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História As aventuras de Kid danger - Jealous


Escrita por: lethfujoshit

Notas do Autor


Eu tentei fazer minha versão daquele episódio crossover, mas ficou meio bosta, como sempre.
Eu só queria exaltar o nível de ciúmes do Jasper e isso vai fazer mais sentido nos próximos capítulos.
Eu sei que não tá grandes coisas mas espero q gostem.

Capítulo 4 - Jealous


— Por que você quer alisar seu cabelo, Jasper?

— Eu não acho que esses cachos me favorecem. — O garoto respondeu levando as mãos aos cachos puxando uma mecha. — Você sabe alisar ou não?

— Claro que eu sei. — Charlotte cruzou os braços perante a dúvida do amigo. — Mas eu não sei se tem alguma prancha por aqui. — A menina andou até a pequena estante da caverna e passou a revirar as gavetas.

— Deve ter uma no quarto do Ray. — Jasper disse tendo como resposta um arquear de sobrancelhas da morena. — O quê? Eu sou o único que acha que aquele cabelo liso não é natural?

Dando de ombros Charlotte sentou na cadeira próxima aos computadores da caverna Man, ignorando, ou pelo menos tentando, a presença do castanho. Este, ao ver que suas vontades não seriam atendidas, Bufou irritado e cruzou os braços.

— Você não vai me ajudar?! — Ficou ainda mais irritado ao não receber respostas. — Qual é, Charlotte?!

Desistindo da conversa, Jasper partiu até o estofado do local e lá se sentou. Não demorou muito tempo até que seu bico fosse desfeito e sua atenção voltasse ao celular. O local estava silencioso, como não estaria? Ray e Henry tinham saído em missão, então seria estranho se a caverna estivesse barulhenta. Como se houvessem lido a mente de Jasper, os dois tubos desceram e com eles estavam capitão Man e Kid danger, ambos carregavam pequenos potes em mãos.

— Voltamos! — O herói gritou animado ao descer os degraus da pequena escada.

— Como foi? — Charlotte levantou e foi em direção aos dois.

— Foi tranquilo. Um pequeno assalto a banco, nada demais. — Kid respondeu abrindo seu pote e se acomodando do lado do namorado no sofá. — Trouxe sorvete p'ra você. Cookies 'n' cream, seu favorito.

— Oh, obrigado. — Corou pelo mimo e deu um beijinho na bochecha do loiro.

— Era pro Jasper? Você me fez gastar dinheiro em algo pro Jasper? — Ray Indagou irritado pela demonstração de afeto na sua frente.

— Sim. — Deu de ombros sorrindo. — Como foi seu dia? — Voltou a se virar para o castanho.

— E por que você não está na loja? — Ray perguntou pousando as mãos no quadril.

— Foi legal. — Ignorou o chefe. — E aliás, eu ia esquecendo. — Falou com a boca cheia de sorvete. — Eu queria alisar meus cabelos, o que você acha?

— Alisar? Por quê?

— Eu tô cansado do trabalho que esses cachos dão. — Respondeu ainda com os olhos no pote em suas mãos. — Eu pedi pra Charlotte, mas ela não quis.

— Por que não? — Henry voltou seu olhar para a amiga.

— Não é que eu não quis, não tem como eu alisar seu cabelo sem uma prancha, Jasper! — Bufou contrariada.

— Eu tenho. Podem usar. — O mais velho deu de ombros levando a mão ao bolso e alcançando seus chicletes, logo mudando sua vestimenta. Após sua transformação percebeu um olhar curioso da garota e um olhar seguido de um sorriso debochado de Jasper. — Que foi?

— Eu sabia! — Exclamou alto apontando o dedo indicador para o rosto atônito de Charlotte.

***

— Só uma dúvida Jasp. — Henry chamou atenção do namorado, agora sentado, ainda comendo sorvete, em uma cadeira alta e ao seu lado estava Charlotte com o aparelho quente em mãos. — Você não tá querendo alisar só porquê a Piper disse que, se você voltasse a usar o modelador de cachos dela, ela quebraria seu notebook, né?

— O quê?! Claro que não. — Riu forçadamente, a mentira era óbvia e essa foi a razão do levantamento de sobrancelhas que recebeu do loiro. — Talvez. Aquele notebook é novo, eu me recuso a deixar que a Piper toque nele.

— Claro. — Charlotte revirou os olhos sorrindo irônica. — Admita de uma vez que tem medo dela, Jasper. Ninguém vai te julgar.

— Eu vou julgar. — Ray surgiu de seu quarto e se intrometeu na conversa atraindo os olhares dos adolescentes. — Até porque, eu não seria eu mesmo se não julgasse o Jasper.

— Pra alguém da sua idade, quem deveria ter medo de julgamentos era você. — O castanho respondeu sem hesitar.

— Como é que é?! — Se apressou para se por de frente para o menor. Bravo. — Só por causa disso vou diminuir o seu salário.

— Que salário?

— O que você receberia se trabalhasse envés de ficar de bobeira sem fazer nada. — Apontou o indicador para o rosto de Jasper.

Jasper ainda abriu a boca, na esperança de que algo surgisse em sua mente para que respondesse ao mais velho, mas nada veio. Tornou a fazer biquinho de raiva. Não custou muito tempo até que Charlotte acabasse com o seu trabalho de cabeleireira e as madeixas castanhas estarem alisadas.

— O que acha? — A morena indagou ao dar para o amigo o espelho de mão.

— Nossa! — Henry se levantou para analisar o namorado. Seu rosto estava corado, o menor estava lindo. — Tá incrível!

— Hmmmmmmm. — Jasper resmungou.

— O que foi? Não gostou?

— Não! Quer dizer, eu gostei. — Respondeu nervoso não querendo deixar a morena chateada. — Tá legal, mas eu não sei.

— Bom, — O loiro empurrou levemente Charlotte e se pôs no seu lugar. — se quer minha opinião, você tá lindo assim. — Depositou um beijinho em suas madeixas.

— Eww. — Ray resmungou enojado. — Arrumem um quarto.

Após a fala do chefe, Jasper se pôs a saborear o doce gelado, que estava derretendo devido a demora que toda a conversa havia levado, rapidamente. O pote já estava no fim e os pequenos pedaços de biscoito agora tomavam espaço no fundo. Estava tão distraído comendo que custou a entender quando uma pequena onda de risinhos se formou.

— Quê foi?

— Você está com uma manchinha de sorvete. — Quem respondera fora o loiro ainda sorridente.

— Droga! — Reclamou com o rosto se tornando rubro. — Me passa um guardanapo.

— Eu limpo.

Antes que percebesse o que fora dito, Henry se aproximou mais de si colocando a língua para fora dos lábios e a acercara de seu rosto, para ser mais específico, passara pela extensão de sua bochecha até acima de sua boca. Quando se afastara, lambeu os lábios sorrindo safado para o menor.

— Meu favorito, Jasper de sorvete. — Deu uma piscadela fitando seu rosto ainda mais corado.

— Eu vou embora. Todo esse doce vai me deixar com cárie. — Charlotte exclamou soltando seus braços e partindo até os tubos. — Não se esqueçam que mais tarde vamos até nos encontrar para terminar o trabalho da senhora Shapen.

***

— Beleza. Plasmídeos são moléculas de DNA circulares que se autorreplicam. — A morena respirou fundo e semicerrou os olhos. Devia ser a décima vez que explicava a mesma coisa. — Vocês entenderam?

Só o que recebeu como resposta foram olhares confusos junto de sobrancelhas erguidas. Sinceramente, não era uma boa tarde para estudar. Não quando você está tentando explicar para um casal sobre biologia e só o que eles querem é se pegar. Suspirando pesadamente, Charlotte fecha o livro e o jogo no sofá da casa. Iriam bombar na apresentação por culpa dos dois. Se bem que, a senhora Shapen dava nota boa para qualquer coisa, duvidava até que se o aluno escrevesse o nome certo no trabalho ela daria nota máxima.

— Não se preocupa Lotte. — Jasper abanou a mão, como se não fosse relevante o que a preocupação da amiga. — É só pra semana que vem. A gente ainda tem tempo.

— É verdade. — Henry concordou. — E aliás, eu acho que só por estar lá, nossa nota vai ser alta.

Em meio a conversa, o barulho de passos pesados na escada foi ouvido, assustando os adolescentes.

— Será que você pode me explicar o motivo de termos que sair da nossa própria casa? — A mãe de Henry indagou ao ser empurrada, junto com o marido, em direção a saída pela filha.

— Eu já falei! O papai não quis me dar os mil dólares para doar para aquele príncipe, então eu arranjei um jeito de conseguir o dinheiro. — Piper parou de empurrá-los e exclamou alto.

— E que jeito é esse? — Agora quem perguntara era o senhor Hart.

— Aluguei a nossa casa. — A menina deu de ombros, como se fosse óbvio. — E agora vocês precisam ir. Eu aluguei um quarto para vocês em um hotel aqui perto. — Abriu a porta e voltou a forçá-los a sair. — Tchau.

Mesmo sob as reclamações, a menina fechou a porta com força, o que fez com que as vozes dos país fossem abafadas. Virando-se em direção ao irmão e os amigos.

— O que eles estão fazendo aqui?! — Bravejou caminhando duro até os mesmos.

— Estamos estudando. — Henry respondeu ainda sentado.

— Eu quero que eles saiam daqui. Os visitantes vão chegar e eu não quero que o Jasper ou a Charlotte assustem eles.

— Essa casa também é minha, Piper e o meu namorado e minha amiga podem ficar o tempo que quiserem. — Se ergueu enfrentando a mais nova.

— Ah me poupe. — Andou em direção a Jasper o segurando pelo braço e o arrastando. — Fora.

— Eu já disse que não, Piper! — Segurou o outro braço do castanho, fazendo com que ele ficasse em um tipo de cabo de guerra.

— Eu não quero eles aqui!

— E isso é problema seu! Eu sou o mais velho e eu faço as regras! — Apontou para o próprio peito.

Estavam tão imersos na própria discussão que custaram a ouvir o toque da campainha, ao notar, Piper soltou Jasper e foi abrir a porta, notando um grupo de duas garotas e dois garotos, todos carregando malas pesadas.

Era um grupo bastante peculiar. As duas garotas se vestiam de forma profissional demais, com suas jeans skiny e suas roupas chiques, mas enquanto uma parecia mais séria, usando uma grossa armação de óculos, a outra tinha um rosto infantil animado, enquanto os garotos pareciam mais desleixados, o mais baixo se vestia como um rapper e o loiro combinava um casaco azul e uma calça laranja.

— Olá, sejam bem vindos a minha casa, meu nome é Piper. — Cumprimentou alegremente erguendo sua mão direita.

Foi prontamente ignorada pelas garotas do pequeno quarteto, que simplesmente entraram com tudo.

— Oi! Eu sou a Babe! — Falou alto assustando Henry ao vê-la tão perto.

— E eu sou a Kenzie. — A outra garota, que usava uma armação grossa de óculos vermelhos, falou em seguida.

— Ah, oi. — O maior pôs a mão na nuca envergonhado.

— Esse é meu irmão Henry. — Piper voltou a falar trazendo os garotos para dentro. — E vocês devem ser Hudson e Triple G. Eu sou a Piper.

Não que as garotas estivessem interessadas no que a loira dizia, na verdade, para Jasper parecia que a atenção delas estava voltada para o namorado. Henry estava rodeado por elas, ainda com a mão na nuca. Ridículo. O castanho bufou irritado pela clara demonstração de interesse que era direcionado ao Hart. A garota, Babe, levou a mão até o braço de Henry sorrindo para o mesmo. Quem essa garota pensava que era? Será que não estava vendo que Henry não estava sozinho? Será que ela sentiria saudades da mão dela? Porque, sinceramente, se continuasse a tocar no braço do maior, Jasper iria cortar ela fora.

— Henry será que você pode me ajudar aqui? — Piper o chamou indicando as malas, que ainda permaneciam no chão, para que o irmão as levasse para o andar de cima.

Os olhos castanhos brilharam em resposta, como se a agradecesse por tirá-lo daquela situação constrangedora, e logo em seguida o mais velho correu para ajudá-la. Claro que tal ação ocasionou em um desmanchar dos sorrisos das meninas, Jasper percebera.

— Eu acho que já vou indo. — Charlotte falou após tanto tempo quieta, recolhendo seus materiais. — Avisa para o Henry que eu tive que ir. Tchau.

Quando a morena partiu, o silêncio se instalou. As garotas agora estavam sozinhas com Jasper na sala de estar, por mais que parecessem ignorar sua presença e continuassem a conversar entre si como se estivessem sozinhas. Em meio a essas conversas, o castanho ouvia-as falando sobre o SEU namorado e o quanto ele era lindo. Estava decidido a ir embora quando o som de passos vindo da escada voltou a soar.

— Voltei. — Henry falou no batente percebendo que estava mais vazio do que quando saira. — Cadê a Charlotte?

— Ela teve que sair. — Levantou do estofado e começou a coletar suas coisas.

— Você já vai? — O loiro o interrompeu de sua tarefa. — Você disse que ia dormir aqui.

— Eu não acho que seja uma boa ideia. — Indicou com os olhos a direção onde as estranhas estavam.

— Besteira. Você fica e ponto.

— Henry eu--

— Eu gosto disso tanto quanto você Jasper, eu preciso que fique aqui. — Agarrou o menor pelos ombros e o sacudiu.

Antes que pudesse pensar em responder, Babe e Kenzie notaram a volta do anfitrião da casa e voltaram a cercá-lo.

— O que vocês acham de comer alguma coisa enquanto a Piper não volta? — Perguntou nervoso tentando fugir das mesmas.

— Você também sabe cozinhar? — Kenzie suspirou. — Você é como um sonho.

As duas se sentaram à mesa do cômodo, voltando a falar de algum jogo ou algo assim.

— Vocês estão fazendo um jogo? — Henry perguntou interessado. Tudo que Jasper podia fazer era revirar os olhos nas órbitas.

— Sim! Nós somos as criadoras do Game shakers. — Babe respondeu animada.

— Então vocês que fizeram o joguinho do panda skatista?

— Sim, fomos nós. — Respondeu orgulhosa.

— Puxa, o Jasper e eu adoramos esse jogo. — enlassou o pescoço do namorado o trazendo para mais perto.

— É mesmo?

— Sim! Nós adoramos! — Exclamou alto puxando uma mesa para sentar-se, ainda preso ao namorado.

Por que Henry estava agindo assim? Ele não percebia que aquelas garotas estavam dando em cima dele? Não estava gostando nada daquelas hóspedes.

— E vocês são amigos tem quanto tempo? — A de óculos indagou apontando para Jasper.

— Nos conhecemos desde os cinco anos de idade e estamos juntos já tem algumas semanas. — Henry respondeu olhando para o castanho.

— Como assim estão juntos? — Babe perguntou com os olhos arregalados.

— Estamos namorando. — Dessa vez quem respondeu foi Jasper, com um sorriso debochado.

Não sabia dizer com certeza, mas que o brilho no olhar delas diminuiu, isso diminuiu. Que pena, não é mesmo?

As meninas ainda pareciam em choque diante da recente descoberta e ainda continuariam desta maneira se sua linha de raciocínio não tivesse sido cortada devido ao toque de celular de Henry. Como era habitual, o loiro levantou apressado e seguiu até sua varanda para atender a chamada.

— Henry! — A voz alta do patrão soou através do aparelho. — O que você está fazendo que ainda não voltou pra cá?

— Foi mal, Ray. Eu não vou poder ir pra loja agora, minha irmã alugou nossa casa para uns estranhos e eu tô sendo tipo, um empregado.

— Como é? Você vai ficar em casa por causa disso? — Bufou irritado. — Nós temos que ir atrás do Doutor Minyaki.

— Você acha que eu não sei? Eu não posso sair. — Em meio a fala uma luz ascendeu em sua mente. — Você sabe aquele joguinho do panda skatista?

— Claro que eu sei! — Exclamou irritado. — Mas o que isso tem a ver?

— Os hóspedes da minha casa são os criadores do jogo.

— E daí?

— E daí que é a oportunidade perfeita para o capitão Man aparecer aqui e eles conversarem sobre um possível jogo do capitão Man e Kid danger.

Não houve resposta de Ray, o celular ainda estava na chamada, pois os sons da loja ainda eram ouvidos. Tão abruptamente quanto começou, Henry desligou o celular e retornou para a residência. Era uma cena engraçada, Babe e Kenzie bebiam algo em suas xícaras com os rostos corados, se ainda era vergonha por saberem que o loiro estava em um relacionamento, não sabia, e um Jasper com um sorriso presunçoso olhando-as.

— Era o Ray? — O castanho o perguntou ao reparar sua volta.

— Era. Eu avisei que não vou trabalhar hoje. — Cruzou os braços sorrindo. — O que vocês acham de jogar alguma coisa?

***

Aquela cena era patética, simplesmente patética. Os olhos de Jasper reviravam sempre que olhava para aquilo. Por que é tão surpreendente que, apesar de ter deixado bem claro que Henry não estava solteiro, as garotas persistiram em ficar agarradas ao loiro. Nem durante um jogo de tabuleiro elas dariam trégua?

A irritação de Jasper podia ser sentida de longe, mas o cara que tanto dizia ser apaixonado pelo mesmo, não parecia se importar com a carranca que lhe era lançada. Parecia até se divertir com toda a situação.

Todos estavam sentados em um círculo, Henry estava em uma ponta com as meninas, cada uma de um lado, Jasper estava de frente para a cena tosca, Piper do seu lado e os dois garotos em outra ponta. Tinha espaço de sobra para se sentar em qualquer lugar, mas não, tinham que se sentar quase que no colo de Henry.

— Okay Henry, ande cinco casas. — Piper falou após jogar o dado.

Ao realizar a tarefa proposta no jogo, Henry puxou uma ficha onde se dizia "Qual é a única ave que voa para trás?".

— Se não souber a resposta vai ter pagar uma prenda! — Kenzie falou maliciosa. Jasper não gostou nada disso.

— Essas não são as regras do jogo. — Reclamou cruzando os braços irritado. — Não tem prenda nenhuma!

— É só uma brincadeira, Jasp. — O loiro respondeu docemente. — Mas não vai rolar porque eu sei a resposta. — Falou convencido. — É o beija-flor.

Foi possível notar a alteração de humor das mais novas ao perceberem que não haveria prenda alguma, Jasper pôde ver o sorriso de ambas se desfazer e suas sobrancelhas ficarem caídas. Entretanto, mais ninguém pareceu reparar. UGH! Isso já estava dando nos nervos.

Um dado foi jogado a mesa mostrando uma sequência de seis pontos em sua faceta.

— Okay, Kenzie está uma rodada sem jogar então, Jasper ande seis casas. — Ditou novamente Piper.

Revirando os olhos, disfarçadamente, realizou a comando retirando outra ficha, essa dizia " Verdadeiro ou falso? A  cleópatra é mais próxima à criação do McDonalds do que a construção das pirâmides do Egito."

— Já sabe, né? — Henry perguntou cínico. — Se errar, vai pagar uma prenda. E eu até já sei qual.

Por que esse risinho? Henry estava aprontando alguma, Dunlop podia sentir em suas veias. Suspirando decidiu ignorar o outro, não podia ser tão difícil, né? A resposta parecia óbvia.

— É falso? — Seu rosto tinha uma expressão de medo.

— Isso é uma pergunta ou você confirma? — Piper provocou.

— Confirmo. — Respondeu receoso.

— Bom, é uma pena. Porque é verdadeira. — A loira cruzou os braços zombando do castanho. — Vai ter pagar uma prenda.

Suspirando Jasper assentiu, aceitando o seu destino.

— Eu te desafio a dar um beijo, na bochecha, no cara mais gato daqui. — Henry propôs cruzando os braços rente ao peitoral. Aquele sorriso ardiloso. Então era isso?

Esse era o plano desde o início? Jasper sabia as verdadeiras intenções do namorado. Se Henry queria que Jasper beijasse o garoto mais gato dali, ele faria, mas obviamente, não entraria no joguinho sujo do loiro. Afinal, eles dois não eram os únicos garotos daquela roda e, até que os outros garotos eram bem bonitos, principalmente o loiro, Hudson, ou pelo menos o castanho esperava que este fosse seu nome.

Henry continuava com a mesma expressão de antes, apenas esperando que, o escolhido para o beijo, fosse ele. Bom, se Hart podia estar rodeado por garotas, enquanto está em um relacionamento, qual problema teria um beijinho na bochecha de outro cara?

Com tal raciocínio em mente, moveu seu corpo na direção oposta a do namorado, seguindo até a ponta oposta do círculo, onde Hudson estava. Notando a aproximação de Jasper acerca de si, o garoto moveu o pescoço, deixando as maçãs do rosto mais evidentes para o castanho.

Henry observava a cena com um olhar assassino. Sentia seu sangue ferver em irritação, fazendo, não intencionalmente, as hóspedes se afastarem com um certo temor.

Quando já estavam quase juntos, um estrondo veio da porta da residência assustando os garotos, era o Ray, vestido de capitão Man. Bem na hora.

— Algum problema por aqui? — Fez sua famosa pose heróica, com as mãos na cintura.

Todos ainda estavam parados assustados com a recente invasão domiciliar.

— Não? — Piper disse finalmente.

— Ah. — Seu olhar caiu nas pessoas que visistavam a casa. — Quem são esses?

— São nossos hóspedes de Nova York. — Henry falou após sair do seu transe de raiva. — Capitão Man esses são os Game shakers.

— Que criadores daquele joguinho?

— É.

Os olhos azuis do herói brilharam em expectativa e partiu para cumprimentar os novaiorquinos.

***

Não foi surpresa para ninguém que Ray só aparecera lá para falar sobre a criação de um jogo que só aumentaria o seu narcisismo. Mas pelo menos, sua aparição fez os mais novos ficarem ocupados conversando, deixando, finalmente, Henry em paz.

Ainda distante do grupo, Jasper passou a mexer em seu celular, ignorando Henry, que persistia no mesmo lugar. Notando a distração do castanho, Hart se arrastou até onde o menor estava, tentando chamar sua atenção.

— Jasper. — Falou rente ao ouvido do mais baixo, vendo seus pelos se arrepiarem. — Quer ir lá encima? — Começou a distribuir pequenos selos pela extensão de seu pescoço. — Eles estão ocupados agora.

— Tem certeza que prefere que eu vá? — Perguntou tentando não transparecer que gostava da carícia. — Não seria melhor se fosse a Kenzie, ou melhor ainda, a Babe? — Disse com uma expressão enojada.

— E quanto a você? — Afastou-se. — Você ia beijar aquele cara.

— Então só você pode flertar com as pessoas?

— Flertar? Desde quando eu estava flerta-- — Se interrompeu abruptamente, como se notasse algo. — Você está com ciúmes?

O rosto de Jasper se tornou rubro.

— Eu sabia! — Gritou animado. — Por isso você ia beijar o Hudson! Você estava com ciúmes!

— Eu não sinto ciúmes!

Ignorando a negativa, voltou para mais perto do namorado, retornando com os pequenos beijos no pescoço.

— O acordo ainda tá de pé.

— Não é uma boa ideia. — Respondeu ofegante devido aos beijos. — Você tem visita e o Ray está aqui e--

— Por favor. — Olhou para Jasper com o rosto ainda enfiado no pescoço alheio, com os olhos brilhando pedintes.

— Isso não é justo. — Reclamou empurrando Henry para longe.

— O quê não é justo?

— Você me olhando dessa forma me pedindo algo assim.

— Eu não estou te obrigando, sabe?

Ainda pensou em voltar as negativas, mas era praticamente impossível quando o loiro se agarrava ao seu pescoço como um filhote à mãe. Jasper sentiu seu pulso ser puxado, o levantando e levando até às escadas e subindo ao quarto.

***

O casal adentrou o cômodo aos beijos e mordidas. A porta foi a única a sofrer com a brutalidade com a qual foi aberta e com o chute que levara ao ser fechada. Os cabelos de ambos estava uma bagunça, a cada passo que davam uma peça de roupa libertava os corpos, já estavam somente de calças quando deitaram na cama.

Tão quente. Henry se deitava por cima de Jasper e o beijava com força. Suas línguas dançavam entre as bocas e a saliva estava alí para demonstrar o quão intenso estava sendo.

O castanho já estava ficando sem ar quando o maior desceu seus beijos para seu pescoço. Aquela área era tão sensível. Não era atoa que Henry pensasse que poderia manipular o mais baixo somente com essas ações.

Ainda podiam ser escutadas todas as vozes no andar de baixo, mas nenhum dos dois dava a mínima para isso. Que conversassem bastante e deixassem os dois sozinhos.

O rosto de Jasper estava inteiramente vermelho e ficou ainda mais, se é que isso é possível, quando sentiu o órgão molhado tocar em seu mamilo enquanto o outro era apertado pela mão do namorado.

Henry teria passado mais tempo nos botões rosados, mas lhe pareceu uma ideia melhor que se apressasse já que tinha algo apertando muito sua calça. Quem dera tivesse sido mais rápido, talvez isso teria evitado o susto que teve ao ouvir sua porta ser escancarada por seu patrão. Devido ao susto por ser pego, afastou-se da cama e tratou de cobrir seu peitoral, vendo Jasper fazer o mesmo na cama.

— QUE PORRA É ESSA?! — Gritou irritado demais para notar que o homem não estava sozinho.

— Olha a boca! — Capitão Man respondeu grosso apontando para o menino. — Tem crianças aqui.

— E por que vocês estão aqui no meu quarto?

— Acho melhor colocar uma roupa antes. — O homem mandou mostrando a vestimenta no chão. Percebendo o erro, Henry se pôs a ventir o mais rápido possível. — Você também Jasper. — Abaixou-se para apanhar o casaco no pé da cama e jogando no castanho.

— Se não quiser, não precisa colocar a blusa de volta. — Uma voz feminina veio do batente de sua porta. Jasper desejava matá-la agora.

Elevando o supercílio com a frase dito, decidiu que a melhor coisa seria ignorar e continuar com seu trabalho.

— Por que estão aqui? Eu estava ocupado. — Apontou para o namorado, já vestido, sentado a cama.

— Então, — O mais velho começou a falar colocando a mão no ombro do loiro. — essa galera está disposta a fazer um jogo sobre mim e o meu assistente.

— Hã? Legal capitão Man. — Forçou uma risada animada. — Mas o que isso tem a ver comigo?

— Só que você é o meu assistente, coisa básica.

A cada palavra dita, os olhos de Hart se arregalavam mais, assim como os dos intrusos em sua casa.

— Não brinca, você é o Kid danger?! — A garota de óculos soou animada. — Você é um sonho completo.

— Eu não sou! Quem dera eu fosse, porque tipo, eu-- — Henry foi interrompido em sua mentira pelo mais velho.

— É sim!

Ray andou pelo quarto até um pequeno quadro de cabeceira de Henry o erguendo, de lá retirou um pequeno cilindro, onde estavam seus chicletes, o jogando no dono.

— Eu acho melhor eu sair. — Jasper levantou de onde estava e seguindo para a porta.

— Você vai ficar! — Ray o segurou pelos ombros. — Não quis sair antes, não sai mais.— O empurrou de volta para onde estava. — Agora, gente... Henry é o Kid danger, meu assistente.

Que todos sabiam que Ray era louco, isso não havia dúvidas, mas deixar ser descoberto por um simples desejo de aparecer? Aquilo já era demais. Ainda perplexos com a frase que saia da boca do homem, balançaram a cabeça contrariados. O que Charlotte iria fazer quando soubesse?

***

— VOCÊ ENLOUQUECEU? — Charlotte gritou para Ray.

Com todos os fatos de mais cedo na casa de Henry, por algum motivo, Ray achou ser uma boa ideia contar aos programadores sobre sua verdadeira identidade e agora, o mais velho estava com os meninos na loja. Para alguém que quase demitira Henry nas outras vezes que seu segredo fora revelado, Ray parecia muito disposto a contar para os estranhos.

— Pensa bem! Eles são programadores e vão fazer o nosso jogo. — O homem respondeu apontando para Henry, que tinha as mãos bagunçando seus cabelos, nervoso.

— Não! — O assistente gritou irritado. — Eles podem espalhar sobre nós! E isso poderia nos colocar em risco!

— Nós nunca contariamos para ninguém. — Kenzie respondeu alarmada. — Nós prometemos.

— Viu só? Tá tudo bem. — O mais velho disse tentando acalmar os ânimos.

— Raymund Manchester! — Henry gritou assustando a todos. — Essa é a segunda vez que você me atrapalha com o Jasper! Mas o pior dessa vez é que você, que dizia que tinha problema o Jasper e a Charlotte descobrirem, decidiu do nada, dar com a língua nos dentes para completos estranhos!

— Jasper acalma esse garoto. — O mais velho pediu indiferente ao desespero do sidekick.

— Mas ele tá certo! — Se intrometeu afastando o namorado do chefe. — Por que fez isso?

— Qual parte você não entendeu que eles vão fazer um jogo nosso?

— E é só por causa disso?!

— E qual seria o outro motivo?!

Decididamente não gostava daquele plano,  nem ao menos era um plano pra começo de conversa, era um ideia absurdamente idiota e incompressível contar a todos por um motivo tão trivial, era absurdo demais.

— Bom, — O garoto menor se pôs a falar, Triple G, pensava ser seu nome. — que tal se começássemos a falar sobre os detalhes do jogo?

— Acho uma ótima ideia. Sigam-me até minha caverna.

— O quê?! Simples assim? — Charlotte voltou a bronquear.

— É Charlotte, simples assim.

Deixando os adolescentes sozinhos na loja, Ray partiu para os fundo junto aos novaiorquinos, levando-os para o andar inferior.

— Eu não acredito nisso! — A morena reclamou alto. — O que deu nele?

— Ele quer aparecer, é isso que deu nele! — Henry bufou. — Sabia que eles estavam combinando de se encontrar em Nova York pra conversarem sobre esse jogo idiota? E querem que eu vá!

— Você deveria ir. — Jasper respondeu finalmente. — Sabe, aquela garota, Babe, ela está interessada em conversa contigo sobre isso.

— Isso não é momento de ataque de ciúmes, Jasper! — O loiro brigou. — Eu não quero ir pra Nova York.

— E por que não?

— Porque eu estou bem aqui, com você! — Pegou as mãos do menor junto as suas.

— Eu acho melhor eu deixar vocês dois sozinhos. — Charlotte seguiu pelo mesmo caminho feito do Ray anteriormente.

Ignorando a saída da amiga, o maior se aproximou mais colando suas testas.

— Eu já te disse antes e vou repetir, — Levou as mãos aos lábios. — eu gosto de você. Eu não vou para Nova York e se for, eu dou um jeito de te levar, tá bom?

Jasper levantou o olhar e visualizou as orbes castanhas brilhando em expectativa para si e não resistiu em assentir. Não tinha motivos para ter ciúmes, né? Henry não sairia de Swellview e nem ficaria com alguma garota. E isso já lhe fazia sentir-se melhor.

Contanto que nenhuma daquelas garotas voltassem a flertar com o mais alto, tudo ficaria bem. Não é?

Ou pelo menos, era o que Jasper esperava.



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