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História As Aprendizes - O novo professor


Escrita por: HalfBloodMah e ZVenusAngelicZ

Notas do Autor


Demorou, mas cá estamos! Mais m cap pra vcs!
Boa leitura!

Capítulo 8 - O novo professor


Alice ficara até tarde terminando o trabalho de Criaturas Mágicas, o que cooperou para aumentar sua preguiça para levantar.  O dia estava numa aparência melhor que o anterior: o sol brilhava pela janela do quarto, num céu azul com poucas nuvens, o que indicava que provavelmente estaria ventando do lado de fora.

                Ainda que relutante, a garota se levantou e ao ver Alexandra revisando os livros dentro da mochila, lembrou-se que finalmente teria a primeira aula de poções do ano, o que a deixou mais animada.

 - Bom dia, meninas – Luna cumprimentou as garotas, enquanto trançava os cabelos
 - Bom dia!
 - Bom dia, Luna. Dormiu bem?
 - Sim... Sonhei que um trasgo montanhês me perseguia – ela respondeu, com o olhar distante – Foi divertido – ela arregalou os olhos, sorrindo.

                As duas outras garotas riram. Alice também havia sonhado, mas no seu caso, com George.

 - Luna... Você já reparou nos olhares de Neville pra você? Os olhos dele brilham quando você passa – Alice perguntou, curiosa.

                Alexandra revirou os olhos. Ela tinha uma teoria que Alice provavelmente seria parente distante de Afrodite, deusa do amor, afinal, como alguém podia se interessar tanto em relacionamentos, próprio e alheio, quanto ela?!

 - Pensei que fosse a luz do dia que fazia os olhos dele brilhar –a loira disse, pensativa – Ele é muito legal, quem sabe me convide para o baile.
 - Céus, o baile! – Alice se lembrou – Preciso escrever à minha mãe que por favor não me mande um vestido rosa, ou princesa demais – ela se arrepiou.
 - Al, se acalma! – Alexandra riu – O baile é daqui três meses! Tem tempo de sobra para você arranjar um vestido.
 - É que minha mãe sempre quer me fazer dessas “surpresas”.
 - Tenho certeza que você vai arranjar um vestido lindo... Se quiser, podemos encomendar um na Madame Malcmin, o que acha?
 - Ótima ideia! Depois escrevo para a mãe – Alice sorriu, pulando da cama e indo para o banheiro.
 - E você, Luna? Está tão ansiosa quanto Alice?
 - Na verdade eu tinha me esquecido desse baile, até agora a pouco. Devo ter algo de minha mãe que sirva – ela sorriu – Bom, vou indo. Até mais.
 - Até! – a garota se despediu – Alice! Não é porque não temos a primeira aula que você pode demorar um século! Se quiser tomar café antes da aula melhor se apressar!

 

**

 

 - Você reparou que tem mais gente do que o normal aqui? – perguntou Alexandra na sala cheia de alunos, que não deveria estar tão lotada assim.
 - Ia te dizer exatamente o mesmo... – Alice respondeu, observando ao redor.

 - Bom dia pessoal! – cumprimentou o professor, de uma maneira animada demais para alguém que daria aula nas masmorras – Eu sou o Professor Carlyle, estarei substituindo o Professor Slughorn, e darei aula de poções este ano para vocês. Ou, pelo menos, de alguns.
     ‘Aparentemente tivemos muitas reprovações na matéria do Professor Snape, talvez por ser um professor um tanto rigoroso, mas de qualquer forma, a diretora McGonnagal achou melhor que as turmas fossem divididas. Os alunos com sobrenomes de A-M ficam comigo, os outros terão aula com o querido Severo – ele disse, num tom irônico – Os outros, por favor, se dirijam à sala ao lado.’

 - Sortuda – Alexandra deu um tapa de leve no braço da amiga.
 - E agora? Quem vai me manter acordada quando eu desmaiar pelo Morcegão?
 - Manda um beijo pra ele por mim – ela riu.

 

**

                Assim que entrou, Alice sentiu o aroma amadeirado característico do professor de poções que tanto adorava, fazendo com que sentisse alguns arrepios. Sorriu, involuntariamente pela própria reação, e ficou um tanto irritada pela amiga não estar ali para compartilhar o sentimento.

 - Não sei porque ainda me impressiono ao ver tantos alunos na minha sala a cada ano que passa – Snape começou, com o olhar cortante – Espero que desta vez vocês consigam algo melhor do que uma poção polissuco mal feita – ele revirou os olhos.
 - Ele fala como se fosse uma poção fácil de fazer – um garoto resmungou, baixinho, no fundo da sala.
 - Somente é complicada para alguém tão incompetente no preparo de poções como você, senhor Lewis – ele se virou, irritado – Senhorita White e senhorita Demetria, que são dois anos mais novas que você sabem executar a poção com perfeição. Pare de reclamar e comece a se tornar mais do que um aluno medíocre do sétimo ano. O Ministério não procura mediocridade, eles querem algo acima do normal, então sugiro se esforçar.
 - Acima do normal como o Potter?! – ele desafiou o professor.
 - Exato. Como o Potter. Como o Weasley. Como o Longbottom, a quem já foi oferecido um cargo e ele recusou. Se esses três conseguiram um cargo no Ministério e são tão tapados como você em poções, acho melhor procurar algo em que você seja realmente bom. Mas não se esqueça que precisará da minha matéria para se formar – ele abriu um sorriso de lado, vencedor – Menos 10 pontos para a Lufa-Lufa pelo desacato.

                Ele foi até o quadro e escreveu os ingredientes necessários para a poção, bem como as instruções de preparo.

 - Vocês terão duas horas para preparar essa poção. Vou analisar os caldeirões, e lembrem-se que a Poção Revigorante deve ser incolor. Se precisarem de instruções mais detalhadas, e imagino que precisem, podem olhar na página 13 do livro. Comecem.

                Alice folheou o livro, sem olhá-lo diretamente. Adorava a silhueta do professor, com aquela túnica colada no corpo, e achava ainda mais sexy quando ralhava com um aluno daquela maneira.

 - Lindo... – ela suspirou em um devaneio, olhando para a bancada, antes de ser surpreendida pelo próprio professor, virando-se para ela.
 - Senhorita White, porque está com esse livro em mãos?
 - O-o senhor disse que...
 - Instruções mais detalhadas. A senhorita não precisa de mais especificações. Estou familiarizado com seus talentos, e garanto que conseguirá fazer a poção sem maiores problemas, assim como a senhorita Demetria – ele olhou em volta – E por sinal, onde ela está?
 - Ahm.... Ela está na outra sala – ela apontou.
 - Ah, claro – ele fechou a cara – Havia me esquecido. Bom, pelo menos cada sala vai ter um exemplo de como é fazer uma poção da maneira correta. Talvez até Carlyle aprenda alguma coisa...
 - O senhor não gosta muito dele, não é? – Alice atreveu-se a perguntar.
 - Digamos que eu preferia Horácio. Seu tempo está passando senhorita – ele disse, apressando a garota que ainda não havia ao menos começado.

**

 - Muito bem, pessoal – Carlyle recomeçou assim que os alunos se dividiram – Não conheço vocês direito, e assumindo que o Professor Snape é um tanto quanto exagerado e exigente demais, quero saber por mim mesmo o real potencial de cada um. Vou pedir para que produzam a poção da página 27, por favor. Talvez não consigam terminá-la por completo já que perdemos um tempinho da nossa aula, mas quero ver até que ponto conseguem chegar, da maneira mais correta possível. Podem começar!

                Alexandra suspirou, já sentindo falta de Alice, e principalmente dos métodos de Snape. Ela se aproximou da bancada, ajeitou o caldeirão no suporte e acendeu o fogo. Retirou o livro da bolsa e abriu na página que o professor requisitou, apenas lendo o nome da poção: Mistura Malévola. “Já sei o que você pretende, professor, mas comigo não vai funcionar”, ela pensou, sorrindo de lado. Foi até a dispensa pegar os ingredientes necessários, e logo co3

meçou sua poção.

(...)

                O professor vistoriava os alunos, dando alguns conselhos aqui e ali quando era chamado; fazia uma cara de reprovação ao olhar alguns caldeirões, mesmo que os alunos estivessem seguindo as instruções do livro a risca.

                Ao chegar perto de Alexandra ele ergueu uma sobrancelha, ligeiramente surpreso.

 - Senhorita, posso saber por que seu livro está fechado?
 - Não preciso dele, senhor – ela sorriu.
 - Alexandra, não é? – ele se lembrou – Receio que não conheça seu sobrenome.
 - Demetria, senhor.
 - Pois então, senhorita Demetria, não precisa do livro? Conhece as instruções de cor, eu suponho.
 - Na verdade não. Eu não consigo decorar as poções, então tive que aprender por mim mesma – ela sorriu, cortando os ingredientes enquanto falava.
 - Perdão, não entendi. E não me recordo do livro dizer nada sobre Aranrabóia – ele apontou.
 - Como eu disse, senhor, tive que aprender por mim mesma. Desde que eu conheça a função da poção e da maior quantidade de ingredientes possível, consigo criar qualquer poção que o senhor queira.
 - Senhorita, creio ter sido claro quando disse que queria a poção da página 27 – ele repetiu, começando a entender a garota.
 - Com todo o respeito, senhor – ela disse, séria, começando a perder a paciência – O senhor requisitou que fizéssemos a poção, e não que seguíssemos as ordens de um livro errôneo.
 - Como?!
 - Qualquer um sabe que adicionar Bobotubera numa poção cuja função é deixar o sujeito com uma aparência repugnante é ridículo!

                 Ele ficou perplexo pela perspicácia da garota.

 - De fato, senhorita Demetria, Bóris não estava exagerando quando fez todos aqueles elogios – ele abriu um sorriso de satisfação, deixando a garota um tanto envergonhada, mas triunfante.

(...)

 - Muito bem, tempo esgotado! – ele bateu as mãos e todos os ingredientes e utensílios desapareceram, mantendo apenas os caldeirões nas bancadas.

                Como era de se esperar, a maioria estava errada. Alguns tinham uma poção gosmenta, azulada, outras um liquido verde borbulhante, outras, ainda, com um liquido alaranjado, que mais parecia água suja de alguma pia, todos completamente diferentes do liquido roxo e fino que deveria ser produzido. Apenas uma poção continha essa característica. A de Alexandra.

 - E parece que realmente temos uma grande mestra de poções por aqui! – ele disse, sorrindo abertamente, fazendo a garota ficar rubra – Está perfeita! Vejam o brilho, a cor, a espessura... Nunca vi uma sextanista com tanto talento! 20 pontos para a Corvinal! E quero que todos façam um relatório do por que suas poções falharam. Menos você, senhorita Demetria, é claro. A senhorita tem, de fato, um dom.
 - Obrigada, senhor – ela agradeceu, sem jeito – O Professor Snape é de fato um grande mestre... Se não fosse por ele provavelmente eu não saberia a diferença de um erupente e um helebore!
 - Ora, nunca vi ninguém elogiando Severo dessa maneira – ele arqueou a sobrancelha – Você deve ser realmente... Especial – ele se virou para a classe – Muito bem, fim da aula, pessoal!

 

**

 - Como sempre, perfeito senhorita White – disse Snape, observando a consistência do liquido transparente no caldeirão da garota – Só com o aroma da sua poção me sinto melhor, depois de ver tantos fracassos na minha aula.
 - Obrigada, senhor – agradeceu ela, envergonhada, sentindo alguns olhares invejosos.
 - Como eu havia dito, nenhum desafio para a senhorita. Por favor, coloque em um frasco. Creio que vou precisar depois de avaliar cada um dos desastres produzidos.

                Alice sorriu, engarrafando parte da poção e levando até a mesa dele, enquanto os outros alunos saiam da sala, emburrados.

 - Obrigado. E não se esqueça de sua aula hoje, comigo – ele deu um sorriso enviesado, que fez as pernas de Alice tremerem.
 - Claro que não senhor.

                Ela fez um aceno com a cabeça e saiu correndo pelo corredor, pensando que seria de fato impossível esquecer as aulas extras, um dos motivos de sua maior alegria aquele ano.

                No final do corredor que levava à saída das masmorras Alice encontrou Alexandra, esperando-a para o almoço.

 - Finalmente! Achei que tivesse desmaiado de amores pelo Morcegão!
 - E quase desmaiei mesmo – disse ela, sorrindo, fingindo um desmaio – Ele foi um doce comigo.
 - Snape? Um doce? Me explica isso!
 - Ele elogiou minha poção, disse que era bom ter alguém naquela sala para servir de exemplo para os outros alunos – disse, sonhadora, enquanto andavam em direção ao Salão Principal – E claro, ralhou com uns dois ou três.
 - Esse é o Snape que eu conheço e adoro! – ela riu.
 - Sabe, acho que ele não gostou muito do Professor Carlyle...
 - Ele me pareceu um bom professor. Me lembra um pouco o método do Slughorn.
 - Bom, obviamente ele não me disse o porque.
 - Talvez porque ele não vá conseguir fazer a vida de todo mundo um inferno, só metade – Alexandra riu.

                As duas entraram no salão, indo para a mesa da Corvinal. Alice passou os olhos pela mesa dos professores e observou enquanto Snape tinha uma conversa, aparentemente descontraída, com a de História de Magia.

 - Acho que tenho uma ótima teoria do porque ele estava adorável hoje – Alice comentou, olhando os dois.
 - Al... Acho que você tem que parar de criar tantas expectativas pra eles – Alexandra disse, se servindo.
 - Mas... Ele merece ser feliz – ele suspirou.
 - Eu concordo, especialmente depois de tudo o que ele passou – ela baixou o tom – Não só sobre a Lilian, mas tendo que trair os amigos para continuar com o plano para destruir o Lorde das Trevas. Ele foi muito corajoso. E realmente espero que ele encontre a felicidade, só não vamos sonhar com coisas que talvez não aconteçam – ela sorriu para a amiga.
 - Bom, espero que aconteça, já que não será comigo.
 - Infelizmente, não com a gente – elas riram.
 - Vida injusta... Ah, mas me fala, como é o novo professor afinal? Ele é, afinal, um bom professor? – perguntou, irônica.
 - Ah... Bom, acho que ainda é cedo pra dizer – ela ficou levemente vermelha ao se lembrar de todos os elogios que ele havia feito à ela – Ele ficou bastante impressionado por eu ter feito a poção direito.
 - Já virou a queridinha do professor, é?
 - Você sabe que eu só me importo em ser a queridinha de UM professor – ela piscou – Ah, e ganhei 20 pontos pra nossa casa – ela tentou mudar de assunto, sabendo o quão competitiva Alice era.
 - Que ótimo! Será que ganharemos a taça esse ano? – ela olhou para os contadores no canto do salão, de onde rubis, esmeraldas, safiras e pepitas de ouro caiam e subiam constantemente – Preciso capturar o pomo no jogo!
 - E tenho certeza que vai! Finalmente temos uma nova apanhadora, de alta qualidade! 


Notas Finais


Estão curtindo? Críticas? Comentem para nós sabermos, hein!
;)
Até o próximo capítulo!


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