e fui embora com os dois capangas. 

Depois do que fiz, comecei a ficar perturbada e resolvi fazer um pacto, mesmo que achasse isso loucura, mas antes de fazer procurei conhecimentos para fazer tal ato. — Fiz o pacto e o Gaara apareceu para mim,  faria qualquer coisa se caso me ajudasse a encobrir meus rastros e que nada chegasse a uma pista me incriminando. É claro para não ter nenhum X9, por precaução pedi que o ruivo matasse os dois que me ajudaram na morte. Estava com receio que um dos dois me entregasse e o demônio foi lá e os matou.

Flashback off

Desde esse tempo, nada chegou a nenhuma conclusão. Gaara morreu, mas de fato estou livre de qualquer acusação. Espero que nada mude com sua morte. 

— Por que Neji não apareceu para mim? — Ino mostrou-se tristonha. 

— Ele apareceu em seu quarto, mas não quis te acordar. — A peituda respondeu. 

— Então é por isso que acordei tão animada. — A porquinha deu um sorriso de canto. — Mas cortando um pouco esse assunto, hoje tenho que me encontrar com o Tobirama para desfazer do pacto. 

— Boa sorte, amiga! — falei, sendo sincera. 

— Agora que o Gaara morreu, como vai ficar o lance do pacto que você fez, Testa? — Foi uma pergunta que me pegou de jeito. Não sabia o que poderia acontecer agora. Mas sentia que isso estava longe de acabar, mesmo o Gaara morto. 

— Eu não sei! — respondi, cabisbaixa. 

Continua...