Narração Normal.
Ed acordou ofegante, a morte de Kristen o assombrou a noite inteira.
-Acorda princesa.- No canto do quarto, sua personalidade maligna o olhava com um sorriso.
-O que está fazendo aqui?- Ed questionou.- Eu o bani para sempre.
- Quase. -O outro corrigiu. - O amor de uma mulher me silenciou e depois me trouxe de volta. Agora vimos como isso deu certo, né?
-Foi um acidente. – Nygma choraminga. - Eu não sou aquele homem. Eu vou consertar tudo.
- Sabia que acordaria todo pra baixo. Provavelmente querendo se entregar. Por sorte eu tive uma ideia. Gosta de truques de mágica?
-Que? – Ed olhou confuso.
-É claro que você gosta, afinal, eu gosto. Adivinha só.- O outro Edward bate palmas.- Posso fazer um corpo desaparecer.
Ed piscou e voltou-se para cama, onde havia deixado o corpo de sua ex-namorada morta, mas não havia nada lá, exceto um envelope roxo com um símbolo de interrogação:
-Onde ela está? Onde está o corpo da senhorita Kringle.
- Abra logo o envelope.
Dentro havia uma nota, a qual Nygma leu com certo desgosto:
- Escondi o corpo dela enquanto você dormia. Vai precisar de ajuda, procure as inicias dela na polícia. - Ed se levantou quando a realização bateu. – Você foi no meu trabalho ontem?
-Tecnicamente, você foi. Eu só estava sentando no banco do motorista.
-Como? Você é só parte da minha imaginação. Uma projeção por impulso e nada mais.
-Ai, isso foi desnecessário.
-Desnecessário? Usou o meu corpo e sequestrou minha namorada morta.
-Está bem, é verdade, mas eu fiz isso para seu próprio bem. Se eu fosse você...o que eu meio que sou ... começaria logo. Quer ver o corpo primeiro não quer?
A cena muda, vemos os Galavan assistindo ao jornal matinal:
- De volta a eleição para prefeito...-O repórter começa.- ... as pesquisas confirmam que o novo prefeito de Gotham será Theo Galavan, que tem uma grande vantagem. Apoiado por varias figuras da cidade, como o presidente do conselho da policia, James Gordon....-A televisão é desligada.
-Não acredito que vai ser prefeito desse buraco. -Tabitha baixou o controle.
-Eu posso ir ao baile hoje a noite.- Silver se aproximou dos tios.
- Você me prometeu diversão...-Tabitha lembrou. - ... quando vamos causar confusão?
- Vai ter muito tempo para fazer confusão e festas, assim que Bruce Wayne me passar a empresa....- Theo começa.- ... e tombar com um infeliz destino. Até lá, preciso de foco.- Ele olha para a loira.- E o Bruce gosto de você. Essa confiança é essencial para quando chegar a hora. Preciso que você garanta que mais ninguém está cochichando na orelha dele, até que eu faça minha oferta.
-Ta vendo esse dedo? - Silver levanta o mindinho.- Eu tenho o pequeno Bruce amarrado nele.
-Que víbora você se tornou, me deixou muito orgulhoso. – Theo sorriu.- Mas lembre-se que ainda há a Arlequina, e essa vai ser preciso de mais cuidado, ela é uma peça boa demais para ser desperdiçada, mesmo o próprio Bruce preserva mais a opinião dela do que a sua.
-Não se preocupe. -A menina sorriu.- Seremos melhores amigas, inseparáveis.
-Sim,esse vai ser seu desafio. – Seu tio limpou a garganta e olhou para a janela. – E ainda temos o Pinguim para nos preocupar.
-Eu cuido disso.- Tabitha afirmou.
-Não. -Galavan discordou. -Eu vou me tornar prefeito, vou ter um exército na minha mão. Eu cuido disso.
♦♠ ♥ ♣
Arlequina
Desliguei a televisão e deitei na cama, Galavan conseguiu o apoio do Gordon, ele está mais do que qualificado pelo povo. Gotham é tão manipulável! Mais da metade da população devia ir para Arkham!
-Ainda na cama?- Alfred entrou. Oh,sim! Esqueci de dizer que estou na mansão Wayne .- Pensei que estaria trabalhando.- E esqueci de dizer que não trabalho mais no departamento de polícia.
-Não trabalho mais lá, Alfred.- Contei.- Me demiti.
-Oh...-Ele entra e fecha a porta.- E posso saber o motivo?
Arqueei uma sobrancelha:
-Não finja que se importa.
-E não me importo. Minha única preocupação é se vamos ter de sustentar uma desocupada. - Ele sorriu.
Há há há, esse velho!
- Ah, eu sei que você me ama. -Sorri largamente.
Alfred balançou a cabeça e sentou-se na minha cama:
-Era um bom trabalho, você parecia gostar.
-E gostava.
-E o que mudou?
-Nathaniel Barnes e a estupida Força de Ataque, eles fizeram lavagem cerebral naquele departamento.
-Por que eles seguem à risca a lei?
-Hum...-Pisquei e me sentei.- Tudo o que eu sei, é que Jimmy se tornou mandão demais, e eu não gosto que mandem em mim.
O mordomo suspirou e deu umas batidinhas na minha cabeça:
-Bom, voce é responsável por si mesma. -Ele se levanta.- Mas ainda acho que devia reconsiderar, afinal, não devia desistir tão fácil só porque o detetive Gordon está se comportando como, como os jovens dizem, um mané.- Alfred acena com a cabeça e ai do quarto me deixando com uma pulga atrás da orelha.
-Quem ainda fala mané?!- Zombei.- Esse Alfred, precisa se atualizar.-Meu telefone vibrou.- Mas quem...- Era o Ed.- Milagre...-Atendi.- O que você quer?
-P-preciso que venha ao necrotério do DPGC de Gotham, agora.- A voz dele parecia falhar em algumas partes.
-Está tudo bem, Ed?
-S-só venha.-E desligou.
-Mas em ele se meteu agora?- Bufei ao pegar meus sapatos.
♦♠ ♥ ♣
Narração Normal.
-Qual o problema com a porta?- Bruce Wayne estava na sala quando viu Selina entrar pela janela.
-Nenhum, é o gorila que abre ela. -A outra rebateu.
-Não te vejo a um mês. Selina, o que faz aqui?
- Não vaia creditar na semana que eu tive, uma amiga minha, Bridgit decidiu fazer uma roupa de incêndio e algumas pessoas não sabem que...-Ela parou ao ver uma bolsa feminina cravejada de brilhantes azuis na mesa ao lado.- ... de quem é isso.
Antes que o menino pudesse responder, Silver apareceu:
-Desculpa, eu me perdi no caminho do...-Ela parou ao ver Selina.- Olá.
-Oi.- Kyle respondeu.
-Silver St. Cloud esta é minha amiga, Selina.- Bruce apresentou. – Selina, essa é a Silver.
-Muito prazer.- A loira sorriu.
-O prazer é meu.- Selina baixou os olhos por um breve momento.
- Você vai ficar pro jantar?
-Não, eu...-A castanha foi interrompida.
-Por favor, fica, eu acabei de me mudar e eu não conheço ninguém.- Silver voltou-se para Wayne.- Bruce, peça pro Alfred colocar outro prato, vai ser legal, anda vai.
Bruce não conseguiu rebater e foi na direção da saída, no entanto, acabou trombando com Josette na porta:
-Puddin!- Ela reclamou com sua voz infantil.
-Oh, desculpe Josie.- O menino olhou-a de cima a baixo.- Vai sair?
Antes que a mesma pudesse responder, Silver se manifestou:
-Ah, oi Arlequina!- Ela parecia feliz.
Josie piscou e arqueou uma sobrancelha:
-Quando você chegou aqui?
-A Silver está aqui desde cedo.- Bruce respondeu.
-Oh, então é por isso que ouvi vozes no andar de baixo.
-Claro, o que pensou que era?- O menino sorriu.
-Bom...- Arlequina deu umas batidinhas na cabeça com o dedo indicador fazendo-o revira os olhos.
-E ai Arlequina!-Selina falou abruptamente, começando a ficar com raiva de ser ignorada.
-Gata.- Queen olhou para ela, depois para Silver e por último para Bruce.- Oh, as coisas vão ficar interessantes aqui. -E deu seu sorriso psicótico que causou um arrepio em Bruce. – Pena que não vou ficar.
-Ah, por que?- A sobrinha de Galavan parecia triste. – Tinha esperanças que se juntasse a nós para o jantar e conversar um pouco sobre, sabe, coisas de meninas?
-É, claro. - Kyle revirou os olhos e cruzou os braços, Silver parecia irritante.
- Na próxima,fofa.- Arlequina deu um sorriso falso que somente a garota gata conhecia.- Tchauzinho Puddin!- Ela agarrou-se a bochecha de Bruce e apertou seu rosto contra o dele antes de sair saltitando.
O jovem Wayne corou mas Selina estragou suas fantasias:
- Não fica todo animadinho não, ela é doida.
Se os olhos pudessem matar.
-De qualquer forma, vou falar com Alfred.- Bruce saiu.
Uma vez que estavam sozinhas, Silver virou-se para Kyle:
-Bem,parece que agora somos só nós, meninas...-O sorriso doce se transformou em veneno puro. - ... deixa eu te dar um conselho. Se vier aqui de novo, pode ser ruim, pra você.
A outra zombou:
-Quem você pensa que é?
-Sou amiga do Bruce e da Arlequina, a única amiga deles. – A loira farejou o ar.- E você é um pedaço de lixo. Me diz uma coisa, alguém, algum dia, sentiria a sua falta se você sumisse? Eu acho que não.
-Falei com o Alfred. – Bruce voltou e sentiu o clima estranho. – Do que estavam falando?
-Nada. -Silver disfarçou.- Só, coisas de menina.
Mais tarde...
Edward estava no laboratório legista, ele puxou o corpo da senhorita Kringle da gaveta e olhou para os olhos leitosos e sem vida. Era horrível, parecia mais branco do que quando a encontrou, seu eu maligno o fez solucionar charadas para encontrar, e por mais agoniante que fosse, ele admitia que era brilhante.
- Ed?- Arlequina bateu na porta o assustando.- Ed, você está ai?
-Um minuto.- Edward se apressou em abrir a porta.
-Finalmente!- Ela passou por ele. -Agora será que pode me dizer qual a emergência que...?- Josette parou ao ver o corpo de Kringle.- Oh, entendi.
-Antes de qualquer coisa, deixe-me explicar.
-Foi você que matou ela?
-B-er, foi.
-Então não tem mais nada o que explicar.- A outra deu ombros.- Ela provavelmente mereceu.
-O-o que?
-Ora, Ed, vamos, eu te conheço, você não a matou por diversão, alguma coisa ela te fez.- A outra se sentou em cima da mesa com as pernas cruzadas esperando a história.
Nygma suspirou:
- Tudo bem, eu contei para Kristen que havia...bom...que eu matei o antigo namorado dela e ela não reagiu bem.
- Ah, jura?- A outra olhou para o corpo.- Nem reparei. E depois?
- Bom, ela irritou, e começou a me chamar de coisas ofensivas e ...e...e quebrou um vaso na minha cabeçada pra acreditar? Um vaso!
-Céus! Como ela pode ser tão mal-agradecida? -A menina desceu da mesa.- Eu sempre disse que ela não te merecia, Daddy, mas acho que o principal problema é, o que fazer com o corpo?
Edward piscou:
- Mas eu cometi um erro, você não vai correr e contar?
A menina zombou:
- Não fui para Arkham por roubar pães, se é que me entende... vamos ver por esse ângulo, erros são uma forma de aprendizado.
- Você é completamente insana.- O outro passou a mão pelos cabelos, sentido o pequeno corte que havia ganhando com o vaso que Kristen quebrou em sua cabeça.
-Sim, eu sou.- Arlequina sorriu de forma compreensiva antes de ir até a mesa e pegar uma das ferramentas de corte .- Mas a questão é....- Ofereceu a mesma a Nygma. - ...e você?
Edward olhou para o aparelho e suspirou:
-Me dá licença, um minuto. - O rapaz saiu da sala.
Quando ele saiu, o celular de Josette tocou, ela atendeu:
-Alo?
-Arlequina!-Era Jim, parecia que ele estava em um tiroteio.- Preciso de você, o prefeito Galavan estava dando uma festa e os homens do Pinguim...-Ele foi interrompido.
-A resposta é não.
-Mas Arlequina...-Interrompido de novo.
-Me demiti, lembra?- A menina desligou e bufou.
Arlequina achava que seria mais difícil entrar no departamento de polícia, mas o local estava bem vazio, agora ela sabia o motivo, todos foram proteger Galavan da fúria de Oswald, mas isso não a interessava.
E do lado de fora da sala, Ed pensava onde ele tinha se metido:
-Quero saber por que você fez isso.- Não era uma pergunta.
-Mais cedo, quando a Dra. Thompkins entrou, como se sentiu? - O seu outro eu perguntou.
Nygma suspirou ao lembrar da cena, ele quase havia sido pego por Lee:
- Eu estava morrendo de medo que ela achasse o corpo.
-Mas ela não achou. Conseguiu escapar dessa.
-Essa não é a questão.
-Essa é sim, toda a questão!!!- O Ed malvado gritou, sorte que o único que podia vê-lo era o próprio Edward, se é que podemos chamar isso de sorte.- Ainda pode sentir a fúria, não pode? De ficar tão perto de ser pego. – Este seguiu se aproximando de Nygma pelas costas. – Sabendo o que seria forçado a fazer, se ela tivesse descoberto o corpo. Descoberto o que você fez. Sinta o momento, assim parado na beira do esquecimento inteiro e me diga, como você se sentiu?!- Nesse momento, os dois se tornam ume Edward sorri. -Incrível. -O rapaz volta para sala.- Desculpe o atraso ,precisava relaxar.
-Oh,tudo bem.- A outra sorriu para ele.-Então, podemos começar?- Ergueu o pequeno cortador.
-Claro.- Edward parecia tão calmo que mesmo Arlequina se surpreendeu. -Onde sugere que eu realize o corte?
-Como diria meu cirurgião plástico: 'Se tiver que morrer, morra sorrindo!'- Arlequina saltou.- Uh, se importa se eu for buscar comida?
-Oh que cabeça a minha, sim, claro, te levo até a porta.- Ele o fez.- Traz algo para mim também?
- Olhe só para você, mata duas pessoas e acha que pode fazer exigências.
-Por favor.- Ele choramingou.
Arlequina riu:
– Tudo bem, tudo bem, mas não abuse.
Nygma sorriu satisfeito:
-Nós dois seremos uma boa dupla.- E fechou a porta.
Queen começou a caminhar pelo corredor cantarolando algo sem nexo mas parou quando a realização lhe veio à mente:
-Espera...nós dois?
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