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História Arte - ABO Mpreg - Irmão


Escrita por: ArcadeBurrito

Capítulo 29 - Irmão


"O que quer?!" Leo tinha um olhar extremamente irritado mas mantida sua nobreza.

"Eu disse auto lá." O príncipe cruzou seus braços e também fez uma cara de poucos amigos. O albino se esgueirou um pouco até ver o pequeno atrás do outro. "Interessante a dor dos seus olhos, nunca vi dessa cor."

Leonardo não disse nada e manteve seu rosto sério.

"Eu estou fazendo uma ronda pelos arredores, busco por uma pessoa." Se inclinou mais tentando ver o rosto da pessoa misteriosa que se escondia em lenços negros enrolados em sua cabeça.

"Quem seria?" Também cruzou seus braços e fez um rosto interrogativo.

"O príncipe ômega do reino Abulque."  Olhou de rabo de olho para a pessoa misteriosa. "Eu preciso olhar a identidade de todos por aqui." Sem mais, estendeu sua mão na direção do rosto da pessoa misteriosa, mas outra mão segurou seu braço, o impedindo de continuar. "Como ousa me impedir?"

"Desde quando você tem poder aqui? Essas teorias são alguns poucos quilômetros fora das suas terras, então você não tem o direto de invadir a privacidade dos outros sem mais ou menos."

Cês ficou completamente indignado perante as palavras daquele cara. E pelo visto ele era um lupus.

"Hm, corajoso." Voltou a cruzar os seus braços e analisou mais um pouco a situação. "Vejo que seus olhos são bem vermelhos." Analisou com muita cautela. "Lupus são muito raros, eu mesmo nunca vi um."

"Está vendo um bem agora." Estufou um pouco seu peito de forma orgulhosa.

"Novamente, preciso revistar a todos nós vilarejo."

"Desculpe, príncipe." Cuspiu o título de forma zombeteira. "Mas o meu— a- a minha esposa não pode tocar, ela não gosta de pessoas estranhas tocando nela, e também acho que poucos gostariam." Se colocou mais a frente de Rafael para o cobrir mais ainda, bloqueando a pouca visão da pequena figurinha.

"Esposa?" Colocou suas mãos na cintura e franziu seu cenho.

"Sim, minha esposa."

Cês não conseguia ver direito a forma da figura por causa daquele grande cachecol, então não conseguia ver se tinha seios ou não.

"Certo, amor?" Leo olhou para trás e seu olhar continha uma espécie e súplica como se implorasse uma atuação conjunta.

Rafael se preparou mentalmente então pigarreou baixinho, limpando sua garganta e por fim tentou fazer uma voz fina e feminina. "Sim." Se aproximou mais das costas do lupus e se agarrou a ele. "Sou sensível a Liz do sol, esse lenço me ajuda." Virou seu rosto para a direção oposta dos dois alfas e fechou seus olhos. Sentia seu coração tentar pular de sua caixa torácica e tremia um pouco.

Não poderia falar muito senão com os segundos passando sua voz ficaria mais óbvia que era forçada. Engoliu em seco quando viu seu irmão o olhar confuso.

Essa mulher é muito parecida com ele mas...

"Mas que porra é essa?!" Se sentia muito confuso mas era tudo muito estranho.

"Por favor, príncipe, temos que cuidar das nossas crianças. A deixamos nos cuidados do mais velho, mas nunca se sabe." Olhou de forma arrogante para o cavaleiro.

Cês apenas franziu seu cenho tentando processar e por fim apenas fechou seus olhos e sacudiu sua cabeça tentando processar. "Tanto faz, sigam a vida de vocês." Deu de ombros e virou de costas, indo embora de forma brusca.

Rafael ainda estava colado ao alfa e se sentia muito tenso.

"Está tudo bem agora." Leo se virou um pouco e viu a bolinha atrás de si.

"Hm... Desculpe... Estou com muito medo..." Se agarrou mais ainda. "Vamos pra casa por favor?" Engoliu em seco e Leo não tardou em concordar.

Ambos pegaram seus cavalos e voltaram para a casa do pai de Leonardo. Entraram rapidamente e se trancaram lá dentro, fazendo com que o senhor com um pãozinho em mãos se assustasse.

"O que aconteceu?!" Colocou o pai na mesa e olhou para ambos, que tinham suas respirações um pouco agitadas e olhares assustados. Colocou suas mãos na cintura e encarou seu filho, exigindo uma resposta.

"Desculpe pai, eh—" Tentou pensar em alguma desculpa.

"Nós vimos um animal grande nas redondezas e nos assustamos, viemos pra casa, só isso." Rafael já tinha se acalmado e deu um lindo sorriso para o homem preocupado, que pareceu realmente relaxar um pouco.

"Você, fugindo de animais?" Cowle olhou para o seu filho com um olhar divertido e Leo revirou os olhos.

"É... É pai eu fiquei com medo de bicho." Engoliu seu orgulho enquanto seu pai ria.

"Tudo bem."

"Nós vamos subir." Leo agarrou o pulso do menor e praticamente o arrastou para o segundo andar.

"Eh? Já? Acabei de—" olhou para o seu pão mas os garotos já tinham sumido. "Aí ai, esses jovens..." Suspirou e sorriu um pouco. Iria guardar para eles meus tarde.

Já no segundo andar, Rafa sentia um pouco de preocupação no ar e não era possível agir normalmente sabendo que seu irmão estava tão perto dele, e que se o encontrasse, atropelaria qualquer coisa para levá-lo de volta.

"Ele quase me descobriu." O ômega engoliu em seco e sentiu um pouco de suor gelado descer pela sua testa.

"Não acredite muito nisso." Sorriu de forma debochada e andou em direção à cama para arrumá-la. "Tenho certeza que ele é nobre, nobre o suficiente para ser o mínimo educado e não tocar nos outros aleatoriamente só porque tem autoridade." Revirou os olhos ao se lembrar da atitude arrogante do irmão mais velho de Rafael.

"Hm..." Colocou sua mão no queixo de forma pensativa. "Não sei mais, faz tanto tempo que não vejo ninguém da minha família..." Suspirou e mesmo tendo passado por um fio por aquilo, ainda tinha medo. "Infelizmente querendo ou não eu tenho que voltar, está quase batendo dois meses." Sentiu um calafrio percorrer sua espinha. 

"Ou não." Se virou bruscamente e o menos franziu o cenho. 

"Como assim?" Se aproximou do alfa mas ainda mantinha uma distância.

"Veja bem;" Chegou perto do pequeno e pegou de forma delicada uma de suas mãos. "Você pode muito bem simplesmente sumir de vez e bem longe daqui, você já não acabou de fazer isso? Praticamente fugiu e sumiu do mapa para eles, poderia continuar assim, não precisa se importar tanto com os outros." Apertou de leve as mãos nas suas.

O ômega franziu o cenho e se sentiu um pouco ofendido.

"Como assim simplesmente abandonar meus pais e meu irmão? E... e meus afazeres, abandonar pra sempre." Se remexeu um pouco incomodado pelas palavras que saíam de sua própria boca. "Não consigo fazer isso." Negou para si mesmo e Leonardo suspirou.

"Ei." Levantou o queixo alheio com seu dedo indicador, fazendo se olharem olho no olho. " Não precisa se preocupar pequeno." Sorriu pequeno e de forma acolhedora. "Você sabe como eles te forçaram a tudo isso certo? Você mesmo disse que aconteceu tudo da noite pro dia e sem perguntarem o que você achava." 

Rafael novamente engoliu em seco, nervoso.

"É que..." Fechou os olhos e preferiu manter seu silêncio.

Assim ficou por vários segundos, o clima estava meio estranho mas era porque Rafael não consegui pensar claramente sobre tudo, ele estava tão... encurralado.

Sem mais dizeres, apenas se sentou na cama arrumada e focou seu olhar no chão de madeira, tentando por em ordem sua cabeça, enquanto isso Leonardo o observava discretamente de rabo de olho e tentou ao máximo não incomodar mais ao pequeno. 

"Trarei algo para você comer, não comemos nada já faz um bom tempo." Disse já se direcionando para a porta, mas antes de sair, se conteve em seco  e retornou, recebendo um olhar confuso. 

"O que foi?" Franziu seu cenho enquanto observava o alfa se aproximar de forma rápida e paralisou por completo quando sentiu um leve e carinhoso beijo no topo de sua cabeça. Sentiu sua bochechas arderem de vergonha e suspirou, voltando seu olhar para baixo, desta vez focando o olhar em suas mãos nervosas, que brincava ansiosamente com seus dedos tensos. 

"Vou te ensinar a se defender amanhã." Sorriu por fim e o ômega ficou  surpreso com aquilo.

"Sério? Defesa pessoal?" Pareceu ficar levemente animado. O alfa apenas concordou com a cabeça, em silêncio. "Ah, isso... sempre quis aprender esses tipos de coisa mas nunca me deixaram pegar em uma faca com ponta." Suspirou se sentindo extremamente vulnerável e ridículo. "Que bobagem." Coçou sua nuca.

"Não ligue pra isso, não está mais perto deles. Eu quero que você aprenda tudo que queira, viaje para onde quiser, mas não se limite por causa dos outros, viva por você." 

Rafa ficou petrificado enquanto o maior saiu do quarto e desceu as escadas. 

Por incrível que pareça, sentiu uma forte vontade de chorar, sua vida tinha sido escrita por outros, ele mesmo nunca mudou uma única palavra do seu livro da vida, e isso era mais que terrível.

Talvez ele tivesse razão...

Enquanto a noite seguia tranquila dentro da casa, no meio das sombras do bosque uma pessoa se escondia de forma tão experiente que ninguém conseguiria achá-lo. Não tirava os olhos daquela casa em específico e sentiu uma satisfação muito grande por ter conseguido o que estava procurando.

O seu irmãozinho.

"Parece que não era esposa nenhuma hm?" Apoiado em uma árvore, via alguns movimentos pela casa e decidiu começar com alguns planos em sua mente. Aquilo não iria correr muito bem, mas era pelo bem de seu irmão! Não queria que o seu caçulinha estivesse tão vulnerável nesse mundo tão perigoso e traiçoeiro, ainda mais que pelo visto, Rafael estava vivendo na casa de um alfa qualquer e muito estranho.

Isso fez uma sensação ruim percorrer seu corpo e uma ansiedade terrível de o quanto antes recuperar seu irmão e levá-lo de volta para casa, levá-lo para os braços de seus pais, todos sentiam tanto a sua falta...

"Você precisa voltar pra casa comigo..." Sussurrou para si mesmo e soltou uma lufada cansada de ar. Finalmente seus dias incansável de buscas atoa foram um sucesso. Estava tão exausto de correr atrás do seu próprio rabo e finalmente encontrou um caminho a seguir.

•∆•



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