História As Amazonas - 2 - Camila

Camila Victoria Smith Dell'a Fontini, é a mais temida e admirada guerreira amazona, desde muito pequena sua dedicação ás armas, seu amor pelo combate e sua total inapetência para conversas longas e atividades que exijam delicadeza são notáveis. Gerada por Júlia, a rainha consorte, mas sendo a cópia fiel de sua majestade a rainha Mariana Victória Dell'a Fontini, graças á tecnologia aprimorada desenvolvida no interior da sociedade amazônica, que permite o cruzamento dos óvulos das futuras mães com o sêmem retirado dos pouco homens que não são dizimados em combate pelas mesmas, cerca de 50 em cada combate e que são mantidos vivos por 30 dias para recolhimento diário de esperma. Mas, não são somente as habilidades da princesa que chamam atenção, sua pele bronzeada, seus volumosos cabelos pretos muito escuros que emolduram o rosto de traços finos e notáveis olhos azuis, além da altura de 1,85 m de um corpo definido pelo treinamento pesado e a alimentação balanceada aos quais se submete, devido a sua função de guerreira, são mais alguns dos motivos que fazem a princesa ser eleita pelo concurso anual da revista “Nobreza” a mulher mais bonita do reino todos os anos desde que começou a ser colocada na lista aos 18 anos.

Aos 30 anos, idade em que a maioria das amigas de infância e de espada já haviam sido fisgadas pelo amor e apesar da pressão das mães e dos deveres principiais que exigem a escolha de uma companheira (visto que, sendo filha única o dever de prover uma herdeira para o trono é seu) a estonteante princesa aproveitava a vida de solteira sem manifestar necessidade alguma de casar-se. Quando questionada sobre isso sempre respondia mostrando a mão direita, na qual carregava uma aliança de noivado a 5 anos, acompanhada de seu sorriso mais sacana.

Uma aliança igual pesava no dedo anelar da artista plástica Isabela Lax Lombarddi, um noivado que existia apenas na cabeça da artista que adorava exibir a aliança e aproveitar-se do status que ser a futura princesa consorte proporcionava. Para Camila o noivado era usado contra as cobranças visto que alegava para as mães estar apenas esperando o momento certo pra oficializar o compromisso e como escudo para afastar as poucas mulheres que cantavam-na mas não conseguiam fazê-la se interessar e eram poucas as mulheres pelas quais ela não conseguia se interessar, pois como sempre dizia: “Cada mulher tem alguma coisa à ser apreciada”.

Em suma, era um relacionamento vantajoso, para ambas as partes a artista ostentava a aliança e obrigava a noiva a comparecer a todas as reuniões sociais para alimentar sua fama, enquanto a princesa que nunca teve habilidade para pomba e longas conversas aproveitava a festa para ocupar sua agenda noturna da semana com várias garotas e se ao fim da noite nada de novo fosse descolado ela ainda tinha Isabela, ou BELA, como gostava de ser chamada, para garantir o sexo.

Os fins de semana eram momentos só seus, seja com a família, Isabela ou todas as outras mulheres do reino os compromissos tinham que caber nos 5 dias da semana, os sábados e domingos eram de seus cavalos, seus livros e seu violão era somente nesses dias que se permitia sentir toda a solidão que a atormentava a 07 anos. Tinha beleza, dinheiro, uma noiva bonita e muito poder, mas nada parecia suprir aquele vazio, que aparecia por trás da íris verde daqueles olhos, talvez lhe faltasse mais compromissos e menos frescura, chegava a cogitar que lhe faltasse amor, não esse sentimento a princesa tinha desistido de conhecer ficou mais como um sonho louco do inicio da juventude, com essas perguntas se perdia na vontade de se entender e entender o que estava fazendo de sua vida.