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História Arienai. (NaruHina) - Arquivos secretos (BÔNUS)


Escrita por: uzumakiistan

Notas do Autor


tô sentindo vocês bem distantes :(

desculpa por não estar respondendo, eu juro que leio todos ♡
vou viajar, então vou deixar um bônus pra vocês

Capítulo 18 - Arquivos secretos (BÔNUS)


Em algum lugar do seu sonho, Hinata ouvia a sua mãe cantarolando alguma música feliz. Algo como Somewhere Over The Rainbow.

E aquele som a fez suspirar. Era como estar em casa outra vez, antes do seu pai morrer, quando Himari sempre parecia brilhar e amá-la tanto que era incrível.

Então, algo soprou contra o seu pescoço e toda a história boa mudou-se para Shinji.

“Ela estava de olhos fechados, lágrimas caíam, e havia um braço em torno de sua cintura.

— Não é lindo? — perguntava a voz repugnante do seu “novo pai.”

A sua mãe suspirava.

— Eles realmente viraram irmãos.

Mas o que eles não viam era a mão daquele cara entre as suas pernas, muito menos a faca que já machucava entre os seus seios, a ponta afiada cortando a cada vez que ela respirava.

— Vem. Vamos deixá-los dormir — dizia a sua mãe, saindo do quarto enquanto tudo o que ela queria era gritar e implorar para ir embora.

Assim que eles fecharam a porta, ela o sentiu morder o seu pescoço, um som estranho de aprovação. Hinata se sentia suja, nojenta com ele tocando-a, tão imunda que tudo o que podia fazer era fechar os olhos e tentar não sentir nada.”

O ar de Hinata começou a falhar no momento em que ela percebeu que também havia um braço em sua cintura e um peito em suas costas. E que... Ela arquejou. Estava nua, só de calcinha. Fechou os olhos, tremendo e suando frio.

Shinji havia a encontrado. Todo o pesadelo tinha voltado.

E ele havia agredido-a? A sua cabeça doía tanto. A mão dele estava por baixo do seu peito, o braço por baixo da sua cabeça e mesmo assim ela tremia toda de frio. O quarto tampouco era o seu. Ela se lembrava daquela estrutura. Mas, tudo o que ela queria era sair dali.

Empurrando o braço dele com cuidado, Hinata se esgueirou e caiu no chão de tanto que tremia. Ela sabia que o tinha acordado. Podia vê-lo se levantar com raiva e…

Era Naruto quem a olhava, enquanto ela estava encolhida contra a parede e procurando se cobrir. Os olhos azuis dele passaram de preguiçosos para preocupados.

— Hina... Você está bem?

Então, ela se lembrou de tudo o que havia acontecido na noite anterior.

Ele a tocara. Naruto havia tocado-a várias e várias vezes e ela havia deixado. Ele a beijara. Eles quase...

Segurou a sua cabeça com a mão enquanto ela explodia, lágrimas escorrendo dos seus olhos.

Droga.

— Naruto...

— Hina, aqui. — e havia algo envolta dos seus ombros. — Está tudo bem, não houve nada. Isso deve ser ressaca, você bebeu demais.

Ela negou com a cabeça.

Havia dois lados dela, a com a ressaca e a outra que não parava quieta. Essa segurou a mão de Naruto e o encarou com olhos preocupados.

— Por favor, tome um banho, Naruto, por favor.

Ele franziu o cenho.

— Eu não estou sujo, Hina, eu estou bem.

— Por favor, vai, eu vou ficar louca se você não for... Só, vai, por favor.

— Ok, eu estou indo.

× × ×

Dez minutos depois, Naruto saiu do closet vestido com calça jeans escuras, um suéter vermelho e um Adidas branco superstar.

Ele estava lindo como sempre.

— O que você achou? — ele perguntou. — A Ino diz que fica bom usando assim, mas tanto faz, é só roupa.

Ele não sabia o quanto estava errado, Hinata pensou enquanto o assistia caminhar em sua direção. Um sorriso se expandia no rosto dele.

— Pronto, agora é a sua vez de ir tomar banho. Ainda temos aula hoje.

Hinata assentiu e nada disse ao se levantar, já vestida e caminhando para o seu quarto.

Doze minutos depois, Hinata desceu as escadas vestindo calças jeans, botas e uma blusa de lã azul claro — roupas que Ino havia deixado em seu quarto. A sua mãe só deu tchau, Minato acenou um adeus e então, ficou somente ela e Naruto.

Ele parecia indiferente ao que havia acontecido na noite anterior, tanto que jogou um dos três jornais que havia sobre a mesa a sua frente.

— A mídia está te amando — brincou ele enquanto pegava uma maçã. — "Nova Namikaze e o Herdeiro Uchiha apaixonados?” Devo dizer que isso é hilário.

Hinata nada disse.

× × ×

A escola estava cheia quando eles chegaram lá. Sakura logo se aproximou, com a cara fechada e calada demais para ela.

— Falei? Eles já brigaram — Naruto sussurrou para Hinata. — Eles nunca ficam muito tempo.

Então, Ino surgiu toda saltitante, ocupando todo o estranho silêncio entre eles, tanto com Naruto e Hinata quanto com Sakura.

Ino contava sobre como estava confirmado de eles irem para Paris na semana que vem, logo depois das provas. Os três murmuraram um animado ok e cada um foi para o seu lado.

Hinata estava tão centrada em evitar os olhares das outras pessoas que quando algo caiu no chão, ela levou um susto. Estranhando, ela abaixou-se e franziu a testa quando se levantou com a pasta em mãos. Era o tipo de pasta para polícia, onde eles olocavam tudo sobre o assassino.

Até que ela viu algo parecido.

Umas vinte fotos dela, tanto com Naruto, como com Sakura, Sasuke e Ino, todas com os nomes de seus amigos, uma da casa dos Namikazes, outra do carro que ela dirigia e do carro de Naruto.

Então, escrito atrás: Eu sei tudo sobre você, garota.

— Hey, Hina, eu poderia falar com… — Naruto abaixou o olhar para suas mãos. — O que é isso?

Tudo o que Hinata pôde fazer foi entregar a ele, não conseguia dizer, não conseguia se mover.

Shinji.

Shinji havia descoberto tudo sobre ela.

— Como aquele desgraçado conseguiu tudo isso?

Hinata deu de ombros, procurando contar em francês. 

— Ele... É persistente quando quer algo — e ela se lembrava bem como foi até ele conseguir acabar com toda a sua vida. — Ele vai me matar... É isso que ele quer, é isso que ele vai fazer.

Naruto segurou o seu cotovelo com força.

— Vem comigo, Hina.

Ambos ignoraram os olhares curiosos dos demais alunos quando passaram por eles até estarem do lado de fora.

Incrivelmente, Sasuke encontrava-se sentado no ginásio, com algo em mãos e ouvindo música. Ele parecia quase tão trágico como Hinata, mas mudou sua expressão assim que os viu.

— Aconteceu alguma coisa?

— Você pode cuidar dela pra mim, Sasuke?

— Hum, claro, eu não to a fim de ver aula mesmo — e os olhos negros caíram em sua pessoa. — Você parece que viu um fantasma, senta aqui.

Seguindo o que eles pediam, Hinata se sentou só pra se encolher como uma bolinha. Ela não chegou a ouvir o que mais os dois caras trocaram de informações, pois tudo o que importava era tentar não passar mal e precisar ir pra casa.

Contou em Francês, alemão e latim antes que estivesse só ela e Sasuke.

Ele se sentou ao seu lado.

— Um pouco melhor?

Hinata assentiu.

Não queria conversar, mas sabia que era o melhor para não entrar em pânico.

— O que é isso na sua mão?

— Isso? — Sasuke ergueu um papel. – Algumas exigências do meu pai.

— Veio lá de Chicago?

— Veio. Você quer ler?

— Não, deve ser algo importante, guarde para você. — Hinata suspirou. — Estamos os dois fudidos, não estamos?

— Nossa alegria é correr o perigo da maneira mais louca, Hinata. — Sasuke sorriu de modo divertido. — E devo dizer que você é bem mais legal quando tá bêbada.

— Ai, nem me lembre. Dor de cabeça assim sempre é normal?

Sasuke deu de ombros.

— Depende, comigo não acontece mais. Acho que o seu corpo se acostuma ao álcool. E você, o que a traz aqui?

— O meu passado me perseguindo.

— Ah, sei bem como é. Mas, hey, eu to aqui. Eu bato em alguém se for preciso.

Hinata sorriu um pouquinho para Sasuke. 

— Eu sei que faz. Obrigada.

— Disponha, bater é comigo mesmo. A Sakura já deve ter te contado como eu era um garoto brigão de bar. — Sasuke riu baixinho. — Ela ficava puta da vida comigo quando me via depois de uma briga.

— Ficava mesmo.

Então, a conversa deles foi interrompida.

A dita cuja que eles diziam entrou como um furacão no ginásio, bem ao lado de Naruto e nenhum olhou para eles sentados. Sakura estava no telefone, arrumando fosse lá o que fosse enquanto Naruto parecia conversar com o pai. A pasta ainda estava nos dedos dele.

Hinata ficou quieta, junto de Sasuke, olhando-os. Pareciam bem mais velhos do que de fato eram. Então, Sakura desligou o seu enorme celular e encarou os seus olhos.

— Sob o indício de estar perseguindo uma antiga vítima, Shinji está sendo caçado para entrar em prisão domiciliar. O máximo que dá pra fazer enquanto ele não dá nenhum passo, Hina. E você sinceramente não ia me contar isso? — os olhos verdes estavam escuros. — Sabe que eu colocaria aquele cara em uma masmorra através da constituição pra você.

— Você e mais nós dois — Sasuke disse, com os cotovelos apoiados no andar de cima da escada, quase deitado, atraindo a atenção dos olhos dela para ele. — Olá, Haruno. É bom ver você também.

— Não tenho tempo para as suas brincadeiras, Sasuke. Hina, eu preciso que você afirme diante a polícia isso, como um tipo de Boletim de Ocorrência. Só assim vou poder agir.

Mas antes mesmo dela ter terminado, Hinata já negava.

— Não posso... Ele vai perseguir vocês, todos vocês.

— Hinata, perceba uma coisa... — Naruto disse olhando em seus olhos seriamente. —... Nós somos pessoas que temos influência, temos o que outras pessoas não teriam para se proteger.

— Isso é um fato — concordou Sasuke. — E nós temos uma advogada ao nosso lado.

Sakura cruzou os braços.

— Pode ser por escrito.

Olhando nos olhos deles, ela suspirou.

— Tá bom, ok, eu faço.

Naruto sorriu.

— Era só o que precisávamos, Hina, nós vamos dar um jeito, acredite nisso.


Notas Finais


segunda feira tem mais tá


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