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História Arte - ABO Mpreg - Medicado


Escrita por: ArcadeBurrito

Capítulo 16 - Medicado


"QUE PORRA?" O homem entrou como um furacão no pequeno quarto mofado e os três alfas ali presentes se assustaram, se encolhendo um pouco.

"Foi sem querer, a gente-" Alan foi interrompido.

"Que porra?!" Agora era Rafael que parecia estar indignado. "O que você está fazendo aqui?!" Por um momento esqueceu a dor terrível em sua perna.

O maior se aproximou mais e seu olhar estava um pouco confuso de se decifrar. "O que aconteceu?!" Olhou de forma desesperada para a cama completamente ensanguentada da cintura para baixo do pequeno.

"Eu pisei numa armadilha de urso não está na cara?!" Franziu o cenho e cruzou os braços. Ele parecia um pouco calmo de mais, ele pareceu mudar completamente depois do lupus entrar no quarto. "o que você está fazendo aqui?!" Sua expressão estava carregada de irritação.

"Depois... Depois eu explico." Leo se sentiu obrigado a lhe alguma satisfação, mas no momento aquilo não era o foco.

Ele se aproximou e examinou bem.

"Alguém tentou tirar?!" Olhou para os seus amigos e nenhum deles acenou positivamente. Não sabia definir se era uma boa ou má resposta. "Tudo bem, eu vou..." Olhou melhor o tornozelo e ele estava começando a inchar, uma visão horrível para quaisquer olhos. Ele tocou levemente o tornozelo inchado, ensanguentado e em carne viva e Rafael soltou um berro.

"Meu deus está mais dolorido que antes." O acamado disse enquanto a dor em sua expressão era visível, mordida os lábios com força e várias lágrimas brilhavam em seus olhos.

"Bom, Leo você já fez isso antes né? Sempre que caçamos é você quem abre as armadilhas." David olhou esperançoso para o maior, que parecia não saber direito o que fazer.

"Tá mas nenhuma delas estava na perna de uma pessoa, e vamos e venhamos eu não abro com muita delicadeza porque os animais já estão mortos." Analisou mais um pouco. "Mas..."

"Mas?!" Rafael interrompeu o pensamento dele, seu medo ficando cada vez mais aparente. "É isso, fugi de casa e vou voltar manco, parabéns você é um grande animal." Se lamentou e cobriu seu rosto com as mãos sentindo um grande arrependimento passar pela sua espinha. "Ou pior, sem meu pé."

"Isso é mais provável." Feliz completou mas levou um tapa forte na nuca de Alan.

"Ok ok, eu vou tentar, todos vocês me deem espaço." Leo decidiu o que faria e assim como pedido, todos foram para os cantos do quarto. "Vai ser complicado porque você está numa superfície macia e o sangue atrapalhe um pouco mas... É a melhor opção no momento, não temos ferramentas aqui." Com delicadeza, segurou os dois lados da grande e afiada mandíbula de metal que devorava com gosto aquele tornozelo.

"Respire fundo, sim?" Alan pediu e Rafael estava tão desesperado que sua mente ficou branca de um segundo pro outro sentindo a dor aguda.

O lupus começou a forçar os dois lados e cuidando para não inclinar a perna. Aos poucos, a boca se abriu abandonando a carne, deixando grandes e profundas marcas naquela perna, era possível até mesmo ver um pouco do osso.

O ômega ao sentir aquela coisa extremamente desconfortável descolar, não sabia se gritava de dor ou se suspirava de alívio.

Depois de alguns grunidos altos e abafados, ele conseguiu abrir por completo aquela armadilha.

"Rápido! Tirei a perna dele daqui." Depois dessa ordem, Alan rapidamente segurou com muito carinho Rafa e puxou um pouco enquanto David levantava lua perna.

Rafa sentia que os homens ao seu redor o levantavam como se ele pesasse uma mera pluma.

Depois de algumas lágrimas e o ar de seus pulmões escaparem, conseguiu respirar um pouco aliviado mesmo sentindo aquela dor terrível que parecia beliscar seu cérebro de uma forma muito forte.

Dói pra caralho!

Leo jogou a armadilha ao lado, que fechou com muita força e fez um barulho muito alto assustando os outros no cômodo.

"Deixe-me cuidar de você tudo bem?" Sua continha uma espécie de calmante natural e por incrível que pareça Rafael se acalmou com aquilo.

Concordou um pouco relutante e olhou ao redor, sua expressão ficando furiosa novamente.

Os três se sentiram deslocados e saíram do quarto de fininho, deixando apenas os dois.

Examinou o pequeno tornozelo massacrado e não pôde deixar de sentir um pouco de dor pelo pequeno, aquilo deveria estar corroendo-o de dentro para fora. Olhou o rosto assustado na cama e foi possível determinar um pouco de alívio.

"Como isso foi acontecer?" Abriu a caixinha e procurou por uma coisa.

"..." Sua voz tinha sumido de sua garganta por uns instantes. "...eu... eles-eles vieram, foi muito assustador, só tinha parado na estrada pra conferir o mapa porque eu estava perdido e só queria encontrar um lugar legal pra passar a noite mas eles me abordaram." Sua voz era baixinha como se estivesse contando um grande segredo. "Foi muito.... hm... Fiquei com muito medo e acabei caindo barranco a baixo." Cruzou seus braços e desviou o olhar. "Eu corri depois de rolar e me sujar inteiro pelo barranco, mas não deu nem dez metros e aquilo me mordeu." Apontou para a armadilha. "Eu juro que pensei que fosse perder a perna inteira de tão terrível que foi."

Leonardo ouvia tudo atentamente, seu rosto sempre sério e com ar de frieza em seus olhos, mas ao encontrar os grandes e redondos olhos verdes, ele não conseguiu deixar de sentir seus olhos brilharem um pouco. Desviou rapidamente.

"Hm, entendo..." Continuava vasculhando a caixa. "Encontrei." Tirou um grande pode de dentro e o abriu. Aquilo emanava um forte cheiro de menta, era tão refrescante que seus olhos chegavam a arder. "Olha, tenho certeza que machucar você não era a real intenção deles." Tirou uma pequena gaze da caixa. "Conversarei um pouco com eles depois de te cuidar." Segurou a canela alheia e a levantou um pouco. A cama estava encharcada em sangue, sua perna pingava bastante e aquilo estava digno de um massacre. "Ehm, vai deixar uma cicatriz isso aqui..." Analisou mais de perto. "Uma cicatriz bem feia... bom... respire fundo, essa pomada ajuda a estancar o sangue e acelerar o processo de cicatrização. Porém ela arde bastante, mas logo deixa o lugar mais confortável."

Ouvindo isso, Rafael sentiu seu coração pesar com o medo da ardência que ali provavelmente daria. Prendeu sua respiração e tampou seus olhos com as mãos, não demorou muito pra soltar um berro involuntário enquanto aquela pomada se espalhava em seu tornozelo.

Depois de quase cinco minutos passando com muito cuidado o remédio e de muitos barulhos de dor, Leo passou uma camada super grossa de gaze e fechou com bastante astúcia, como se já tivesse muita experiência naquele tipo de situação.

Depois de aguentar toda a dor, Rafa pôde relaxar os músculos de seu corpo, mas sentiu uma curiosidade terrível passando pela sua mente e não conseguiu evitar de perguntar: "O que vocês está fazendo aqui?!" Olhou desconfiado. "Você é um ladrão também?! São seus amigos?!" Ele estava bem bravo independente de tudo, bravo e agradecido.

"B-Bom..." Coçou sua nuca de forma desajeitada e olhou para o outro lado do quarto, se sentindo envergonhado. "Sim, são meus amigos... Não, não sou ladrão." Não exatamente... "Aqui é como se fosse nosso lugar de reuniões... somos amigos de infância, foi muita coincidência eles terem topado com você." Concluiu mas também não pôde deixar passar. "E você, sua Alteza, o que faz aqui?!" Olhou de forma repreensiva para o pequeno, que se sentiu tímido.

"Eu só estou tirando uma folga do castelo." Deu de ombros e se afundou mais na cama, não querendo tocar no assunto. Depois de observar tudo ao redor, notou que a mão esquerda de Leonardo estava enfaixada, porém mal enfaixada. Parecia que ela iria cair a qualquer minuto. É meio estranho, ele enfaixou tão bem sua perna e a sua mão estava tão mal cuidada... Será que foi ele mesmo que fez? Será que dói qualquer que seja o machucado em sua mão? Não disse nada. "Então você não é um jardineiro." Bufou e encarou o teto sentindo como se tivesse sido enganado. "Imagina se não tivesse guardas perto? Como eles deixaram você estar lá? Quais era suas verdadeiras intenções?"

"Calma!" Sua voz se exaltou um pouco e levantou suas mãos em legítima defesa. "Eu não sou realmente um jardineiro, sim, mas eles me contrataram para cuidar do seu jardim, eles me pagaram então eu farei. E sim, eu trabalho meio período em uma floricultura, então não é tão mentira. Eu nunca tive intenção nenhuma lá, eu só queria plantar aquelas sementes e ir embora." Disse determinado na verdade, seu rosto tão sério que por uns segundos o pequeno ômega se sentiu culpado pelas perguntas que fez. "E mais, se eu tivesse más intenções eu não teria cuidado dos seus ferimentos." Olhou para a perna enfaixada.

"Tem razão..." Sussurrou e se afundou mais ainda na cama de forma tímida.

Alguns segundos constrangedores e desconfortáveis se passaram e o lupus não tardou em tomar uma atitude. Se levantou e trocou os lençóis ensanguentados e pegou uma almofada bem fofinha e colocou embaixo do tornozelo machucado para deixa-lo um pouco suspenso.

Quando finalmente terminou, jogou o lençol ensanguentado de lado, aquilo irá para o lixo mais tarde. "Bom... como está?" Ele perguntou esperançoso mas não obteve resposta. Ele ficou levemente assustado, se aproximando do pequeno. "Hm... Sua alteza?" Se aproximou mais do rostinho pálido que tinha seus olhos fechados de forma tranquila e não havia sinal de dor em sua expressão. "Ei." Seu tom de voz sempre era calmo e reconfortante. Quando ele se aproximou o suficiente, o sentiu respirar levemente e visivelmente cansado.

Ufa só está dormindo.

Endireitou sua postura e observou melhor o corpo ali sobre a cama. Seu tornozelo e canela estavam enfaixados completamente com gaze, uma camada bem firme, aquilo com certeza estancou o sangue, mas aos poucos franziu seu cenho e notou outro machucado na mão direita do pequeno, ela também estava bem enfaixada e aquilo chamou sua atenção.

Se afastou e o deixou em paz, descansando depois de tanto sofrimento ele teria um tempo de sono e recomposição.

Saiu do quarto e fechou a porta.

Os três que estavam na mesa conversando baixinho olharam o homem sair do quarto com suas roupas ensanguentadas e seu olhar estava fixo no chão, rosto escuro de aflição.

"Oh que bom, como ele está? Alan perguntou mas não obteve resposta. "Como ele-" Pensou que o maior não tinha ouvido mas logo Leo ergueu sua cabeça, seus olhos emanavam raiva e transbordavam uma vontade assassina de bater em alguém. Alan engoliu em seco.

"Quem. fez. isso?" Perguntou pausadamente e suas mãos se apertaram tão forte em punho que seus dedos estalaram e ficaram brancos.

"Eh-" Os três alteraram entre três cores diferentes, ficando branco de pavor, verde de ânsia e vermelho de constrangimento.

Seria hoje que alguém apanharia igual um filho apanha dos pais quando faz algo errado.

Desculpe os erros ��



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